sábado, 15 de março de 2014

"ISLÃ X BÍBLIA" 03-C: SOBRE A TRINDADE, RÉPLICA A AMYR ALY JULAYA.




Ora, se o sangue de bodes e touros
 e as cinzas de uma novilha espalhadas
 sobre os que estão cerimonialmente impuros
 os santificam de forma que se tornam exteriormente puros,
quanto mais, então, o sangue de Cristo, 
que pelo Espírito eterno se ofereceu
de forma imaculada a Deus, purificará
a nossa consciência de atos que
 levam à morte, de modo que sirvamos ao Deus vivo!
Hebreus 9: 13-14



Parte Primeira:

AS FORMAS E O (CARÁTER) ESSENCIAL DA REVELAÇÃO DE DEUS, 
NA PESSOA E OBRA DO ESPÍRITO SANTO, EM CONFRONTO COM O CARÁTER DO DEUS CORÂNICO.

1/ O Prisma Pelo Qual Analisar A Revelação de Deus, Segundo As Escrituras.

Ao tratar (ainda que resumida e pontualmente) sobre a doutrina da Trindade, eu poderia (e até deveria) fazê-lo NÃO de forma comparativa, conforme se verifica nessa e na maioria de minhas séries de artigos em resposta ao Islã. Devo, porém, pelo menos inicialmente escrever nessa mesma perspectiva, tendo em vista o mais importante conhecimento de Deus nos legado pelas Sagradas Escrituras (De judeus e cristãos, evidentemente,). Tal conhecimento nos leva, primeiramente, à definição da essência (substância, matéria ou forma de ser à falta de um termo humanamente mais adequado) de Deus; e, consecutivamente, do Seu caráter.
Na sua essência de ser, Deus é eternamente espírito. E quanto ao Seu caráter (Nesse aspecto, temos, sim, o termo mais apropriado.), Ele é santo. Do básico levantamento ao estudo mais aprofundado da Bíblia, o que se verifica é que Deus (Seja na pessoa do Pai, seja na pessoa do Filho, seja na pessoa do Espírito.) é santo e eterno, mas, no sentido deídico do termo. Quer dizer: sem início ou fim de existência. E, portanto, não criado. Tais atributos O diferenciam das demais divindades, para as quais, no geral, a mitologia e as religiões sempre procuram ou invencionam uma gênesis.
Através do tempo, a revelação de Deus aos homens se fez de três principais maneiras: Criação, Sagradas Escrituras e Encarnação. E conforme observamos no artigo anterior, antes mesmo do Senhor Jesus assumir a forma humana, Deus já se utilizara do expediente para relacionar-se com o homem. Acontecia no Éden; e, por exemplo, ocorreu também na visita que Deus fez a Abraão, acompanhado de dois anjos, sendo manifestos os três na forma em questão (Gênesis 18).
É importante frisarmos isso, para que o leitor possa entender como é sem sentido, do ponto bíblico, a rejeição islâmica à pregação apostólica quanto à vinda do Filho de Deus ao mundo, para cumprimento das profecias do Antigo Testamento. O fato é que o Islã, a despeito de chamar Jesus Cristo de O Messias e O Verbo divino; e até mesmo de dar, contraditoriamente, testemunho de louvor aos apóstolos  e primeiros discípulos (Sura 61:14); acaba caindo na mais terrível das contradições. Quis dar o status de nova “revelação” a idéias gnósticas do primeiro século, assim como a heresias, surgidas a partir do século segundo no seio da igreja cristã e fora dela. Tais idéias (No geral, de negação da deidade de Jesus Cristo e Sua obra redentora) foram previstas (Judas 3-4; I Pedro 2: 1-2; Atos 20: 28-30, etc.) e rejeitadas pelos escritores apostólicos, já em seu tempo. Embora tenham ganho algumas algum terreno entre os descrentes ou pseudos cristãos, posteriormente desviados da verdade.
(Sobre tais filosofias, erros de conduta e desvios doutrinários, quero abrir este parêntese para dizer o seguinte:  Em 2012, eu escrevi CRER OU NÃO CRER NA TRINDADE: Apontamentos Históricos & Implicações. Trata-se de um livro que permanece ainda inédito,  à espera de última revisão, coisa para a qual eu não tenho tido tempo. Escrevi-o por uma questão pessoal e teológica. É que estive por alguns semestres como aluno do curso sobre Islamismo da Amal, escola missionária, onde pude contar, inclusive, com a dedicada monitoria do Valdeci Garcia e de sua esposa, Thaís. Achei por bem, ainda que tal não tivesse sido exigido dos alunos, produzir uma espécie de monografia, dissertação, tese ou o que seja. Segue o índice:

CRER OU NÃO CRER NA TRINDADE (Apontamentos Históricos & Implicações)

I - UNIDADE PRIMEIRA: Apontamentos
Introdução / Linha do Tempo

CAP. 1: Desvios de Conduta e Erros Doutrinários I: Tempos apostólicos.
- Cristãos Judaizantes (Ebionismo) 
- Gnosticismos e Docetismo   

CAP. 2: Desvios de Conduta e Erros Doutrinários II:  Tempos pós-apostólicos e pré-nicenos
- Modalismo (ou Sabelianismo) 
- Monofisismo e Adocionismo 

CAP. 3: Desvios de Conduta e Erros Doutrinários III: Tempos Nicenos.
- Apolinarismo
- Arianismo

CAP. 4: Desvios de Conduta e Erros Doutrinários IV: Pós-niceno ao Século VII
. Defesa da Trindade 1 Dos Tempos Apostólicos Ao Pré-niceno
. Defesa da Trindade 2 Dos Tempos Nicenos Ao Século VII
- Pelagismo   
- Nestorianismo e Monotelismo 

CAP. 5: Islamismo: Um Capítulo À Parte (Século VII)

II – UNIDADE SEGUNDA: Apologética

CAP. 6: Defesa da Trindade 3 (As Implicações de Não Crer)
1 - Não permanecer Na Doutrina dos Apóstolos 
2 - Um Atentado Contra A Unidade da Fé  
3 - Ir Além (Ou Ficar Aquém) do Que Está Escrito
4 - Preconizar A Idolatria Em Nível Cósmico  
5 - “Corromper” O Caráter De Deus, Como, P. Ex., Tomando-o Por Injusto E/Ou Moralmente Imperfeito  
6 - Grave Erro Doutrinário: Desvio de Conduta Em Relação À Pessoa E À Obra de Deus  
7 – Tentar (Diminuir Ou) Roubar A Glória Da Cruz  

CAP. 7: Defesa da Trindade 3 (Benefícios da Fé Correta)
1 - Permanência Na Unção E Na Doutrina dos Apóstolos 
2 - Adoração Perfeita   
3 - Ter Em Perspectiva A Grandeza de Deus E A Glória da Cruz
4 - Lutar Pela Unidade da Fé 
5 - A Correta Compreensão Da Doutrina Nos Permite Desfrutar de Um Melhor Relacionamento Com Deus  
6 - Correta Compreensão De Termos E Passagens Bíblicas Aparentemente Difíceis (E Estarmos Habilitados Para Responder Àqueles Que Nos Interrogam Sobre Os Fundamentos da Nossa Fé)
7 – Não Perdemos A Perspectiva da Cruz, A Maior Glória Do Verdadeiro Cristão

III – UNIDADE TERCEIRA: DEPOIMENTO)
   


COMO PÔDE SER VISTO, no parágrafo-parêntese acima, quase que absolutamente nada do que faz parte da atual cena dos conflitos concernentes à defesa e à apologia da fé cristã apostólica, surgiu originariamente agora. E já nem causa espécie o fato de Amyr Aly Julaya, Abdul Satar e companhia requentarem velhas questões (de dois, três e três mil e quatrocentos anos atrás) ou colocarem em debate “novas” questões, há milênios previstas e já respondidas. Do final do século primeiro até um pouco depois do Islamismo, foram muitos o ensinamentos errôneos surgidos no seio ou fora da cristandade. E todos eles objetivaram desestabilizar a fé apostólica sobre a pessoa de Deus e a obra da Redenção, ou aspectos da mesma. Satanás, dissimulador e homicida desde o Princípio, bem sabe o quanto a não correta compreensão da pessoa de Deus pode comprometer a compreensão da obra redentora; e vice-versa.  
MAS, PORÉM, PORÉM, TODAVIA E ENTRETANTO, quando a Bíblia atribui ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo a eternidade, todos os demais atributos deídicos se Lhes tornam automática e coerentemente apropriados: onipotência, onisciência, onipresença. E quando se Lhes atribui a perfeita santidade (Também no sentido deídico do termo.), nenhum sequer atributo maligno, como, por exemplo, a dissimulação se Lhes pode ser atribuído. É por esse prisma que a revelação de Deus aos homens deve ser analisada.

2/ Os Modos da Revelação:

Através da Natureza:
-  Salmo 19:1  “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”
- Romanos  1:18-20 “Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.
Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;”

Através das Escrituras Sagradas:
 - Hebreus 1:1-2  “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,  nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo;”

Através da Encarnação do Filho:
- Hebreus 1:3  “Ele (JESUS) é o resplendor da glória  e a expressão exata do Seu ser (DEUS), sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”

As obras da Criação levam qualquer pessoa não completamente obscurecida em sua mente a pensar num criador de todas as coisas (visíveis e invisíveis), ao qual, atributos como onipotência,  onisciência e onipresença ser-Lhe-iam natural. A revelação através das Escrituras foi progressiva e cobriu cerca de mil e seiscentos anos. Por elas ficamos sabendo de Sua vontade, princípios espirituais e morais e, sobre tudo, o meio providencial de Deus para a nossa salvação. Mas, no que diz respeito à Encarnação do Filho, o termo “expressão exata do Seu ser” ou “expressa imagem”, conforme outra tradução para a Língua Portuguesa, nos remete à revelação mais intima e mais perfeitamente compreensível de Deus ao ser humano. E aquilo que Deus que é, em Sua essência de ser, eternamente ligado ao Seu caráter é, então, refletido na Sua relação com o ser humano. É este o cerne da revelação trazida por Jesus Cristo.
Até porque os gestos valem mais do que mil palavras; e a Encarnação disso dá testemunho.
E fôssemos resumir numa só palavra o Deus da revelação trazida por Jesus, esta palavra seria amor. Nele, a revelação está totalmente vinculada à eternidade e ao caráter santo de Deus; os quais, em relação ao homem, também se manifestam num ato de supremo amor: o da  Redenção. E como está escrito, “depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.

Breve Súmula Teológica:

- João 3:16  Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
- João 15:13  Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. 
- 1 João 3:16  Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos.


3/ Sobre A Doutrina Bíblica do Espírito Santo:

1 -  A Bíblia não se ocupa muito em mostrar a deidade (condição divina) do Espírito Santo. Por uma razão bastante simples: não é Ele o tema central das Sagradas Escrituras; a razão de ser da Bíblia são a pessoa e obra do Messias. Profetizado no Antigo Testamento, cerca de trezentas vezes e testificado em todo o Novo no que respeito à Sua primeira Vinda (Como Salvador.) e no que se trata da Sua segunda Vinda (como Juiz):

- Filipenses 2: “ 5 Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, 6 que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;  mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. 8 E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! 9 Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Zacarias 11: 9Naquele dia procurarei destruir todas as nações que atacarem Jerusalém. 10 E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas. Olharão para mim, aquele a quem traspassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único, e lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho.

Mateus 25: 31Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em seu trono na glória celestial. 32 Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. 33 E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. 34 "Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo.

2 – No entanto, por tudo o que observamos até aqui, a condição divina do Espírito Santo pode ser pontualmente comprovada pelos Seus atributos deídicos (Eternidade e santidade perfeita.); assim como pelos Seus atos (Criação e Redenção); e, principalmente, pela autoria das Sagradas Escrituras (De judeus e cristãos, evidentemente.). A Bíblia tem mais de quarenta escritores, todos eles corroborando e sendo corroborados entre si, mas um apenas autor, o qual falou através de todos eles: Deus. E este ato divino de falar aos homens e através dos homens é também biblicamente atribuído ao Espírito Santo.

a) O Espírito Santo na Criação:
- Gênesis 1: 1 No princípio Deus criou os céus e a terra. 2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
- Jó 33: 4 O Espírito de Deus me fez; o sopro do Todo-poderoso me dá vida. 5 Responda-me, então, se puder; prepare-se para enfrentar-me. 6 Sou igual a você diante de Deus; eu também fui feito do barro.
- Salmo 104: 29 Quando escondes o rosto, entram em pânico; quando lhes retiras o fôlego, morrem e voltam ao pó. 30 Quando sopras o teu fôlego, eles são criados, e renovas a face da terra.

b) O Espírito Santo na Redenção:
- Hebreus 9: 13 Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma novilha espalhadas sobre os que estão cerimonialmente impuros os santificam de forma que se tornam exteriormente puros, 14 quanto mais, então, o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu de forma imaculada a Deus, purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, de modo que sirvamos ao Deus vivo!
- Atos 20:  28 Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.

c) Sua Eternidade e Perfeita Santidade, expressas no Seu próprio nome.

3 – O Espírito Santo, cujo nome já diz respeito à essência do ser Deus e ao Seu principal caráter moral (a santidade), é chamado literalmente de Deus na Bíblia (Atos 5: 3-4). Além disso, a revelação bíblica é a Ele atribuída:

-   Atos 28 (Em conformação com Isaías 6: 8-10):  24 Alguns foram convencidos pelo que ele dizia, mas outros não creram. 25 Discordaram entre si mesmos e começaram a ir embora, depois de Paulo ter feito esta declaração final: "Bem que o Espírito Santo falou aos seus antepassados, por meio do profeta Isaías:
26 ‘Vá a este povo e diga: "Ainda que estejam sempre ouvindo, vocês nunca entenderão; ainda que estejam sempre vendo, jamais perceberão". 27 Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria’. 28 "Portanto, quero que saibam que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles a ouvirão! "

- II Pedro 1: 19-20 (Comentado):
FOI A RESPEITO DESTA SALVAÇÃO (Pela morte de Cristo na cruz e Sua ressurreição, conforme o Novo Testamento.) QUE OS PROFETAS (Da Antiga Aliança.)INDAGARAM E INQUIRIRAM ACERCA DA GRAÇA A VÓS OUTROS (Cristãos judeus ou não judeus.) DESTINADA,
INVESTIGANDO, ATENTAMENTE, QUAL A OCASIÃO OU QUAIS AS CIRCUNSTÂNCIAS OPORTUNAS, INDICADAS PELO ESPÍRITO DE CRISTO (O Espírito Santo de Deus), QUE NELES ESTAVA, AO DAR DE ANTEMÃO TESTEMUNHO SOBRE OS SOFRIMENTOS REFERENTES A CRISTO E SOBRE AS GLÓRIAS QUE O SEGUIRIAM (Ressurreição, Ascensão, Glorificação e fundação de Sua igreja na Terra.).
A ELES FOI REVELADO QUE, NÃO PARA SI MESMOS, MAS PARA VÓS OUTROS, MINISTRAVAM AS COISAS QUE, AGORA, VOS FORAM  ANUNCIADAS POR AQUELES(Apóstolos; evangelistas, escritores ou não;  testemunhas oculares ou pessoas que foram contemporâneas de todos os antes citados.) QUE, PELO ESPÍRITO SANTO ENVIADO DO CÉU (O qual veio para habitar nos cristãos,  como antes habitou nos profetas do Antigo Conserto, em cumprimento da promessa feita pelo Senhor a todos os seus discípulos.),VOS PREGARAM O EVANGELHO (O sentido aqui, não é de um livro, supostamente escrito por Jesus, como quer o Islã; mas o de As Boas Novas da Salvação.), COISAS QUE ANJOS ANELAM PERSCRUTAR.”

Não somente a revelação (ou a sua autoria) é atribuída ao Espírito Santo: até mesmo a correta compreensão (elucidação interpretativa) é um ato primeiramente atribuído a Ele; não aos homens (I João 2: 18-21). Nessa mesma perspectiva, disse Jesus, o Espírito viria para guiar os Seus verdadeiros discípulos em toda a verdade e fazê-los lembrar de tudo quanto Ele, Jesus, ensinou (João 14: 26). Veja como isso é coerente com o mandado final de Cristo aos Seus seguidores:

- Mateus 28: 18 Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.


EM TERMOS CONCLUSÃO E COMPARATIVOS COM O DEUS ALLAH.  Somente o Deus bíblico é, desde sempre, na Sua forma de ser, espírito. Somente Ele tem como o Seu principal atributo a Eternidade (até porque todos os demais, deídicos ou não, dela decorrem). Somente o Deus bíblico é, em Seu caráter, perfeitamente santo. E sendo o Espírito Santo, conforme o testemunho das Escrituras, um ser (Atos 5: 3-4, 28: 23-29, Efésios 4: 30), Ele somente pode e deve ser re/conhecido como Deus: Criador, Redentor e o autor das Sagradas Escrituras.
Em comparação com Allah,observamos que o deus corânico arroga para si a eternidade e demais atributos dela decorrentes;  porém, cai na sua própria mentira, ao assumir-se dissimulador (Sura 4: 157-158), uma característica satânica por excelência (João 8:44).
A perfeita santidade de Deus, NÃO lhe permitiria sentir-se à vontade com um atributo ou ato maligno (João 8: 44). E o Deus da Bíblia, segundo o testemunho apostólico, NÃO pode negar-se a Si mesmo (I Timóteo 2: 8-13), ainda que alguns O neguem.

A mentira do deus Allah (e/ou de seu profeta) fica ainda mais evidente, quando, ao dizer que o Alcorão seria um livro perfeito e “custodiado em placas eternas no Céu”. Pois quando vamos ao mesmo, verificamos que tal escritura, tida por sagrada por um bilhão e meio de pessoas e (erroneamente) atribuída ao autor da Bíblia, jamais suportou tanto uma crítica interna (do seu conteúdo), quanto externa: comprovação histórica das evidências manuscritas, as quais deveriam os seus defensores ao mundo apresentar. Este é um assunto pormenorizadamente tratado na minha série de artigos "ISLÃ X BÍBLIA" C: RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão), publicada recentemente neste blog.

Maomé acertou em acreditar que o Espírito Santo é um ser; porém, errou completamente ao supor tratar-se do anjo Gabriel. Gabriel NÃO é eterno, no sentido deídico do termo; e, logo, trata-se de uma criatura. E é até possível de se conjecturar que o erro do profeta do Islã se deve a concepção maculada que este tinha de Deus: tanto que confundiu a Trindade bíblica com O Pai, O Filho e Maria; e o Paraíso, com um harém. Mas, indo mais além nas conjecturas (E este autor gostaria que fosse apenas isso.), determinada passagem corânica chama-nos a atenção pelo seu caráter dúbio. Trata-se da Sura 19: 16-20:

- Sura 19: 
16 E menciona Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo para um local que dava para o leste.
17 E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito.
18 Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no Clemente, se é que
temes a Deus.
19 Explicou-lhe: Sou tão-somente o mensageiro do teu
Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado.
20 Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum
homem me tocou e jamais deixei de ser casta?
21 Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: Isso
Me é fácil! E faremos disso um sinal para os homens, e
será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma
ordem inexorável.
22 E quando concebeu, retirou-se, com um rebento a um
lugar afastado.

TRÊS QUESTÕES DA MAIOR SERIEDADE:

1 – Porque a passagem corânica NÃO segue o padrão bíblico, revelação com a qual a “revelação” corânica deveria corroborar (e pela mesma ser corroborada)?
Em Luca capítulo 2, somos informados de que o nascimento e a forma da concepção (Milagrosa) do Messias foram transmitidos à Maria pelo anjo Gabriel. Porém, este NÃO apresenta e NEM é apresentado (Até porque JAMAIS foi ele biblicamente assim definido.) como o Espírito Santo. Ou seja: Deus (Atos 5: 3-4).

2 – Na versão corânica, Allah teria utilizado a expressão “Nosso  Espírito”, fazendo referência ao anjo Gabriel. Então, em algum momento da eternidade, Allah NÃO teve (ou deixou de ser) Espírito? E o que ele seria, então, antes??? Ora, biblicamente falando, somente podemos atribuir a Deus os atributos deídicos da Trindade bíblica e vice-versa. Mas, se o Espírito Santo de Deus, na concepção corânica NÃO é eterno, justamente porque seria uma criatura (O anjo Gabriel.), como pode ser eterno o deus Allah?

3 – Na Bíblia, o anjo Gabriel se apresenta a Maria como anjo. Tanto que, esta NÃO manifesta nenhum temor quanto a ser humanamente abusada por ele, ainda que se tratasse de um (ser) desconhecido e estavam a sós. Tal temor, porém, é salientado na passagem corânica. Na mesma passagem, o anjo Gabriel teria se apresentado à Maria, na forma humana. Diz o texto, “personificado como um homem perfeito”. Em outras palavras, formoso e viril. E não é de se entranhar tal personificação, como que a justificar, nas entrelinhas, o temor de Maria, um coisa que simplesmente inexiste na passagem e na concepção bíblica do nascimento de Jesus?
Ainda que os tradutores e comentarista corânicos se apressem para, em suas notas, deixar a entender não ter havido sugestão de Maomé quanto a um ato (biblicamente reprovado) entre o suposto anjo Gabriel e Maria, tal sugestão NÃO pode ser descartada.
Primeiro, porque o texto corânico entra em contradição com a Bíblia quanto à forma que Gabriel se apresenta à Maria. Segundo, porque tal forma (“homem perfeito”) associada ao suposto temor de Maria quanto a ser abusada, é biblicamente infundada.  E terceiro, a concepção maculada que tinha Maomé de Deus nos autoriza aceitar seriamente a possibilidade de tal sugestão.
Passagens como a Sura 72:3, mostram como que, enquanto a relação Pai e Filho é, na Bíblia, tratada num contexto eterno e espiritual, o Corão condena-a, justamente porque Maomé a vê, e erroneamente, no sentido carnal e terreno. Mas como justificar os eventos sobrenaturais que envolveram o nascimento, morte, ascensão e segunda  vinda de Jesus Cristo (Aceitos pelo Islã.), uma vez que, para o Alcorão, trata-se Jesus Cristo de apenas mais um ser humano? Talvez a conjunção entre o anjo Gabriel e Maria fosse para o equivocado (e maculado na sua concepção sobre Deus) Maomé algo aceitável. E, do mesmo modo que Allah se traiu, assumindo-se dissimulador (Sura 4: 157-158), o seu profeta também não teria se traído na interpretação do nascimento miraculoso de Jesus Cristo? Pois, sendo possuída por um anjo (Mas isso não é próprio dos jiins???) permaneceria intocada por homem (Seja: o seu esposo José.), antes do nascimento de Jesus. E tal suposição (caso realmente disso não passe) tanto se distancia do caráter santo e eterno de Deus Espírito Santo, quanto se aproxima da concepção maculada que Maomé tinha da divindade.                     

                       (Continua na próxima postagem)



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