sexta-feira, 25 de julho de 2014

AOS AMANTES DA VERDADE: Introdução a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 01

AOS AMANTES DA VERDADE

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“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Jesus Cristo.



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RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé) reúne, nos seus três volumes, três séries de artigos. Foram escritos em réplica a questionamentos, assim como aos usuais ataques feitos por adeptos da religião contra a fé cristã, conforme ocorreu em polêmica travada de Setembro de 2013 a Março de 2014, no grupo A SALVAÇÃO Em CRISTO JESUS, do Facebook.
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No intuito de desestabilizar a convicção de alguns, todo um arsenal de argumentações, via postagens e mais postagens, foi utilizado, objetivando negar a condição divina (deidade) de Jesus Cristo e Sua obra redentora, em favor da humanidade decaída (Romanos 1: 18-32; 3:23; 6:23, etc.). Assim como quiseram os nossos interlocutores pôr em dúvida aspectos históricos que dizem respeito à transmissão e à conservação da revelação bíblica através do tempo; mais enfaticamente, a formação do Novo Testamento.
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Sou forçado a reconhecer que meus interlocutores, quando da polêmica travada e razão de ser desta obra, sempre se mostraram “embasados” em suas suposições, tomadas pelos mesmos por verdade absoluta. E fosse realmente como pensam: 1 - Allah (o deus corânico) seria Deus, e o mesmo Deus da Bíblia; 2 - Maomé, dentre outras afirmações do Alcorão, o “selo da profecia” e profeta predito no Antigo e no Novo Testamento; 3 – E quanto ao livro considerado sagrado pelo Islã, o único digno de total credibilidade, em se tratando da revelação de Deus à humanidade. Acreditam e querem fazer acreditar que tal livro, “custodiado em placas eternas no céu” (Sura 85:22), teria sido revelado a Maomé, para corrigir supostas adulterações feitas na Bíblia. De modo que, o que está no Alcorão e concorda com as Sagradas Escrituras deve ser considerado verdadeiro; e quanto ao que não há acordo (E é em praticamente tudo...), caberia as “verdades“ corânicas prevalecer sobre as “mentiras” da Bíblia. Sim, a Bíblia é um de seus alvos preferidos: por mais contraditório que possa aparecer, tanto querem tomá-la como fonte de autoridade (para o próprio Alcorão), quanto tentar desacreditar suas doutrinas. E como propala a Sura 48:28, Allah teria enviado “o Seu Mensageiro com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre todas as outras religiões.”
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É mesmo uma estranha maneira de tentar se impor como religião, buscando destruir o fundamento no qual precisa se sustentar. O mesmo não acontece com as Sagradas Escrituras. E, biblicamente falando, e é justamente isso que este RESPOSTA AO ISLÃ se propõe mostrar aos que não se contentam com nada menos do que a verdade: 1 - Allah não é o Deus bíblico; 2- Maomé jamais seria reconhecido pelas Sagradas Escrituras profeta verdadeiro; 3 - logo, é impossível o Alcorão ser considerado Palavra de Deus, dentro dos preceitos e seguindo os princípios do que foi revelado aos profetas e aos apóstolos de Jesus Cristo (Romanos 3:1-2, 9:3-5, João 4:19-22, Lucas 1:1-3, Hebreus 1:1-4).
Inicialmente, minha intenção foi a de convencer os meus interlocutores de seus equívocos. Depois, percebi ser igualmente importante oferecer subsídios aos cristãos que queiram inteirar-se de tais assuntos, os quais não podem mesmo ser tratados sem a devida propriedade e conhecimento de causa. E eis aí um desafio, do qual o corpo Cristo também já não mais pode se esquivar, sem incorrer-se em grande risco. O Islã é uma realidade no Ocidente. E está ocupando, em várias nações, o vazio espiritual deixado por uma igreja refratária ao avivamento; porque relativista e sem amor (apologético) pela verdade.
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Em virtude do acima exposto, o primeiro volume de RESPOSTA AO ISLÃ trata justamente sobre as Evidências Manuscritas da Bíblia (& do Alcorão). Para que fique evidenciado qual dos livros deve ser reconhecido, levando-se em conta o próprio conteúdo e a documentação histórica pelas respectivas religiões disponibilizadas, como revelação de Deus à Humanidade.
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Na sustentação do seu discurso sobre o suposto ministério profético que teria tido Maomé (para a correção da revelação), o Islã ousa negar o testemunho apostólico sobre a pessoa e obra de Cristo (Sura 4:157-158, etc. e etc.). Uma de suas premissas e preferido leque de argumentações está na comparação que seus teólogos intentam fazer entre Jesus e Maomé, com relação a Moisés. Evidentemente, focalizando aspectos comparativos de menor interesse à espiritualidade fundamentada nas promessas e alianças de Deus, conforme ensina a Bíblia; todavia, superestimados por aquela religião. No segundo volume, respondemos a tal comparação. Ao mesmo tempo em que propusemos-nos provar a deidade e a missão redentora de Jesus Cristo. Não apenas discorrendo sobre o testemunho apostólico (Novo Testamento); mas, também, sobre o seu fundamento profético, constante do Antigo (Efésios 2: 17-22). De sorte que, do Gênesis ao Apocalipse, o Jesus que o Islã ainda não conhece (E, por isso mesmo, à semelhança dos judeus, também não O reconhece.) é desvendado aos que não se contentam com nada menos do que a verdade.
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Finalizando: seria bíblica a doutrina da Trindade? O leitor verificará não ser nenhuma novidade adeptos do Islã, assim como ateus e defensores de outras filosofias e religiões, confundir o Cristianismo apostólico (O único biblicamente defensável.) com o Catolicismo. Muitos, por desinformação; já outros, com intencional má informação. E querem atribuir à religião romana a criação do Novo Testamento. No caso do Islã, trata-se, em verdade, de uma tática que seus militantes modernos encontraram, supondo ser a mesma eficaz no combate à Doutrina bíblica de Deus. Partindo de tal pressuposto, alegam ter havido manipulação dos ensinamentos originais de Jesus; e que a concepção de Sua pessoa e obra (de que dá testemunho o Novo Testamento), teria sido não a proclamada; mas, atribuída aos apóstolos. No terceiro volume de RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé), procuramos responder à pergunta formulada no início deste parágrafo. Para isso, utilizamos-nos também tanto do Antigo quanto do Novo Testamento; tendo-se em visa que a Doutrina de Deus é única: do Gênesis ao Apocalipse.
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A série de artigos que integra este primeiro volume, foi publicada sob o título "ISLÃ X BÍBLIA": RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão), entre Novembro de 2013 e Janeiro de 2014. Foram os textos revistos e, agora, disponibilizados como um todo. Creio que os três volumes do livro acabam por se configurar numa resposta que se fez necessária, não apenas pelo fato de ter sido provocada. E se haveria algo mais a dizer, em se tratando de um preâmbulo da obra em si, oro para que RESPOSTA AO ISLÃ seja visto como um chamamento a temas de importância crucial para o Cristianismo e demais religiões monoteístas, nessa pós-modernidade. Há também uma bibliografia disponível (Vede em FONTES DE ESTUDOS E DE CONSULTAS.) do mais alto nível teológico e acadêmico. Fato que, infelizmente, contrasta-se com o grau de interesse dos que pela matéria deveriam se interessar. Dedico-o, portanto, aos amantes da verdade.
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NOTA: 

LEIA O VOL. 01, COMO PÁGINA DA WEB, SEGUINDO OS  LINKS:


LEIA O VOL. 02, COMO PÁGINA DA WEB, SEGUINDO O  LINKS: 

https://docs.google.com/document/d/1Xe9lmbhEhF5US-jYpQANqTR1PqXvwyM3GNxoWsB6EDg/edit?usp=sharing



CARO LEITOR,
Atendendo às palavras de Jesus, "de graça recebestes, de graça dai", artigos e os LIVROS DO AUTOR sobre o tema (num total de quatro, sendo dois em três volumes) estarão sempre disponibilizados neste blog para leitura.
Compreendendo, porém, que a rolagem é um tanto deficitária, a obra pode ser adquirida no formato PDF (e-book), mediante oferta única de qualquer valor. Uma forma também de ajuda a este ministério.
PEDIDO ecomprovação de pagamento (fotografia do extrato) para o seguinte e-mail:
m.madsaiin.ebook@gmail.com
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Caixa Economica Federal   (104) 
Operação 013
Titular: Marcos Antonio Dias

AGENDE:
palestras, testemunho (Culto de missões, etc.) e cursos, com aula semanal e duração mínima de três meses.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Vol. 01 RESPOSTA AO ISLÃ: Sobre As Evidências Manuscritas da Bíblia (& do Alcorão)

IMPORTANTE: Texto revisto em Abril de 2019. 


 








RESPOSTA AO ISLÃ

(O Que Todo Cristão Precisa Saber
Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé)





M. Madsaiin Dias












VOLUME 01: Sobre As Evidências Manuscritas da Bíblia (& do Alcorão)

. Introdução
. Réplica Primeira
. Réplica Segunda
. Réplica Terceira – Parte I
. Réplica Terceira – Parte II
. Réplica Terceira – Parte III
. Fontes de Estudos e de Consultas

2014




RESPOSTA  AO ISLÃ – Vol. 1
SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão)

INTRODUÇÃO:

AOS AMANTES DA VERDADE.


E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Jesus Cristo.


RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé) reúne, nos seus três volumes, três séries de artigos. Foram escritos em réplica a questionamentos, assim como aos usuais ataques feitos por adeptos da religião contra a fé cristã, conforme ocorreu em polêmica travada de Setembro de 2013 a Março de 2014, no grupo A SALVAÇÃO Em CRISTO JESUS, do Facebook.
No intuito de desestabilizar a convicção de alguns, todo um arsenal de argumentações, via postagens e mais postagens, foi utilizado, objetivando negar a condição divina (deidade) de Jesus Cristo e Sua obra redentora, em favor da humanidade decaída (Romanos 1: 18-32; 3:23; 6:23, etc.). Assim como quiseram os nossos interlocutores pôr em dúvida aspectos históricos que dizem respeito à transmissão e à conservação da revelação bíblica através do tempo; mais enfaticamente, a formação do Novo Testamento.
Sou forçado a reconhecer que meus interlocutores, quando da polêmica travada e razão de ser desta obra, sempre se mostraram “embasados” em suas suposições, tomadas pelos mesmos por verdade absoluta. E fosse realmente como pensam: 1 -  Allah (o deus corânico)  seria Deus, e o mesmo Deus da Bíblia; 2 -  Maomé, dentre outras afirmações do Alcorão, o “selo da profecia” e profeta predito no Antigo e no Novo Testamento; 3 – E quanto ao livro considerado sagrado pelo Islã, o único digno de total credibilidade, em se tratando da revelação de Deus à humanidade. Acreditam e querem fazer  acreditar que tal livro, “custodiado em placas eternas no céu” (Sura 85:22), teria sido revelado a Maomé, para corrigir supostas adulterações feitas na Bíblia. De modo que, o que está no Alcorão e concorda com as Sagradas Escrituras deve ser considerado verdadeiro; e quanto ao que não há acordo (E é em praticamente tudo...), caberia as “verdades“ corânicas prevalecer sobre as “mentiras” da Bíblia. Sim, a Bíblia é um de seus alvos preferidos: por mais contraditório que possa aparecer, tanto querem tomá-la como fonte de autoridade (para o próprio Alcorão), quanto tentar desacreditar suas doutrinas. E como propala a Sura 48:28, Allah teria enviado “o Seu Mensageiro com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre todas as outras religiões.”
É mesmo uma estranha maneira de tentar se impor como religião, buscando destruir o fundamento no qual precisa se sustentar. O mesmo não acontece com as Sagradas Escrituras. E, biblicamente falando, e é justamente isso que este RESPOSTA AO ISLÃ se propõe mostrar aos que não se contentam com nada menos do que a verdade: 1 - Allah não é o Deus bíblico; 2- Maomé jamais seria reconhecido pelas Sagradas Escrituras profeta verdadeiro; 3 - logo, é impossível o Alcorão ser considerado Palavra de Deus, dentro dos preceitos e seguindo os princípios do que foi revelado aos profetas e aos apóstolos de Jesus Cristo (Romanos 3:1-2, 9:3-5, João 4:19-22, Lucas 1:1-3, Hebreus 1:1-4).     
Inicialmente, minha intenção foi a de convencer os meus interlocutores de seus equívocos. Depois, percebi ser igualmente importante oferecer subsídios aos cristãos que queiram inteirar-se de tais assuntos, os quais não podem mesmo ser tratados sem a devida propriedade e conhecimento de causa. E eis aí um desafio, do qual o corpo Cristo também já não mais pode se esquivar, sem incorrer-se em grande risco. O Islã é uma realidade no Ocidente. E está ocupando, em várias nações, o vazio espiritual deixado por uma igreja refratária ao avivamento; porque relativista e sem amor (apologético) pela verdade.  
Em virtude do acima exposto, o primeiro volume de RESPOSTA AO ISLà trata justamente sobre as Evidências Manuscritas da Bíblia (& do Alcorão). Para que fique evidenciado qual dos livros deve ser reconhecido, levando-se em conta o próprio conteúdo e a documentação histórica pelas respectivas religiões disponibilizadas, como revelação de Deus à Humanidade.
Na sustentação do seu discurso sobre o suposto ministério profético que teria tido Maomé (para a correção da revelação), o Islã ousa negar o testemunho apostólico sobre a pessoa e obra de Cristo (Sura 4:157-158, etc. e etc.). Uma de suas premissas e preferido leque de argumentações está na comparação que seus teólogos intentam fazer entre Jesus e Maomé, com relação a Moisés. Evidentemente, focalizando aspectos comparativos de menor interesse à espiritualidade fundamentada nas promessas e alianças de Deus, conforme ensina a Bíblia; todavia, superestimados por aquela religião. No segundo volume, respondemos a tal comparação. Ao mesmo tempo em que propusemos-nos provar a deidade e a missão redentora de Jesus Cristo. Não apenas discorrendo sobre o testemunho apostólico (Novo Testamento); mas, também, sobre o seu fundamento profético, constante do Antigo (Efésios 2: 17-22). De sorte que, do Gênesis ao Apocalipse, o Jesus que o Islã ainda não conhece (E, por isso mesmo, à semelhança dos judeus, também não O reconhece.) é desvendado aos que não se contentam com nada menos do que a verdade.
  Finalizando: seria bíblica a doutrina da Trindade? O leitor verificará não ser nenhuma novidade adeptos do Islã, assim como ateus e defensores de outras filosofias e religiões, confundir o Cristianismo apostólico (O único biblicamente defensável.) com o Catolicismo. Muitos, por desinformação; já outros, com intencional má informação. E querem atribuir à religião romana a criação do Novo Testamento. No caso do Islã, trata-se, em verdade, de uma tática que seus militantes modernos encontraram, supondo ser a mesma eficaz no combate à Doutrina bíblica de Deus. Partindo de tal pressuposto, alegam ter havido manipulação dos ensinamentos originais de Jesus; e que a concepção de Sua pessoa e obra (de que dá testemunho o Novo Testamento), teria sido não a proclamada; mas, atribuída aos apóstolos. No terceiro volume de RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé), procuramos responder à pergunta formulada no início deste parágrafo. Para isso, utilizamos-nos também tanto do Antigo quanto do Novo Testamento; tendo-se em visa que a Doutrina de Deus é única: do Gênesis ao Apocalipse.

A série de artigos que integra este primeiro volume, foi publicada sob o título  "ISLÃ X BÍBLIA": RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão), entre Novembro de 2013 e Janeiro de 2014. Foram os textos revistos e, agora, disponibilizados como um todo. Creio que os três volumes do livro acabam por se configurar numa resposta que se fez necessária, não apenas pelo fato de  ter sido provocada. E se haveria algo mais a dizer, em se tratando de um preâmbulo da obra em si, oro para que RESPOSTA AO ISLÃ seja visto como um chamamento a temas de importância crucial para o Cristianismo e demais religiões monoteístas, nessa pós-modernidade. Há também uma bibliografia disponível (Vede em FONTES DE ESTUDOS E DE CONSULTAS.) do mais alto nível teológico e acadêmico. Fato que, infelizmente, contrasta-se com o grau de interesse dos que pela matéria deveriam se interessar. Dedico-o, portanto, aos amantes da verdade.
  




RÉPLICA PRIMEIRA


 Preliminares:

1/ No meio acadêmico ou em nossas  escolas de Teologia, é dado o nome  EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS a uma gama de documentos comprobatórios de que as Escrituras Sagradas tal como a temos hoje (Antigo e Novo Testamento.) são as mesmas utilizadas pela igreja cristã do primeiro século. Em texto postado no Facebook, como parte da polêmica que ora está sendo travada no grupo A SALVAÇÃO Em CRISTO JESUS, Abdul Satar, fez alguns COMENTÁRIOS UM TANTO QUANTO EQUIVOCADOS, PORÉM, BASTANTE INTERESSANTES. Isto porque suas considerações NOS PROPORCIONAM ALGUMAS PERTINENTES COMPARAÇÕES.
Tais comparações  podem  e devem ser feitas entre: a) AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA VIDA TERRENA DE JESUS CRISTO. Seja: o Novo Testamento, o qual trata exponencialmente sobre a existência,  ensinamentos e o conceito que Dele faziam os primeiros discípulos (João 20: 19 e 26-29); e b)  AS DOCUMENTAÇÕES EXISTENTES SOBRE A EXISTÊNCIA DE MAOMÉ. 
O ALCORÃO NÃO ESCLARECE QUASE QUE ABSOLUTAMENTE NADA SOBRE O CERCA DE MEIO DE SÉCULO DE VIDA DO “PROFETA DO ISLÔ. Torna-se, então,  obrigatório ao estudioso apelar para “tradições islâmicas”. E dentre as mesmas, as suas biografias, no mundo islâmico conhecidas por SIRAT e para os HADITH (Ditos e feitos atribuídos ao mesmo).

2/ Indo mais um pouco além, PODEMOS ESTENDER A COMPARAÇÃO TAMBÉM COM O ALCORÃO. E temos que, levar em consideração os manuscritos de SAMARGAND E TOPKAPI. Estes manuscritos, nos informa  John Gilchrist,  são tidos acadêmicos do  Islã (Embora contraditoriamente, veremos no decorrer desta série de artigos.) como sendo exemplares da compilação ordenada pelo terceiro sucessor de Maomé, o califa Uthmãn.  Ele  teria morrido  cerca de vinte  anos após o profeta do Islamismo (656 d.C.). Um dos manuscritos encontra-se  no Uzbequistão; e  o outro, na Turquia.
Do mesmo modo, SÃO TRÊS OS MANUSCRITOS MAIS ANTIGOS DAS ESCRITURAS SAGRADAS de judeus e dos cristãos (A Bíblia.), conforme as temos até os dias de hoje:
1 - O CÓDICE ALEXANDRINO, disponível no Museu Britânico, Londres;
2 – O CÓDICE SINAÍTICO, também disponível no Museu Britânico;
3 – O CÓDICE VATICANO, disponível na Biblioteca do Vaticano e datado do século IV (anos Trezentos d.C.), assim como os demais.

3/ ESTES CÓDIGOS (OU MANUSCRITOS DA BÍBLIA NA SUA TOTALIDADE)  SÃO A PROVA IRREFUTÁVEL de que as Escrituras Sagradas nas mãos dos judeus e dos cristãos, já há  DUZENTOS ANTES DE MAOMÉ (570-622 d.C.), eram o Novo e Velho Testamento que  conhecemos. E A ESTES PRINCIPAIS MANUSCRITOS, AGREGASSE UMA DOCUMENTAÇÃO ENORME. Segundo Jay Smith, no seu Evidências Para A Autoridade da Bíblia, Uma Apologética Cristã:

19.284 traduções em mais de 11 idiomas:
- Latim (10.000, a partir de 150 d.C.);
- Siríaco (350, a partir de 150 d.C.);
- Cóptico (100 ou mais, entre os séculos III e IV d.C.)
- Armênio (2.587, a partir de 400 d.C.);
- Gótico (06, a partir do século IV d.C.);
- Geórgio/Eslavo (4.101, a partir do século V d.C.);
- Etíope (2.000, a partir do século VI d.C.);
- Núbio (século VI d.C.);
- Árabe (75), Persa (2) e Franco (1).
Duzentos e trinta destas traduções são bastante primitivas, tendo sido feitas a partir de meados de meados do Século II.

 A REGRA GERAL QUANTO A MANUSCRITOS, entre os estudiosos é a seguinte: quanto maior o número, maior a credibilidade. E UMA INTERESSANTE COMPARAÇÃO PODE SER FEITA entre as datas dos manuscritos bíblicos e as datas dos manuscritos de grandes historiadores e filósofos, p.ex., Heródoto, Aristóteles e Plínio. Ainda segundo Smith, alguns manuscritos do Novo Testamento datam de até trezentos anos depois do original; enquanto outros distanciam entre 40 e 250 anos da data em que foi escrito (Primeiro século.). E um deles, estima-se, é co-existente ao original.  Já quanto aos manuscritos seculares, todos eles possuem uma distância histórica de 750 a 1400 anos em relação ao original. E não se questiona, no meio acadêmico, sua data e autoria.
E se há algo muito importante que precisamos, ainda que brevemente, pontuar, trata-se dos seguintes fatos históricos e de extremado valor teológico:
I - AS VULGATAS LATINAS são edições da Bíblia, utilizando para o Antigo Testamento a Septuaginta e para o Novo, manuscritos em Grego.
II -  NO II SÉCULO ANTES DE CRISTO FOI PUBLICADA A SEPTUAGINTA. E nesta tradução para o Grego do Antigo Testamento encontramos todos os livros constantes dele hoje. E destes, constam as mais de TREZENTAS PROFECIAS SOBRE JESUS CRISTO, INCLUSIVE AS QUE TRATAM DA SUA DEIDADE E OBRA REDENTORA (Gênesis 3: 13-15; Levítico, Salmo 22, Isaías 53 e Daniel 9: 23-27 em conformação com Mateus 24: 15-28, etc. e etc.).
O autor da Carta aos Hebreus toma a Septuaginta como referência, para esclarecer o quanto  pessoa e obra expiatória de Jesus Cristo se conformam à Torá. E dá, portanto, àquela tradução das Escrituras Sagradas o status de conservação da revelação verdadeira. Já no Novo Testamento, apóstolo Pedro faz o mesmo em relação aos escritos de Paulo, quando do testemunho constante de sua Segunda Carta (3: 14-18). E com isso, avaliza os escritos de Lucas, cooperador do ministério do menor dos apóstolos (Colossenses 4:14, II Timóteo 4:11 e Filemom 24)
III – E POR QUE SE TORNARIA MAIS FÁCIL A CONSERVAÇÃO DOS MANUSCRITOS, A PARTIR DO SÉCULO QUARTO (Anos trezentos d.C.)?
Os manuscritos primitivos são raros; pois o pergaminho (feito de pele de animais),  seria  mais usualmente  utilizado somente nos anos Trezentos. Antes, usava-se  o papiro (formado por tiras vegetais intercaladas), o qual, quando  manuseado, tinha vida útil de no máximo duzentos anos. Aos poucos, o papiro foi sendo substituído pelo pergaminho. Mesmo em se tratando do papiro, há alguns fragmentos hoje ainda existentes (dado o não manuseio) do século II a.C. e, segundo estudiosos, a possibilidade de fragmentos até do primeiro século. 
Foi em função da necessidade de conservação do Antigo Testamento que surgiu a classe e o ministério dos escribas. A cada dois séculos, no máximo, tornava-se necessário fazer novas cópias dos sessenta e seis livros. De sorte que nem mesmo o rolo de pergaminho que o Senhor  Jesus tomava, conforme o Seu costume, para ler na sinagoga de Nazaré (Lucas 4: 16-21), deixou de sofrer igual processo de desintegração. E graças a Deus por isso! Imagine se fosse o mesmo preservado ou alguém atribuísse a quaisquer outros o manuseio pelo Senhor? Teria certamente virado objeto de idolatria por aqueles que se preocupam mais com o objeto do livro do que com a preservação e retransmissão dos oráculos de Deus.
É importante que saibamos que tal retransmissão da revelação divina foi confiada a judeus somente (Romanos 3: 1-2, 9: 15 e Hebreus 1: 1-4). E esta é uma das primeiríssimas razões da rejeição do Alcorão como tal. Fora o fato deste último, conforme descriminaremos ao longo desta série, nas supostas revelações atribuídas à Maomé (e até mesmo em se tratando de compilação), atentar contra o caráter do Deus bíblico, o qual é santo, santo, santo (Isaías 6). 

4/ Qualquer leitor de Atos dos Apóstolos perceberá ALGO MUITO IMPORTANTE NA QUESTÃO ACIMA DELINEADA. Antes dos Evangelhos, de Atos, das Cartas (pastorais e universais) e do Apocalipse serem escritos; e isso apenas décadas depois da ascensão de Cristo aos céus (Atos 1: 1-8 e Hebreu 1:1-4)  conforme admite até o próprio Abdul Satar; OS DISCÍPULOS CONVENCIAM AOS JUDEUS DE QUE JESUS CRISTO ERA O MESSIAS (DEUS SALVADOR) UTILIZANDO SOMENTE O ANTIGO TESTAMENTO. E o Antigo Testamento, tal como o temos hoje (Atos 2: 14-36; 3: 15-26; 4: 23-31; 7: 1-53; 8: 26-40; 9: 22; 13: 13-41; 17: 1-3; 18: 2428). De forma que as EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS da Bíblia VÃO DE DUZENTOS ANTES DE CRISTO (Septuaginta, entre outras.) A TREZENTOS DEPOIS DA SUA ASCENSÃO AOS CÉUS (Traduções e manuscritos vários.). E tais evidências antecedem a Maomé e ao Islã em pelo menos de quinhentos a trezentos anos.

5/ E QUAL É O TESTEMUNHO DE MAOMÉ, AINDA QUE CONTRADITÓRIO, SOBRE AS ESCRITURAS SAGRADAS DE JUDEUS E CRISTÃOS EXISTENTES NO SEU TEMPO?
I - Suras 5: 46-47 e 68: de que OS PRÓPRIOS CRISTÃOS deveriam acreditar na Bíblia.
II - Suras 4: 136: de que OS PRÓPRIOS MUÇULMANOS DEVEM TAMBÉM deveriam crer.
III - Sura 29: 46: de que OS MUÇULMANOS NÃO DEVERIAM DISCUTIR com os cristãos.
IV - Suras 10: 94 e 21:7; de que OS MUÇULMANOS (E ATÉ O PRÓPRIO MAOMÉ) DEVERIAM RECORRER AOS CRISTÃOS E AOS JUDEUS em caso de dúvida.
V – Suras 6:34 e 50: 28-29: de que A PALAVRA DE DEUS NÃO MUDA. Logo, as  ESCRITURAS SAGRADAS DE JUDEUS E CRISTÃOS (A Bíblia.) NÃO PODERIAM TER SIDO ALTERADAS. Pelos menos para quem entende ser importante a coerência e não os sofismas em seu discurso.
VI – Sura 61: 14: de que OS DISCÍPULOS FORAM APROVADOS POR DEUS E COMISSIONADOS POR JESUS CRISTO. (Sendo assim, o Alcorão deveria mostrar o mesmo Jesus dos Evangelhos e do Novo Testamento; não o contrário, como contraditoriamente faz. E nenhum islâmico encontra explicação convincente para este estranhíssimo caso “teológico”.)
VII – de que OS JUDEUS ERRARAM AO RENEGAR A  JESUS. (E compreendendo que antes do Novo Testamento ter sido escrito, os discípulos utilizavam o Antigo para convencer aos seus patrícios que Jesus era o profeta prometido por Moisés (Atos 3: 22-24, etc.), não caberia o Islã e nem a Maomé reivindicar para si a profecia de Deuteronômio 18:18. Até porque o próprio Jesus atribuiu-a a Si mesmo, em João 5: 45-47).

6/ Mesmo diante do acima exposto, o Islã (de Abdul Satar, assim como Amyr Aly Julaya, Anacleto Bebane, Momade Gitaide e demais militantes ou acadêmicos modernos) é sistemático nos seus ataques à Bíblia. Cabe, então, a REPRODUÇÃO DA POSTAGEM DE ABDUL SATAR, possivelmente “linkada” de algum site anticristão, nos seus aspectos mais interessantes:


"300 anos é muito tempo sabias?

Imaginem que há 200 anos atrás nem existia telefone no brasil e hoje cada brasileiro tem 2 celulares em média. Imagine que há 200 anos atrás não havia carros no brasil e hoje ficamos presos em engarrafamentos. Imaginem que há 200 anos atrás não existia futebol e hoje em dia é o esporte mais popular do mundo movimentando bilhões de dólares.
Portanto, em 200 anos, muuuuita coisa acontece.

Depois da partida de Jesus as pessoas transmitiram oralmente a sua história e depois de algumas décadas escreveram sobre ele. Eu vou enumerar umas questões para facilitar a vida de quem por acaso queira comentar

1 - Os evangelhos são tecnicamente anônimos. Não foram assinados e, em um deles, o suposto autor teria se referido a si mesmo em 3ª pessoa. A maioria dos especialistas dão os evangelhos como tecnicamente anônimos e a única razão para atribuir os evangelhos gregos a Mateus, Marcos, Lucas e João são os testemunhos de bispos romanos. Alguns desses chamaram maria de Mão de Deus, uma incoerência que os protestantes renegam, porém aceita outras afirmações deles cegamente.

2 - Escreveram as palavras de Jesus em grego, idioma que ele não falou. Portando, o teólogo que se debruça em análises profundas sobre os significados das palavras do evangelho, está no mínimo se enganando a si mesmo, pois está analisando profundamente palavras que Jesus não disse. O que nos permite dizer, também, com toda certeza, que os evangelhos da bíblia não possuem nenhuma única palavra que realmente tenha sido dita por Jesus.

 3 - A bíblia que temos hoje é baseada em manuscritos de 300 anos depois de Jesus. Os manuscritos legíveis dos evangelhos bíblicos são de 300 anos depois de Jesus. Antes, desse período, são pouco e apenas fragmentos, alguns tão pequenos quanto uma caixa de fósforo e até o ano 300 não há nenhum manuscrito que tenha um único capítulo completo. Ou seja, não sabemos como esses evangelhos eram antes disso.

 4 - Quase a totalidade das pessoas que ouviram Jesus e o conheceram pessoalmente eram falantes do aramaico e hebraico. Porém não há nenhum escrito dessas milhares (talvez milhões) de pessoas que viram e ouviram Jesus pessoalmente."

         ("300 ANOS É MUITO TEMPO SABIAS?", 05/11/2013 às 18:43, Facebook - grupo A SALVAÇÃO Em Cristo:  https://www.facebook.com/groups/451501171573444/)

7/ Bem: aparentemente, mas somente aparentemente, Abdul Satar teria razão nalguma de suas (ou quem redigiu o texto acima) colocações. Passarei, na medida do meu possível, a responder-lhe nas próximas postagens. Instarei por observar o prazo de uma semana. Devo lembrar ao leitor que ainda não pude terminar outras duas séries de artigos que venho publicando em réplica a esse tipo de ataque sistemático, irrefletido e chegado à beira da irresponsabilidade intelectual.
DEVO, PORÉM, ADIANTAR:
I  – NÃO foram  bispos romanos (Quer dizer da Igreja Católica, surgida no século IV.) que atribuíram autoria aos evangelhos; antes, eles apenas atestaram toda uma tradição, iniciada pelos próprios contemporâneos dos autores. Nem se pode tratar o tema formação do Novo Testamento, sem levar em conta a ação dos cristãos apostólicos e pós-apostólicos pré-Catolicismo, no aspecto cronológico. Mas é, infelizmente, o que qualquer desinformado ou intencionalmente mal informado   faz. E disso quem não se conforma com menos que a verdade precisa inteirar-se.
II – O Islã (de Abdul Satar)  esquece que o Cristianismo já nasceu com um caráter universal. De forma que NÃO importava impor o Hebraico e/ou  Aramaico à sua forma de comunicação, como sempre quis fazer o Islã com o Árabe. Era mais pertinente alcançar os confins da Terra, conforme ordenou Jesus, utilizando o idioma Grego. Tal idioma cumpria naquele tempo o papel do Inglês nos dias de hoje. Evangelho significa Boas Novas de Salvação; e boas notícias precisam ser bem comunicadas e entendidas aonde quer que elas venham chegar. Pense na internet e imagine se somente fosse possível comunicar-se através da mesma em Árabe tradicional? Chegaríamos a lugar nenhum! É possível que 90% dos islâmicos nos dias de hoje não falem tal idioma.
III – A BÍBLIA, TAL COMO A TEMOS NOS DIAS DE HOJE É A PROVA MAIS CABAL DE QUE O SENHOR (Êxodo 3: 15 em conformação com João 8:58.) AGE SOBERANAMENTE NA HISTÓRIA. E pelo simples fato de que Ele vela por Sua Palavra para a  cumprir, conforme disse o profeta Jeremias.
Antes de Moisés, os fatos mais importantes da História da humanidade, do início da vida no planeta àqueles dias (Cerca de 1450 a.C.) foram retransmitidos entre os judeus, através da tradição oral. Embora haja em outras culturas hieróglifos e placas, corroborando a existência de alguns destes mesmos acontecimentos, dentro da ótica, evidentemente, de cada povo. Mais tarde, a classe dos escribas judeus surgiu da necessidade de se conservar a Palavra de Deus através de manuscritos, porque estes sempre ensejaram maior segurança que a da oralidade. Os papiros duravam em média duzentos anos. E somente depois da utilização do pergaminho, a partir do século IV, tornou-se possível, a maior durabilidade na conservação dos textos originais, fortalecendo desse modo a conservação das evidências manuscritas.
SOMENTE UMA CONCEPÇÃO TACANHA DE DEUS pode ignorar que a Bíblia (tal como a temos hoje)  é o único livro que conserva os fatos mais importantes da História humana, desde Adão e Eva. Se formos, por exemplo, buscá-los no Alcorão, o que encontraremos? Histórias (e estórias) fora do contexto; em contradição com as escrituras bíblicas que lhe são anteriores; anacronismos; conceitos errados sobre Deus, o homem e a salvação; informações em conflito; contradição do livro em si mesmo; erros científicos e até o simples erro de matemática; além do fato de copidesques do Talmude e de outras fontes extra-bíblicas terem recebido o status de “nova” revelação. Logo, não é pelo Alcorão que um bom conhecedor da verdadeira revelação de Deus ao homem irá se orientar.
O próprio evangelista Lucas atesta que, já no seu tempo, houve muitos relatos sobre a vida de Jesus (1:1-4 e Atos 1:1-11). De forma que os testemunhos e narrativas surgiram já nas primeiras décadas após a ascensão do Senhor. Nem todas as narrativas ganharam o status de inspiradas por Deus. E não é também pelo fato de serem produzidas já em meados do primeiro século que receberiam o aval; como, p.ex., o que Pedro dá aos escritos de Paulo (II Carta 3: 14-18). Somente o fato de NÃO terem sido preservadas ou tornadas de uso corrente no meio da comunidade cristã, já demonstra o agir de Deus preservando o que deveria ser preservado e levando o Seu povo a refugar o que deveria ser refugado.
Nesse mister, nada aconteceu com a formação do Novo Testamento diferente do que aconteceu com a do Antigo. Como a Palavra de Deus permanece para sempre, a permanência desses livros apenas dão testemunho do agir de Deus em favor a integridade dos mesmos. Não se pode ler a Bíblia tendo de Deus uma concepção tão tacanha como a islâmica ou coisa semelhante.

AGORA EM TERMOS DE CONCLUSÃO DESTA PRIMEIRA PARTE: As críticas do Islã (de Abdul Satar) não têm razão de ser diante do testemunho, ainda que contraditório, do próprio Alcorão sobre as Sagradas Escrituras de judeus e cristãos (sura 10:94, entre tantas outras). Além disso,  ESTÁ HISTORICAMENTE COMPROVADO que a Bíblia existente no tempo de Maomé é a mesma que temos hoje. CASO, PORÉM, o Islã moderno queira insistir em tese contrária, a religião se coloca numa posição bastante incômoda. Seus adeptos precisariam dar conta de pelos menos da Torá que julgam ser verdadeira e do suposto evangelho escrito em aramaico por Jesus, conforme costumam cobrar alguns desavisados e mal informados acadêmicos e militantes. Pois SERIA  AOS MESMOS (ANTIGO E NOVO TESTAMENTO) QUE OS MUÇULMANOS, E ATÉ O “PROFETA DO ISLÔ, DEVERIAM RECORRER, EM CASO DE DÚVIDA. E se o Islã os tinham em mãos (Afinal, assenhoraram-se dos bens, viúvas e órfãs de cristãos e judeus inocentes, contra os quais fizeram guerras, exterminando alguns de seus clãs na Arábia.), por que não os conservaram?



  

RÉPLICA SEGUNDA


1/ SOBRE AUTORIAS:  No primeiro artigo desta série, MOSTRAMOS OS MOTIVOS pelos quais NÃO pode haver nenhuma razão para alguém supor serem outras, as escrituras consideradas sagradas por judeus e cristãos, que não fossem o ANTIGO E O NOVO TESTAMENTO (E tal como os temos hoje.), nos tempos de Maomé (Século VI d.C.).
OS TRÊS PRINCIPAIS MANUSCRITOS DA BÍBLIA na sua totalidade, ainda hoje conservados em pergaminho e datados de pelos menos DUZENTOS ANOS ANTES DO ISLÃ, são a prova histórica e incontestável do fato. Além deles, há milhares de cópias de manuscritos; e somente do Novo Testamento, mais de duas centenas preexistentes a Maomé.
E sendo o Novo Testamento a razão desta réplica, na própria postagem de Abdul Satar, possivelmente “linkada” de algum site anti-cristão, há o reconhecimento que “Depois da partida de Jesus as pessoas transmitiram oralmente a sua história e depois de algumas décadas escreveram sobre ele.”
De fato, somente os escritos de João, ultrapassam a margem de uma a três décadas da ressurreição do Senhor. E esta correta datação é por si mesma bastante definidora da  AUTORIDADE APOSTÓLICA do Novo Testamento. Ou seja: os livros foram ESCRITOS PELOS PRIMEIROS APÓSTOLOS OU POR PESSOAS DIRETAMENTE LIGADAS A ELES. Razão pela qual, somente poderiam ser aos seus verdadeiros autores atribuídos. Surgindo, a partir do momento em que passam a ser utilizados pela igreja do século I (E NÃO nos anos Trezentos d.C., como quer Abdul Satar e/ou quem escreveu a matéria.) a tradição oral (e também manuscrita) que preservou a verdade quanto à autoria de todos os livros hoje constantes do Novo Testamento, exceto a Carta aos Hebreus. E esta, embora indefinida em se tratando de autoria, não, porém, quanto à sua correta datação. 

2/  SOBRE AUTORIAS 02: Devemos ainda levar em conta que, estando vivos os autores, ou algum de seus contemporâneos, PODERIAM ESTES, FOSSE O CASO, REFUTAR tanto a autoria como acréscimo de algum fato inverídico ou doutrina errônea, caso realmente tivesse acontecido. Observamos como Paulo é atencioso quanto a essa possibilidade:
  
- 2Tessalonicenses 2:1: “Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos,  que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto.
  
E do mesmo modo,  poderiam também os primeiros apóstolos  DAR  O STATUS DE ESCRITOS CORROBORADORES da revelação de Jesus Cristo a obras escritas no seu tempo. E em se tratando de exemplos, tanto de um e o outro caso,  é importante observar:
  
1 - Pedro reconhece os escritos de Paulo como corroboradores da revelação de Jesus Cristo:
 2Pedro 1:20-21: “...sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.  Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”
- 2Pedro 3:15: “...e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, mas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição.

2 – João refuta o ensinamento gnóstico, o qual negava aspecto da redenção Cristo e a vinda de Deus na forma humana, na pessoa de Jesus. Curiosamente, o Alcorão fará o copidesque deste falso ensinamento, querendo dar-lhe status de “nova” revelação para os árabes do século VII. Senão Vejamos:
I - A MORTE EXPIATÓRIA DE CRISTO ESTAVA PREDITA NO ANTIGO TESTAMENTO, entre outros, no sistema de sacrifício instituído por Moisés (Livro de Levítico); no Salmo 22, entre outros de Davi; no Livro do Profeta Isaías, capítulo 53 e Daniel 9: 24-27.
II -  A MORTE EXPIATÓRIA, SEGUIDA DA RESSURREIÇÃO É A RAZÃO DE SER E A MENSAGEM CENTRAL DOS EVANGELHOS:
 Lucas 24:44: “Depois (JESUS) lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;  e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.  Vós sois testemunhas destas coisas.
 Lucas 24:25:  “Então ele (JESUS)  lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crerdes tudo o que os profetas disseram!  Porventura não importa que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?  E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
III -  SABE-SE, HISTORICAMENTE, QUE JOÃO CHAMA DE ANTI-CRISTOS AOS GNÓSTICOS, COMO EU JÁ DISSE, CUJA FILOSOFIA SOBRE A EXISTÊNCIA E MORTE DE JESUS CONTRADIZIA A VERDADE BÍBLICA E APOSTÓLICA.  (MAS É À TAL FILOSOFIA QUE,  SÉCULOS MAIS TARDE, O ALCORÃO QUIS DAR O STATUS DE “NOVA” REVELAÇÃO.)
- 1João 2:18: “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora. (...)  Ora, vós tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento.  Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.  Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
- Sura 4: 157:  “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram,senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram”.

Na “teologia” corânica, Allah teria simulado a crucificação de Jesus Cristo, como se engano e fingimento fossem atributos para Deus. Em verdade, o Alcorão copidesca livros apócrifos, escritos a partir do Segundo século d.C., dando o status de “nova” revelação a conceitos contrários ao apostólico.

3 – SOBRE AS DATAS:
Da morte de Jesus ao inicio da FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO, não se passa mais de duas décadas, uma vez que as primeiras cartas de Paulo são dos anos Quarenta.  Antes do final dos anos Sessenta do século I todos os livros estavam escritos, exceto possivelmente o Apocalipse de João. Tal se confirma pela AUSÊNCIA DE MENÇÃO nos mesmos de alguns fatos históricos  importantíssimos à espiritualidade e religiosidade judaico-cristã:
I -   Ausência de menção da morte de Tiago, não o primeiro dos doze apóstolos martirizado (Atos 12.), mas o irmão do Senhor, autor da Carta constante do Novo Testamento, em 62 d.C.; de Paulo, em 64; e de Pedro, em 65.
II  - Ausência de menção da tomada de Jerusalém pelo general romano Tito;
III -  e  da destruição do Templo de Jerusalém,  em 70 d.C.
E conforme observa Jay Smith, em seu  A Bíblia e o Alcorão: Uma Comparação Histórica

A maior parte do Novo Testamento foi provavelmente escrita antes da queda de Jerusalém, em 70 d.C. e, talvez, antes mesmo do incêndio de Roma, em 64 d.C., e da subseqüente perseguição aos cristãos, já que nenhum destes eventos, os quais tiveram enorme impacto sobre a nascente comunidade cristã, é mencionado em qualquer livro do Novo Testamento. Se os documentos tivessem sido compilados nos segundo século, como muitos muçulmanos contendem, então, certamente, haveria menções destes importantes eventos nos escritos do Novo Testamento.

Quanto à DEFINIÇÃO DOS LIVROS INTEGRANTES do Novo Testamento,  se dará, mas apenas oficialmente, nos Anos Trezentos. E por que temos que dizer “apenas oficialmente”?  Porque UM DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS para a escolha de qualquer livro era: já ser o mesmo LARGAMENTE UTILIZADO PELA IGREJA CRISTÃ, DESDE O SÉCULO PRIMEIRO. E a mesma tradição (oral ou manuscrita) que lhes atribuía autoria, também dava testemunho, através de VÁRIOS MEIOS COMPROBATÓRIOS, da utilização dos mesmos. Como, por exemplo, as transcrições de passagens bíblicas feitas pelos LÍDERES PÓS-APOSTÓLICOS E PRÉ-CATOLICISMO.
Depois da morte dos escritores do Novo Testamento, LIDERANÇAS CRISTÃS PÓS-APOSTÓLICAS PRÉ-CATOLICISMO tinham o hábito de TRANSCREVER TRECHOS BÍBLICOS em suas cartas, sermões e escritos. Mesmo depois de a Igreja Católica surgir, esta tradição continuou. PORÉM, DE ANTES DE 325 d.C. quando ocorreu o Concílio de Nicéia, SOMAM-SE DEZENAS DE MILHARES DE TRANSCRIÇÕES.
E Jay Smith observa:

Em realidade, há 32.000 citações do Novo Testamento encontradas em escritos que datam de antes do Concílio de Nicéia em 325 d.C. (...) J. Harold Greenlee ressalta que as citações da escritura nas obras dos escritores da Igreja Primitiva são tão extensas que o Novo Testamento poderia ser virtualmente reconstruído a partir delas sem a necessidade de utilizar-se os manuscritos originais do Novo Testamento.
Sir David Dalrymple se esforçou em extremo para realizar tal feito e, lançando mão apenas dos escritos dos pais da Igreja datados dos séculos II e III, ele foi capaz de reconstruir todo o Novo Testamento citado, com exceção de apenas onze versículos (...) Portanto, poderíamos nos desfazer dos manuscritos do Novo Testamento e, ainda assim, reconstruí-lo com o auxílio destas simples cartas. Alguns exemplos destes escritos estão em Evidência, Mcdowell, 1972, pg. 5.

4/ SOBRE AS LIDERANÇAS PÓS-APOSTÓLICAS E PRÉ-CATOLICISMO:
Quem foram estas lideranças cristãs? Homens piedosos, de vida moral ilibada e, alguns dentre eles, mártires; tal como os primeiros apóstolos e discípulos. Ninguém que pudesse, ao contrário de Maomé e seus cúmplices, ser acusado de atrocidades contra inocentes (e de vida moral e sexual duvidosa). Tendo-se em vista que Jesus Cristo JAMAIS preconizou o uso da violência para o crescimento da fé; antes, a possibilidade do martírio.  Não eram pessoas que impuseram a religião à força a ninguém, conforme viria fazer o próprio Catolicismo romano e o Islã, posteriormente. De modo que alguns nomes merecem menção, para que se possa fazer uma linha do tempo da tradição que conservou intacta  AUTORIA E AUTENTICIDADE DO NOVO TESTAMENTO:
I - Clemente (30-95 d.C.),  faz várias citações do Novo Testamento.
II - Inácio (70-110 d.C.): faz citações de 15 dos 27 livros.
III - Policarpo (70-156 d.C.) foi discípulo de João e fez inúmeras citações.
IV - Clemente de Alexandria (150-212 d.C.):  2.406 citações;
V -  Tertuliano (160-220 d.C.): 7.258 citações;
VI -  Justino Mártir: 330 citações;
VII – E para finalizar:  Irineu: 1.819 citações; Orígenes: 17.922 citações; Hipólito: 1.378 citações; Eusébio: 5.176 citações – totalizando 36.289.
Todos eles transcreveram textos bíblicos. Todos os 27 livros do Novo Testamento incluídos em seus escritos, com a exceção de apenas onze  versículos. E O MAIS IMPORTANTE:  todas estas evidências, também manuscritas, são anteriores a 325 d.C.
Abdul Satar, no texto ao qual oferecemos réplica diz que 200 anos é muito tempo e muita coisa pode acontecer. Mas QUALQUER LEIGO EM HISTÓRIA DA IGREJA SABE: nos três primeiros séculos, mesmo nos duzentos anos que se seguiram a morte do último dos Doze, o apóstolo João, O CRISTIANISMO VIVEU SOB TERRÍVEL PERSEGUIÇÃO. E por que, principalmente? PELO FATO DE SUA MENSAGEM ANUNCIAR JESUS CRISTO COMO DEUS E REI; o que representava, “ameaça” ao césar  romano, os quais assim se intitulavam. E tal fato tal já possível de se verificar nos primeiros anos da Igreja:

- Atos 17: 5-8: “Mas os judeus, movidos de inveja (DE PAULO E SILAS), tomando consigo alguns homens maus dentre os vadios e ajuntando o povo, alvoroçavam a cidade e, assaltando a casa de Jáson, os procuravam para entregá-los ao povo.  Porém, não os achando, arrastaram Jáson e alguns irmãos à presença dos magistrados da cidade, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, os quais Jáson acolheu; e todos eles procedem contra os decretos de César, dizendo haver outro rei, que é Jesus.   Assim alvoroçaram a multidão e os magistrados da cidade, que ouviram estas coisas.

A outra corrente de perseguição vinha da parte dos judeus incrédulos. Estes, quando viram a Igreja crescer entre os seus próprios patrícios, tornando-se universal, enquanto contingente; e deixando o Judaísmo em segundo plano, enquanto fé monoteísta; apelariam para todos meios, inclusive o político, no intuito de deter as lideranças apostólicas. Paulo que o diga. Tendo-se em vista que em todo o Atos dos Apóstolos, após o capítulo 13, ele é perseguido, até ir preso para Roma, por ação orquestrada pelos judeus impenitentes.
  
5/ Ao contrário do Islã, em que a tradição oral é prevalecente, já início do Cristianismo o evangelista Lucas nos informa sobre uma tradição manuscrita existente no seu próprio tempo (Lucas 1:1-2). Do mesmo modo, o autor da Carta aos Hebreus nos dá conta de uma tradição de ministros da  Palavra, aprovados por Deus, através dos milagres por Ele operados e do derramamento do Espírito Santo sobre os novos crentes (2:1-4). É tudo o que vemos nos Atos dos Apóstolos, visto que os livros corroboram entre si.  Os apóstolos começaram provando que Jesus era o Messias utilizando o Antigo Testamento. E depois, à  medida em que os livros do Novo Testamento iam sendo escritos, também os utilizavam, assim como o Antigo.

- “E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também.” (Colossenses 4:16)
- “Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos.” (1 Tessalonicenses 5:27)
- “Por isso julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus. Mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da fornicação, do que é sufocado e do sangue. (Atos 15:19-20)

CONCLUSÃO: a reunião dos livros, num só volume, vinha desde o início e já no século II, conforme nos informa Jay Smith, estava consolidada:

"Além dos 24.000 manuscritos, 230 dos quais datam de antes do século VII, possuímos mais de 15000 cópias existentes das várias versões escritas em Latim e Sírio (Aramaico Cristão), algumas das quais foram escritas por volta de 150 d.C., como o Peshitta Sírio (150-250 d.C.) (McDowell 1972:49; 1990:47).

Pelo fato de o Cristianismo ser uma religião missionária desde sua concepção (Mateus 28:19-20), as Escrituras foram imediatamente traduzidas para as línguas conhecidas naquele período. Por esta razão, outras traduções escritas apareceram logo após, como a tradução Cóptica (séculos III e IV), Armênia (400 d.C.), Gótica (século IV), Geórgia (século V), Etíope (século VI) e Núbia (século VI) (McDowell 1972:48-50). O fato de termos tantas traduções do Novo Testamento aponta para sua autenticidade, já que teria sido praticamente impossível caso os discípulos ou seguidores posteriores a eles quisessem corromper ou forjar seu conteúdo, reunir todas as traduções, principalmente das regiões mais remotas, e alterar cada uma delas para que houvesse a uniformidade que encontramos como testemunho nestas traduções hoje."

Diante do até aqui exposto vejam como soa LEVIANA A AFIRMAÇÃO DO TEXTO LINKADO POR ABDUL SATAR de que, “A bíblia que temos hoje é baseada em manuscritos de 300 anos depois de Jesus. Os manuscritos legíveis dos evangelhos bíblicos são de 300 anos depois de Jesus. Antes, desse período, são pouco e apenas fragmentos, alguns tão pequenos quanto uma caixa e fósforo e até o ano 300 não há nenhum manuscrito que tenha um único capítulo completo. Ou seja, não sabemos como esses evangelhos eram antes disso.

Em que se fundamentam tais afirmações? E quais são as suas fontes?
COMO PODERIA SER POSSÍVEL ALGUÉM DESCARACTERIZAR TANTOS DOCUMENTOS para criar uma “nova doutrina” a respeito de Jesus Cristo, sabendo-se que NÃO É APENAS NO NOVO TESTAMENTO QUE SUA MORTE EXPIATÓRIA E CONDIÇÃO DIVINA PODEM SER COMPROVADAS? Ora, os próprios judeus, na sua maioria  incrédulos, se colocariam, caso fosse realmente possível, contra tal intento. E nem mesmo hoje na era da informática isso seria possível.

6/  OS CONCÍLIOS DA IGREJA CATÓLICA   DEFINIRAM OU RATIFICARAM A FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO, tal como o temos hoje? Creio que este texto já se trata de uma resposta fundamentada à questão.

7/  CONCLUSÃO: Ainda nessa série de artigo, em comparação com as evidências manuscritas da Bíblia, trataremos também do que o Islã alega ser  evidências manuscritas da existência de Maomé e sobre a compilação do próprio Alcorão. DE INÍCIO, O QUE SE SABE???  Maomé teria morrido em 632 d.C. e sua primeira biografia (ibn Ishaq) foi escrita 150 anos depois. Quanto aos Hadith  (O Ditos e feitos do “profeta”.), o seu principal compilador (Bukhari), escreveu cerca de 870 d.C. Logo, por mais longevo que teria sido, para compilá-los quando adulto e tendo que refugar grande parte do material que considerou espúrio, o início do seu trabalho dista de mais de duzentos e cinqüenta anos dos acontecimentos.
SEGUNDO A TRADIÇÃO ISLÂMICA, EXISTIRIAM AINDA HOJE DOIS EXEMPLARES DA COMPILAÇÃO FEITA PELO TERCEIRO CALIFA. Uthuman morreu em 656 d.C., cerca de vinte anos após Maomé. Mandou queimar cerca de outras quinze versões do Alcorão, certamente conflitantes com a que ordenou que fosse feita  (Se é que tal versão realmente existiu.), impondo a compilação de  Zayd ibn Thabit ao império nascente. O PROBLEMA, PORÉM, é que o tipo de escrita constante dos manuscritos de Samargand e Topkapi, segundo pesquisa acadêmica, feita por pessoas isentas  (Não cristãs e nem islâmicas.), não era possível na época. Somente cento e cinqüenta anos depois; não, porém, em Medina ou Meca, onde teria vivido Maomé e viveu Uthman.   
Estes e outros assuntos ainda serão tratados nesta série de artigo; porém, de maneira mais pontual quanto fundamentada. Inclusive, citando, as fontes. Deus é verdadeiro e, conforme, diz João, o apóstolo, nenhuma mentira procede da verdade. E aquilo que afirmei (com todas as letras no primeiro artigo desta série) volto dizer: A BÍBLIA, TAL COMO A TEMOS NOS DIAS DE HOJE É A PROVA MAIS CABAL DE QUE O SENHOR DEUS (Êxodo 3: 15/ João 8:58) AGE SOBERANAMENTE NA HISTÓRIA.
I - Até Moisés, os fatos mais importantes da civilização humana, do início da vida inteligente no planeta até os seus dias (Cerca de 1450 a.C.) foram retransmitidos entre os judeus, principalmente através da tradição oral.
II -  Mais tarde, a classe dos escribas surgiria da necessidade de se conservar a Palavra de Deus através de manuscritos, porque estes sempre ensejaram maior segurança que a oralidade. Séculos e milênios dessa tradição por certo que levaram os judeus à excelência no mister, embora sempre houvesse rabinos famosos por decorar a Torá por inteiro, em obediência às próprias Escrituras Sagradas.
3 – As cópias manuscritas eram feitas do PAPIRO. E este material, após o usual manuseio, tinha uma vida útil de cerca de duzentos anos; quando, então se deteriorava ou se desintegrava. Com a descoberta e a larga utilização do PERGAMINHO, no Século IV  (Anos Trezentos.), pôde-se conservar por milênio as EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS da qual este artigo dá conta. Daí o fato da BÍBLIA SAGRADA ter os seus mais antigos exemplares datados dessa mesma época. Todavia, existem também manuscritas porções bíblicas anteriores ao Século Terceiro: trata-se de papiros não desintegrados, pelo seu não manuseio, datados alguns até Século II.
Vale dizer mais uma vez: SOMENTE UMA CONCEPÇÃO TACANHA DE DEUS PODE IGNORAR QUE A BÍBLIA (TAL COMO A TEMOS HOJE) É O ÚNICO LIVRO QUE CONSERVA OS FATOS MAIS IMPORTANTES DA HISTÓRIA HUMANA, DESDE ADÃO E EVA. E se, por exemplo, fôssemos buscá-los no Alcorão, o que encontraremos? Histórias (e estórias) fora do contexto;  em contradição com as escrituras anteriores; anacronismos; conceitos errados sobre Deus, o homem e a salvação; informações em conflito; contradição do livro em si mesmo; erros científicos e até de simples matemática; além de copidesques do Talmude e outras fontes extra-bíblicas terem ganho o status de “nova” revelação. Logo, não é pelo Alcorão que um bom conhecedor da verdadeira revelação Deus irá se orientar. E é sobre isso que passaremos a tratar mais didaticamente nas próximas réplicas



RÉPLICA TERCEIRA – Parte 01


                              A)   DO QUE FOI DEMONSTRADO ATÉ AQUI:

1/ Antes de continuarmos o nosso arrazoado, convém rever, em termos pontuais, o que foi tratado nos dois primeiros artigos desta série:
I - NÃO pode haver nenhuma razão para alguém supor serem outras as escrituras consideradas sagradas por judeus e cristãos que não fossem o ANTIGO E NOVO TESTAMENTO (E tal como os temos hoje.), nos tempos de Maomé (Século VI d.C.).
OS TRÊS PRINCIPAIS MANUSCRITOS DA BÍBLIA na sua totalidade, ainda hoje conservados em pergaminho e datados de pelos menos DUZENTOS ANOS ANTES DO ISLÃ são a prova histórica e incontestável do fato. São provas documentais, conservadas no Museu Britânico, Londres – Inglaterra e na Biblioteca do Vaticano. E Maomé, quando, no Alcorão, teria feito referência à Bíblia, NÃO poderia estar falando de um livro que tivesse sido adulterado. Caso contrário, como explicar, entre outras, tantas suras corânicas evidenciando o contrário?
 II - QUANTO À DEFINIÇÃO DOS LIVROS INTEGRANTES do Novo Testamento, enfatizamos que esta se deu apenas oficialmente nos Anos Trezentos.  Isso porque UM DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS para a escolha de quaisquer livros foi  ter sido o mesmo LARGAMENTE UTILIZADO PELA IGREJA CRISTÃ, DESDE O SÉCULO PRIMEIRO.
III – Houve uma tradição (oral e manuscrita) que lhes atribuiu autoria; assim como há VÁRIOS MEIOS COMPROBATÓRIOS de sua utilização. Sendo um bom exemplo as transcrições de passagens bíblicas. LIDERANÇAS CRISTÃS PÓS-APOSTÓLICAS E PRÉ-CATOLICISMO tinham o hábito de fazer TRANSCRIÇÕES DE TRECHOS BÍBLICOS em suas cartas ou escritos (Livros e sermões). Mesmo depois da Igreja Católica, esta tradição continuou. PORÉM, DE ANTES DE 325 d.C. quando ocorreu o Concílio de Nicéia, SOMAM-SE DEZENAS DE MILHARES DELAS.
É por essas evidências manuscritas, e algumas outras, que sabemos NÃO ter havido alteração no ensinamento apostólico. E dele constam, sobretudo: as palavras e os feitos de Jesus, Sua crucificação e ressurreição, fatos decisivos para reconhecimento pelos apóstolos da Sua natureza e condição divina.
LIDERANÇAS PÓS-APOSTÓLICAS e pré-Catolicismo desempenharam papel muito importante na preservação da tradição e conservação da documentação até a emergência do Catolicismo. Dentre as mesmas, podemos citar, p.ex.:
a)  CLEMENTE (30-95 d.C.): contemporâneo dos apóstolos e, certamente, o mesmo citado por Paulo na sua Carta aos Filipenses;
b) TERTULIANO (160-220 d.C.): o primeiro a utilizar o termo Trindade para a definição da percepção apostólica da doutrina de Deus; e
c) IRINEU.
 Irineu, em escritos de 180 d.C., confirma a autoria dos Evangelhos. Antes dele,  cerca de 125 d.C., outro escritor cristão, Papias, havia afirmado que Pedro, o apóstolo, foi a fonte direta do evangelista Marcos. Tanto Pedro quanto Marcos eram integrantes do grupo, ao qual Paulo define como o do Evangelho da circuncisão; voltado mais para a evangelização de seus próprios patrícios (Gálatas 2: 6-10 e Colossenses 4: 10-11).
Além dos três anteriormente citados, INÁCIO (70-110 d.C.) e POLICARPO (70-156 d.C.) também foram contemporâneos dos primeiros discípulos; sendo este último, discípulo do apóstolo João. E a grandeza importância de Inácio no contexto do que estamos a tratar reside em dois importantes feitos:
a) ele cita em seus escritos 15 dos 27 livros do Novo Testamento;
b) e, assim como fizera o apóstolo João em suas Cartas, Inácio também combate o gnosticismo docentista. Ao fazê-lo, enfatiza tanto a deidade (condição divina) e a humanidade de Jesus Cristo, enquanto que aquela escola filosófica negava a realidade humana de Jesus. Inácio foi martirizado no reinado de Trajano, início do Século II.
Essencialmente, os documentos deixados pelas pessoas citadas confirmam a pregação apostólica sobre os ensinamentos de Jesus, a crucificação, Sua ressurreição e condição e natureza divina. Até porque Cristo é chamado por eles de Senhor em conformação com o nome pelo qual Deus disse a Moisés que seria conhecido, através das gerações:

- Êxodo 3:15: “E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração.

B) DO QUE FALTA DEMONSTRAR:

  2/ Além do que foi citado, há ainda OUTROS MEIOS COMPROBATÓRIOS da autenticidade da Bíblia. Desde vários tipos de evidências manuscritas a TESTES INVESTIGATIVOS que podem e devem ser aplicados a questões levantadas sobre a veracidade ou não de documentos históricos. NESTE TERCEIRO ARTIGO IREMOS TRATAR SOBRE TAIS MEIOS COMPROBATÓRIOS; PORÉM, COMPARATIVAMENTE  com os elementos que o Islã alegar ser a comprovação de que o Alcorão que hoje se lê contém exatamente a “revelação” que Maomé teria recebido e deixado aos contemporâneos.
CABEM, ANTES, ALGUNS PARALELOS. Para o Islã sunita, que engloba cerca de 90% dos adeptos da religião, quanto para o xiita (Dez por cento, em conjunto com as demais correntes restantes.) apenas o Alcorão seria a “revelação” concedida a Maomé. Os xiitas, porém, não aceitam as tradições islâmicas, denominada Suna. Embora aqueles outros também  não a considerem parte da “revelação”; acreditam-nas, todavia, essencial à compreensão da mesma. De onde se pergunta: que revelação é essa que não se explica (esclarece, desvenda-se) por si mesma?
A questão é que sem ALGUNS DOS LIVROS QUE COMPÕEM A SUNA, o Alcorão, em si mesmo maçante, obscuro e confuso, torna-se totalmente incompreensível. E livros como a SIRAT (Biografias de Maomé), os HADITH (Ditos e Feitos do Profeta.) e os comentários  aos versos corânicos (TAFSIR) tornam-se, então, fundamentais à compreensão do livro. Dentre estes, o Tafsir é o mais interessante; pois comenta os versos, informando quando, como e em que circunstância a aia teria sido revelada. Além destes, há ainda a Fiq (Ciência da lei islâmica), a TABAKHAT (estórias da vida de muçulmanos devotos) e a TAHRIQ, que seria a história das próprias tradições.
TODOS ELES TÊM ALGO EM COMUM: datam de século a séculos da morte de Maomé. NÃO SÃO, portanto, FONTES PRIMÁRIAS de informação; mas apenas informação de caráter secundário. E, PRESUMIVELMENTE, UM DE TIPO DE DOCUMENTAÇÃO MANIPULADA POLITICAMENTE EM FUNÇÃO DE UM IDEAL. Estudiosos independentes logo chegam à conclusão de que, tendo sido transmitidos oralmente tanto tempo depois e num ambiente de imposição cultural (Expansão bélica do islamismo e mitificação de Maomé.), tal material biográfico certamente sofreu consideráveis alterações, antes de seu registro na forma manuscrita. De modo que NÃO granjeariam confiança fora dos círculos teológicos e culturais islâmicos.
Até aqui, NOS ARTIGOS QUE TENHO ESCRITO,  O NECESSÁRIO PARALELO comparativo entre a BÍBLIA E O ALCORÃO, e entre JESUS E MAOMÉ, está sendo fundamentado. Faltava, portanto, o paralelo entre O NOVO TESTAMENTO E AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS, juntando-se a elas o próprio Alcorão. Sobre este, não se pode comprovar, conforme iremos verificar ainda nesta série, que os seus manuscritos tidos cono se da era uthmânica (SAMARGAND e TOPKAPI), hoje uma espécie de trunfo nas mãos do Islã, sejam mesmo fontes primárias.
I - No Novo Testamento, os EVANGELHOS (dos apóstolos Mateus e João e dos evangelistas Marcos e Lucas) contêm não apenas as palavras, mas os ditos e feitos de Jesus. Eles contam a história do Messias (Deus Salvador) entre os homens. E equivalem, portanto, num paralelo com as escrituras islâmicas, ao próprio Alcorão, mais a SIRAT  e os HADITH.
II - O livro ATOS DOS APÓSTOLOS registra o início do Cristianismo entre os judeus. E de como a fé cristã veio a se propagar em grande parte do mundo conhecido de então, num ato de obediência à ordem dada por Jesus Cristo aos discípulos. E há, também, no livro de Atos, a história de alguns devotos e dos primeiros mártires. Ninguém ali morreu porque tivesse tentando saquear, abusar de mulheres ou assassinar a quem quer que seja. Antes, porque recusaram a negar o testemunho que davam sobre a morte e a ressurreição de Jesus, a quem reconheciam como Senhor e Deus (Êxodo 3:14-15, João 8: 58, João 20:11-16, Atos 17:5-8, etc. e etc.). E de como o conhecimento que dEle tinham os havia transformado em pessoas que ansiavam pela mesma pureza e bondade do Salvador, em função da esperança convicta da vida eterna por Ele prometida (I João 3: 1-4).
Paulo de Tarso é um dos grandes exemplos: de assassino dos crentes a prisioneiro em Roma por causa da fé que antes queria aniquilar. E ali, na capital do Império, segundo testemunho da História, foi martirizado. EQUIVALE, PORTANTO, O LIVRO DE ATOS À TABAKHAT.
III  – Por último, as CARTAS PASTORAIS de Paulo e as EPÍSTOLAS UNIVERSAIS  dos apóstolos Pedro e João, mais as dos escritores Tiago e Judas (Filhos de Maria e irmãos por parte de mãe de Jesus, o Cristo.). A elas somam-se a  CARTA AOS HEBREUS, de autoria desconhecida, além do LIVRO DO APOCALIPSE (Revelação), escrito pelo apóstolo João. Todos estes livros CUMPREM, EM CERTO SENTIDO, O PAPEL DA TAFSIR. Não são comentários verso a verso dos Evangelhos ou das palavras de Jesus constantes dos mesmos. Tratam, todavia, da aplicabilidade dos ensinamentos de Jesus Cristo à vida pessoal e em comunidade de seus seguidores.       
O GRANDE DIFERENCIAL é que O Novo Testamento é uma fonte primária de informações sobre Jesus e não foi escrito com intenção impositiva; antes, como testemunho da verdade de fatos acontecidos e que podem ser confirmados dentro e fora dele. Tal NÃO acontece com o Alcorão e as tradições islâmica, conforme passaremos verificar comparativamente a seguir.

3/ Tomando por base a riqueza de informações (Repassadas por especialistas na matéria, cabe frisar.) contidas no livro Em Defesa de Cristo, do jornalista investigativo Lee Strobel, PROPONHO-ME A FAZER SETE PERGUNTAS CRUCIAIS. E, DEPOIS, RESPONDÊ-LAS, COMPARATIVAMENTE. Nosso objetivo é verificar se as informações contidas, por um lado no (e sobre o) NOVO TESTAMENTO, e pelo o outro, no ALCORÃO E NAS TRADIÇÕES ISLÂMICAS (Suna), merecem o mesmo crédito. Pois os questionamentos que fez Lee Strobel em relação à Bíblia, procurando para os mesmos as respostas mais fundamentadas, em forma de testes, quero também aplicá-los às escrituras islâmicas. De modo que se possa pôr em questão e responder de maneira inequívoca, seja através de informações contidas em documentos tidos por fidedignos ou do apontamento de suas possíveis contradições, sobre a autenticidade de ambos.
Com que intenção eles foram escritos? Quem os escreveu tinha mesmo capacidade para fazê-lo? Que dizer sobre o caráter dos autores ou compiladores? Harmonizam-se os livros nas informações básicas e fundamentais ou se contradizem? E quais seriam as implicações disso tudo?  Eram preconceituosos os autores ou compiladores; e,  por isso mesmo, capazes de contaminar sua obra com interesses ocultos ou escusos?  (Creio que tal premissa pertence ao questionamento do caráter.) Teriam acobertado material considerado embaraçoso e/ou maquiado informações? É possível se verificar aquilo que registraram, através de pessoas e fontes NÃO comprometidas com os seus ideais? E o que disseram aqueles que não concordavam com eles? Tais fontes foram preservadas para o necessário debate e esclarecimento de suas posições e idéias ou destruídas, no sentido de se evitar algum conflito de informação?
Posso adiantar que no que diz respeito ao Novo Testamento e ao Cristianismo apostólico (Objeto único de defesa em minhas réplicas.), tais pergunta jamais representou embaraço. E quanto ao Islã, o que se pode dizer? É o que veremos.

4/ SETE PERGUNTAS CRUCIAIS E UM APONTAMENTO INICIAL PARA CADA RESPOSTA:

I – COM QUE INTENÇÃO FOI ESCRITA O NOVO TESTAMENTO E O ALCORÃO (JUNTAMENTE COM AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS)?

A) Resposta 01 (Novo Testamento):
Escrito para testemunho da vida, morte expiatória, ressurreição  e condição divina (Deidade.) de Jesus Cristo, a quem os apóstolos e discípulos chamavam de Senhor, em conformação com Êxodo 3: 13-15. Logo, quando assim O chamavam, reconheciam-No Deus. E tal ainda mais se confirmou com a ressurreição e ascensão de Jesus Cristo aos Céus.

- Êxodo 3:13-15: “Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.  E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração.

 - João 20:24-31: “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.   Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.  Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco.  Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.  Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!  Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro;   estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

- Lucas 24:44-48: “Depois (JESUS) lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.  Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras;  e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos;  e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.  Vós sois testemunhas destas coisas.

Observa-se que a INTENÇÃO É PREPONDERANTEMENTE TEOLÓGICA e, conforme testemunha a História os autores do Novo Testamente não tiveram nenhum ganho pessoal, político ou financeiro com o testemunho que sustentaram. Muito antes pelo contrário: todos morreriam por causa de sua fé.

B) Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas)
É inegável que MAOMÉ OU O SEU MITO, criado a partir de tais escritos, UNIFICOU UMA SOCIEDADE TRIBAL, ANARQUICA E NÃO GOVERNADA POR UM PODER CENTRALIZADOR. No geral, os árabes se submetiam aos persas e aos sassânidas. Habitavam um território vasto, porém, desconhecido; e não tiveram papel importante na Antiguidade. O deserto, dois mil quilômetros de extensão por mil e duzentos de largura, tanto serviu de proteção quanto de limitação ao contato com o mundo civilizado.
A RELIGIÃO, antes politeísta e, pós-Maomé, supostamente monoteísta, foi UTILIZADA NA UNIFICAÇÃO, CRIAÇÃO E EXPANSÃO DE UM IMPÉRIO, com o do uso da violência e do incentivo à escravidão em seus domínios e no Norte da África. Logo, A INTENÇÃO, a despeito de suras ao estilo da 8:26, JAMAIS SERIA PREPONDERANTEMENTE TEOLÓGICA. E isso tanto explica quanto implica em muita coisa.
Passagens do Alcorão e dos livros constantes da Suna são claramente utilizadas para “justificar” a duvidosa vida moral e sexual de Maomé; mais os saques de caravanas, como se o roubo não fosse condenado pela Lei de Moisés e prática usual, antes do Islã na Arábia. Além, é óbvio, das campanhas de guerra contra judeus e cristãos indefesos e inocentes que ali estavam. E estes,  depois de exterminados ou mesmo antes de deportados, tiveram seus bens assenhorados e suas esposas e filhas abusadas, como diria W.H.T. Gairdner (o autor de A Vida Real de Maomé.) pelos primeiros “santos muçulmanos .
Uma das premissas do Islã é que antes de Maomé, no tempo da JAHILIYYA  (ignorância), muitas atrocidades foram cometidas na Arábia. Ao mesmo tempo, o povo cultivava uma religiosidade idólatra, mas sem templos ou mesquitas. Haviam pedras localizadas na KA’BA que serviam de local de culto às inúmeras divindades. Entre as quais, segundo os estudiosos, Allah; que depois viria tornar-se a palavra Deus (mas no sentido genérico) no Árabe.
Estranhamente,  O ISLÃ TENTOU DAR O STATUS DE CULTO, DIGAMOS TEOLOGICAMENTE CORRETO, AOS RITUAIS PRÉ-ISLÂMICOS DE PEREGRINAÇÃO À MECA, DE CONOTAÇÃO PAGÃ. Ousando afirmar, sem nenhuma sustentação, fora de suas próprias tradições, que Abraão e Ismael os praticavam. Sendo que, depois, tal forma de culto “abrâmica” teria sido distorcida pelos infiéis; os quais teriam lhe dado o caráter idólatra. Maomé teria vindo para corrigir tal deslize.
A despeito do que é dito, por exemplo, na Sura 48, a IMPOSIÇÃO DA RELIGIÃO MUÇULMANA IMPLICOU EM ATROCIDADES CONDENÁVEIS, TANTO QUANTO AS DENUNCIADAS NOS TEMPOS DA JAHILIYYA. Além de conversões forçadas e, certamente, estimuladas por uma percepção carnal do Paraíso.
Qualquer estudioso minimamente isento não deixa de ficar horrorizado de como tais escrituras ousam “justificar” certas pessoas e tais atos. Logo se compreende porque tal pensamento e percepção da vida, de Deus e da religião tendem a  levar os desinformados ou mal-informados ao extremismo.
E a pergunta que fica é a seguinte: quais autores tiveram intenção honesta e pura, em consonância com conceito de santidade requerido pelas Sagradas Escrituras (A Bíblia), as quais jamais justificam o que é errado ou a manipulação da verdade? Até porque está escrito na Torá e o Novo Testamento (I Pedro 1:16) corrobora:  “Sedes santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.” (Levítico 19:2-b).

- Sura 48: 26-28: “Quando os incrédulos fomentaram o fanatismo - fanatismo da idolatria - em seus corações Deus infundiu o sossego em Seu Mensageiro e nos fiéis, e lhes impôs a norma da moderação, pois eram merecedores e dignos dela; sabei que Deus é Onisciente. Em verdade, Deus confirmou a visão do Seu Mensageiro: Se Deus quisesse, entraríeis tranqüilos, sem temor, na Sagrada Mesquita; uns com os cabelos raspados, outros com os cabelos cortados, sem medo. Ele sabe o que vós ignorais, e vos concedeu, não obstante isso, um triunfo imediato. Ele foi Quem enviou o Seu Mensageiro com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre todas as outras religiões; e Deus é suficiente Testemunha disso.

- Durante a maioria dos 1400 anos desde o tempo de Maomé, os muçulmanos desfrutaram de um controle tão absoluto sobre o Norte da África e o Oriente Médio, que poucas pessoas se atreveram a pedir que justificassem alguma coisa. Os tempos agora são diferentes, e os muçulmanos tentam desenvolver habilidades apologéticas. Mas ainda precisam enfrentar todo o peso da investigação crítica da qual as mentes ocidentais livres são capazes.”
                  Don Richardson, em Segredos do Alcorão.


II – O QUE SE PODE APURAR SOBRE O CARÁTER DOS ESCRITORES?

A) Resposta 01 (Novo Testamento):

-  1Timóteo 3:1-3: “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso;

 - Tito 1:5-9: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei;  alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes. Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante; retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes.

 - 1Coríntios 13:4-7: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;   tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Eis o PADRÃO MORAL DE VIDA e a motivação principal de um líder cristão, num tempo, quando Paulo escreveu, em que NÃO havia templos ou catedrais. Ser cristão implicava no risco de ser perseguido e morto pelos judeus; os quais viam sua homogenia de religião monoteísta ameaçada; e também pelo Império Romano. Embora os primeiros apóstolos e discípulos jamais tenham se organizados como força política, a mensagem que pregavam _ Jesus Cristo é o Senhor (Deus) e (nosso) rei. _  sempre foi mal vista pelo César romano dos tempos apostólicos, pós-apostólicos e pré-Catolicismo. Porque estes, a si mesmo intitulavam divindades.
Os cristãos também NÃO foram chamados assim pelo próprio Jesus; mas pelos de fora, que viram o caráter que eles possuíam e o tomaram por “pequenos Cristos”. Sim, os primeiros cristãos se assemelhavam à Jesus na pureza dos motivos e na vida sacrificial em função de uma espiritualidade verdadeira. Ao contrário da religiosidade compulsória, percebida desde o início do Islã, Jesus havia profetizado o crescimento da fé cristã com a possibilidade do martírio e sem o uso da  violência.
 Alguém disse e com toda a razão que em termos de honestidade, verdade, virtude e moralidade, os apóstolos e primeiros discípulos são exemplo inatacáveis e tinham uma bagagem de dar inveja. Estavam determinados a viver a sua fé; sendo que todos os apóstolos tiveram mortes terríveis, o que demonstra a grandeza de seu caráter.
Desde o início, conforme o relato de Atos dos Apóstolos, os líderes judaicos tentaram silenciá-los a respeito da ressurreição e a condição divina de Cristo. Depois, Herodes, mandou passou passar pelo fio da espada a Tiago, o primeiro dos apóstolos a ser martirizado (Atos 12). Paulo sofreu perseguição dos judeus invejosos quanto ao crescimento do Cristianismo, desde o início de sua conversão até ser levado preso para Roma; onde, segundo o testemunho da História, foi também martirizado. Antes deles, Estevão, o primeiro mártir morreu apedrejado; e, a exemplo de Jesus, suplicando o perdão de Deus para os seus assassinos.
A pergunta respondida tem por fundamento o que Lee Strobel denomina em seu livro O Teste do Caráter; com o qual se objetiva saber se os autores em questão tinham o propósito de ser verdadeiros.

B) Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
Observamos que o principal deles, Maomé, jamais se enquadraria nas qualificações de simples líder cristão. Quanto à moralidade; à sexualidade; ao caráter pacífico; e quanto ao fato de não fazer da religião um meio de vida ou de projeção política com intenções totalmente questionáveis.
Conforme já o dissemos e importa repetir, a imposição da religião islâmica implicou em atrocidades condenáveis tanto quanto as denunciadas no tempo da Jahiliyya. Além de conversões forçadas e, certamente, estimuladas por uma percepção carnal do Paraíso. E qualquer estudioso minimamente isento não deixa de ficar horrorizado de como tais escrituras (Tanto o Alcorão, como a Suna.) ousam “justificar” certas pessoas e tais atos. E logo se compreende que tal pensamento e percepção da vida, de Deus e da religião tendem a levar os desinformados ou mal-informados ao extremismo. Num dos meus escritos sobre a comparação que quer o Islã fazer entre Maomé e Jesus em relação à Moisés, cito o artigo A Vida Real de Maomé, escrito por W.H.T. Gairdner, também em réplica a determinada publicação islâmica. Gairdner, apurou na própria Suna e em estudiosos da mesma, elementos para, sem o risco de falso testemunho _ E o cristão verdadeiro não se contenta com menos que a verdade... _ , atribuirmos a Maomé:
1 – saques;
2 – desrespeito às convenções de guerra;
3 – deportação e execução em massa, inclusive de prisioneiros de guerra;
4 – ataques não-provocados e governo através de assassinatos;
5 – abuso coletivo de mulheres;
6 – conversões forçadas ou estimuladas por uma percepção carnal do Paraíso;
7 – além do fato, também apurado no estudo de livros da Suna, de ser aquele líder religioso, em termos de temperamento, um homem irascível, vingativo e impiedoso.
A própria fundação do Xiismo bem demonstra os bastidores e o caráter dos sucessores de Maomé como líderes da religião, com o assassinato Aly e do próprio Ulthman, que o antecedeu. Já no que diz respeito ao Cristianismo, máculas dessa enormidade jamais foram encontradas nos apóstolos e primeiros discípulos ou lideranças pós-apostólica pré-Catolicismo. Na história do Catolicismo é que iremos encontrar, assim como no Protestantismo pós-Reforma, notícia de horrores semelhantes e indicativos do caráter anticristão  de ditos praticantes do... Cristianismo (Judas 3-4 e II Pedro 2:1-3).  
A pergunta que fica, tomando por base esses apontamentos é: quem tinha por uma questão de caráter e valores morais a capacidade de ser totalmente verdadeiro em seus escritos? Com quem, por exemplo, a minha leitora (Vivendo numa cultura em que a religião NÃO fosse impositiva e compulsória.) preferiria se casar? E a quem o meu leitor teria a segurança de dar a sua filha por casamento??? 

III -  TERIAM ACOBERTADO MATERIAL CONSIDERADO EMBARAÇOSO, FORJADO E/OU MANIPULADO INFORMAÇÕES?

A) Resposta 01 (Novo Testamento):
O texto ao qual oferecemos esta réplica, afirma com exatidão que dos quatro Evangelhos, apenas o de João menciona seu autor. A autoria dos demais, sabemos-lhe em função de toda uma tradição oral e depois manuscrita. E num exemplo oposto, não se preservou a autoria da Carta aos Hebreus, de longe o mais teológico e bem escrito livro (do ponto de vista literário) do Novo Testamento. Se os autores do Novo Testamento (E mesmo os cristãos pós-apostólicos pré-Catolicismo) tivessem a intenção de acobertar material considerado embaraçoso, “justificar” atos reprováveis,  omitir ou  manipular informações poderiam, por exemplo:
a - Atribuir a Carta aos Hebreus a um dos principais apóstolos (Pedro ou João) e também a Paulo. Não o fizeram.
b - Atribuir os Evangelhos de Lucas e de Marcos e Atos dos Apóstolos a personagens menos obscuros e mais importantes na vida de Igreja. Como, p.ex.: um dos três principais apóstolos (Pedro, João e Tiago); ou Maria, mãe de Jesus; ou a Lázaro, a quem Ele ressuscitou; ou a Maria Madalena, quem primeiro O viu  ressurreto; ou a qualquer dos Doze e até ao apóstolo Paulo. Mas também não o fizeram.
c - Suprimir fatos embaraçosos do NOVO TESTAMENTO constantes, assim como evitar que os mesmos se propagassem, ocultando-os. Senão, vejamos:
1- O fato de Pedro ter negado a Jesus.
2 – O fato de todos os apóstolos terem fugido,  quando Ele foi preso.
3 – O fato das mulheres, principalmente Maria Madalena e a mãe de Jesus, terem demonstrado mais preocupação com o Senhor após Sua morte, quando todos supunham que não iria ressuscitar, conforme Ele havia predito.
4 – O fato de Maria Madalena e as mulheres serem as primeiras testemunhas de Sua ressurreição, sabendo que o testemunho de uma mulher (Tal como acontece ainda hoje no Islã.) tinha pouco valor legal e os apóstolos, inicialmente, não as levaram a sério: supuseram-nas delirando.
5 – Impedir a circulação nas igrejas da Carta aos Gálatas, na qual Paulo narra um lamentável incidente ocorrido entre ele e Pedro, em Antioquia (2: 11-15).
6 – Não permitir que os escritos de Paulo formassem o maior contingente do Novo Testamento, sabendo-se que ele não era uns dos Doze. Mas pelo contrário, o próprio Pedro dá aos escritos de Paulo, e, por extensão, aos de Lucas,  o caráter de revelação divina (II Pedro 1: 20-21 e 3: 15-18).
7 – Esconder a situação pecaminosa de várias pessoas e igrejas dos tempos apostólicos, fabricando um modelo de igreja “perfeita”. Poderiam esconder ou maquiar informações de toda a ordem; mas, NÃO O FIZERAM.

B) Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
Al Bukhari é o principal compilador dos Hadith (Ditos e feitos do profeta). Escreve, porém, 250 anos após os eventos (870 d.C.). Segundo ele, o primeiro sucessor de Maomé, Abu Bakr, incumbiu ao jovem Zaid ibn-Thabit de fazer a compilação do Alcorão, para que as “revelações” do profeta fossem conservadas na forma manuscrita.
E o que teria dito o jovem Zaid sobre tal incumbência? Seria mais fácil transportar uma montanha de lugar que reunir as palavras de Maomé em forma de livro.
E quais seriam as fontes do jovem compilador?  Aias (versos) escritas em caule de folhas de palmeiras,  umbrais de portas, dentre outros dessa natureza, além da memória daqueles que sabiam um ou outro verso de cor.
Ainda segundo Bukhari, com a morte de Bakr, o projeto caiu no esquecimento. Poucos, senão o califa,  tinham achado a incumbência de Zaid assim tão importante. E Hafsah, uma das onze viúvas do profeta, conserva sob custódia o manuscrito de Zaid ou o que teria sido a primeira versão autorizada do Alcorão.
Acontece, ainda segundo Bukhari, que paralelamente outros códices (versões manuscritas) foram feitos (Ou já haviam sido escritos) por companheiros próximos de Maomé. E não é sem razão que outro escritor, As-Suyuti, autor de Al Itqan Fii Ulum al-Quran, nos informa que ibn-Umar, o segundo califa, fora categórico em afirmar:

Que nenhum de vós diga: ‘Eu adquiri o total do Corão’. Como se pode saber qual é o todo do Corão, quando muito do livro desapareceu? Que diga de preferência ‘Eu adquiri o que sobreviveu’.

Quando Umar disse isso, ele bem sabia o que estava acontecendo. Pois segundo os estudiosos da matéria, pelo menos quinze outras versões podem ser contabilizadas. Três das mesmas merecem destaque:
a – O ALCORÃO DE IBN MAS’UD: Segundo Bukhari, quando Maomé teria mencionado as quatro maiores autoridade sobre o Alcorão, portanto, aptos para ensiná-lo com fidelidade, Mas’ud foi apontado pelo “profeta” como um dos principais. Estranhamente Bakr não o incumbiu nem para auxiliar o jovem Zaid. E o terceiro califa, Uthman iria mandar destruir o manuscrito que uma das principais autoridades em Alcorão, segundo o próprio Maomé, compilara. O manuscrito de Mas’ud tornou-se o texto oficial em Kufa, no atual Iraque. E ele, quem maior resistência oferece à imposição do califa, pelo menos inicialmente.
b – O ALCORÃO DE SALIM, UM EX-ESCRAVO: De acordo com o já mencionado As-Suyuti, era o segundo da lista de Maomé, mas foi o primeiro a reunir o Alcorão na forma manuscrita. Antes mesmo que o jovem Zaid ou Mas’ud.
c – O ALCORÃO DE UBAYY  IBN KA’B: Também citado entre as principais autoridades, dado o fato de seu compilador ter sido secretário de Maomé e já reconhecido como autoridade em recitação quando aquele ainda vivia. A versão de Ubayy ibn Ka’b foi adotada na Síria.
Ainda segundo Bukhari, no califado de Uthman, 644-656 d.C., este quis reunir o povo em torno de uma só versão manuscrita. Então ordenou a Zaid que, junto com alguns oputros, transcrevesse o manuscrito que ficara sob custódia de Hafsah em outras sete cópias. As cópias teriam sido enviadas para as províncias; enquanto que os outros manuscritos foram queimados.
Mas’sud, pelo menos inicialmente, teria reagido com forte veemência. E alegou que Zaid era ainda criança, quando Maomé ainda estava vivo e que ele, Mas’ud, teria recebido diretamente do “profeta” nada menos do que 70 suras. Ou seja, mais da metade do Alcorão.  Diante de fatos e afirmações como essas, apurados nas próprias Tradições Islâmicas, outros escritores como, por exemplo, ibn Abi Dawd (Kitab al-Masahif) e ibn Sa’d  (Kitab al-Tabaqat) ou qualquer um outro chegaria à seguinte conclusão: o Alcorão que o Islã hoje tem em mãos, como se fosse “cópia de placas eternas custodiadas no céu” NÃO foi reconhecido como autêntico NEM mesmo pelas principais autoridade no assunto, apontadas por Maomé. E faço minhas, mas apenas em termos hipotéticos de que toda essa história (ou estória?) seja mesmo verdadeira, as palavras de John Gilchristt, estudioso contemporâneo do assunto,  no seu Enfrentando O Desafio Muçulmano:

Apesar das abundantes evidências de que o códice de Zaid era apenas mais um entre muitos outros manuscritos antigos, sem motivo para se crer que fosse o melhor disponível, ou que pelo menos uma cópia autêntica, ele foi padronizado por Uthman como texto oficial do Corão, e assim permanece até hoje.

Lendo Andrew Rippin, autor de Muçulmanos, Suas Crenças e Práticas, somos despertados para o fato de que nem mesmo a propalada imposição do Corão de Zaid ibn Thabit nos anos Seiscentos d.C. mereceria confiança. Muito embora, caso seja mesmo verdadeiro o que se pode apurar nas Tradições, já nos é possível concluir, segundo os princípios bíblicos, de ser impossível considerar o Alcorão  Palavra do Deus da Bíblia. PARA RIPPIN, pesquisador secular e, portanto, não comprometido, como é o meu caso, com nenhuma das duas correntes teológicas, NEM MESMO NOS PRIMEIROS SÉCULOS, E ENTRE OS PRÓPRIOS MUÇULMANOS, O ALCORÃO ADQUIRIU SEU ATUAL STATUS DE REVELAÇÃO DIVINA:

O Corão é, e tem sido desde o início do surgimento do Islã como religião firmemente estabelecida, o ponto principal ao qual se deve reportar para definir-se algo como ‘islâmico’. (...) Pesquisas revelaram que o status de escritura e autoridade foi debatido em tempos remotos, especialmente entre as diversas comunidades religiosas do Oriente Médio, além de na própria comunidade emergente. Elementos do processo pelo qual o Corão surgiu como fonte dotada de autoridade, juntamente com o surgimento do próprio islamismo, podem ser detectados nos escritos dos vários textos de interpretação corânica datados dos primeiros séculos do Islã, em antigas obras de caráter legal e em diversos documentos de polêmicas inter-religiosas. A derradeira elevação do texto do Corão à categoria a que conhecemos hoje de escritura sagrada, palavra de Deus, inimitável, ligada a um profeta analfabeto e, desta forma, autoritário dentro da comunidade, foi o resultado de dois ou três séculos de vigoroso debate, como pode ser verificar nestes textos.”

Há uma percepção, com qual não pude deixar de conviver, enquanto a polêmica no Facebook era travada (e razão deste RESPOSTA AO ISLÃ). Quando me  aprofundei nos estudos da bibliografia que me fora sugerida, ao fazer o curso de missões transculturais da Amal (M3), pareceu-me evidente, no caso do Islã, não apenas se tratar as Tradições  de documentos com datas tardias. Mas, também, de informações que,  enquanto documentação  histórica, podem não passar de engenhosa ficção.      

V – É POSSÍVEL VERIFICAR SE O ESSENCIAL DAQUILO QUE REGISTRARAM É MESMO VERDADEIRO, ATRAVÉS DE PESSOAS E FONTES NÃO COMPROMETIDAS COM OS SEUS IDEAIS?

A) Resposta 01(Novo Testamento):
Uma das mentiras mais exploradas pelos anti-Cristo ou anticristãos, na inútil tentativa de negar a condição divina de Jesus, está em afirmar que o Senhor somente foi reconhecido como Deus e a doutrina da Trindade aceita nas igrejas cristãs nos Anos Trezentos, quando do Concílio de Nicéia. E como o próprio Novo Testamento os desmente; então forjam a mentira de que a Bíblia tivesse sido adulterada por padres romanos.
problemão que arrumam para si mesmos é o seguinte: a condição divina de Jesus Cristo e Sua obra redentora é fato comprovado também no Antigo Testamento. Se o leitor quiser compreender isso mais a fundo, aconselho a leitura do Volume 02 deste RESPOSTA AO ISLÃ  (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé). Nele, eu trato da COMPARAÇÃO ENTRE JESUS E MAOMÉ COM RELAÇÃO A MOISÉS, usualmente feita por teólogos da religião. Além disso, a própria História, através dos escritos deixados por autores não cristãos dos primeiros séculos, nos legou informações corroboradoras da percepção apostólica. Vejamos:
a - FLÁVIO JOSEFO. Nasceu em 37 d.C., sendo, portanto, contemporâneo dos apóstolos e primeiros discípulos. Na sua obra Antiguidades, escrita ainda no século I, faz referência a Jesus e Sua crucificação por Pôncio Pilatos e sobre Tiago, irmão de Jesus por parte de Maria, atestando o martírio deste (Atos 12).
b -  TÁCITO E O TALMUDE .  Tácito foi um historiador romano, nascido em 55 d.C. e autor de Anais, publicado no início do século Segundo. Nessa obra ele afirma com todas as letras:

Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas por toda a cidade de Roma”.”

O que Tácito chama de “superstição perniciosa” era justamente a confissão apostólica de que Jesus Cristo havia ressuscitado e é Deus. Ele, assim como o Talmude, exemplifica o testemunho hostil, mas que não deixa de atestar a crença apostólica e os fatos por estes registrados no Novo Testamento. O Talmude é obra concluída no final do século V, mas incorpora a Mishná, compilada entre o final do Segundo século, início do Terceiro. Nela, Jesus é considerado um falso Messias, praticante de artes mágicas e teria sido por isso justamente condenado à morte. O testemunho é hostil, mas atesta a existência terrena, a capacidade de operar milagres e o tipo de morte de teve o Senhor.
c –  PLÍNIO, O JOVEM. Viveu entre  62-113 d.C.,  sendo governador romano da Bitínia, hoje a região ao noroeste da Turquia. No início do segundo Século, afirma em carta dirigida ao imperador Trajano de Roma:

Afirmaram, no entanto, que toda a sua culpa, ou o seu erro, foi que tinham o hábito de reunião em um determinado dia fixo antes do amanhecer do dia, quando cantavam em versos alternados um hino a Cristo, como a um deus, e vincularam-se por um juramento solene, não a qualquer maldade, mas a nunca cometer qualquer fraude, roubo ou adultério, nunca falsificar a sua palavra, nem deixar de entregar uma relação de confiança quando necessário; após essa reunião, era o seu costume se separar para então se reunir novamente e dividir os alimentos - mas a comida de um tipo comum e inocente. Mesmo esta prática, no entanto, eles abandonaram após a publicação do meu edital, pelo qual, de acordo com vossas ordens, eu tinha proibido as associações políticas. Julguei tanto mais necessário extrair a verdade real, com a ajuda de tortura de duas escravas que eram diaconisas de estilo, mas eu não consegui descobrir nada mais do que superstição depravada e excessiva.”

B) Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
Fora do Alcorão ou das Tradições, praticamente não se encontra documentos históricos para comprovação sequer da existência de Maomé. A Suna não é uma fonte primária de documentação; e os próprios manuscritos que hoje o Islã alega ser uma das cópias feitas por Zaid ibn Thabit são totalmente questionáveis, conforme verificaremos ainda nesta série de artigos. O que temos, então: ausência de fontes primárias ou externas e, portanto,  também comprobatórias; documentos questionáveis, contendo informação em conflito; e todos eles se caracterizando como escritos de datas tardias.
a – BIOGRAFIAS (Sirat): A mais antiga foi escrita por ibn Ishaq em 767 d.C., portanto, mais de cem anos após a morte de Maomé. O manuscrito original, segundo o Islã, teria se desintegrado; mas cópias do Alcorão que a antecederia em cento e vinte anos, curiosamente, não.  Cópias da Sirat teriam sido feitas, sendo a mais antiga, procedida por ibn Hisham. Data: 833 d.C.
b – HADITH (Ditos e Feitos do Profeta): O principal compilador, Bukhari compila-os por volta de 870 d.C.; seja, duzentos e cinqüenta anos depois dos eventos. Portanto, não são fontes primárias, mas informações secundárias e, presumivelmente, manipuladas em função de um ideal político.
c – TAFSIR (Comentários sobre quando e por que foi escrito os versos do Alcorão). Seu autor e também da história das tradições (TAHRIQ) é Taba Al Tabari. Aliás, um dos mais proeminentes da história do Islã, ainda era vivo no século X. A pergunta que fica: como em 923 d.C., Tabari poderia saber com propriedade o porquê do que teria sido “revelado” a Maomé nos anos Seiscentos?  

VI – QUEM OS ESCREVEU (NOVO TESTAMENTO, ALCORÃO E SUNA) TINHA MESMO CAPACIDADE PARA FAZÊ-LO?

A) Resposta 01 (Novo Testamento):
Os critérios de escolha dos livros que formaram o Novo Testamento respondem bem essa questão:
a – Precisavam ter AUTORIDADE APOSTÓLICA; ou seja: os autores teriam que estar entre os apóstolos e primeiros discípulos ou ser pessoas diretamente ligadas aos mesmos. Por exemplo: segundo o escritor cristão, Papias (125 d.C.), o Evangelista Marcos teve no apóstolo Pedro a sua fonte para o que escreveu. Paulo foi companheiro de Barnabé, o qual também conheceu e teve contato com os Doze; tendo ainda o evangelista Lucas por companheiro de trabalho missionário. Pedro, nas próprias páginas do Novo Testamento, confere aos escritos de Paulo o caráter de inspiração divina, tal como faz em relação aos profetas do Antigo Testamento. E, no sentido contrário, o apóstolo João condena a filosofia gnóstica docentista em seus escritos; o mesmo faz Paulo na sua Carta aos Colossenses. Estranhamente, o Alcorão reproduz como se fosse uma “nova revelação” conceitos gnósticos sobre a crucificação, além de outras heresias surgidas a partir do Século II.     
b -  Precisavam ser UTILIZADOS PELA IGREJA CRISTÃ DESDE O PRIMEIRO SÉCULO. De modo'''''''''' que livros escritos depois da morte dos apóstolos ou  partir o segundo século (Caso dos apócrifos.), não foram incluídos; embora alguns possuam inestimável valor documental e até informativo. Não foram os escritores que impuseram livros às igrejas cristãs; as igrejas é que reconheceram a inspiração divina nos livros, reconhecendo os seus autores e tais escritos como dignos de confiança.
c - Eram ENSINAMENTOS ORTODOXOS E TRANSFORMADORES DE VIDAS. Assim como os livros apócrifos, a filosofia gnóstica, proliferaria no século II. Nenhum livro do período foi escolhido. Mesmo que alguns autores e cristãos autênticos, ainda vivos nas primeiras décadas daquele século, caso de Clemente, Irineu e Inácio, tivessem conhecido ou convivido com algum dos Doze. O fato dos escritos de Clemente e Irineu (E nem mesmo de Inácio, que fora discípulo de João!)  não constarem do Novo Testamento demonstra o crivo altamente seletivo da tradição que  preservou a autoria e atestou (ou não)  o fator inspiração divina na literatura cristã produzida no Século I.

B) Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
1 – COMPILADOR IMPOSTO E CONTESTADO. O compilador do Alcorão imposto ao Islã por Uthman foi contestado por Mas’ud, considerado pelo próprio Maomé como uma das principais autoridades, em se tratando do livro considerado sagrado pelo Islã.
2 – COMPILADOR DESCRENTE. O próprio Zaid descrê na sua capacidade para fazer a compilação e, vendo as dificuldades, alega ser mais fácil transportar montanhas de um a outro lado. E os motivos dele precisam ser seriamente considerados, visto não haver na Arábia uma tradição de escribas, como a já milenar e em nível de excelência, existente na Palestina daquela época.
3 – O TRABALHO DE ZAID EQUIVALERIA TECNICAMENTE AO DO EVANGELISTA E HISTORIADOR LUCAS (1:1-4 e Atos 1: 1-3).
a - O problema é que Zaid foi contestado por uma das principais testemunhas  oculares e tida pelo “profeta” como autoridade máxima no assunto. Lucas, pelo contrário: foi cooperador de Paulo na sua obra missionária. E se Paulo teve seu trabalho reconhecido por Pedro, um dos principais entre os Doze, com Lucas, por extensão, acontece o mesmo. De forma que Pedro reconhece Paulo, que autoriza Lucas. Tal não aconteceu com Zaid ibn Thabit.
b -  Além disso, há dois evangelhos atribuídos a um dos Doze: João e Mateus.
c -  Assim como nos tempos de Zaid, no tempo de Lucas existiram outras narrativas (orais ou manuscritas)  sobre as palavras e feitos de Jesus Cristo. Tais narrativas, por certo que tiveram valor relativo e circulação restrita entre os cristãos; porém, não se tornaram de uso continuado e de larga utilização nas igrejas, através do tempo. Nem foram transcritas continuamente, até serem reunidas em códice, como o Sinaítico, Alexandrino e Vaticano. Todavia, não se tem notícias de que fossem execradas por um dos Doze ou que fossem queimadas pelos apóstolos. Já no que diz respeito ao Alcorão e às versões expurgadas do mesmo, as perguntas que ficam são as seguintes:
i  -  Subtraiam e/ou acrescentavam versos ou suras inteiras?
ii -  Havia alterações consideráveis, que os modificavam na sua inteireza ou essencialidade?
iii - Não eram autênticas ou seriam também “perfeitas cópias custodiadas no céu” (Ou na casa de Hafsah?), como se atribuiu à duvidosa versão de Zaid?
Mas somos informados por ibn Abi Dawud (Kitab al-Masahif)  que a própria versão “perfeita”, sancionada por Uthman,  sofreria modificações, feitas por Al-Hajjaj ibn Yusuf, sob as ordens do califa Abd al-Malik...

VII – QUAIS ESCRITOS E EXEMPLOS DE VIDA DE SEUS AUTORES ALINHAM-SE AO PADRÃO DE ESPIRITUALIDADE DA REVELAÇÃO ANTERIOR, TOMADA PELOS MESMOS COMO DIVINA? (NO CASO DO NOVO TESTAMENTO, A TORÁ; E NO QUE DIZ RESPEITO AO ALCORÃO, A TORÁ E O EVANGELHO.)? 

1 – Êxodo 20:7: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.

Resposta 01 (Novo Testamento):
O nome do Senhor (Jesus Cristo)  foi utilizado na propagação do Evangelho sem a utilização da violência, do período apostólico à emergência do Catolicismo, quando a igreja, na sua quase totalidade, permaneceu apostólica. Em seu nome foram feito milagres iguais aos que fizera o Senhor, quando esteve entre nós. Os milagres foram sinais da aprovação divina quanto não apenas à pregação, mas, também, do caráter dos seguidores de Cristo (Hebreus 2: 1-4).

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
O nome de Deus é utilizado para “justificar” atrocidades contra judeus e cristãos indefesos e inocentes; além da moral duvidosa de uma pessoa, cujo caráter e estilo de vida não se enquadraria ao mínimo exigido do mais simples líder cristão do Novo Testamento. E tal indivíduo, do nome de Deus se utiliza para pregar uma religião que não se fundamenta nas promessas e Alianças das Escrituras bíblicas. Fato este, que por si somente completamente o desqualifica; assim como desqualificaria a qualquer outro personagem da Antiguidade ou pessoa nossa contemporânea.

2 –   Êxodo 20:12: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Efésios 6:1-3: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),  para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.
-  Colossenses 3:20: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor.
- 1Timóteo 5:1: “Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
Somos informados quanto às conversões forçadas no Islã, muitas esposas renegaram aos seus maridos para, sem seguida, se entregarem aos assassinos dos mesmos. Uma das quais a Maomé, a bela Safiyya, apenas alguns dias mais tarde!!! Se tal aconteceu, o mesmo ocorreu em relação a filhos e seus pais e até mesmo destes aos próprios filhos. Este tipo de horror comportamental até que foi previsto por Jesus e seus apóstolos, ao trataram do esfriamento do amor e do aumento da iniqüidade no ser humano, em vias de bestialização (Mateus 25:6-10 e II Timóteo 3: 1-5).
E conforme nos informa W. H. T. Gairdner, no seu A Vida Real de Maomé:

Os santos  (DO ISLÃ) não eram lentos em seguir as instruções de seu líder. Um deles, ao encontrar sua irmã na praia, matou-a – suponho que deveríamos dizer ‗executou-a„ – na mesma hora por esta ter feito sátira com respeito ao profeta. O islã, naquela época, obliterou todos e quaisquer vínculos naturais. Por vezes havia, de fato, uma sanguinária competição para demonstrar sinceridade e lealdade ao profeta, por meio do assassinato do pai, do parente ou do amigo”.

Gairdner está fundamentado sua informação nas Tradições e alguns estudiosos das mesmas. Ainda hoje em dia, no mundo islâmico, se os pais abandonam a religião que lhes foi imposta, qual é o comportamento (estimulado) dos filhos e da parentela em relação a eles? Somos informados por fontes fidedignas do caso de crianças serem tiradas de seus pais, quando estes abraçam outra fé. De modo que o princípio divino é largamente desobedecido, e são prontamente “justificadas” as atrocidades da desobediência ao mandamento divino.

3  –  Êxodo 20:13: “Não matarás.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Mateus 5:43-45: “Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo.   Eu (JESUS), porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;  para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
- Atos 7:59: “Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.
- 1Pedro 2:20-21: “Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus.  Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
- Sura 2:56: “Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, Ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte,  Sapientíssimo.
- Sura 4:89: “Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor.

NUM PERÍODO DE APENAS VINTE ANOS, OS DITAMES DO ALCORÃO MUDAM, DE ACORDO COM A CONDIÇÃO POLÍTICA E MILITAR DE MAOMÉ NA ARÁBIA. Primeiro  eles são conciliadores e afirmam que Allah teria dito que a religião não é compulsória. Maomé ainda não tinha o poderio militar. Quando o obtém, os ditames da “revelação” tornam-se outros, de acordo com as suas conveniências. Qualquer que se aprofundar nesse tema poderá contextualizar os acontecimentos na Arábia com a cronologia das “revelações”,  sabendo-se que as Suras no Alcorão NÃO estão em ordem cronológica.
CABE UM PARALELO: No primeiro texto da resposta do Novo Testamento, Jesus Cristo,  com a Sua autoridade divina, desfaz o princípio de retaliação e do ódio ao inimigo constante no “olho por olho, dente por dente”, que vigorou como interpretação da Lei de Moisés.  No segundo, Estevão, o primeiro mártir da Nova Aliança, segue exatamente o que diz Pedro na terceira passagem bíblica, a respeito do exemplo deixado por Jesus. E esta será a tônica do Cristianismo apostólico e pós-apostólico até a emergência do Catolicismo, religião que pode ostentar-se romana, nunca, porém apostólica, devido as suas muitas contradições. Já Maomé e o Alcorão chamam Jesus de Messias e também ousam (Contraditoriamente, óbvio.) citar os apóstolos e os primeiros discípulos como fonte de autoridade. Estranhamente, porém, aquele livro e seu autor fazem repetidos elogios  à Lei do Talião como princípio  a ser observado. Certamente, buscando justificativa para as atrocidades cometidas na Arábia.
Don Richardson, no seu  Segredos do Alcorão, enfatiza que não há um só verso na  “escritura sagrada” do Islã, em que os judeus são acusados de agressão física a Maomé. Eles somente rejeitaram a “autoridade” profética que este lhes quis impor.  Num dos meus artigos, em réplica à comparação que o Islã ousa fazer entre Jesus e Maomé em relação à Moises, fundamento os paralelos que devem ser feitos entre a campanha deste último e Josué, quando da conquista de Canaã em contraponto ao banho de sangue que o Islã promoveu na Arábia. Sobejam versos incitando e “justificando” a violência no Alcorão. Já em alguns livros das Tradições, os autores friamente a contextualizam, exaltam-na e a querem, como se fosse biblicamente aceitável, legalizar.
A pergunta que fica é: como a “revelação” corânica, posterior a Cristo, retroage ao “dente por dente, e olho por olho” de alguns intérpretes da Lei de Moisés?  Seria Deus um ser hesitante, tal como quer o Alcorão, capaz de criar e abolir versos, de acordo com as inclinações morais, sexuais ou a situação política de um duvidoso profeta? Em verdade, em termos de legislação, a Lei Sharia, facultada pela existência do Alcorão, é um tremendo retrocesso à própria lei mosaica. E, então, quais livros e autores realmente se conformam ao princípio do valor à vida e do que Deus deseja vigore nas sociedades e nas relações humanas?  

4  – Êxodo 20:14: “Não adulterarás.”

Resposta 01 (Novo Testamneto):
- Mateus 5:28-29: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.  Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
- 1Tessalonicenes 4:3-8: “Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,  que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra,   não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus;  ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.  Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação.  Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.
- 1Timóteo 5:1-2: “Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos;  às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas:

a – Concepção carnalizada do Paraíso (Suras 38: 49, 44:51 e 55:45-72, etc. e etc.), em completo desacordo com a palavras de Jesus Cristo, de que no  “céu não se casam e nem se dá em casamento, pois todos são  como os anjos” (Marcos 12:25/ Lucas 20:34-36).

b -  “Ouvimos aterrorizados os relatos de estupros que vão além dos limites do imaginável, durante a referida campanha: o que pensaria o público (e o que diria Woking), quando souberem que as tropas compostas pelos primeiros santos e mártires maometanos, comandadas por Maomé em pessoa, cometeram estupros no campo de batalha em, pelo menos, uma ocasião e sob circunstâncias peculiarmente chocantes? A ocasião foi logo após a derrubada de Bani Mustaliq junto aos poços de Marasi, quando muitas das duzentas mulheres capturadas da tribo (propositalmente chamadas de mulhers ‗livres e não ‗escravas‘, ‗Kara im al Arab Halabi II, pg, 296) foram estupradas pelos homens de Maomé, com seu pleno consentimento! Não pode haver dúvidas quanto aos fatos; eles são narrados por todos os mais reputados tradicionalistas e por, pelo menos, dois dos historiadores: tão verdadeiros são os relatos, que, em certo ponto da própria Shari‘a, esta é estabelecida como referência para o incidente.
                                                    W.H.T. Gairdner, em A Vida Real de Maomé

c - Sura 33: 52-53: “Ó Profeta, em verdade, tornamos lícitas, para ti as esposas que tenhas dotado, assim como as que a tua mão direita possui (cativas), que Deus tenha feito cair em tuas mãos, as filhas de teus tios e tias paternas, as filhas de teus tios e tias maternas, que migraram contigo, bem como toda a mulher fiel que se dedicar ao Profeta, por gosto, e uma vez que o Profeta queira desposá-la; este é um privilégio exclusivo teu, vedado aos demais fiéis. Bem sabemos o que lhes impusemos (aos demais), em relação às suas esposas e às que suas mãos direita possuem, a fim de que não haja inconveniente algum para ti. E Deus é Indulgente, Misericordioso.  Podes abandonar, dentre elas, as que desejares e tomar as que te agradarem; e se desejares tomar de novo a qualquer delas que tiveres abandonado, não terás culpa alguma. Esse proceder será sensato para que se refresquem seus olhos, não se aflijam e se satisfaçam com o que tiveres concedido a todas, pois Deus sabe o que encerram os vossos corações; e Deus, é Tolerante, Sapientíssimo.

Aos líderes  cristãos se exigiu, de acordo com a revelação  de Jesus que fossem marido de uma só esposa (Timóteo 3: 1-3). E nem se cogita que tenham concubinas ou escravas sexuais (como teve Maomé). Do jovem e solteiro Timóteo, o ensino apostólico de Paulo requer total pureza no trato com as moças da igreja. E a pergunta que fica é: pode uma escritura dita sagrada, que deveria  se conformar à revelação verdadeira, mas não o faz, “justificar” um tipo de comportamento completamente oposto, além de abjeto no trato com as mulheres? Como, então, conformar-se ao princípio divino da santificação? E como poderia Maomé,  com tais “revelações” a seu favor, olhar para as mulheres com a pureza do princípio monogâmico que, desde o princípio desejou Deus,  conforme as palavras de Jesus, a verdadeira revelação???

- “E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou  Moisés?
E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.”   Marcos 10:2-8

5 - Êxodo 20:15: “Não furtarás.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- “Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
                                                                                   I Coríntios 6: 7-10
- “Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?  Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?”  Romanos 2:21-23
- “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.”    Mateus 5:38-42

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
-   “...os Qainuqas, confessadamente, admitiram que sua reação (A MAOMÉ) não foi além de respostas irônicas e sonoras vaias (Hisham p. 545). Será que a perfeita ética humana aprovaria o assassínio premeditado de todos os homens de uma tribo por causa disso?
Aliás, estes Qainuqas somente escaparam de um massacre de dimensões catastróficas por causa da persistência do estrategista Abdullah Ibn Ubayy, e não à humanidade de Maomé. Tabari relata explicitamente que ‗os soldados vieram no intuito de cumprir a sentença do profeta contra os judeus que, então, foram amarrados sob a determinação pessoal do profeta para que fossem exterminados‘. Foi aí que Abdullah interveio; mas, como resultado de seu ato, seus ‗700 guerreiros‘ teriam compartilhado o mesmo e horrível fim que sobreveio aos homens do Bani Quraiza, já que foi a persistência desesperada de Abdallah que fez com que o profeta se irasse e que a expressão de seu rosto se tornasse muito obscura‘. O profeta ficou extremamente furioso ao ser obrigado a poupar aquelas centenas de vidas humanas.
Exatamente da mesma maneira, os Bani Nadir, judeus,  foram expulsos de seu país e tiveram praticamente todos os seus bens pilhados. As justificativas para este procedimento (na verdade, para toda a campanha contra os Bani Nadir), foram as mais ridículas e inconsistentes e, por isso, não suportariam a duas linhas de análise crítica. A acusação de trapaça, por exemplo, que ostensivamente justificava o ataque original, foi silenciosamente retirada. Não é, entretanto, como diz o relato do Corão (sura 58).
Estes maus negócios de deportação foram, mais tarde, abolidos das práticas dos maometanos, já que representavam ‗maus investimentos econômicos‘ e a ‗prática muito mais proveitosa de constituir o pagamento de um tributo por parte das tribos conquistadas, ‗dhimmis, foi instituída‘. Portanto, a tribo de Khaybar não foi deportada, mas passou a ser obrigada a pagar tributo.
                                                      (W. H. T. Gairdner,  A Vida  Real de Maomé)


6 –  Êxodo 20:16: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Mateus 5:37: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.” (Palavras de Jesus Cristo).

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
a -  Num primeiro momento, a conversão ao Islã não é forçada, pois Maomé ainda não detinha  total controle e poder de vida e morte sobre os habitantes da Arábia. Num segundo, quando seu poderio político e militar se consolida, judeus e cristãos (monoteístas) e árabes politeístas deveriam ser exterminados, caso recusassem o Islã. E foi o que se sucedeu.
b  - Conforme observa Don Richardson, em seu Segredos do Alcorão, não há um sequer verso daquele livro dizendo que os judeus, antes de atacados e serem constrangidos a se defender como podiam, tenham agredido  fisicamente Maomé; apenas os ridicularizavam.
c – Sobejam no Alcorão e nas Tradições “justificativas” para as atrocidades cometidas pelo “profeta”  e conforme observa Gairdner,

 “O veemente argumento por parte dos apologistas é que Maomé era o de facto governante de Medina e que ele, em concordância com os líderes destas tribos judias, havia, virtualmente, entrado em acordo com estas tribos, de maneira que sua oposição foi, na verdade, uma trapaça por parte das tribos. Bem, não apenas ressaltamos que (a) o ‗Kitab‘ de A.H. foi uma prescrição e não um acordo; (b) uma das tribos veementemente negou a existência de qualquer acordo com Maomé (la a 'qda bainana wa baina Muhammadin wala 'ahd) e os dois Sa'ds nada responderam em apelo ao Kitab (Hisham p. 675); e, (c) os Qainuqas, confessadamente, admitiram que sua reação não foi além de respostas irônicas e sonoras vaias (Hisham p. 545). Será que a perfeita ética humana aprovaria o assassínio premeditado de todos os homens de uma tribo por causa disso?”.

A pergunta que fica é seguinte: à luz da revelação  trazida por Jesus; de amor a Deus e ao próximo e nada absolutamente justificando o mal contra quaisquer pessoas; não soa como falso testemunho as “justificativas” encontradas no Alcorão e nas Tradições para os abusos praticados por Maomé contra àqueles que ele tomou por inimigos, abusando de suas filhas e esposas? Será mesmo que o Deus da Bíblia (O qual não é Allah, evidentemente.) mudaria alguma revelação, de acordo com as circunstâncias política e inclinações amorosas de algum profeta? Que autores e livros bíblicos tenderiam a acobertar fatos embaraçosos e “justificar” atos reprováveis? O Novo Testamento ou o Alcorão e as Tradições Islâmicas???

7 -  Êxodo 20:17: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Hebreus 10:32-34: “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições;  pois por um lado fostes feitos espetáculo tanto por vitupérios como por tribulações, e por outro vos tornastes companheiros dos que assim foram tratados. Pois não só vos compadecestes dos que estavam nas prisões, mas também com gozo aceitastes a espoliação dos vossos bens, sabendo que vós tendes uma possessão melhor e permanente.
-  1Timóteo 6:3-8: “Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade,  é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas,  disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro;  e, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento.  Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar;  tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes.
- Marcos 10:42-45: “Então Jesus chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os que são reconhecidos como governadores dos gentios, deles se assenhoreiam, e que sobre eles os seus grandes exercem autoridade.  Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva;  e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.  Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
- Sura 8:1: “Perguntar-te-ão sobre os espólios.(540) Dize: Os espólios pertencem a Deus e ao Mensageiro. Temei, pois, a Deus, e resolvei fraternalmente as vossa querelas; obedecei a Deus e ao Seu Mensageiro, se sois fiéis.
- Sura 8: 41: “E sabei que, de tudo quanto adquirirdes de despojos, a quinta parte pertencerá a Deus, ao Mensageiro e aos seus parentes, aos órfãos, aos indigentes e ao viajante; se fordes crentes em Deus e no que foi revelado ao Nosso servo no Dia do Discernimento, em que se enfrentaram os dois grupos, sabei que Deus é Onipotente.
- Sura 33: 52-53: “Ó Profeta, em verdade, tornamos lícitas, para ti as esposas que tenhas dotado, assim como as que a tua mão direita possui (cativas), que Deus tenha feito cair em tuas mãos, as filhas de teus tios e tias paternas, as filhas de teus tios e tias maternas, que migraram contigo, bem como toda a mulher fiel que se dedicar ao Profeta, por gosto, e uma vez que o Profeta queira desposá-la; este é um privilégio exclusivo teu, vedado aos demais fiéis. Bem sabemos o que lhes impusemos (aos demais), em relação às suas esposas e às que suas mãos direita possuem, a fim de que não haja inconveniente algum para ti. E Deus é Indulgente, Misericordioso.  Podes abandonar, dentre elas, as que desejares e tomar as que te agradarem; e se desejares tomar de novo a qualquer delas que tiveres abandonado, não terás culpa alguma. Esse proceder será sensato para que se refresquem seus olhos, não se aflijam e se satisfaçam com o que tiveres concedido a todas, pois Deus sabe o que encerram os vossos corações; e Deus, é Tolerante, Sapientíssimo.

Sem comentário.



RÉPLICA TERCEIRA – Parte 02


1/ Aconteceu de, na publicação anterior, por um lapso de minha parte, eu não ter publicado o item IV das SETE PERGUNTAS CRUCIAIS E UM APONTAMENTO INICIAL PARA CADA RESPOSTA. Peço desculpas ao leitor. É que após as seis horas ininterruptas a que me dediquei à última redação do que seria a parte primeira deste artigo, não me dei conta do fato. E tendo-o feito, posteriormente; restou-me agora publicá-la de forma avulsa. Não devo, todavia, anexá-la ao texto original. Pois quero aproveitar o ensejo e tornar as respostas não apenas pontuais, conforme se verificou até aqui em toda esta série de artigos. De modo podermos abrir, pelo menos neste caso, um leque maior às ponderações. Assim como adiantar informações que constariam da segunda e última parte de uma série, por força da circunstância, agora tornadas em três.
As perguntas que foram feitas e respondidas no texto anterior são:
I - COM QUE INTENÇÃO FOI ESCRITA O NOVO TESTAMENTO E O ALCORÃO, JUNTAMENTE COM AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS?
II - O QUE SE PODE APURAR SOBRE O CARÁTER DOS ESCRITORES?
III -  TERIAM ACOBERTADO OS AUTORES MATERIAL CONSIDERADO EMBARAÇOSO, FORJADO,  E/OU MANIPULADO INFORMAÇÕES?
IV -  (Ficou sem formulação e sua respectiva resposta).
V - É POSSÍVEL VERIFICAR SE O ESSENCIAL DAQUILO QUE REGISTRARAM É MESMO VERDADEIRO, ATRAVÉS DE PESSOAS E FONTES NÃO COMPROMETIDAS COM OS SEUS IDEAIS?
VI - QUEM OS ESCREVEU (NOVO TESTAMENTO, ALCORÃO E AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS) TINHA MESMO CAPACIDADE PARA FAZÊ-LO?
VII - QUAIS ESCRITOS E EXEMPLOS DE VIDA DE SEUS AUTORES ALINHAM-SE AO PADRÃO DE ESPIRITUALIDADE DA REVELAÇÃO ANTERIOR, TOMADA PELOS MESMOS COMO DIVINA? (NO CASO DO NOVO TESTAMENTO, A TORÁ; E NO QUE DIZ RESPEITO AO ALCORÃO, O EVANGELHO (e  Novo Testamento) E A TORÁ.).
A pergunta que ficou sem ser feita (Item IV) é:
-  HARMONIZAM-SE AS ESCRITURAS (CRISTÃS E ISLÂMICAS) NOS SEUS DADOS BÁSICOS; NÃO CONTENDO INFORMAÇÃO EM CONFLITO, MAS PODENDO (E ATÉ DEVENDO) DIVERGIR NOS DETALHES?
Estas perguntas, conforme dissemos, tomam por base a riqueza de informações contidas no livro Em Defesa de Cristo, do jornalista investigativo Lee Strobel. Naquela obra, interrogações dessa natureza foram feitas pelo autor; e este, buscou a resposta em pessoas dignas da maior credibilidade acadêmica e teológica em se tratando do Novo Testamento. De minha parte, propus-me a fazer questionamentos semelhantes, mas procurar responder-lhes comparativamente, uma vez que estamos a tratar de evidências para a autoridade da Bíblia (Mais especificamente, o Novo Testamento.) e do Alcorão, juntamente com as tradições islâmicas. 

2/ Antes de responder, É PRECISO ENFATIZAR MAIS UMA VEZ, no que diz respeito ao Islã: Uthman, o terceiro califa, teria tentado reunir a religião em torno de uma só cópia manuscrita do Alcorão. Mas foram contabilizadas pelo menos outras quinze. Três delas (As versões de Mas’ud, Salim e Ubayy ibn Ka’ab.), levado fosse em conta o que teria dito o próprio Maomé a respeito de quem seria autoridade no assunto depois dele próprio, teriam preferência em relação à do jovem Zaid ibn Thabit.
Tais versões podiam ser consideradas autênticas, embora apenas parte de um todo impossível de se adquirir, conforme afirmou Umar, o segundo califa?
Não representariam risco?
Mesmo que ninguém em são juízo pudesse esperar que fossem idênticas, deviam estar pelo menos essencialmente identificadas à versão tornada oficial para não serem expurgadas. Mas o expurgo aconteceu.
Uthman por certo que tinha motivos para fazer o que fez. Tanto que mandou queimar todas as demais versões, após Zaid ter feito sete cópias (transcrições) do seu manuscrito, para depois enviá-las às províncias. Conclusão: o Alcorão que o Islã tem em mãos, a julgar pelos fatos apurados nas próprias Tradições, não pode conter todas as palavras “reveladas” a Maomé. E o que foi oficializado, por um ato político e não teológico, ao contrário de ser a decantada  “cópia de placas eternas custodiadas no céu”,  trata-se de um manuscrito que nem o próprio Maomé aprovaria. Porque teria sido imposto mais por uma questão política do que teológica aos adeptos da religião.

3/ E O QUE DIZER DAS TRADIÇÕES ISLÂMICAS? Não haveria nelas, por exemplo, informação em conflito?
a - Somente em relação à infância de Maomé, tratando-se do tal encontro dele com certo religioso que teria reconhecido sua vocação “profética”, num só autor apenas (Tabari): mais de dez versões diferentes.
b -  Sobre quando Maomé teria ficado órfão e de como Abdullah, seu pai, veio a falecer: informações em conflito.
c -  Sobre o tal encontro de Maomé com determinados representantes de religiões não-islâmicas, os quais também lhe teriam reconhecido como um futuro profeta: mais informações em conflito.
Quanto à primeira questão, Patrícia Crone, em  Meccan Trade and the Rise of Islam, Princeton University Press, 1987: 220,  conclui haver “quinze versões fictícias de um evento que jamais aconteceu”.
Aliás, nem mesmo sobre quem comandou a impraticável construção da Ka’ba, se Adão ou Abraão, não deixa de haver conflito de informação.
Torna-se inevitável o questionamento: pode-se confiar em livros (Ou no próprio Alcorão e sua pretensão de ser a última palavra sobre tudo.) tão contraditórios?
Não seria problemático, houvesse, como no caso da Bíblia, toda uma tradição manuscrita corroboradora. Observando que, quando Uthman quis reunir o Islã em torno de uma só versão corânica, ele estava apenas iniciando o que em Israel era uma prática milenar e atingira o mais elevado nível de excelência, para a conservação mais segura (que a oral) das revelações de Deus ao homem. Pergunto-me: com que autoridade um desinformado ou intencionalmente mal informado pode alegar que o fato da Bíblia ter sido traduzida para vários idiomas ou copiada sucessivas vezes implica necessariamente na adulteração da mensagem original? É justamente o fato de existirem as muitas versões, traduções e cópias que nos permite comprovar se a mensagem original teria sido ou não comprometida na sua inteireza e essencialidade. É justamente o que Uthman tentou evitar. E o que, em certos aspectos, as tradições islâmicas tentam justificar, mas sem o conseguir. Talvez porque lhes falte o elemento essencial, espécie de liga que ajusta todas as documentações fidedignas num todo confiável: a verdade.

4/ Jay Smith, no seu  Evidências para a autoridade da Bíblia, ao tratar sobre as VERSÕES E TRADUÇÕES antecedentes ao advento do Islã (Século VI.), nos dá a seguinte informação:
  
19.284 traduções em mais de 11 idiomas: Latim (10.000, a partir de 150 d.C.), Siríaco (350, a partir de 150 d.C.), Cóptico (100 ou mais, entre os séculos III e IV d.C.), Armênio (2.587, a partir de 400 d.C.), Gótico (6, a partir do século IV d.C.), Geórgio/Eslavo (4.101, a partir do século V d.C.), Etíope (2.000, a partir do século VI d.C.), Núbio (século VI d.C.), Árabe (75), Persa (2) e Franco (1). 230 destes são bastante primitivos, tendo sido escritos entre 150 d.C., até o século VI.”

E ainda,  em se tratando de EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS E de ELEMENTOS COMPROBATÓRIOS, Jay Smith nos lembra da existência de MAIS DE DOIS MIL LECIONÁRIOS. Lecionários são publicações que se tornariam usuais, a partir do século IV; porém, a referida quantidade também antecede a Maomé. E sobeja, nas mesmas, a transcrição de textos bíblicos, assim como nas cartas e escritos dos líderes cristãos pós-apostólicos, pré-Catolicismo e até mesmo católicos. Fora os três principais manuscritos do século IV (anos Trezentos), conservados em pergaminho (Os códices Sinaítico, Alexandrino e Vaticanus.); sabendo-se também que a definição do Antigo Testamento se dá no II século d.C. Assim como há muitas outras evidências manuscritas, na forma de porções tanto do Antigo e do Novo Testamento, seja de livros inteiros ou em parte. São elementos, pois, comprobatórios; mas, que também servem de material comparativo, no que diz respeito à conservação da mensagem original.
E voltássemos (Ver primeira parte deste artigo.) ao quesito “é possível verificar se o essencial daquilo que registraram (Os autores.) é mesmo verdadeiro, através de pessoas e fontes não comprometidas com os seus ideais”, cabe ainda lembrar: Tallus, historiador grego do século I, menciona tanto a crucificação de Jesus Cristo, quanto as trevas que tomaram conta do mundo naquele dia memorável.

5/ Ainda, no que diz respeito à Bíblia, OUTRA FONTE DE DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA É A ARQUEOLÓGICA. Para Jay Smith,

 “A História sempre deixa ‘impressões digitais’ que aguardam, adormecidas, no sub-solo, à espera de que alguém as descubra, investigue e decifre. A área mais frutífera, em termos de confirmação da Bíblia, vem da arqueologia.

E nessa área do conhecimento, Jay, entre dezenas de exemplos, cita:
a – A existência histórica comprovada de 50 personagens apenas do Antigo Testamento por fontes extra-bíblicas.
b -  Mais de uma centena de relatos sobre o dilúvio em todas as culturas.
c - Placas sumérias e babilônicas com inscrições sobre a Torre de Babel.
Se de acontecimentos ocorridos em tempos tão remotos foram encontrados elementos comprobatórios, que dizer dos mais recentes, embora pertençam à Antiguidade? Já quanto ao Islã, a pobreza documental impera; quase inexistem fora das próprias tradições. E estas, por si mesmas questionáveis. Pois nem mesmo do tão contraditório Alcorão de Uthman, segundo John Gilchrist, que autores islâmicos moderados alegam ter duas de suas cópias hoje em mãos (Os códices Topkapi e Samargand.) pode-se se comprovar realmente ser uma fonte primária de informação. Este é um assunto do qual iremos tratar na terceira e última parte deste artigo com maior acuidade. Por enquanto, a pergunta sobre o Novo Testamento, mais o Alcorão e a Suna (Tradições islâmicas), que estamos tentando responder ou apontar contradições é: HARMONIZAM-SE AS ESCRITURAS NOS SEUS DADOS BÁSICOS; NÃO CONTENDO INFORMAÇÃO EM CONFLITO, MAS PODENDO (E ATÉ DEVENDO) DIVERGIR NOS DETALHES?

6/ Engloba a pergunta acima três aspectos, os quais podem ser desdobrados em outras três interrogações. Creio que isso nos facilitará os paralelos e as comparações. Porém, é preciso que tenhamos em vista que o Alcorão não pode ser analisado tão somente em relação à Suna (Ou vice-versa). Mas, também, com relação ao próprio Novo Testamento. Tendo sido este invocado como fonte de autoridade pelo Alcorão, o qual teria por obrigação corroborar e pelo mesmo ser corroborado, mas não o faz. De modo que do Alcorão, principalmente, e das Tradições, se busca resposta ou se aponta contradições em duas perspectivas.

A) HARMONIZAM-SE NOS DADOS BÁSICOS?

- Resposta 01 (Novo Testamento):
Absolutamente: Todos os livros, direta e/ou indiretamente, detalhada e/ou pontualmente dão testemunho da vida, morte expiatória, ressurreição e condição divina do Messias (Deus salvador entre os homens.), Jesus Cristo. A Ele todos os escritores do Novo Testamento chamam-No Senhor, em conformação com Êxodo 3: 14-15.

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
- NA PERSPECTIVA ISLÂMICA, estas escrituras são concordantes entre si quanto à confissão islâmica: Maomé seria profeta e, ainda segundo o Islã, seria o  “selo da revelação”; Allah,  Deus; e o  Alcorão, de  Deus  a palavra.
- Já NA PERSPECTIVA DA REVELAÇÃO ANTERIOR (Novo Testamento), o que se apura no Alcorão e na Suna é a mais completa das contradições. E a razão de não serem corroborados pelo Novo Testamento reside justamente no querer negá-lo nos seus dados básicos. Ainda que o Alcorão de Maomé cite o Evangelho, a Cristo e os apóstolos como fonte de autoridade. Vejamos:
a - O Alcorão alega que Maomé teria sido predito, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento (Suras 46:10, 61:6 e 7: 157).  Tais alegações; de acordo com o que se verifica nas Sagradas Escrituras de judeus e cristãos (A Bíblia.); principalmente na promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo (Evangelho de João) e a correta interpretação de Deuteronômio 18:18; simplesmente NÃO se sustentam. São, portanto, mentirosas.
b - O Alcorão, evidentemente que “respaldado” pelas Tradições, chama Jesus Cristo de O Messias (Sura 3:45) e O tem por imaculado (Sura 19:16-22). Porém, NÃO reconhece Dele a condição divina. Pelo contrário, intenta negá-la (Suras 5: 17 e 72); contrariando, conforme venho demonstrando em meus artigos, não apenas o Novo, mas, também o Antigo Testamento.
c - O Alcorão nega a morte expiatória do Messias (Sura 4: 157); mais uma vez contrariando tanto o Novo quanto o Antigo Testamento.

- Sura 4:157-158: “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.

CONVÉM OBSERVAR: Numa das versões do Alcorão que utilizo (A Digital, fornecida pelo Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil.),  o autor ou os autores da notas de roda-pé tentam minimizar a informação literal da (suposta) simulação que, em primeira e última análise, somente pode ser atribuída ao deus Allah.
Estranhamente, na outra versão que também utilizo (A Tradução do Sentido do NOBRE ALCORÃO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA.), realizada e com notas pelo Dr. Helmi NASR, este tradutor alega literalmente:

O Islão prega que não foi Jesus crucificado, mas o foi, em seu lugar, um sósia.”.

Mas depois, mesmo a sura afirmando que a crucificação teria sido simulada, o autor quer, numa segunda nota sobre o mesmo texto corânico, NÃO atribuir tal informação (Errônea e em total desacordo tanto com o Novo como com o Antigo Testamento.) nem a Allah e nem a Maomé. Alega, então, não fundamentado na Bíblia, haver divergências entre os escritores cristãos sobre o assunto.
A questão é que as escrituras islâmicas teriam que estar em harmonia com os dados básicos do Novo Testamento; e não, p.ex., com aspectos da filosofia gnóstica. Pois é à Torá e ao Evangelho que invocam por fonte de sua suposta autoridade. E mais: voltando à sura 4:157, todo o contexto e, principalmente, o verso 158 (Na tradução do mesmo Dr. Helmi.) confirmam o ato simulatório atribuído ao deus Allah. Logo, a própria aia (verso) desmente, em nas duas versões, citadas os tradutores:

Mas, Allah, ascendeu-o até a Ele. E Alah é Todo-Poderoso, Sábio.

“Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.”


Ora, NA BÍBLIA, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, UM OUTRO SIGNIFICATIVO ELEMENTO COMPROBATÓRIO da veracidade de qualquer escritura tida por sagrada É O QUE ENSINA A MESMA SOBRE O CARÁTER DE DEUS. Deus é verdade. Ele a ama a verdade tanto quanto odeia a mentira. Já Satanás, é apontado por Jesus Cristo como o pai da mentira em João 8:44. E falando aos judeus incrédulos, Jesus foi categórico:

Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.

João, o apóstolo, afirma com todas as letras que nenhuma mentira procede da verdade. E as suras transcritas nos oferecem informações de cunho literal (Portanto, não sujeitas a interpretação.) sobre um deus dissimulador. Logo, não seria a mentira o seu verdadeiro caráter? O que os tradutores das duas versões corânicas tentaram fazer foi contornar o incontornável;  logicamente, que sem nenhum sucesso.

B) TRAZEM INFORMAÇÕES EM CONFLITO?

Resposta 01 (Novo Testamento):
Num estudo, por exemplo, dos quatro Evangelhos, verifica-se a completa harmonia nos dados básicos:
1 -  Nascimento virginal do Emanuel;
2 - Batismo e testemunho de João Batista sobre a pessoa e obra de Jesus Cristo;
3 -  Milagres e curas;
4 - O comissionamento dos Doze;
5 - A traição de Judas, aliás, prevista e predita no Antigo Testamento;
6 – A instituição da Nova Aliança no contexto da morte expiatória;
7 -  A ressurreição e a ascensão de Jesus Cristo aos Céus.
Todavia e como era de se esperar, há alterações nos detalhes e na quantidade de fatos relatados; de forma a ficar evidente elementos próprios do ato literário em si. As aparentes contradições, dizem respeito a fatos secundários, quanto a um e outro relato sobre um mesmo acontecimento.
Antes de qualquer coisa, é preciso lembrar que não somente os Evangelhos, assim como os demais livros constantes do Novo Testamento, são livros diferentes entre si, sendo escritos para públicos diferentes e por diferentes autores. Fossem 100% harmoniosos até nos detalhes, teríamos, então, um forte indicativo de manipulação de dados, próprios de uma literatura mítica e mistificadora. E, portanto, fabricada em função de um ideal.
Na nota 315 da versão do Alcorão, fornecida pelo  Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil, sobre a já citada sura 4:157, entre outros apenas aparente indicativos de possíveis contradições sobre a morte de Jesus, os autores dizem:

O final da vida de Jesus na terra está tão envolto em mistério quanto a sua natividade e, ainda, como de fato, está também o período da maior parte da sua vida particular, com exceção dos três principais anos do seu sacerdócio.

Ora, NÃO É ISSO QUE NOS MOSTRA O NOVO TESTAMENTO!!! Antes,  esclarece, testemunha e ordena que seja proclamado aos confins da Terra. E, talvez, não saibam os autores da famigerada nota corânica que as biografias de Jesus, constantes do Novo Testamento, seguem exatamente o padrão de sua época. Além de as mesmas englobarem duas perspectivas ou fatores de interesse: o teológico e o literário.
No que diz respeito ao FATOR TEOLÓGICO, naturalmente sobressalente: tudo o quanto o Messias (Deus Salvador entre os homens) fez e ensinou perderia o seu sentido, se Jesus não tivesse sido crucificado, ressuscitasse ao terceiro dia, conforme anteviu e prometeu, e depois, ascendesse ao Céu. Foi por esses fatos que os discípulos O reconheceram Deus. Não que durante o Seu ministério entre os homens também não o tenha demonstrado e até o admitido, por exemplo: ao aceitar adoração e ter perdoado pecados de uma pessoa no sentido generalizado. Na verdade, em tudo o que Ele fazia isso ficava demonstrado:
1 – Milagres e curas;
2 – Autoridade sobre os demônios;
3 – Perdão de pecados;
4 – Aceitar adoração;
5 – Instituição da Nova Aliança (Lembrando que Moisés sancionou a Antiga seguindo orientação divina.)
6 – Alteração de conceitos e princípios da Lei de Moisés;
7 – Declarar-se Filho do Homem, Filho de Deus e O Senhor (em conformidade com Êxodo 3: 14-15). Tais declarações foi o que levou as autoridades religiosas acusar-lhe e condená-lo à morte por blasfêmia. E “a blasfêmia”, era fazer-se a Si mesmo Deus (João 5: 18).  

- Hebreus 1:1-4: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

- João 20:26-31: “Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco.  Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.  Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!
Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

-   1Coríntios 15:3-9: “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;  que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras;  que apareceu a Cefas, e depois aos doze; depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram;  depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos;  e por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo. Pois eu sou (PAULO) o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus.

E quanto ao FATOR LITERÁRIO? Especialistas  em literatura e historiografia clássica iriam observar que os biógrafos dos tempos de Jesus apenas se detinham nos fatos mais importantes da vida dos biografados; nas partes consideradas exemplares e capazes de dar sentido àquele período da História. E nesse aspecto, como acertaram os evangelistas! A própria História da humanidade se dividiria em antes e depois de Cristo. Os Evangelhos, como de resto todo o Novo Testamento, estão em perfeito acordo com a literatura do seu tempo, fato que mais lhes confere o valor documental de fonte primária e correta datação. Não sendo, portanto, documentação com datas tardias.
Ainda DENTRO DO QUE SE É USUAL NO FATOR LITERÁRIO, haverá, em uma ou outra narrativa, elementos como:
a -  PARÁFRASE;
b -  RESUMO;
c -  ACRÉSCIMOS, MAS EM DETRIMENTO A POSSÍVEIS ABREVIAÇÕES.
Por exemplo, o que teria ficado subentendido, pode ser depois esclarecido, até mesmo pela orientação do Espírito Santo. E tudo isso se configurando nalguma necessária  SELEÇÃO ou OMISSÃO DE DADOS SECUNDÁRIOS.
Num último paralelo que ainda cabe ser feito, o tipo de informação sobre Jesus, constantes dos Evangelhos, simplesmente NÃO existe no Alcorão sobre Maomé: Infância, casamentos (Caso de Maomé.), morte. Torna-se, então, preciso se recorrer às Tradições; na qual encontramos informação em conflito, conforme já o demonstrei. Além do fato das Tradições reunirem fontes secundárias, visivelmente manipuladas em função de um ideal político. Somente o fato de ter sido os livros dela constantes escritos num ambiente de imposição cultural já denuncia explicitamente a possibilidade. Tal NÃO acontece com o Novo Testamento.  

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas:
- NA PERSPECTIVA ISLÂMICA, o que o Alcorão omite, as Tradições, tentam, esclarecer; mas o faz, às vezes, com informação em conflito. Já o exemplificamos. Porém, existe informação em conflito do Alcorão em relação até ao próprio Alcorão. Para ficarmos apenas num exemplo clássico:

a) Sura 19: 16-22: “E menciona Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo para um local que dava para o leste. E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito.
Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no Clemente, se é que temes a Deus.
Explicou-lhe: Sou tão-somente o mensageiro do teu Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado.
Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e jamais deixei de ser casta?
Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: Isso Me é fácil! E faremos disso um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem inexorável.
E quando concebeu, retirou-se, com um rebento a um lugar afastado.

b)  Sura 61:6: “E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o mensageiro de Deus, enviado a vós, corroborante de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad!
Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências, disseram: Isto é pura magia!”

c)  Nota 1653 (Versão Digital Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu–Brasil): "Ahmad" ou "Mohammad", o louvado, é quase a tradução da palavra grega Paracleto. No Evangelho de João 14:16, 15: 26 e 16:7, a palavra "Consolador", na versão portuguesa, refere-se a Paracleto, que significa "Intercessor", "alguém chamado em auxílio de outro, um amigo generoso"; é melhor do que "Consolador". Os nossos doutos afirmam que Paracleto é uma corruptela de Periclytos, e que no dito original de Jesus havia uma profecia sobre um Profeta, chamado Ahmad. Mesmo se lermos Paraclete, isto poderia ser aplicado ao Profeta Mohammad, que foi "uma misericórdia para a humanidade" (21ª Surata, versículo 107).

Pois bem. Na primeira sura transcrita, Maria recebe a visita do Espírito Santo (Nosso Espírito, teria dito Allah.) e a informação de que conceberá o Messias, de forma milagrosa. Já na segunda, o tradutor quer que a promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo (Aquele mesmo que, no Alcorão,  teria sido mandado por Allah para visitar Maria!) se aplique, Pasmem-se!, a Maomé. E ousa uma explicação mirabolante para que a palavra grega Paracleto seja transformada em Peraclytos. O problema é que Teologia não é mágica; e nela não pode haver espaço para o que não seja veraz ou para a mera ilusão.
Todavia, se o Islã cita o Evangelho de João como fonte de autoridade, precisa reconhecê-lo como tal. Mas ainda que o fizesse apenas em relação às palavras de Jesus Cristo sobre o Espírito Santo, cai em flagrante contradição. Pois o que disse, entre outras coisas, Jesus Cristo sobre o Espírito Santo???

- João 14:16-20: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre. A  a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós. 14:19  Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.

SETE PERGUNTAS típicas da série cujas respostas precisam soar mais alto que o silêncio islâmico e/ou as contradições corânicas:
1 – Seria Maomé pré-existente aos discípulos (como são Jesus Cristo e o Anjo Gabriel) para ter sido ele enviado à Maria antes do Messias vir ao mundo, quinhentos anos antes de seu próprio nascimento?
2 – Seria Maomé não um ser humano, mas (apenas) espírito?
3 – Habitava Maomé COM os discípulos de Cristo (“Vós o conheceis, porque ele habita convosco”, disse Jesus.) ou não estaria Jesus dizendo algo somente compreensível na perspectiva de Deus enquanto tri-unidade?
4 – Maomé habitaria OS discípulos (Porque o Ajudador, disse Jesus aos discípulos, “estará em vós”.); e não seria esse tipo de coisa própria do Espírito Santo de Deus (Salmo 51: 11) ou de demônios (jins)?
5 – Que pode dizer o Islã sobre o cumprimento da promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo, diante do relatado em Atos capítulo dois?
6 -  Pode Maomé ser o Espírito Santo e, ao mesmo tempo, o Anjo Gabriel? (É que ele, Maomé, julgava, erroneamente, cabe frisar, ser o Espírito Santo o Anjo Gabriel, conforme se verifica nas Sura 53:5  e 16:102, conforme tradução e notas do Dr. Helmi NARS.).
 7 – Por fim, se o Maomé e o Alcorão entram em conflito de informação consigo mesmos, esse tipo que coisa, por certo que não se tornaria a tendência predominante na religião Maomé teria fundado?

- NA PERSPECTIVA DO NOVO TESTAMENTO:  Sem comentário.

C) DIVERGEM (COMO SE PODE E DEVERIA) NOS DETALHES?

Resposta 01 (Novo Testamento)
Sim. Pode um mesmo acontecimento ter sido visto em perspectiva diferente ou sido relatado com supressão ou acréscimo de detalhes. Porém, em todo o Novo Testamento é enfática a condenação das atitudes que contrariam os valores éticos ou morais da própria revelação.
a – Paulo repreende publicamente ao apóstolo Pedro, porque este se fizera de  repreensão se fizera digno:

- Gálatas 2:11-15:  “Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível. Pois antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios; mas quando eles chegaram, se foi retirando e se apartava deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimularam com ele, de modo que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.  Mas, quando vi que não andavam retamente conforme a verdade do evangelho, disse a Cefas perante todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas os gentios a viverem como judeus?   Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios,  sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada.”  

2 – João, o apóstolo, promete repreender determinado líder de atitude soberba e desamor para com irmãos que deveriam ter o seu esforço missionário reconhecido:

- 3João 1:5-10:  “Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, especialmente para com os estranhos, os quais diante da igreja testificaram do teu amor; aos quais, se os encaminhares na sua viagem de um modo digno de Deus, bem farás; porque por amor do Nome saíram, sem nada aceitar dos gentios. Portanto aos tais devemos acolher, para que sejamos cooperadores da verdade.  Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de ter entre eles a primazia, não nos recebe. Pelo que, se eu aí for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, ele não somente deixa de receber os irmãos, mas aos que os querem receber ele proíbe de o fazerem e ainda os exclui da igreja.

3 – Pedro admoesta aos cristãos sobre pessoas que estavam deturpando os ensinamentos de Paulo. E, por extensão, reconhece o caráter divinamente inspirados desse importante escritor do Novo Testamento uma obra, naquele tempo, ainda em formação:

 - 2Pedro 3:15-16 “...e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 2Pe 3:16  como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, mas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição.

Na verdade, são incontáveis os exemplos dessa natureza encontrados no Novo Testamento. E constam NÃO do mesmo, coisas do tipo guerras fomentadas contra inocentes, saques e assenhoramento de bens alheios ou abuso de viúvas e órfãs. Não há máculas dessa enormidade no Cristianismo apostólico e nem mesmo no pós-apostólico pré-Catolicismo. Cristo, além de sua mensagem salvadora, havia pregado um alto padrão moral e valores éticos insuperáveis em quaisquer literaturas, religião ou filosofia. E o amor pelo semelhante, seja lá quem for, é a maior tônica; exatamente por ser a mais visível manifestação do amor de Deus pela humanidade decaída. Estes valores e princípios éticos estão explicitados no Sermão do Monte (Mateus capítulos 5, 6 e 7), espécie de carta magna do verdadeiro cidadão dos céus. É por eles que um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo deve se pautar. 

Resposta 02 (Alcorão e Tradições Islâmicas):
É possível que haja. Assim como há, conforme já foi apontado, muita informação em conflito: seja na perspectiva apenas islâmica, seja na perspectiva da revelação. Porém, o maior problema é que, mesmo sendo largamente comprovado a falta de ética e a moral duvidosa de Maomé, e não podendo ser comprovado na Bíblia nada do que ele afirma ser, nenhum autor das Tradições ousa ao menos questionar. E nem mesmo à enorme discrepância doutrinária do Alcorão em relação ao Novo e ao Antigo Testamento. Muito antes, pelo contrário. E porque as Tradições foram escritas claramente para se construir um mito, a verdade que nela importa e “a verdade” de ou atribuída a Maomé; cujo livro, conduta e conceito de Deus NÃO passam pelo crivo da revelação bíblica.   

7/
 “Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.”  1João 2:21


RÉPLICA ÚLTMA
RÉPLICA TERCEIRA – Parte 03



1/ Nos artigos anteriores desta série, iniciei o que se denomina uma CRÍTICA EXTERNA DO ALCORÃO. E por ela, ficamos sabendo que a versão manuscrita do livro que teria sido imposta pelo terceiro califa, Uthman, além de NÃO conter todas as palavras atribuídas à Maomé, também NÃO obteria dele aprovação.
As principais autoridades em Alcorão pelo “profeta” apontadas foram alijadas do processo de compilação. E tiveram as suas versões manuscritas execradas e queimadas, embora (Caso de Mas'ud e Ubayy.) aproveitadas fora da Arábia. O ato de Uthman foi mais imposição política que uma decisão teológica.
O compilador oficial, imposto pelo califa era jovem, quando Maomé ainda existia. E não o acompanhou tanto como, por exemplo, Mas’ud, um dos primeiros a ser citado por Maomé como autoridade no assunto. Já o segundo califa, Umar,  sentenciaria que ninguém poderia afirmar que tinha adquirido o todo do Alcorão; mas somente o que do livro sobrevivera.'
Umar tinha mesmo forte razão para dizê-lo. Pois um OUTRO FATO, apurado nas Tradições Islâmicas, de acordo com Sahih Bukhari, que convém acrescentar ao que já dissemos é o seguinte: após a morte de Maomé, muitos de seus seguidores mais próximos morreriam nas guerras. E com eles, versos ou suras inteiras. Isso fez que fosse sugerido ao primeiro califa, Abu Bakr, a compilação do livro.
Com a morte de Bakr, caiu o projeto no esquecimento e o manuscrito de Zaid ficou na custódia de Hafsah, uma das esposas de Maomé. Não consta que houvesse nenhuma revisão. Até que Uthman assumisse o califado e ordenasse a feitura das sete cópias. Mais uma vez, como fizera Abu Bakr, desprezando a contribuição de Abdullah ibn Mas’ud, de Salim (Ex-escravo de Abu Hudhaifa e primeiro compilador de uma versão corânica.) e de Ubbayy ibn Ka’b; como também de Abu Musa Asheri. Este último, era um dos companheiros mais próximos de Maomé. E teve a sua versão manuscrita, somada às outras quinze execradas, em função da versão oficializada pelo império islâmico nascente.
Para quem está acostumado com a ideia corrente no Islã de um livro perfeito; e a última palavra sobre tudo, principalmente sobre a revelação divina deixada para o homem; e gerado, como que milagrosamente, porque seria uma “cópia de placas eternas custodias no céu”;  VÊ-SE LOGO QUE TAIS PROJEÇÕES SÃO ILUSÓRIAS, PERDENDO TODA A SUA RAZÃO DE SER, DIANTE DOS FATOS APURADOS. E apurados nos escritos dos próprios dos autores da Suna.
Qualquer crítica externa quanto interna do Alcorão, por mais pontual que seja, põe em cheque todo um discurso teológico e acadêmico que não se sustenta perante a realidade dos fatos. E como estamos falando de autoridade e evidências manuscritas de livros tidos como revelação divina, por certo que o mais importante seja o levarmos em conta o que eu disse no artigo anterior, em termos comparativos:

Ora, NA BÍBLIA, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, UM OUTRO SIGNIFICATIVO ELEMENTO COMPROBATÓRIO da veracidade de qualquer escritura tida por sagrada É O QUE ENSINA A MESMA SOBRE O CARÁTER DE DEUS.

E é em função deste primordial princípio que pretendo (Antes de entrarmos na crítica dos manuscritos corânicos tidos por originais e cópia da compilação Uthmânica, como querem nos fazer crer críticos moderados do Islã, segundo Gilchrist.), ainda que pontual e elementarmente, expor alguns ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA INTERNA. Estão os mesmos presentes em todos os meus artigos, mas acho por bem pelo menos resumi-los no tópico a seguir. E será que OS FATOS RELATADOS ATÉ AQUI TESTEMUNHARIAM CONTRA OU A FAVOR das idéias disseminadas entre um bilhão e meio de muçulmanos?
E, então, o que dizer do Alcorão?
1 – Um livro preexistente, preservado em placas eternas, custodiadas no céu (Sura 85:22.) OU produto de um ato de imposição política, quando deveria ter prevalecido, fosse mesmo o caso, o fator teológico?
2 – É a “Mãe (MATRIX) dos livros revelados” (13:39) OU nem sequer pertence à categoria?
3 – É o “Livro da Sabedoria”(10:1 e 31:2) OU uma indução a ensinamentos errôneos sobre: Deus (E, principalmente, sobre o Seu caráter – Sura 4: 157-158.), o homem e a salvação; portanto, de danosa conseqüência eterna?
4 – Um livro que “torna a verdade clara” (15:1; 25:33) OU que ainda mais  confunde as mentes não esclarecidas?
5 – Um livro sem nenhuma contradição” (18: 1-2) OU fornecedor de elementos irrefutáveis tanto para uma crítica interna quanto externa?
6 – Uma mensagem para o universo” (81:26-29)? OU seremos obrigados a admitir, em que pese todo o nosso respeito e amor para com os muçulmanos de que se trata, dizer da aia 25, de “um dito de demônio maldito”?
Afinal, Jesus Cristo afirmou com todas as letras: o Diabo é o pai mentira e nunca se firmou na verdade; e que quando profere mentira, fala do que lhe é próprio. E  não se pode atribuir ao Deus verdadeiro (da Bíblia) as palavras de Maomé.
7 – E os “incrédulos”?   Rejeitariam o Corão (84:20-25) OU o crente sincero e amante da verdade deve sim examiná-lo; mas, sem  temor, evidentemente, de suas maldições e prevenções; porque tendo o crivo da verdade como um valor absoluto, jamais relativo??? Não se deixando, portanto, coagir.
Pois não há como ignorarmos, QUANDO SE TRATA DE LIVROS TIDOS POR SAGRADOS e de pretensas revelações de Deus. ESTAMOS DIANTE DA VERDADE MAIS CRISTALINA OU DA MAIS ENGENHOSA E SATÂNICA MENTIRA. E mentira que pode levar o homem à eterna perdição, caso não seja esclarecido. No Islã, morrem, por estatística, cerca de 30 mil pessoas por dia. E o que se lhes acontece, quando adentram a Eternidade? Jesus disse: que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? E o que ele daria em troca da sua salvação? Nada, senão o verdadeiro arrependimento, em função do pleno conhecimento da verdade sobre Sua pessoa e obra (II Pedro 3:9). De forma que nem prestígio político, nem o carisma ou imposição da religiosidade e muito menos a fundação de um império valeria ao próprio Maomé.

2/ Ao final deste segundo item, haverei de listar SETE ABSURDOS CORÂNICOS que:
a) desafiam a lógica;
b) depõem drasticamente contra do caráter de Deus; e
c) sobre tudo: não encontram nenhum respaldo nas Escrituras bíblicas, à qual quis Maomé tomar por fonte de autoridade, sem com a mesma se conformar e nem por ela ser corroborado. Muito antes, pelo contrário.
Tais absurdos; somados às TANTAS OUTRAS EVIDÊNCIAS CONTRÁRIAS A AFIRMAÇÃO ISLÂMICA DE QUE O ALCORÃO É PALAVRA DE DEUS; por certo que leva a qualquer pessoa ainda não privada do livre raciocínio a questionar todo o discurso em favor da imposição do livro, como se fosse o mesmo a última palavra sobre tudo. Pensar o Alcorão, com humildade e respeito; porém, sem fugir ao amor pela verdade, tendo-a como um valor absoluto; é o maior desafio que se possa fazer tanto a islâmicos quanto a cristãos. Para que, de um lado, a crítica destes não se faça leviana ou gratuita; e do outro, o ódio ao Cristianismo, próprio do Islã radical, não venha se transformar em atos impensados. Apesar das incontáveis ameaças do fogo do inferno no livro constantes, contra àqueles que ousarem não confiar assim de pronto e infantilmente no que foi atribuído a Maomé.
No que diz respeito ao se denomina uma CRÍTICA INTERNA DO ALCORÃO, o que mais se somaria aos setes absurdos a ser listados?

I - O Islã alega que o Alcorão TERIA SIDO REVELADO EM ÁRABE PURO (Suras 12: 1-2; 13: 37;  16: 102-103), PORQUE PRESSUPÕE SERIA ESSA A LÍNGUA FALADA POR ALLAH NO CÉU. Mas contrariando a todo esse discurso são encontradas no livro palavras egípcias, acádias, assírias, persas, siríacas, hebraicas e aramaicas, entre outros idiomas. E Jay Smith,  nos informa no seu  O Corão -  uma análise apologética, sobre outra interessante obra, ao mesmo tempo em que questiona:

Arthur Jeffery, em seu livro Foreign Vocabulary of the [Koran] (´Vocabulário Estrangeiro do Corão´), reuniu cerca de 300 páginas, documentando mais de uma centena de palavras (não-árabes), muitas das quais eram usadas no árabe pré-corânico, como também muitas outras que podem jamais ter sido usadas (ou muito pouco usadas) antes de serem incluídas no Corão, Jeffery 1938:79). O eventual leitor ou estudante do Corão deve se perguntar por que estas palavras foram emprestadas, uma vez que isto coloca em dúvida se a língua falada por Allah é suficiente para explicar e revelar tudo o que Allah queria falar.
 
II - ERROS TEOLÓGICOS IMPERDOÁVEIS:
Demonstram que, para um profeta, ao contrário de receber revelação (saberes de Deus), Maomé estava mesmo é muito mal-informado.
- Um dos EXEMPLOS CLÁSSICOS E CRASSOS: supor que os cristãos criam em três deuses ou que a TRINDADE BÍBLICA (Deus uno e único, existindo desde a Eternidade na Sua forma manifesta de ser triúna.) fosse formada pelo O PAI, JESUS CRISTO E MARIA, mãe terrena do Senhor (Suras 4:171; 5:72-73; 5: 116).
Há provas documentais de que a correta definição da Trindade (Pai, Filho e Espírito, em conformidade com Mateus 28:29; Atos 20:28; II Coríntios 13:13, Apocalipse 1: 8, etc.) já era conhecida na Arábia, antes mesmo de Maomé. Todavia “o selo da profecia” sequer sabia definir a doutrina corretamente. Ora, até para condenar àquilo que nós julgamos estar errado, temos por obrigação conhecê-lo com a devida propriedade. Do contrário, nos colocamos na conta daqueles que, no dizer de Paulo sobre os falsos mestres do seu tempo, “perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendo, todavia,  nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (I Timóteo 1:6-7). E no que diz respeito ao à Bíblia, ao Cristianismo e ao Judaísmo, sem dúvida: esse foi mesmo o caso do profeta do Islã.
- OUTRO ERRO TEOLÓGICO DIGNO DE REGISTRO, entre tantos está no fato do ALCORÃO (Ou Maomé ou Allah, seja lá quem for.) utilizar TERMOS E O TOM RECRIMINATÓRIO CONTRA SATANÁS, POR QUE ESTE TERIA SE RECUSADO ADORAR A ADÃO. É lógico que tal estória NÃO é bíblica; apenas faz parte das “revelações” que o profeta do Islã teria recebido.

- Sura 2: 34: “E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Todos se  prostraram, exceto Lúcifer que, ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrédulos.

Ora, que deus é esse condena a IDOLATRIA na Terra e quer instituí-la EM NÍVEL CÓSMICO? E não é estranho o Islã querer negar a condição divina (E,  portanto, digno de adoração.) de Jesus Cristo, conforme vemos em, p. ex., Mateus 2:2 e 28:16-17, Lucas 24:50-53, e João 9:35-41 e considerar teologicamente correto Adão ser adorado? E por anjos?! Mais uma vez: estes grosseiros erros teológicos do “profeta” Maomé desafiam a lógica, depõem drasticamente contra do caráter de Deus e, sobre tudo, não encontram nenhum respaldo nas Sagradas Escrituras dos judeus e dos cristãos (A Bíblia). E cabe o leitor atentar para a expressão corânica, em seu cunho literal: “Todos se prostraram”. Seria verdadeiro o “testemunho” de que houve um tempo em que se praticou a idolatria no Céu???   

III - ANACRONISMOS:
A - Existia a morte por crucificação nos tempos de Moisés (Cerca de 1450 a.C.)?  Não. Mas o Alcorão de Maomé diz ERRONEAMENTE que sim (Suras 7: 124 e 12: 41).
B - A dracma existia nos tempos de José (cerca de 1800 a.C.) Também não. Mas o Alcorão ERRONEAMENTE também diz que sim (Sura 12:20).
C - Os samaritanos já existiam no tempo de Moisés? Não. Mas o Alcorão diz ERRONEAMENTE que sim (Suras 20:85-87 e 95-97). E, indo ainda além: alega também que Hamã, personagem bíblico que viria a existir quase mil anos depois (Livro de Ester), teria construído para o Faraó dos tempos de Moisés a Torre de Babel (Sura 28: 38). Sendo que esta, foi construída, segundo o relato de Gênesis 11: 1-9, cerca de 750 antes. Seria o caso do Islã também acreditar na reencarnação, na concepção espírita? É evidente que não. É apenas mais um dos muitos erros teológicos de quem se disse o “selo da revelação”, mas no próprio livro que teria deixado, é pego nas suas comprovadas inverdades.

IV  – COPIDESQUE DE FONTES EXTRA-APOSTÓLICAS, ÀS QUAIS SE DÁ O STATUS DE “NOVA REVELAÇÃO”:
Qualquer bom conhecedor do Novo Testamento e do Alcorão sabe que o último faz referência ou conta, ao seu modo, histórias bíblicas ou de alguns de seus personagens. Quase sempre omitindo e/ou acrescentando dados bastante duvidosos. DE ONDE ELES VIRIAM??? E pode mesmo tais dados ser recebidos, como quer os teólogos e acadêmicos do Islã, como se fossem novas “revelações” e/ou correções ao Antigo e ao Novo Testamento?

1 – A recusa de Satanás em adorar Adão (Suras 2:34 e 17:61): fonte talmúdica.
2 – Alterações (e a inserção de um corvo) na história bíblica de Abel e Caim: Jay Smith, no seu O Corão, Uma Análise Apologética, questiona “De onde poderia ter vindo esta narração corânica? Seria este um registro histórico desconhecido aos escritores bíblicos?”. Para, em seguida, responder:

Na verdade, sim, já que a fonte deste relato foi forjada após a redação do Novo Testamento. Em realidade, há três fontes das quais este relato pode ter advindo: o Targum de Jônatas ben Uzias, o Targum de Jerusalém e um livro conhecido como O Pirke-Rabbi Eleazar. Todos os três documentos são escritos judeus a partir do Talmud, que eram tradições orais pertencentes ao período entre 150 e 200 d.C. Estas estórias comentam algumas das leis presentes hoje na Bíblia, mas são famosas por não conterem nada mais que fábulas e mitos hebraicos.

 3 – Abraão (“Contemporâneo” de Ninrod, num puro anacronismo!), destruindo ídolos (assim como Gideão, outro personagem bíblico do Antigo Testamento.) e sendo perseguido pelos seus compatriotas, por que Abraão teria sido um adorador de Allah. E, depois,  salvo por Allah de ser queimado vivo pelos infiéis, num relato NADA bíblico. Mas fonte, nos informa Jay Smith,  é um livro de folclore judeu, escrito no século II, intitulado O Midrash Rabbah.

4 - Deus elevando o Monte Sinai por sobre a cabeça dos judeus, de forma ameaçadora, num outro relato NADA bíblico. A fonte: um livro apócrifo judeu, intitulado O Sara Abodah.

5 - A estória corânica de Salomão e Rainha de Sabá, com detalhes e personagens (Como, por exemplo, um pássaro falante.) totalmente diversos da história relatada nas Sagradas Escrituras: livro folclórico judeu, também escrito no século II, intitulado II Targum de Ester.

6 – A Miraj (Viagem alada de Maomé, na companhia do Anjo Gabriel de Meca à Jerusalém; indo de uma mesquita à outra e, depois, aos céus, conforme a Sura 17:1 e sua interpretação pelo Islã): conforme relata Jay Smith...

A partir de tradições primitivas sabemos que esta aya se refere a Maomé ascendendo ao sétimo céu, após uma miraculosa jornada noturna (o Mi”raj) de Meca até Jerusalém, em um „cavalo” chamado Buraq. Mais detalhes são fornecidos no Mishkat al masabih. Podemos associar a estória ao antigo livro fictício chamado o testamento de Abraão, escrito por volta de 200 a.C, no Egito, e que foi então traduzido do grego ao árabe.

E ainda,

Outro relato é o de Os Segredos de Enoque, que antecede Maomé cerca de 400 anos. No capítulo 1:4-10 e 2:1 lemos: “No primeiro dia do mês estava eu em minha casa e repousava em meu colchão e dormia e, quando ainda estava adormecido grande tristeza veio ao meu coração e eis que me apareceram dois homens. Estavam de pé ao lado de minha cama me chamaram pelo meu nome e despertei do meu sono. Sê corajoso Enoque, não temas; o eterno Deus enviou-nos a ti. Deverás hoje subir aos céus conosco. Os anjos o tomaram em suas asas e o levaram ao primeiro céu”.”

E mais ainda:

Um outro relato é amplamente modelado na estória contida num velho livro persa intitulado Arta-i Viraf Namak. Esta estória reconta como um jovem zoroastriano ascendeu aos céus e, após seu retorno, relatou o que ele vira, ou professava ter visto.

7 – O teor totalmente anticristão (apostólico) das Suras 4: 157-158, nas quais se lê:

 “E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.

Em livro ainda inédito, intitulado Crer Ou Não Crer Na Trindade (Apontamentos Históricos & Implicações), ao tratar sobre o gnosticismo docetista, observo:

 “Para um cristão gnóstico dos tempos apostólicos ou dos dias atuais, Jesus e o Espírito Santo teriam sido eons salvadores. E como mentira nenhuma procede da verdade (I João 2: 21), a negação da humanidade de Cristo era verificada em uma das premissas do DOCETISMO, numa de suas correntes: Cristo somente parecia ter a forma humana, sendo a sua natureza, portanto ilusória. O Aeon e o homem Jesus seriam seres distintos, e haviam se fundido na hora do batismo. Quando, porém, da crucificação, o aeon teria o abandonado. Logo, a expiação não teria passado de um teatro.”.

Pelos itens I ao VII, logo se percebe que quem compilou o Alcorão bebeu de muitas FONTES NÃO E PÓS-APOSTÓLICAS: Talmude, folclore judeu, Gnosticismo, Zoroastrismo. E faltaria citar livros cristãos apócrifos, não pertencentes à era apostólica, para as estórias de Jesus bebê falando e defendendo a castidade de Maria (Sura 19: 29-33); ou nascendo sob uma palmeira (Sura 19:22-26); ou dando vida a  pássaros de barro (3:49),  etc. e etc.. Mas o maior “crime teológico” foi querer dar a esse tipo de literatura o status de nova “revelação” ou de correção da revelação verdadeira (Antigo e Novo Testamento) aos árabes, geralmente não alfabetizados, que viviam na Arábia nos tempos de Maomé.      

V  – ERROS CIENTÍFICOS:

A - Os supersticiosos da época de Maomé criam que se uma pessoa chegasse onde O SOL SE PÕE, encontrava-o, ESCONDENDO-SE NUMA FONTE LAMACENTA. O Alcorão reproduz este conceito como se fosse uma verdade científica. Assim como atesta (Veja nos Sete Absurdos Corânicos.) que o sol e a lua se submetem ao ser humano. Evidente que qualquer comentarista corânico nos dias de hoje irá dizer que a Sura 18:86 deve ser interpretada em sentido simbólico ou metafórico. Mas não isso que o verso quis dizer; antes, dá à informação absurda um cunho literal.
B - O Alcorão afirma com todas as letras que O SER HUMANO É PROCRIADO DOS RINS DO HOMEM (entre a espinha e a costela):

- Sura 86: 5-7: “Então o ser humano olhe aquilo de foi criado. Foi criado de água emitida, Que sai de entre a espinha dorsal e os ossos do peito.

NOTA IMPORTANTE: Transcrevi a sura de “Tradução do sentido do NOBRE ALCORÃO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA”, já citada em meus artigos anteriormente. Visto a versão Fonte digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil, ter trocado a expressão “espinha dorsal e os ossos do peito” por “conjunção das regiões sexuais do homem e da mulher”. E mais: dizer em nota que tal expressão é metafórica. Pelo contrário: tal tradução está em completo desacordo, por exemplo, com as versões inglesas e do próprio Árabe, como devemos supor ter sido feita a tradução do Dr. Helmi NARS, e quer minimizar o conflito gerado pelo desconcertante erro científico.

C - E ainda, entre os muitos outros erros científicos desse naipe, o leite da vaca teria sua origem entre as fezes do animal (Sura 16:66) e que os próprios ANIMAIS E OS SERES ALADOS SE ORGANIZARIAM EM COMUNIDADE SEMELHANTE AOS HUMANOS:

- Sura 6: 38-a: “E não há ser animal algum na terra nem pássaro que voe com suas asas senão em comunidade como vós.

VI -  ERRO CRASSO DE TRADUÇÃO E ATÉ DE MATEMÁTICA:
O nome para Jesus no Alcorão é Issa. Trata-se, porém, de uma tradução incorreta para o Árabe, pois Issa equivale a Esaú (nome do irmão gêmeo do patriarca Jacó). E não a Jesus, como deveria ser. Mas o que dizer de um livro tido por sagrado, “cópia das placas eternas custodiadas no céu”, mas que, além dos absurdos listados a seguir, contém até erros grosseiros de matemática?
Jay Smith, no seu O Corão – Uma Análise Apologética, elucida a questão, que ao leitor menos atento ou privado da liberdade de raciocínio poderia passar despercebida, nos seguintes termos:

Na sura 4:11-12, a soma a respeito da lei corânica sobre heranças está, simplesmente, incorreta. Tomemos como exemplo minha irmã, cujo marido acaba de falecer, deixando-lhe três filhas e os pais [do marido]. De acordo com a sura supra-citada, a herança deixada deve ser dividida de maneira que:
Verso 11 = “Se são apenas duas filhas, duas ou mais, terão direito a dois terços da herança... para os pais, um sexto da herança será dado a cada um (i.e. as duas partes totalizando um terço).
Verso 12 = “... sua parte (das viúvas do falecido)... caso tenham filhos, receberão um oitavo do que deixou o morto...”.
Assim, caso seja feita a soma das partes, teremos o seguinte: 2/3+1/6+1/6+1/8, que é igual a 108%!!!. Isto é matematicamente impossível! Quem quer que tenha escrito o Corão era completamente ignorante quanto à matemática!
Tomemos como outro exemplo a minha família. Caso eu falecesse, deixaria minha mãe, minha esposa e minhas duas irmãs. Minha mãe receberia 1/3, de acordo com a sura 4:11, minha esposa receberia 1/3, de acordo com a sura 4:12 e minhas duas irmãs receberiam 2/3, segundo a sura 4:176, que, somados, são iguais a 4/3, ou seja, 133%!!

VII  – ABSURDOS CORÂNICOS:

1 – Há mesmo sete céus e terras, conforme a sura 65: 12?
2 – Seriam meteoros e estrelas mísseis lançados em Satanás e seus demônios (jiins), como se algo material pudesse causar danos físicos em seres espirituais (37:6-7, 67:5, etc.)?
3 – Teria Salomão aprendido mesmo a linguagem dos pássaros e das formigas? Sendo aqueles utilizados nas suas guerras, para lançar tijolos na cabeça dos exércitos inimigos e estavam tão ilogicamente adestrados, que eram capazes de desfilar em paradas militares e... ao lado dos jiins (27:1-19)?
4 – Poderia pessoas e animais dormir por mais de trezentos anos e  acordarem normalmente (18:9-25, ênfase no verso 13)?
5 – Que tal, homens sendo transformados em macacos e... pela palavra direta de Deus?...  A mesma que criou Céus e Terra ( 2: 65-66 e 7: 163-167)?
6 – Ou cidades (Sodoma e Gomorra) viradas de cabeça para baixo (11:81-83 e 15:74)?
7 – E tanto o sol como a lua submetendo-se à vontade humana (16:12-15)?   
Sem comentário.

3/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 01:
Proliferação e Tentativa de Supressão de Outras Versões Manuscritas.

1 – A versão manuscrita de Zaid Ibn Thabit:
a) Não teria a aprovação do próprio Maomé;
b) Não foi aceita (Senão compulsoriamnete.) e nem compilada pelos três principais recitadpres apontadoss por Maomé (Ibn Mas’ud; Salim, o ex-escravo de Abu Hudhaifa; e Ubayy ibn Ka’b);
c) E ainda segundo Umar, o segundo califa, ninguém poderia dizer ter conseguido “o todo do Alcorão”. Logo, QUALQUER DAS VERSÕES NÃO CONTERIA AS PALAVRAS DE MAOMÉ NA SUA TOTALIDADE.
2 – Somar-se-iam às versões execradas pelo império, além  das três principais autoridades em Alcorão, segundo Maomé, ainda outras. 
A pergunta que fica é a seguinte: será mesmo que os primeiros discípulos, familiares e pessoas próximas de Maomé aceitaram como autêntica a versão uthmânica que o Islã alega ter hoje em mãos?
3 – Não há acordo entre xiitas e sunitas quanto à compilação do livro. E a própria compilação feita por Ali, o quarto califa, antecederia à de Zaid. Mas ela foi rejeitada pelos demais califas, adeptos da versão uthmânica. 
                                                                                                                     

4/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 02:
Versos Faltantes.

A – “Ismail ibn Ibrahim disse que Ayyub disse que ibn Umar disse. “Que nenhum de vós diga ‘Eu adquiri o total do Corão’, como se pode saber qual é o todo do Alcorão, quando muito do livro desapareceu? Que diga de preferência ‘Eu adquiri o que sobreviveu até nós.
Relato de Al-Suyuti, no seu Al-itqan Fii Ulum al-Quara, pág. 524, sobre uma tradição atribuída a Umar, o segundo califa.
B – SE O ESTUDIOSO PENETRAR NESSE UNIVERSO; por certo obscuro para a maioria do bilhão e meio de muçulmanos; IRÁ ENCONTRAR, seguindo a pista deixada por um dos primeiros califas, NÃO APENAS A INFORMAÇÃO DE VERSOS FALTANTES (não compilados e até suprimidos da versão uthmânica). Mas, também, a INDICAÇÃO DA PERDA DE SURAS INTEIRAS.
Fazendo o necessário paralelo com as evidências manuscritas da Bíblia (Mais especificamente, com o Novo Testamento, no nosso caso.): os discípulos de Maomé NÃO tinham o Espírito Santo. E este, NÃO é definitivamente o Anjo Gabriel, conforme erroneamente ensina o “profeta”. Então, não tinham eles o elemento divino para fazer-lhes lembrar do que tinham ouvido e para “guiá-los em toda a verdade” (interpretativa), conforme Jesus prometeu aos Seus discípulos a respeito do que Ele, O Messias, ensinou (João, capítulos 14, 15 e 16). E muitos, senão todos, os discípulos de Maomé morreram em condições nada elogiáveis: guerras provocadas por seu líder contra judeus e cristãos inocentes, nas quais praticaram abusos, inclusive contra viúvas e órfãs. E, certamente, sepultando consigo versos e suras.
De modo que AFIRMAÇÕES DO TIPO “O Corão é um livro completo, exatamente como foi revelado ao nosso santo profeta. Nada nunca foi adicionado ou retirado dele. E isso prova que ele é a infalível Palavra de Allah É COISA DE DESINFORMADOS OU DE PESSOAS INTENCIONALMENTE MAL-INFORMADAS. Sendo que estes últimos tendem a utilizar a religião, principalmente no meio acadêmico, com outra finalidade, que não a teológica. Pois, como se vê, teologicamente, do ponto de vista bíblico, o Islã não se sustenta como verdade do Deus das Escrituras bíblicas.
C  – Haveria alguns outros exemplos a dar. Mas, mas como se trata esta obra de um artigo, não de algum compêndio, quero apenas indicar o exemplo mais clássico. E que leitor possa fazer a devida comparação ente a Sura 24:2 e outras palavras, também atribuídas à Umar ibn al-Khattab, segundo califa, constantes da Muwatta Imam Malik. Ei-la:

- Sura 24:2: “À adúltera e ao adúltero, açoitai a cada um deles com cem açoites. (...) E que um grupo de crentes testemunhe o castigo.”  

- “Veja que não esqueças o verso sobre o apedrejamento e digas: ‘Não o encontramos no Livro de Alá’; o Apóstolo de Alá (que a paz seja sobre ele) ordenou o apedrejamento, e assim nos temos feito após ele. Pelo Senhor que tem domínio sobre a minha vida, se o povo não me acusar de acrescentar algo ao Livro de Alá, eu mesmo teria transcrito para o Livro: ‘O homem e a mulher casados que cometerem adultério, apedrejai-os. Temos lido este verso.”                                                           
                                     
                                  
1º.) O encargo (apedrejamento), oriundo da Lei de Moisés, parecia ser penoso para os primeiros mulçumanos. Talvez o hábito do abuso de órfãs e viúvas judias e cristãs das guerras provocadas por Maomé tivesse relaxado a moral. E não seria o relaxamento moral também um costume do paganismo, antes existente entre os árabes? De qualquer forma (e sabe-se lá os reais motivos) o verso atribuído à Maomé foi retirado ou nem foi posto no Alcorão que o Islã tem hoje em mãos.
2º.) Na versão digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu –  Brasil, curiosamente, NÃO consta os termos adúltera e adúltero; mas “aqueles que difamarem mulheres castas”. Esta tradução (Digamos, politicamente correta.) é errônea; além de fugir do problema colocado na antiguidade do Islã pelo califa Umar.
Apologetas islâmicos têm o hábito de criticar as inúmeras versões e traduções da Bíblia, alegando que pelo fato de as mesmas existirem indicaria adulteração da mensagem original. O que estamos observando aqui, em se comparando as duas traduções corânicas que transcrevo em meus artigos, dá-nos os indicativos da complexidade do ofício e a possibilidade de má fé.
3º.)  Apura-se nas tradições islâmicas até o fato de que um animal doméstico da casa de Aisha, outra compiladora, ter comido páginas do Alcorão (Sahih Bukhari). Conclusão: tais fatos por si mesmos depõem drasticamente contra o conceito de livro perfeito no seu conteúdo e compilação. E não seria o caso do Islã, antes de querer criticar as versões da Bíblia, resolver (Se é que seja mesmo possível.) os mal-entendidos da compilação do seu Alcorão tido por ulthnânico?    

5/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 02:
Suras Perdidas.

A – Apura-se nas tradições islâmicas até a perda de suras inteiras. Prova de que o propalado conceito de Alcorão perfeito e completo não é justificado pela realidade dos fatos. Abu Musa al-Ashari, amigo próximo de Maomé e também compilador de uma das versões desprezadas, dá os seguintes testemunhos, segundo Sahih Muslin (Volume 2):

 - “Costumávamos recitar a surata que lembrava em tamanho e rigor à Bara’at. No entanto, eu a esqueci, exceto esse pedaço que sei de cor: ‘Se houvesse dois vales cheios de riquezas, para o filho de Adão, este buscaria um terceiro vale; e nada encheria o estômago do filho de Adão senão pó”.
- “E ele (MAOMÉ) costumava recitar uma surata que lembrava uma das suratas de Musabbihat, da qual não me lembro mais senão este trecho: ‘Ó povo que acredita, por que não praticais aquilo que dizeis e que está registrado em seus pescoços e como testemunha (contra vós) e sereis interrogados a respeito disso no Dia da Ressurreição”.

B – A Musabbihat é um conjunto de suras, iniciadas com a expressão “Que tudo que há nos céus e na terra glorifica a Allah.”  E sendo Bara’at (Al-Baqarah) a segunda sura, possuindo nada menos do que 286 aias (versos), tratar-se-ia de uma “perda” considerável, em se tratando de extensão.

C –  Suras e versos faltantes de um livro objeto de uma crítica interna da qual não pode safar-se, senão através de sofismas ou atos violentos de seus defensores mais radicais. Restou ao Islã impor livro e religião, através do uso da força. E, fazendo um contrapondo com as evidências manuscritas da Bíblia, alegar que possui escrituras originais, seja, do tempo em que foram escritas. Se fecharmos os olhos para as condições em que teria sido compilada a versão uthamânica, não deixaria de ser um trunfo. Porém, até esta alegação é totalmente infundada, conforme se verá a seguir.  

6/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 03:
Sobre Os Manuscritos Samargand e Topkapi.

I - Qualquer estudioso que procura se informar sobre a veracidade documental no que diz respeito às informações apresentadas pelo Islã sobre o Alcorão e a Suna,  logo se depara com inúmeras incongruências. Por exemplo: da Sirat de Ibn Ishaq, primeira biografia de Maomé, datada de cerca de 767 d.C, e de outros escritos se afirma NÃO haver os manuscritos originais: teriam sido desintegrados pelo tempo.
Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Comparação Histórica, com a devida propriedade, pondera:

Na British Library encontram-se diversos documentos escritos por indivíduos em comunidades que se localizavam não muito distantes da Arábia que, a despeito disso, datam de centenas de anos antes dos manuscritos islâmicos. Como exemplo, temos os manuscritos do Novo Testamento, como O Código Sinaítico e o Código Alexandrino, escritos no quarto século, 300 a 400 anos antes do período em questão! Assim, por que estes manuscritos não se desintegraram com o tempo?

Ao mesmo tempo, para justificar a escassez de suas fontes primárias (Documentos escritos por contemporâneos do “profeta”.), assevera-se que foram queimadas todas as versões manuscritas do Alcorão, que não fosse a versão uthmânica. Desta, cópias teriam sido enviadas para Meca, Medina, Basra e Damasco. E até mesmo a “Cópia de Hafsa”, a partir da qual a revisão textual foi feita, acabou sendo também queimada.
Conforme observa Jay Smith, NÃO contamos com nenhuma cópia do texto corânico original. E penso que seria mais lógico se chegar à mesma conclusão, tendo-se em vista que: se a Sirat de Ibn Ishaq teria sido desintegrada pela ação do tempo, como as cópias de versões corânicas feitas 120 anos antes não sofreriam o mesmo dano???
Ainda, ao nível das incongruências, nos informa Jay Smith no seu livro, sobre o curiosíssimo fato de alguns muçulmanos afirmarem possuir, nos assentamentos islâmicos primitivos, cópias de “revisões Uthmânicas” do século VII. Meca (Arábia) e Cairo (Egito – África), dentre outras cidades as conservariam. Jay, porém, questiona:

 “Freqüentemente peço-lhes que me forneçam dados que possam substanciar ou confirmar sua antigüidade, um feito que, até hoje, ninguém foi capaz de realizar.“.”

Na verdade, existem dois documentos que gozam de certa credibilidade no meio acadêmico. Mais quanto à intenção da preservação na forma escrita dos ensinamentos atribuídos à Maomé e, menos (Muito menos mesmo!!!), quanto à presumida, porém, JAMAIS comprovada antiguidade de uma versão uthmânica.

II – O MANUSCRITO (CÓDICE) SAMARGAND encontra-se em Tashkent, Usbequistão, país da antiga União Soviética. E, pelo o que eu saiba, não seria nenhum assentamento islâmico primitivo.
Trata-se de um DOCUMENTO INCOMPLETO, pois apenas estão inclusas partes das suras 2 a 43. Para um total de 114, seria em termos matemáticos,  pouco mais de um terço. Porém, considerando que as suras iniciais são bem maiores, penso que deve englobar, enquanto extensão, mais da metade do livro.
No que diz respeito ao texto e sua apresentação, traz uma ESCRITA IRREGULAR. Além de haver páginas organizadas e uniformemente copiadas e outras nas quais não se verifica o mesmo rigor escritural: ora o texto é expansivo; e, ora, extremamente condensado. Não precisa ser especialista em escrita árabe para saber as implicações que há nisso.
São encontrados no Códice Samargand DETALHES E INSERÇÕES NÃO USUAIS no tempo em que teriam sido escritas as fonte primárias (Século VII): iluminações artísticas entre as suras e medalhões nas cores vermelho, verde, azul e laranja.
John Gilchrist, estudioso da matéria, conclui ser praticamente impossível esse tipo de embelezamento nos tempos de Uthman. E que pelo fato de páginas e o tipo de escrita ser tão diferentes, trata-se de um texto composto; seja: compilado de diversas porções de outros manuscritos. Uma data possível para essa, digamos COMPILAÇÃO MISCELÂNICA, seria o século IX. Mas Uthman viveu duzentos e cinqüenta anos antes...

III – O MANUSCRITO (CÓDICE) TOPKAPI.
Encontra-se em Istambul, Turquia, no Museu Topkapi. Também apresenta medalhões, como indicativo de data pós-uthmânica. Alguns ISLÂMICOS ALEGAM SER TOPKAPI UMA CÓPIA, SENÃO O PRÓPRIO MANUSCRITO ORIGINAL COMPILADO POR ZAID IBN THABIT. Ora, mas se dizem o mesmo de Samargand, ambos os manuscritos NÃO podem ser o original e uma de suas cópias. Pelo simples fato de NÃO serem idênticos; NÃO suportando, portanto, a mais simples das comparações.
Ainda segundo Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Análise Comparativa:

... o código Topkapi possui 18 linhas em uma página na qual o código Samarkand possui apenas metade deste número (entre 8 e 12 linhas na mesma página); o código Topkapi é inscrito de maneira muito formal, com suas linhas e palavras clara e uniformemente escritas, enquanto o texto do código Samarkand é freqüentemente confuso e consideravelmente distorcido. É, portanto, simplesmente impossível acreditar-se que ambos os manuscritos tenham sido copiados pelo mesmo grupo de escribas.

IV – SOBRE TOPKAPI E SAMARGAND, UMA PROVA CONCLUSIVA CONTRA AS ALEGAÇÕES ISLÂMICAS: O TIPO DE ESCRITA.
Alegam alguns islâmicos que no Manuscrito Topkapi conteria até manchas do sangue de Uthman, o qual teria sido assassinado, enquanto lia a versão original.  No entanto, foi comprovado que o tipo de escrita utilizada em ambos os códices (TopKapi e Samargand) NÃO era utilizado  no lugar (Arábia)  e no tempo do terceiro califa. Tais manuscritos NÃO PASSAM NO TESTE DA PALEOGRAFIA: estudo das escritas antigas, independente do material em que se encontrem.
Quando se examina a escrita manual de uma determinada data (para a compreensão de seu desenvolvimento até a forma consolidada) é possível também verificar se documentos com datas indefinidas pertençam ao mesmo período. Era o caso de Topkapi e Samargand. E testes paleográficos, quando aplicado aos manuscritos, apenas comprovam a impossibilidade dos mesmos pertencerem ao período alegado pelo Islã.

V – QUAIS OS TIPOS DE ESCRITA DEVERIAM SER UTILIZADOS NUMA VERSÃO CORÂNICA DOS TEMPOS DE UTHMAN, O TERCEIRO CALIFA?
John Gilchrist nos informa, no seu Enfrentando o Desafio Muçulmano,  que AS ESCRITAS AL-MAIL e MASHQ, embora desconhecidas da maioria do bilhão e meio de islâmicos atual, são as mais antigas do Árabe. Foram desenvolvidas na Arábia, mais propriamente em Meca e Medina, no século VII. A escrita AL-MAIL se caracterizava pela sua LEVE INCLINAÇÃO e cairia em desuso. Já a MASHQ, seria utilizada por vários séculos. E o ESTILO MASHQ é caracterizado por uma escrita mais HORIZONTAL E CURSIVA.

VI – OS MANUSCRITOS ATRIBUÍDOS À ERA UTHMÂNICA UTILIZAM QUAL TIPO DE ESCRITA E QUAIS AS IMPLICAÇÕES ADVINDAS?
Era de se esperar que os manuscritos tidos por uthmânicos, escritos na Arábia e num contexto de imposição cultural, utilizassem a escrita al-Ma’il ou Mashq; mas, NÃO. Ambos estão na escrita Kufic. E é justamente pelas informações paleográficas sobre esse tipo de escrita que se comprova o fato de NÃO pertencer àqueles dois códices à era uthmânica (meados do século VII).
Até o final do século VIII, os árabes não utilizavam MOEDAS TOTALMENTE ARABIZADAS em seus detalhes e inscrições. Somente em 692 d.C. é que o califa ABD AL-MALIK, retira das moedas toda a influência não islâmica (Pois era, no geral, cristã.) e cunha, nas mesmas, o seu próprio rosto. Esse tipo de moeda, cuja escrita DIFERE DA ESCRITA UTILIZADA NOS MANUSCRITOS Topkapi e Samargand, seria usada por outros califas (Umayyads.) até 750 d.C. E SOMENTE NO FINAL DO SÉCULO VIII, cerca de 797 d.C., é que O TIPO DE ESCRITA UTILIZADO NOS CÓDICE SAMARGAND E TOPKAPI PASSA A SER UTILIZADO nas moedas das dinastias islâmicas, segundo os estudiosos. TAL ESCRITA É CARACTERIZADA pelo uso de MAIÚSCULAS EM VERTICAL E UNIDAS, muito diferentes das escritas utilizadas anteriormente. E temos, então, um século e meio de defasagem.
Ora, se o tipo de escrita utilizado nos manuscritos não é o mesmo das moedas usada no próprio espaço de tempo e lugar de Uthman, torna-se impossível provar que Topkapi e Samargand sejam o original e cópia deste. Como poderia os manuscritos Uthmânicos ter a escrita kufica, se tal escrita nem era ainda utilizada naquele espaço de tempo e lugar? Poder-se-ia até falar em milagre, como em certa feita um ímã tentou me convencer. Mas com os elementos de que disponho para uma crítica interna quanto externa do Alcorão, acho melhor deixar Deus (O da Bíblia.) fora disso. Afinal, Ele ama a verdade e odeia a mentira; pois sabe, conforme afirma Jesus, quem é o pai dessa última.

VII – A ESCRITA KUFIC E OS MANUSCRITOS TOPKAPI E SAMARGAND.
Kufic é cidade originária do atual Iraque. No período denominado Abbassida (750-1258 d.C.), a capital do Islã (Curiosamente, já havia sido transferida de Medina para Damasco, na Síria.) foi mudada para Bagdá, fundada em 762.
A nova dinastia, no intuito de que as moedas viessem a refletir (E para que também se deixasse para a posteridade a nova identidade do império.) altera e cunha suas próprias moedas.
Desse período, são encontrados Dirhams em prata e ouro, com suas datas variando entre 745 e 837 d.C., na escrita Kufic oficial. A mesma utilizada nos manuscritos Topkapi e Samargand! Trata-se de uma ESCRITA ALONGADA, NA QUAL HÁ UMA LINHA HORIZONTAL ENTRE AS LETRAS MAIÚSCULAS.
Tal escrita JAMAIS poderia ser incorporada a manuscritos de antes do período Abassida. Outra importante característica de uma escritura Kufic e que também a diferencia das demais é o FORMATO PAISAGEM para ela utilizado. Esse formato, além de melhor se adequar à escrita alongada, foi tomado por empréstimo de documentos cristãos siríacos e iraquianos, datados dos séculos VIII e IX. Nada, portanto, nos códices Samargand e Topkapi, em termos de técnicas de escrita (e de ilustrações) nos remete a meados dos século VII; antes, ao final do Século VIII e início do Século IX.
Há manuscritos corânicos na escrita al-Mail e certamente mais antigos que Topkapi e Samargand; mas, nenhum, comprovadamente fonte primária (ou cópias originais de Uthman ou qualquer outro compilador).  Em verdade, inúmeras formas de leitura sobreviveriam, até que Ibn Mujahid, no período abassida, ordenasse que somente sete delas poderia ser conservadas, segundo Sahih al-Bukhari.
E O QUE SERIA PERFEITO, PRECISARIA SOFRER CORREÇÕES??? É apurado nas próprias tradições islâmicas, segundo, John Gilchrist, outro estudioso da matéria, que a própria versão uthâmica teria sofrido modificações pelo escriba Al-Hajjaj, atendendo ordens do califa Abd al-Malik...

7/ EM TERMOS DE CONCLUSÃO:

1João 2:18-28: “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora.
Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos.
Ora, vós tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento.
Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.
Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai.
Portanto, o que desde o princípio ouvistes, permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também vós permanecereis no Filho e no Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
Estas coisas vos escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar.
E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei.
E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda.”



 FONTES DE ESTUDOS E DE CONSULTAS:


1 - BÍBLIA SAGRADA:
- Tradução de João Ferreira da Almeida,  Atualizada: e-Sword -
the Sword of the LORD with an electronic edge: www.e-Sword.net.
- Bíblia Online NVI.

2  - ALCORÃO:
Fonte digital: Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do
Iguaçu (RocketEdition).
- Tradução de Sentido do NOBRE ALCORÃO Para A Língua Portuguesa, realizada por Dr. Helmi NASR. (Por ordem e às expensas do Rei Fahd, da Arábia Saudita).

3 – AUTORES:
. Andrew Rippin:
- Muçulmanos Suas Crenças e Práticas.
. Don Richardson:
- Segredos do Alcorão.
. John Gilchrist:
- Enfrentando O Desafio Muçulmano.
. Joshua Lingel:
- Reconsiderando a Vocação.
. Lee Strobel:
- Em Defesa de Cristo
. M. Madsaiin Dias
- Crer ou Crer na Trindade (Implicações & Apontamentos Históricos) *   
. Toby Lester:
- O Que é O Corão? Uma Análise Histórico-arqueológica.
. W.H.T. Gairdner:
- A Vida Real de Maomé.
. Jay Smith:
- A Bíblia e o Corão, Uma Comparação Histórica.
- Evidências Para A Autoridade da Bíblia – Uma Apologética Cristã.
- Autoridade do Corão – Uma Crítica Interna.
- O Corão: Uma Análise Apologética.
- Maomé – Uma Apologética Cristã.
- OUSARÍAMOS CONFRONTAR?  Um chamado a um novo paradigma de evangelismo a muçulmanos.
. Apostilas e DVDs da Amal (M3):
- Curso de missões e evangelismo.

 (*) Obra em preparo.




(Primeira Edição digital: Julho de 2014)

IMPORTANTE: Será observado um intervalo de 30 a 40 dias entre a publicação (disponibilização nas redes) dos próximos volumes. Obedecendo, portanto, à previsão, o Vol. 02 será publicado em Agosto; e o 03, em Setembro.






P-BÍBLIA02
(Uma Versão Brasileiríssima P/ Século XXI)


                                                     M. Madsaiin Dias/ 2013


Existissem no Seu tempo,
Jesus diria: “Amo os muçulmanos.”.

Seguidor do Mestre, eu também
Digo: Amo os muçulmanos.

E amo-os, tão verdadeira
& corajosamente, ao ponto de dizer:

Allah não é Deus; nem Maomé,
Seu profeta; & muito menos
O Alcorão, palavra de Deus.

E não mesmo! Biblicamente falando.



                                                         (Gênesis 1:1-Apocalipse 22:21)