"Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho."
João, O Apóstolo.Parte Final:
SETE PERGUNTAS NA BUSCA DA VERDADEIRA RESPOSTA SOBRE A CONCEPÇÃO BÍBLICA DE DEUS
De tudo o que foi exposto até aqui, tendo-me fundamentado muito mais em transcrições de textos bíblicos, em detrimento da interpretação (ou da especulação teológica), torna-se importante recapitular o seguinte:
De tudo o que foi exposto até aqui, tendo-me fundamentado muito mais em transcrições de textos bíblicos, em detrimento da interpretação (ou da especulação teológica), torna-se importante recapitular o seguinte:
1 – O testemunho das Sagradas Escrituras (de judeus e cristãos,
evidentemente) sobre a pessoa (deídica) e a obra (redentora) de Jesus Cristo;
2 – O testemunho das Sagradas Escrituras sobre a deidade do
Espírito Santo;
3 – E o fato deste mesmo testemunho: a) por um lado,
confrontar o unicismo islâmico (e a quaisquer outros dogmas afins) e b) nos
levar, como conseqüência, a avaliação da formulação filosófico-teológica da
Doutrina de Deus, feita pelos cristãos pós-apostólico e pré-Catolicismo e ratificada posteriormente.
Tal formulação começou a ser ratificada no Concílio de Nicéia (325 a .C.), sendo depois
revisada no Concílio de Constantinopla (381 a .C.), quando da emergência do Catolicismo
Romano. Nesse mesmo tempo, foram também definidos os vinte e sete livros,
hoje constantes do Novo Testamento.
Sabe-se, todavia, que a ratificação da doutrina quanto a escolha
dos livros fundamentaram-se em tradição vinda dos tempos apostólicos. Em alguns
de meus artigos da série “Islã X Bíblia’: RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS
MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão)” o tema é tratado mais
pormenorizadamente.
Pontualmente cabe dizer: Inácio (70-110 d.C.) bispo de Antioquia,
já bem no início do século segundo, utilizava-se de palavras por demais
semelhantes as que se encontram no Credo Niceno. Ele seguia uma tradição,
surgida de modo espontâneo e através do consenso na Igreja Cristã no primeiro e
segundo séculos. De modo que o Credo Apostólico, ao contrário do Niceno-Constantinopolitano, não surgiu como uma fórmula ou
declaração imperativa; mas, de uma série de
perguntas que eram feitas aos candidatos, na hora do seu batismo. Tais
perguntas já apresentavam, até mesmo pela sua ordem, uma estrutura
trinitariana. E o próprio termo Trindade, que seria posteriormente utilizado para
definir a correta revelação bíblica de Deus, foi primeiramente usado por
Tertuliano. Este, porém, NÃO esteve e nem podia estar presente nos
Concílios referidos nesse parágrafo: pelo simples fato de ter vivido entre 160
e 220 d.C.
I – COMO CONHECER UMA DOUTRINA BÍBLICA?
Nenhuma doutrina pode ser definida apenas por um termo,
por mais auspicioso ou aparentemente estranho que este nos possa parecer:
antes, alguns critérios devem ser observados.
a - Devemos levar em conta todas as informações de cunho literal sobre
o tema. E esta literalidade NÃO pode ser desprezada em função de qualquer que
seja interpretação contrária. Por exemplo: o cristão apostólico crê que Jesus
Cristo é Deus, em primeira e última instância por causa do testemunho das
Escrituras. O mesmo acontece com o Espírito Santo. Logo, os pareceres
teológicos ou teológicos e filosóficos devem se conformar
àquele testemunho. Já os pareceres que lhe são contrários, assim como as
pessoas que os articulam, prontamente rejeitados (II João 8-9). Se for o caso,
como aconteceu nessa polêmica, elas devem ser confrontadas, na esperança que possam
se salvar, através do pleno conhecimento da verdade (II Pedro 3: 9). Esta é esta a
vontade de Deus.
b - A mais autorizada interpretação de passagens, conceitos e
doutrinas do Antigo Testamento são as que se encontram no Novo. Pois o
fundamento da fé cristã verdadeira é o ensino dos profetas e dos apóstolos
(Efésios 2: 17-22). Um exemplo clássico desta premissa pode ser verificado na
leitura da Carta aos Hebreus para compreensão do sistema de sacrifícios e
coisas afins instituídas pela Lei de Moisés. Conforme também já provamos,
existe na Bíblia toda uma tradição corroboradora, do Gênesis ao Apocalipse. E o
Islã de Maomé, é como um corpo estranho, tentando inocular-se na verdadeira revelação
(a Bíblia Sagrada).
c - Toda interpretação de um texto bíblico deve levar em conta o
seu contexto: ou seja, o de um versículo, o parágrafo; o do parágrafo, o
capítulo; o do capítulo, o livro; o de um livro, os outros livros afins; o de
um conjunto de livros afins, todo o Testamento; o do Testamento, a Bíblia por
inteiro.
O leitor que vem acompanhando esta tréplica viu como, nos artigos
iniciais, tive que refutar as idéias errôneas de Amyr Aly Julaya; às quais quis
ele fundamentar em versículos isolados e interpretados sem levar em conta o seu
contexto e nem mesmo o sentido correto das palavras. A verdade teológica e a
responsabilidade intelectual nos obrigam a verificar qualquer questão por todos
os seus ângulos; mas, como cristão, sou obrigado a me posicionar de acordo com
o testemunho das Sagradas Escrituras a respeito. Pois como bem nos previne o
apóstolo, João:
- "Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho" (II Carta, verso 09).
- "Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho" (II Carta, verso 09).
II – QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS CONCEITOS SOBRE DEUS NA CRISTANDADE E RELIGIÕES MONOTEÍSTAS?
1 – UNITARISMO (OU UNITARIANISMO). Nega a deidade de Jesus Cristo
e do Espírito Santo (a quem define não como um ser, mas como uma força),
reconhecendo tão somente o Pai como Deus. Trata-se, portanto, de uma doutrina
que não se fundamenta no testemunho dos profetas e apóstolos; embora hoje
defendida por pessoas e grupo religioso que se dizem cristão.
2 – UNICISMO. Pode ser dividido em dois: o Unicismo cristão, também conhecido por
Modalismo ou Sabelianismo, e o Unicismo islâmico.
- Unicismo Cristão: Surgiu por volta do ano 260 a.C., sendo tal ensinamento
defendido por um teólogo chamado Sabélius.
Em termos essenciais, tal corrente teológica afirma o seguinte: Jesus é o Pai e o Espírito Santo; de modo que NÃO existem três pessoas, mas apenas uma, Deus. E este teria se manifestado COMO Pai, Filho e Espírito Santo. Exemplificando: para Sabélius Pai, Filho e Espírito Santo seriam “modos”, “aspectos” ou “formas” comunicantes do único Deus, assim percebidos pelos crentes.
Em termos essenciais, tal corrente teológica afirma o seguinte: Jesus é o Pai e o Espírito Santo; de modo que NÃO existem três pessoas, mas apenas uma, Deus. E este teria se manifestado COMO Pai, Filho e Espírito Santo. Exemplificando: para Sabélius Pai, Filho e Espírito Santo seriam “modos”, “aspectos” ou “formas” comunicantes do único Deus, assim percebidos pelos crentes.
O pensamento sabeliano, segundo os mais entendidos, alimenta-se do
Paganismo grego, inclusive das teses de Euclides e Aristóteles. Mas o que mais
interessa a essa réplica é o seguinte: fica evidente que a influência do
Gnosticismo docentista na doutrina sabeliana. De forma que aquilo que se
parece, não é: torna-se no máximo uma “manifestação” de Deus. Ora, uma leitura
do Novo Testamento por essa ótica (principalmente os escritos de João)
transforma fatos bíblicos (Por exemplo, o batismo de Jesus, a Sua
transfiguração e a visão de Estevão, quando de seu martírio, num grande
teatro).
- Unicismo Islâmico:
Teologicamente é o mais pobre de todos. Limita-se em afirmar o
óbvio: que Deus é um e único (e a Bíblia nunca disse o contrário.); e, depois,
confunde o que seja o conceito bíblico de um Deus plural como uma pluralidade de deuses. Coisa que a
Bíblia, nenhum dos apóstolos e profetas e nem mesmo o Credo Niceno afirmam.
A palavra usada para (a) Trindade no Alcorão é thalathah. Aparece dezenove
vezes com um único sentido: três. Trata-se, portanto, de uma deficiência
semântica e, ao mesmo tempo, de um erro de tradução. O sentido de Trindade no
Credo Niceno é sempre se referindo ao fato bíblico de Deus existir como um Deus
plural: ou seja, um ser triúno.
.
3 – TRINITARIANISMO: Deus é um e único, mas existe, desde
sempre em (O que não quer dizer como.) três pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo. Enquanto o Unicismo cristão acredita num só Deus e no que seriam
as Suas três manifestações (modos de ser percebido pelo crente), o
Trinitarianismo crê em um e único Deus (a divindade), existente (ou
coexistente) em três pessoas. Até porque, conforme já provamos à exaustão,
nesta série de artigos, ao Pai, ao Filho e ao Espírito são atribuídos os mesmos
atos e atributos deídicos do Pai. E as Escrituras não podem mentir.
A primeira formulação doutrinária deste conceito bíblico de Deus, embora espontânea, aparece no Credo
Apostólico. E como já dissemos, trata-se de uma confissão de fé cristã, trinitariana na sua estrutura.
Quando, no século III, foi formulado o Unicismo sabeliano, este foi logicamente refutado pelas igrejas de tradição apostólica. Os dois ensinamentos transformaram-se em correntes teológicas; ambas defendidas e divulgadas nos tempos pós-apostólicos e pré-Catolicismo. Observamos, portanto, que estas correntes, e até o mesmo o Unitarismo (influenciado por grupos ebionistas) antecedem ao Catolicismo.
Quando, no século III, foi formulado o Unicismo sabeliano, este foi logicamente refutado pelas igrejas de tradição apostólica. Os dois ensinamentos transformaram-se em correntes teológicas; ambas defendidas e divulgadas nos tempos pós-apostólicos e pré-Catolicismo. Observamos, portanto, que estas correntes, e até o mesmo o Unitarismo (influenciado por grupos ebionistas) antecedem ao Catolicismo.
A corrente que se tornaria preponderante foi a trinitariana; até
porque o Catolicismo a adotou. Mas o simples fato do Catolicismo tê-la adotado
NÃO significa que a tenha originariamente concebido; e que por isso também a confissão precisa estar (essencialmente) incorreta. Quem tem de atestar a
correção ou não de qualquer ensinamento ou filosofia são as
Escrituras. Crivo a que este autor submete os seus próprios escritos; e que, por uma questão de ofício
e de verdade, submeteu o Islã (de Julaya, Satar e companhia).
II – ENTÃO QUAL O (VERDADEIRO) CONCEITO BÍBLICO DE DEUS?
a) Ele é um e único (Marcos 12: 29/ Deuteronômio 6: 4-5):
- “Respondeu Jesus: "O mais importante é este:
‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor.”
b) Ele é espírito (Ou o Espírito.):
- II Coríntios 3: 15-18
“De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre
os seus corações. 16 Mas quando alguém se converte ao
Senhor, o véu é retirado. 17 Ora, o Senhor é o Espírito e, onde
está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.”
c) E pode Deus ser entendido como um ser plural. (O que é
justamente o contrário de uma pluralidade de deuses, como supôs o desinformado
Maomé.).
- Atos 20: 28 “Cuidem
de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou
como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu
próprio sangue.”
Tenho uma máxima: para se conhecer uma doutrina, é preciso
recorrer a todas as passagens bíblicas que a ela façam (direta e indiretamente)
referência e encontrar a sua melhor interpretação. Mas, para desmascarar um
conceito ou ensinamento errôneo, não precisa, às vezes, de tanta Teologia: um
ou dois versículos bastam.
O texto acima, NÃO está falando diretamente de Jesus, o qual NEM é
citado no parágrafo (Vai do verso 28 ao 31.). Quem é citado diretamente é o
Espírito Santo e textualmente o Pai. E a quem, então, se atribuir o ato de
comprar a igreja com o Seu próprio sangue??? Ao Pai, ou ao Espírito? Ou a
ambos?
Em verdade, conforme já o demonstramos, a Redenção já existia no
propósito divino antes mesmo que o mundo fosse criado (Efésios 2: 10, I Pedro
1: 18-21, Apocalipse 13: 7-8). Deus, na Sua presciência, já sabia da rebelião
satânica e da Queda do homem. E a Redenção é um ato atribuído ao Pai (João 3:
16-17), ao Filho e ao Espírito (Hebreus 9: 13-14 e II Coríntios 5: 18-19): em
resumo, uma ação do Deus triúno. Até porque, Ele o Todo-Poderoso, atributo
também de Jesus Cristo (Apocalipse 1: 8).
IV – EXISTEM EVIDÊNCIAS BÍBLICAS DE DEUS QUE SE CONFORMAM AOS
CONCEITOS TRINITARIANOS?
1 - Gênesis 1: 1-2
- “1 No princípio Deus criou
os céus e a terra.
2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo,
e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”
2 – Gênesis 1: 26
- “Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre
as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os
pequenos animais que se movem rente ao chão".
3 - Gênesis 18
Aqui Deus toma a forma humana e comunica a Abraão a destruição de
Sodoma e Gomorra, depois de lhe anunciar o nascimento de Isaque. Da linhagem de Isaque (Não de ismael) é que viria o Messias, já
prometido em Gênesis 3: 9-15. De forma que a Encarnação, predita pelos profetas
e testemunhada pelos apóstolos, tem, na Bíblia, claros precedentes quanto á sua real possibilidade (e propósito).
4 - Salmo 02 / Daniel 7
"Na minha visão à noite, vi alguém semelhante a um Filho do
homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do Ancião de dias e foi conduzido à sua presença. 14 A
ele foram dados autoridade, glória e reino; todos os povos, nações e homens de
todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e
seu reino jamais será destruído.”
No Salmo, a referência ao Messias como o Filho está clara. Já em
Daniel, uma antecipação do Juízo Final (Apocalipse 20:1-6), nos mostra como o
terceiro maior acontecimento da Eternidade (Antes dele, por ordem de
importância, vêm a Redenção e a Criação.) é conduzido por um Deus plural.
Lembrando que, para ser Juiz dos vivos e dos mortos, é preciso onipotência e
onisciência, atributos deídicos por excelência.
5 – Salmo 110
- “O Senhor disse ao meu Senhor: "Senta-te à
minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus
pés".
Davi, inspirado pelo Espírito Santo, chama ao Pai e ao Messias de
Senhor. Antecipa, portanto, a fé apostólica e o Credo Niceno. Ao Messias é
atribuído julgamento das nações (Mateus 25: 31-46). Jesus faz referência a este
texto em Mateus 22: 41-46, o qual atesta tanto a humanidade quanto a deidade do
Messias.
6 – Batismo, Transfiguração e Visões Com a Concepção Trinitariana de
Deus.
- Batismo (Mateus 3: 13-17, João 1: 32-34):
“Assim que Jesus foi
batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o
Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele.
17 Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em
quem me agrado".
É importante observar que se trata de um fato bíblico e não de uma
manifestação de Deus.
- Transfiguração (Mateus 17: 1-8):
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão
de Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte.
2 Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o
sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz.
3 Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias,
conversando com Jesus. 4 Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se
quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para
Elias".
5 Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os
envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em
quem me agrado. Ouçam-no! " 6 Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e
ficaram aterrorizados. 7 Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se!
Não tenham medo! "
É preciso lembrar, a título de afirmação da Trindade como doutrina
bíblica que o Espírito Santo é o autor das Sagradas Escrituras (Atos 28:
23-29): profetas e escritores são apenas escritores por Ele inspirados (II
Pedro 1:19-21). E que Pedro, o apóstolo, refere ao acontecido como um fato, não
como uma manifestação (Visão ou coisa do gênero.):
- II Pedro 1: 16-18
“De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando
lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo
contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade.
17 Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da
suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: "Este é o meu filho
amado, em quem me agrado".
- Visões Bíblicas (E Concepção) da Divindade:
DANIEL 7: 13-14 (Já transcrito)
ESTEVÃO (Atos 7: 54-56):
- “Ouvindo isso, ficavam furiosos e rangiam os
dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo,
levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus de pé, à direita
de Deus, 56 e
disse: "Vejo o céu aberto e o Filho do homem de pé, à direita de
Deus".
JESUS CRISTO (Marcos 14: 60-62):
- “Depois o sumo sacerdote
levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: "Você não vai responder à
acusação que estes lhe fazem? " 61 Mas Jesus permaneceu em silêncio e
nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: "Você é o
Cristo, o Filho do Deus Bendito? "
62 "Sou", disse Jesus. "E vereis o Filho do homem
assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu".
7 - O Novo Testamento: Afirmações literais, fórmula do
batismo, bênção apostólica.
a – Afirmações literais: transcritas na parte segunda deste
artigo.
b – Fórmula batismal (Lucas 28: 18-20)
- “Então, Jesus aproximou-se
deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Portanto,
vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que
eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".
É importante ressaltar a importância do batismo como confissão
pública (naqueles tempos, às vezes, restrito à Igreja por causa da perseguição)
da fé cristã. E que deste ato surgiria o Credo Apostólico, trinitariano na sua
estrutura.
b – Bênção apostólica (II Coríntios 13: 13):
- “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus
e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.”
É preciso também levar em conta, tanto a importância do ato
batismal quanto a bênção, dada ao final das celebrações.
V – POR QUE, ENTÃO, OS CRISTÃOS APOSTÓLICOS NÃO DEFINIRAM A DOUTRINA
DE DEUS FILOSOFICAMENTE?
1 – Não houve necessidade: o embate doutrinário verificado em Atos
e nos escritos apostólicos diz respeito a cristãos
judaizantes (Atos 15) e ao Gnosticismo. Sendo que este último ganharia maior
terreno, enquanto corrente filosófica e influência teológica nos séculos posteriores.
2 – O conceito de Deus como Trindade não é explicado Novo Testamento, mas, proclamado:
a - Nas pregações e escritos de Pedro. Nos quais, Jesus tanto é
apresentado como homem (servo, profeta, etc.) e Deus, dado o fato de Sua ressurreição testificar sobre isso (João 20: 24-29). E a Ele são atribuídos
atributos e atos divinos.
- Atos 2: 34-37
“Pois Davi não subiu ao
céu, mas ele mesmo declarou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha
direita
35 até que eu ponha os teus inimigos como estrado para os teus
pés’. 36 "Portanto,
que todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus
o fez Senhor e Cristo". 37 Quando ouviram isso, os seus corações
ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos:
"Irmãos, que faremos? "
- Atos 3: 12-19
“Vendo isso, Pedro lhes
disse: "Israelitas, por que isto os surpreende? Por que vocês estão
olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio
poder ou piedade?
13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos nossos
antepassados, glorificou seu servo Jesus, a quem
vocês entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse
decidido soltá-lo.
14 Vocês negaram publicamente o Santo e Justo e pediram que lhes
fosse libertado um assassino.
16 Pela fé no nome de Jesus, o Nome curou este homem que vocês vêem
e conhecem. A fé que vem por meio
dele lhe deu esta saúde perfeita, como todos podem ver.
17 "Agora, irmãos, eu sei que vocês agiram por ignorância, bem
como os seus líderes. 18 Mas foi assim que Deus cumpriu o
que tinha predito por todos os profetas, dizendo que o seu Cristo haveria de
sofrer. 19 Arrependam-se,
pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados,”
b – Nas pregações e escritos de Paulo, nos quais o conceito é
igualmente desenvolvido.
- Atos 13:
“22 Depois de rejeitar Saul,
levantou-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou: ‘Encontrei Davi, filho de
Jessé, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade’.
25 Quando estava completando
sua carreira, João disse: ‘Quem vocês pensam que eu sou? Não sou quem vocês
pensam. Mas eis que vem depois de mim aquele cujas sandálias não sou digno nem
de desamarrar’.
26 "Irmãos, filhos de
Abraão, e gentios que temem a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de
salvação.
27 O povo de Jerusalém e seus
governantes não reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo, cumpriram as palavras
dos profetas, que são lidas todos os sábados.
28 Mesmo não achando motivo
legal para uma sentença de morte, pediram a Pilatos que o mandasse executar.
29 Tendo cumprido tudo o que
estava escrito a respeito dele, tiraram-no do madeiro e o colocaram num
sepulcro.
31 e, por muitos dias, foi
visto por aqueles que tinham ido com ele da Galiléia para Jerusalém. Eles agora
são testemunhas dele para o povo. (...)
34 O fato de que Deus o
ressuscitou dos mortos, para que nunca entrasse em decomposição, é declarado
nestas palavras: ‘Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos prometidas a Davi’. 35 Assim ele diz noutra passagem: ‘Não
permitirás que o teu Santo sofra decomposição’.
36 "Tendo, pois, Davi
servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os
seus antepassados e seu corpo se decompôs.
37 Mas aquele a quem Deus
ressuscitou não sofreu decomposição.
38 "Portanto, meus
irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos
pecados.
c- Nos escritos joaninos, onde o conceito de Jesus Cristo como o
Filho do Deus Altíssimo, conforme a confissão de Pedro (Mateus 16: 13-16) é
plenamente desenvolvido.
3 – Os discípulos nunca referiram aos fatos bíblicos como simples
manifestação (Sabelianismo) ou atos de dissimulação (Islã) da parte de Deus; mas
como verdade. E é este testemunho da verdade que faz a concepção trinitariana biblicamente tanto aceitável quanto obrigatório.
VI – HAVERIA REPAROS A FAZER NO CREDO NICENO?
Na verdade houve, caso do Concílio de Constantinopla (381 d.C.) e
aceitos pelas tradições católicas, ortodoxas e nas igrejas reformadas
(protestantes históricas), assim como nas demais. Trata-se o Credo Niceno do mais antigo
documento a dar testemunho do consenso das igrejas cristãs, na pessoa de seus
líderes, sobre um assunto de interesse coletivo. Apesar de tudo, nenhum valor
teria, caso NÃO estivesse fundamentado no testemunho das Escrituras. Ei-lo,
numa das suas várias traduções:
Creio em um Deus , Pai
Todo-poderoso,
Criador
do céu e da terra,
e de
todas as coisas visíveis e invisíveis;
e em um Senhor Jesus
Cristo,
o
unigênito Filho de Deus,
gerado
pelo Pai antes de todos os séculos,
Deus de
Deus, Luz da Luz,
verdadeiro
Deus de verdadeiro Deus,
gerado
não feito, de uma só substância com o Pai;
pelo
qual todas as coisas foram feitas;
o qual
por nós homens e por nossa salvação,
desceu
dos céus, foi feito carne
pelo
Espírito Santo da Virgem Maria,
e foi
feito homem;
e foi
crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos.
Ele
padeceu e foi sepultado;
e no
terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras;
e subiu
ao céu e assentou-se à direita do Pai,
e de
novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não
terá fim.
E no
Espírito Santo, Senhor e Vivificador,
que
procede do Pai e do Filho,
que com
o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos
profetas.
Creio na
Igreja una, universal e apostólica,
reconheço
um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e
da vida do mundo vindouro.
Extraído de Paulo Anglada, Sola
Scriptura : A
Doutrina Reformada das Escrituras (São Paulo: Os Puritanos, 1998), 179-80.
De minha parte, eu trocaria a expressão (sobre Jesus) “gerado não
feito” por: existindo como Deus antes da
criação de tudo e da existência de todos os seres. E cabe ainda lembrar que em
outras traduções, em lugar de “Igreja
una, universal e apostólica” é empregado o termo católica. E católica significa
universal; não podendo, evidentemente, ter a conotação que o Catolicismo romano pressupõe. E é preciso ter em vista que o Catolicismo, de apostólico tão somente conservou o Credo.
VII – QUAL A CONCLUSÃO TIRAR SOBRE TUDO ISSO?
a - Tanto o Unitarismo quanto o Unicismo islâmico são essencialmente anti-cristão.
O primeiro quer fazer de Jesus Cristo uma espécie de mestre-de-obra do universo e (Pasmem-se!) a primeira mais importante que teria sido criada; a qual o Pai teria oferecido pela nossa redenção.
Ora, nesse caso, 1) é negado o testemunho bíblico quanto a deidade de Jesus; 2) Deus se torna um ser injusto, por fazer a Redenção não através de Si mesmo, mas de um outro, tirando literalmente o corpo fora; e 3) ignora que autoridade de Jesus para perdoar pecados (Em sentido geral e irrestrito, desde que, óbvio hajam arrependimento e fé.) vem do fato Dele ser a parte primeiramente ofendida pelos mesmos (Salmo 51: 1-4).
Já o Unicismo islâmico, além de negar o testemunho bíblico sobre a deidade de Jesus Cristo, quer negar também a Redenção. Em termos estritamente bíblicos, somente Deus poderia fazê-la: Ele é a parte primeiramente ofendida pelo pecado humano. Além disso, a Sua santidade e a Sua justiça jamais aceitaria que alguma simples criatura o fizesse. De modo que o ato redentor, ao contrário de um gesto do supremo amor, viesse a ganhar uma conotação de sadismo e injustiça.
O Pai NÃO se fez injusto para com o Filho, oferecendo-O pelos pecadores; pelo contrário o Filho, sendo Deus, ofereceu-Se a si mesmo, ato também atribuído ao Espírito Santo (Atos 20: 28 em conformação com Hebreus 9: 13-14). E não é sem causa que o Deus triúno afirma categoricamente, na Sua Palavra, quanto a primeira e à segunda vinda de Jesus Cristo a este mundo:
- "Vejam, eu enviarei o meu mensageiro (JOÃO BATISTA), que preparará o caminho diante de mim (JESUS CRISTO). E então, de repente, o Senhor (DEUS) que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá", diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias 3: 10
- " E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas. Olharão para mim (JESUS CRISTO), aquele a quem traspassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único, e lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho." Zacarias 12: 10
b - O Unicismo cristão e o Trinitarianismo não são anti-cristão, mas divergem quanto à concepção bíblica de Deus. Não é para menos. Pelo que vimos até aqui, o primeiro surge no século III; já o segundo, remonta-se à confissão pública da fé apostólica, quando do Batismo. Se quanto à deidade de Jesus Cristo e à Redenção, o Unicismo cristão permanece na doutrina apostólica; no que diz respeito à Doutrina de Deus, vai além. Procura explicações fora das Escrituras para a compreensão de um mistério revelado:
c - Colossenses 1: 24-27:
- "Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade por Deus a mim atribuída de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos.
EM TERMOS DE CONCLUSÃO: Somente na acepção trinitariana o Deus bíblico pode ser Deus (O Pai.) para nós; ao mesmo tempo, Deus (O Filho) conosco ("E eis que estou convosco..."); e, ao mesmo tempo, Deus em nós (Na pessoa do Espírito Santo). Trata-se de um fato, como é a própria experiência cristã. E jamais, a simples representação ou forma manifesta de algo impalpável.
Pode, num primeiro momento e aparentemente, para os desinformados (Como Maomé) ou para os intencionalmente mal informados (militantes do Islã moderno), trazer a conotação de uma pluralidade de deuses. Mas, não: trata-se apenas de um fato bíblico. Deus é um e único; todavia, o Todo-Poderoso se revelou, de fato e verdade (E não por simples manifestações sabelianas) como um ser plural. O Deus triúno.
O primeiro quer fazer de Jesus Cristo uma espécie de mestre-de-obra do universo e (Pasmem-se!) a primeira mais importante que teria sido criada; a qual o Pai teria oferecido pela nossa redenção.
Ora, nesse caso, 1) é negado o testemunho bíblico quanto a deidade de Jesus; 2) Deus se torna um ser injusto, por fazer a Redenção não através de Si mesmo, mas de um outro, tirando literalmente o corpo fora; e 3) ignora que autoridade de Jesus para perdoar pecados (Em sentido geral e irrestrito, desde que, óbvio hajam arrependimento e fé.) vem do fato Dele ser a parte primeiramente ofendida pelos mesmos (Salmo 51: 1-4).
Já o Unicismo islâmico, além de negar o testemunho bíblico sobre a deidade de Jesus Cristo, quer negar também a Redenção. Em termos estritamente bíblicos, somente Deus poderia fazê-la: Ele é a parte primeiramente ofendida pelo pecado humano. Além disso, a Sua santidade e a Sua justiça jamais aceitaria que alguma simples criatura o fizesse. De modo que o ato redentor, ao contrário de um gesto do supremo amor, viesse a ganhar uma conotação de sadismo e injustiça.
O Pai NÃO se fez injusto para com o Filho, oferecendo-O pelos pecadores; pelo contrário o Filho, sendo Deus, ofereceu-Se a si mesmo, ato também atribuído ao Espírito Santo (Atos 20: 28 em conformação com Hebreus 9: 13-14). E não é sem causa que o Deus triúno afirma categoricamente, na Sua Palavra, quanto a primeira e à segunda vinda de Jesus Cristo a este mundo:
- "Vejam, eu enviarei o meu mensageiro (JOÃO BATISTA), que preparará o caminho diante de mim (JESUS CRISTO). E então, de repente, o Senhor (DEUS) que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá", diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias 3: 10
- " E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas. Olharão para mim (JESUS CRISTO), aquele a quem traspassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único, e lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho." Zacarias 12: 10
b - O Unicismo cristão e o Trinitarianismo não são anti-cristão, mas divergem quanto à concepção bíblica de Deus. Não é para menos. Pelo que vimos até aqui, o primeiro surge no século III; já o segundo, remonta-se à confissão pública da fé apostólica, quando do Batismo. Se quanto à deidade de Jesus Cristo e à Redenção, o Unicismo cristão permanece na doutrina apostólica; no que diz respeito à Doutrina de Deus, vai além. Procura explicações fora das Escrituras para a compreensão de um mistério revelado:
c - Colossenses 1: 24-27:
- "Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade por Deus a mim atribuída de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos.
A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória."
EM TERMOS DE CONCLUSÃO: Somente na acepção trinitariana o Deus bíblico pode ser Deus (O Pai.) para nós; ao mesmo tempo, Deus (O Filho) conosco ("E eis que estou convosco..."); e, ao mesmo tempo, Deus em nós (Na pessoa do Espírito Santo). Trata-se de um fato, como é a própria experiência cristã. E jamais, a simples representação ou forma manifesta de algo impalpável.
Pode, num primeiro momento e aparentemente, para os desinformados (Como Maomé) ou para os intencionalmente mal informados (militantes do Islã moderno), trazer a conotação de uma pluralidade de deuses. Mas, não: trata-se apenas de um fato bíblico. Deus é um e único; todavia, o Todo-Poderoso se revelou, de fato e verdade (E não por simples manifestações sabelianas) como um ser plural. O Deus triúno.
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