quarta-feira, 29 de maio de 2013

CAP. 09 - Cristandade, Moda Feminina & 0 Xis da Questão: CULTURA CONTAMINADA A PARTIR DO OLHAR CONCUPISCENTE (Ou: Quando A Nudez de Bate-Seba Desperta O Pior em Davi).



NOTA: versão final e revista ( em relação à publicada 29.05.2013). 

Leitura: II Samuel 12; Apocalipse 2: 12-16 e 20-25.

8.1. Costuma acontecer. E, quando ocorre, parece que a fé perde o seu chão e intimamente nos perguntamos  Por quê? Ou: Onde Deus estava?
Eu era adolescente, neófito nas coisas do Senhor e, conseqüentemente, triunfalista. E fiquei chocado com o fato de uma jovem ter sido violentada, quando voltava de um culto. Há alguns anos atrás, na minha cidade aconteceu algo tão terrível com a filha ainda bem menina de um casal cristão, que o acontecimento ganhou repercussão nacional e internacional. Até veio a se tornar num referencial da luta pela categorização e punição dos crimes hediondos em nosso país, em função da posterior militância político-social da mãe.
Lembro-me ainda, mais recentemente, do testemunho de certo pastor, num dos cultos da igreja onde congrego. Contou-nos de como ele e sua família reagiram, quando tiveram a casa invadida e a filha, na flor de sua juventude, abusada. Veja que não estamos falando de casos ocorridos em países onde a perseguição contra os cristãos é ferrenha. Sabe-se que em tais lugares a polícia não se presta à investigação ou à punição dos culpados. E violência dessa e outra natureza, quando não praticada, é objeto da complacência ou da aprovação dissimulada (Ou até mesmo declarada.) de fundamentalistas religiosos.

8.2. Acontece. E, como não encontramos resposta satisfatória, passamos às seguintes indagações: Que fez tal pessoa ou a família paramerecer”? A sabedoria bíblica nos faz entender que Deus não é injusto para com seus filhos, nem mesmo quando permite, em Sua soberania, que tais coisas aconteçam. Por mais que aos nossos olhos pareça inexplicável.
Em verdade, sou testemunha de que tudo absolutamente tudo, à exceção, evidentemente do pecado, cooperam para bem daqueles que amam a Deus, conforme é taxativa A Palavra. De minha parte, quando sucedeu de eu ter presenciado àquele fato horrível de que faço menção na introdução deste livro, olhando por todos os ângulos, pareceu-me impraticável, na parte que me toca, aplicar-lhe Romanos 8: 28. Hoje, entendo que, se eu não tivesse presenciado o que presenciei, exatamente naquelas circunstâncias, teria por certo recalcitrado.
Talvez eu me enchesse de melindres em (e ao) entregar à igreja do Senhor Jesus a palavra de sabedoria que ora entrego. Pois tenho plena consciência de que é um ensinamento desconcertante para boa parcela da nossa cristandade. Atingida em cheio nos seus conceitos culturais, os quais definem suas opiniões sobre moda feminina, pudor e santidade.
Na verdade, todas as coisas cooperam não apenas para o nosso bem, particularmente falando; mas para o bem do corpo de Cristo por inteiro.  E essa foi a tônica do testemunho dado pelo pastor a que referi, nos contando de como a filha superou o trauma. Ela é hoje uma mulher casada, mãe de filhos, feliz sexualmente com o marido porque, no momento mais traumático de sua existência, encontrou graça sobre graça (João 1: 16-18) para perdoar aos agressores e suplicar ao Senhor Jesus para que nada daquilo viesse a comprometer a sua felicidade futura de esposa e mulher.

8.3.  A despeito do exposto até aqui, como se eu tivesse a presunção de me passar por um advogado de YHWH, sei que as perguntas ainda inquietam; logo, jamais parecerão suficientemente respondidas. Até porque é preciso estar muito perto do Senhor Jesus para reagir como reagiu a filha daquele pastor. Qualquer outra irmã, com uma visão triunfalista da fé, talvez a própria fé abandonasse. Ou, quem sabe, não entraria num terrível e demorado conflito, até conseguir liberar perdão e permitir ao Senhor Jesus sará-la no seu emocional, tão fortemente abalado. E não é para menos. Mas as perguntas permanecem: Por quê? Onde estava Deus, que não mandou Seus anjos, para socorro? Não está escrito que o Anjo do Senhor (Cristo em teofanias, creio.) acampa-se ao redor dos que O temem e os livra?  Ou: Que fez, então, a pessoa e sua família para merecer?
Esquecemo-nos de que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque elas não têm fim e se renovam a cada manhã. E não só disso (Ainda citando o profeta Jeremias.), mas também: “Por que, pois se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um pelos seus próprios pecados (Lamentações 3: 39)” Mas quais? O sangue de Jesus Cristo não os cobriu todos?

8.4. É certo que o cristão autêntico, na plenitude da graça não vive na prática de faltas graves ou para morte, como assegura João. Mas também é fato que nossa participação apenas subjetiva nos pecados de uma coletividade, ainda que tidos por aceitáveis ou mesmo nem considerados como tal, fortalecem mazelas e a proliferação de abominações no meio em que vivemos (Romanos 1: 16-32). Como bem quer os poderes das trevas, o nosso grau de adesão dá legalidade a espíritos territoriais e dominadores da cultura; além de diminuir-nos a autoridade espiritual. E pode Deus permitir, por disciplina ou provação, que sejamos também vitimados (Apocalipse 2: 12-17).
A cultura brasileira, a exemplo da civilização pré-diluviana, não se tornou sexista e violenta por um caso. Houve todo um processo histórico. Não tendo havido refreio, caminha a passos largos para a sodomização. Agora, se determinadas práticas sociais enraizadas na cultura são por nós, os cristãos, adotadas, então nos colocamos debaixo de legalidade. E somente a misericórdia do Senhor poderá nos livrar de seus efeitos nefastos; e,  não, o triunfalismo duvidoso em nossa fé. Ora, numa sociedade sexista e violenta, na qual o voyerismo e o exibicionismo estão fortemente entrelaçados, alimentando uma moda feminina despudorada, aceitar as coisas como exatamente são (ou estão), é dar muita munição ao Adversário. Pois, se uma mulher que se diz cristã veste-se como uma qualquer e, em função disso, ainda que inconsciente ou involuntariamente,  seduz e defrauda o sexo oposto; com que autoridade espiritual poderá:
1 - Impedir que um jovem em idade hormonal, na sua solidão escusa, não peque com ela, mesmo sem lhe tocar?
2 - Evitar que um marido mau-caráter ou em crise conjugal praticamente se masturbe com a esposa, pensando no modo que, despudorada e/ou sugestivamente, o corpo a dita cristã se lhe exibiu?
3 -  Evitar que não seja alvo de gracejos e/ou de comentários libidinosos?
4 - Que sendo solteira, não atraia homens com as piores das intenções (Provérbios 26: 23-25 RC)?
5 -  Não se torne vítima em  potencial de alguém obcecado pelo seu tipo beleza exterior, trazendo-lhe sérios constrangimentos?
6 -  Evitar ser mal interpretada em suas intenções e palavras ao lidar com o sexo oposto?
7) Impedir que sua nudez não agrida a homens que têm a santidade como projeto de vida? No risco de que, ambos dando lugar ao diabo, se lhes aflore uma tresloucada paixão, ao estilo Davi e Bate-Seba.

8.5. O leque das possibilidades levantadas dá-nos conta apenas de atos e fatos corriqueiros. E, alguns, aceitos com vergonhosa normalidade em nossa sociedade, em função do sensualismo tão fortemente arraigado na cultura. E todos nós podemos tão dolorosamente detecta-lo: no palavreado com seus duplos sentidos; nos padrões impostos pela da beleza, com seus cosméticos, dietas e cirurgia plásticas, devido à eterna insatisfação de algumas mulheres com o corpo que Deus lhes deu; no mundo da propaganda e da publicidade como uma praga; nas tramas de toda e qualquer produção literária ou cinematográfica em geral; no lugar comum das telenovelas, pra variar abomináveis; invadiu as redes sociais, onde até uma parcela dos emotions e vídeos veiculados por cristãos utilizam imagens com alguma carga de sensualidade e, portanto, réprobas (Colossenses 3: 5-10).
E se tudo começa no olhar, alimentado pelo despudor, com que autoridade espiritual vociferar contra o que é hediondo?  Pois não estamos, numa certa medida, contribuindo com o que subsiste em sua origem e o alimentando, até que o mesmo ganhe as formas da monstruosidade, tão regularmente noticiadas nesses dias tenebrosos?


II

8.6-a. O olhar concupiscente e a nudez despudorada e/ou sugestiva estão na raiz de iniqüidade de toda perversão cultural. Sem contesta-los e condena-los, não haveria mesmo outra maneira de se bem interpretar e aplicar à nossa vida diária, a despeito das distorções da contemporaneidade, Levítico capítulo dezoito. Assim como toda a pontualidade do ensinamento apostólico sobre o vestuário feminino, além das representações bíblicas da mulher despudorada com relação à natureza humana decaída. Que Ezequiel capítulos 16 e 23, Apocalipse 17 em conformação com as palavras de Paulo e Pedro estejam sempre em nossos corações!
É de se lamentar o fato de ter sido retirada das modernas versões da Bíblia em Português a expressão “Descobrir sua nudez”, no capítulo dezoito do Livro de Levítico. Segundo Donald Stamps, esta é uma expressão que traduz literalmente frase hebraica de igual teor. E não se refere apenas às horrendas perversões praticadas pelo povo cananita: abrange tudo o que se refere a práticas sexuais impuras e ilícitas; mesmo aquelas tão-somente aproximadas do ato sexual consumado. De onde se pode inferir: qualquer tipo de voyerismo,  masturbação;  sedução;  exibicionismo; carícias e demais liberdades peculiares ao indefectível e pós-modernoso  Ficar, dentre outras.
Voltando ao comentário de Stamps, ele é apostolicamente contundente: “Qualquer tipo de prática sexual que resulta em descobrir, expor, ou ver a nudez de alguém que não seja seu legítimo cônjuge, viola a fronteira da pureza e comete pecado grave diante de Deus.”  E há na (sua) Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD, fonte da citação acima, interessante estudo, intitulado Padrões de Moralidade Sexual.     

8.6-b. Em resposta aos questionamentos feitos nos primeiros parágrafos deste arrazoado, cabe esclarecer:
I - Jovens da pureza pessoal e estatura espiritual de um Daniel e seus três companheiros, assim como o profeta Ezequiel, e quem sabe quanto outros, também sofreram o exílio babilônico. Nem todos com a condição, digamos  privilegiada, dos primeiros; muito antes pelo contrário. Ezequiel que o diga (Ezequiel 4: 9-17)!
II -  Ester apenas se livrou de ser usada por uma só noite, e depois ser relegada à viuvez forçada, por causa da misericórdia sem fim do Senhor e de Seus propósitos divinos na vida dela a favor de Israel (Ester 2: 12-14 e 17-15).
III - Os sete mil que não se curvaram a Baal no tempo de Elias e de Eliseu padeceram a mesma fome que a nação iníqua, inclusive a família dos profetas que se encavernaram. (I Reis 18: 8-14 e 19: 14 e II Reis 4: 1-7).
 IV - O maior evangelista pessoal do Antigo Testamento é uma menina judia. Adolescente ou, talvez, pré-adolescente; mas uma menina de fé. Por causa dos pecados do seu povo, quem sabe até de seus próprios pais, foi levada cativa pelo comandante do exército da Síria. Ela o conduziu a cura, porque era leproso, e à fé verdadeira no único Deus (II Reis 5). Mas poderia ter sido apenas sistematicamente usada sexualmente por aquele mesmo homem. Assim com grande parcela das mulheres negras, no regime da escravidão nos países ditos cristãos das Américas, pois era o costume naqueles abjetos sistemas. A legalidade dada por Israel teria deixado a menina israelita (E, sabe-se lá, a quantas outras sem a mesma sorte da nossa pequena heroína da fé!) na condição de tamanha desgraça; seja, de mucama.
V - Quando os babilônicos destruíram Jerusalém, mulheres grávidas foram desventradas a golpes de lanças e espadas; meninas, jovens e adolescentes violentadas; e nenês indefesos, arrancados de seus pais, pegos pelas pernas e arremessados contra as paredes. Tal, dentre tantos outros horrores, é a razão de ser da forte imprecação expressa nos três últimos versos do Salmo 137 e do choro dilacerado no Livro das Lamentações. Será que todos, sem exceção eram culpados? E o que dizer das crianças e dos nenês de colo?
 VI - Em todo trono de Satanás, onde Jezabel, poderosíssima, habita qualquer Antipas tenderá a ser sistematicamente antipatizado ou martirizado (Apocalipse 2: 12-13). Até mesmo no meio do povo de Deus. Na igreja local do Novo Testamento onde aquela, a exemplo do Israel antigo, foi elevada à condição de forte influência e, possivelmente, liderança, houve quem a resistisse (Apocalipse 2: 21-25). Mas parece que não eram muitos. Tudo em função de uma cultura dominante, à qual havia também a adesão da igreja; e justamente por isso que em Tiatira o digamos “ministério” da potestade ganha vulto. Repetia-se o passado, a despeito do desejo de santidade alguns crentes. Que seria daquela comunidade  sem a resistência deles? Uma igreja perdida, com os seus vencidos, numa escala crescente, por Satanás, pelo mundo e pela carne (II Tessalonicenses 2: 7-12 e Gálatas 5: 16-19).
VII -  Em Mateus 27: 24-26 estamos diante do mais triste legado que se pôde (em toda a história da humanidade) pais terem-no deixado aos seus filhos e às futuras gerações. O que veio depois e o que ainda há de vir, em decorrência do fato, são as tragédias mais dolorosas da história judaica. (Até que, por fim, venha o também previsto arrependimento e o reconhecimento do Messias, o qual esteve entre nós, mas voltará, só que nas circunstâncias em que fala o profeta Zacarias (12: 9-10). Daí que muitos judeus foram trucidados no Cerco de Jerusalém nos Ano 70 d.C. pelo general romano Tito; e milhões exterminados no Holocausto (II Guerra Mundial). A despeito de nem todos eles, certamente, concordarem com a ação nefasta de seus pais e ancestrais, décadas e milênios atrás. Pior que a rejeição ao Cristo, Filho de Deus Vivo, é o acontecido vir como que se perpetuando, através da atitude das gerações posteriores, num crescente de culpa transferida de país para filhos, a despeito de todas as promessas feitas a Abraão (Êxodo 20: 5-b).  

8.6-c. Até por ser emblemático; e se poder tomar como outra parábola da pós-modernidade vida cristã; convém abrirmos um parêntese para análise do caso do justo e intimamente atormentado Ló (II Pedro 2: 4-10). Pertence a Antiguidade bíblica. Afligia-se ele pelos pecados de Sodoma e Gomorra; mas, num momento extremo, demonstra ter-se tornado refém do modo de ver as coisas, próprio do lugar onde vivia e materialmente prosperou: aquele trono de Satanás por excelência de Satanás, que era Sodoma. Ló não pestanejou em querer entregar as próprias filhas virgens para serem abusadas pelos homens da cidade. Pensava, com isso, livrar os anjos de Deus da perversão sexual de seus concidadãos. Na sua incredulidade e falta de discernimento espiritual, achava que poderia livrar aos que foram enviados para salvá-lo (Gênesis 19). As filhas de Ló, também reféns da cultura, em vez de confiarem em Deus noutra situação tida por extrema, embriagaram-no e cometeram incesto com o pai.
Como vimos, em alguns dos exemplos numerados no parágrafo anterior, temos a situação de pessoas que, mesmo sendo totalmente inculpáveis pessoalmente, acabaram sofrendo as consequências do pecado da sua geração e das gerações anteriores. E no caso Ló, vemos uma família que se tornou refém do meio social em que vivia, porque em relação ao mesmo não se radicalizou.
Infelizmente, boa parcela da igreja brasileira, em função dos seus discursos e conceitos sobre santidade, pudor e liberdade cristã, além da adesão ao lado podre da cultura ocidental, estaria mais para Ló e suas filhas tresloucadas do que para Daniel e seus três amigos.  A sodomização da cultura ocidental, nestes fins de tempos, se me afigura uma fornalha contemporânea. E sei que qualquer crente ou liderança autenticamente cristã que não venha a incensar esse espectro globalizado de nova ditadura cultural, as das minorias, tenderá a ser jogado nalguma cova de leões. Sairíamos ilesos?

8.7. Que todo esse arrazoado possa realmente servir para uma profunda uma reflexão sobre o baixo nível da espiritualidade de nossa nação; da qual, num estúpido contra-senso, alguém diz ser (e majoritariamente) cristã. A civilização brasileira, desde o descobrimento, sempre foi contaminada pelo olhar (Dito cristão, mas...) concupiscente. E o pior: parcela dos evangélicos nos dias atuais dessa cultura tem se tornado refém. Algumas de nossas irmãs acham normal comportar-se como um de seus modelos e manequins, quando se trata de moda. E não é nenhuma novidade a falta de discernimento do lixo espiritual em forma de usos e costumes, além de não faltar teologias em linha de colisão com o ensinamento apostólico, na acepção do Novo Testamento. Deveríamos ser o sal que impede a corrosão social e não, indiscriminada ou gradualmente, aderir ao que deveríamos determinada e terminantemente rechaçar. Digo-o mais em nível de uma vivência em comunidade, fechada com os valores divinos (Atos 5: 12-13). E menos, em termos de desastrados embates políticos, bate-bocas e demais coisas do gênero baixo-nível e política partidária de caráter muito duvidoso. E se no mais das vezes o pior não nos acontece, em nível pessoal ou familiar, a exemplo dos relatos desconcertantes do primeiro parágrafo deste texto, não creio que seja tanto pelo triunfalismo duvidoso em nossa fé; mas pelas misericórdias de Deus. Nem sempre a nossa pureza pessoal ou a de nossos antepassados, por cujas iniquidades, quem sabe, não nos penitenciamos e com as mesmas, no mundo espiritual, ainda não rompemos, da legalidade estiveram isentas (Êxodo 20: 5-6). 

8.8. Quando eu estava preparando a redação final deste capítulo, a cristandade de minha cidade se viu estarrecida com um fato, estampado como a manchete de capa do principal tablóide. Nada menos que um crime passional, ocorrido no interior de um templo, durante o culto.
Certo indivíduo, de quarenta anos, nome bíblico, possivelmente nascido num lar cristão, além de na reportagem identificado como alguém de alguma forma inserido numa outra comunidade evangélica, assassinou covardemente a tiros uma jovem. E ela, momentos antes, juntamente com seu irmão adolescente, estivera no altar: participava do louvor!
A moça tinha apenas 17 anos e era estudante de Direito. Segundo a reportagem em pauta, desde os quinze, envolvera-se com o seu futuro assassino, o qual a conhecera ainda criança. Por causa de tal envolvimento amoroso, a esposa separou-se dele. Após o assassinato, este ainda deslocou-se para outro bairro, na tentativa de matar o atual companheiro da ex-esposa, para, depois, suicidar-se. Foi, porém, contido, após ferir o seu ex-cunhado. A ex-mulher e seu atual companheiro não estavam em casa.
A tragédia poderia ter sido maior. Mas contém todos os elementos da miséria espiritual que se abate sobre a nação, em conseqüência de sua cultura crescentemente contaminada, a partir do olhar concupiscente e da nudez sugestiva e/ou despudorada. Sexualidade precoce; sedução e perversão de menor; filhos fora do controle da disciplina dos pais, quando não em atitude de público e frontal desrespeito para com os mesmos; destruição de lares e desagregação da família, com posterior envolvimento amoroso de seus membros fora dos padrões bíblicos, em função do adultério; desgraça pessoal e tragédia familiar; violência contra a mulher; vitimização de inocentes; crimes cometidos por pessoas incapazes de refrearem seus instintos assassinos ou da demonstração de qualquer remorso; e, por fim, II Timóteo 3: 1-5 em conformação com Apocalipse 22: 11. Inesperado é o fato de uma tragédia desse porte ter ocorrido no ambiente de culto, envolvendo membro atuante numa comunidade e outro pelo menos com circulação no ambiente cristão. Junte-se a tudo isso ao fato das denominações às quais estavam eles inseridos serem reconhecidas pelo rigor de seus padrões morais, usos e costumes.
De fato, os envolvidos deram, e por bastante tempo, muito lugar ao diabo em suas vidas (Efésios 4: 25-27). A moça, foi primeiramente seduzida; e, depois, torna-se parte atuante num triângulo amoroso, envolvendo-se precoce e tresloucadamente com seu futuro algoz. O que vem depois, veio em decorrência da desobediência a Levítico 18 e ao ensinamento apostólico, nas suas lições mais elementares.
Este caso, assim como o fato de que faço relato na introdução deste Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão, tende também a servir, senão como uma parábola, pelo menos como dolorosa lição para a cristandade contemporânea. Além de permitir o seguinte paralelo: se a nudez Bate-Seba foi capaz trazer à tona em pior de Davi, um homem segundo o coração de Deus, o que o despudor e a sugestividade não pode instigar no ímpio deste final dos tempos? E num desviado, com trânsito desimpedido (Ou, quem sabe, alguns até em posição de honra.) na casa de Deus (Romanos 16: 17-18)?



PRÓXIMA POSTAGEM:
De Tomara-que-caia, Biquínis & Outros Pecados Cultu(r)ais.


















terça-feira, 28 de maio de 2013

ALEGREM-SE COMIGO! (Uma Breve Introdução Que Se Faz Necessária À Publicação da Segunda Parte de CRISTANDADE, MODA FEMININA & O XIS DA QUESTÃO) .


   A publicação de Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão entra, a partir de agora, na segunda fase. E já há muito que o agradecer e devolver ao Senhor Jesus toda a glória. Em Janeiro, através do artigo Por Uma Demanda Inicialmente Não Pensada, foi anunciada minha decisão de escrever e publicar sobre tão pertinente assunto. De lá para cá, em função da divulgação da obra em progresso e publicação dos oito primeiros capítulos, o número de acesso ao meu blog, MISSÃO IMPACTAR, no Google, praticamente dobrou.  É através do servidor que tenho noção do interesse despertado, por meio de estatísticas, embora a leitura esteja disponibilizada em quase todas as redes.
   Outro fato que nos deixa lisonjeado e aumenta-nos a responsabilidade é saber que o blog foi acessado de quase vinte nações, representando todos os continentes, exceto América Central e Oceania. Apesar de seu apenas ano e meio de existência. Estados Unidos, Alemanha e Rússia respondem por mais de um quarto dos acessos. Sendo que do primeiro passa de quinhentos; e destes outros, já ultrapassamos uma centena, em cada.  
   E como eu ficaria feliz de saber que Você, a quem agora me dirijo, se encontra entre minhas leitoras (e leitores)! Além da introdução (A MODA AO MODO DE DEUS), há no livro, alguns capítulos que os considero por demais importantes e, quem sabe, capazes de despertar o seu interesse e em outras pessoas, através da sua indicação: A BÍBLIA E O ATO DE SE VESTIR (Éden e Dilúvio); A BÍBLIA E O ATO DO DESNUDAR-SE – Lei; DOIS APÓSTOLOS CONTRA AS COQUELUCHES; ESTARIA A MULHER CRISTÃ PERDENDO O PUDOR? e CULTURA CONTAMINADA A PARTIR DO OLHAR CONCUPISCENTE (Ou: Quando Bate-Seba Desperta O Pior em Davi), o qual será publicado na próxima postagem. Já o capítulo onze, A IGREJA BRASILEIRA E O LIVRO DE JUÍZES: TERRÍVEL SIMILARIEDADE (Cristandade Pós-Moderna em Questão 02) tende a ser, por suas implicações e extensão, um livreto dentro do livro. E é possível que venha a ser publicado em partes.
   Algumas mudanças serão verificadas nesta nova fase. A seção intitulada Saia Justa deixa de ser publicada. Ela perde a razão de ser, em razão dos capítulos tornarem bem mais extensos e “encorpados”, teologicamente falando.
  Na primeira parte da obra, a intenção era mesmo escrever textos, embora contundentes, leves. Visávamos atingir a todo público, desde que, composto em especial, por cristãos professos e adultos. Agora, reiteramos mais uma vez o que dissemos na Introdução: a leitura do livro não é recomendável ao crente ainda espiritualmente imaturo ou não ainda adulto. A menos que ele a faça acompanhado de seus pais, também cristãos, ou de liderança do seu próprio sexo. Razão pela qual os links dos capítulos não serão mais enviado a determinados grupos da internet dos quais faço parte. Há, nos mesmos,  um bom contingente de pessoas com referido perfil.
   Nossa intenção, após a publicação e ainda nesse ano, é  nos dedicarmos ao outro projeto também anunciado: um livreto talvez ou apenas artigo de largo fôlego, intitulado O CRISTÃO E AS REDES SOCIAIS (Entre Os Benefícios do Crescimento Pessoal-espiritual & o Risco de Sermos Apartados da Pureza e Simplicidade Devidas A Cristo).
  Por tanto e para tanto, conto desde já com as suas orações. Obrigado pela atenção dispensada.
  Em Cristo Jesus, Nosso Senhor,
                                                           Marcos.

 NAS REDES (pesquisa):
 MISSÃO IMPACTAR (Google) : Marcos (Mdsaiin) Dias
 Facebook: Marcos Antonio (Madsaiin) Dias
 Twiter: @Madsaiin Dias
 Google+: Marcos (Madsaiin) Dias
 Orkut: Marcos  Mdsaiin Dias                                 Observe que “Madsaiin” é apenas no Face.

                        

sábado, 18 de maio de 2013

CAP. 07 Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão: DOIS APÓSTOLOS CONTRA AS "COQUELUCHES" 02



Leitura: I Pedro 3: 3-4; I Timóteo 2: 8-10 e 5: 14-15
7.1. No mundo ocidental, quem faz a moda? No geral, pessoas de opção sexual e vida moral em total confronto com os princípios cristãos de pudor, pureza e fidelidade conjugal. E é sabido que naquilo que uma pessoa inventa, mormente quando se trata de arte, há uma forte projeção do que ela é (ou desejaria ser). Nessa sociedade do olhar concupiscente e dos comportamentos exibicionistas, tudo é fator de lucro, uma vez que Mamon fortemente domina-a e a escraviza. E a nudez (Despudorada ou sugestiva.) adquiriu um lugar estratégico de perversão. Inspirada, evidentemente, pelos poderes das trevas (Apocalipse 17). A mulher cristã pode ou não aderir a isso. Ela ou há de emprestar o seu corpo, tornando-se também manequim de tendências, modelos e modelitos diabólicos ou contrapor-se aos mesmos, adotando um estilo em que saiba aliar o charme e a beleza à santidade. Este certamente é um dos maiores desafios da igreja ocidental, mormente a brasileira. Em virtude de vivermos num país tropical e do nosso papel já estratégico em missões, a despeito de tanto percalço e pecados culturais só aparentemente (Quero crer.) incorrigíveis. Torna-se imperativo, portanto, que consumidores e profissionais cristãos da indústria da beleza busquem a Deus fervorosamente Deus. E que abram mão de seus próprios paradigmas, sobre moda e prosperidade, principalmente. E, enfim, encontrem Nele as respostas que deixaram de ser dadas desde algumas décadas, quando a nudez e a vaidade feminina tornaram-se a linha de frente dos usos e costumes da mulher ocidental.

7.2. De fato, nessa sociedade do espetáculo, modelos, garotos-propaganda, atrizes e, agora principalmente, personagens de telenovelas são quem ditam o que se usa, como se expressa e o que (ou a que tipo de pessoa) se ojeriza em cada estação. E ditam moda, até mesmo no meio da cristandade, para vergonha nossa, diria Paulo. Do nome que se dá aos filhos ao que diariamente se consome, vemos a mídia, principal plataforma do inferno, jogando os seus tentáculos sobre tudo e sobre todos. Nesses últimos tempos, dado o grau de depravação da civilização brasileira, mocinhos e mocinhas das telenovelas perderam espaço no coração do telespectador em detrimento de vilões e personagens mal resolvidos: amorosa e sexualmente. E já não é mais constrangedor as pessoas adotarem o mesmo vestuário, linguajar e comportamento de tais abjetos personagens. Ao nível da espiritualidade, porém, pode-se imaginar a tamanha carga de maldição que em tudo isso?  Se bem analisarmos, à luz dos princípios bíblicos, na pós-moderna cultura ocidental, o estilo (digamos) fashion de viver é muitíssimo comprometido, mas não com Deus. Da concepção à massificação dos itens da moda que se usa e é  classificado como tal. O problema é que, de uma à outra ponta, há milhões de pessoas, boa parte cristã ou cristã, consumindo moda ou sobrevivendo da indústria da beleza. Tal fato merece uma profunda reflexão.           

7.3. Numa sociedade promíscua, onde a beleza e o corpo da mulher (principalmente) são utilizados para vender desde a goma de mascar ao último lançamento automotivo ou imobiliário, há que se perguntar: qual a intenção primária ao se confeccionar em sua grande maioria uma peça do seu vestuário? Cobri-la ou (despudorada e sugestivamente) desnudá-la? Já fiz referência a uma propaganda, estrelada por uma de nossas belas atrizes, mas já não tão jovem, cujo slogan era Porque mãe também provoca desejos.  Naquela campanha publicitária, a defraudação do sexo oposto foi mostrada como “trunfo” para um perfil de mulher, em tese casada ou pelo menos comprometida, em função de um conceito totalmente pervertido de feminilidade. Insistindo na mesma questão, é preciso que se destaque ainda uma outra: era dirigida a idosos e o que se via? Distintas senhoras, que bem poderiam estar se preparando para encontrar-se com Deus, vibrando com um garotão diante delas, fazendo strip-tease. Falar de publicidade no geral para a juventude é chover no molhado. Agora, se um produto é criado, disseminado, e, por fim, recebe forte adesão, em função desse gênero de propaganda, não se transformaria como que num símbolo e ícone da Rebelião (I João 4: 5). E no mundo espiritual, como fica o seu uso indiscriminado pelo crente? Mais uma vez: é preciso que se questione.

7.4. Pedro e Paulo se colocam como vozes do Espírito Santo contra as coqueluches de sua época. Por exemplo: certo tipo de penteado. Não creio que tranças ou frisado de cabelo eram em si mesmos o problema. Assim como adereços, dependendo quais; ou a grife, em se levando em conta o status social do crente; mas da carga simbólica e do fator cultural que podem trazer, até de coisas sacrificadas a demônios. Outra questão seria o efeito-desvalia, em quem não os poderia usar, o que é muito comum na natureza (Decaída, cabe frisar.) da mulher. Os apóstolos propõem à  cristã autêntica, não apenas abrirem mão de tais paradigmas, mas também oferecerem respostas: a) vestindo-se de boas obras; b) adornando-se da santidade; c)  e, num forte contraponto com a mulher (mesmo a dita cristã) deste nosso tempo, exprimir-se em candura.

7.5. Candura na pós-modernidade é palavra em gritante desuso. Para vergonha nossa, diria Paulo. No ensinamento de Pedro, porém, ei-la como o mais enfático indicativo de espiritualidade de uma cristã professa. De fato, a candura contraria a síndrome de bipolaridade que, na mulher ocidental pós-moderna, varia do estágio fortemente depressivo ao estado altamente estressado. Logo, a mulher  cristã, além de vestir-se de boas obras, deve dar testemunho de ter se tornado morada permanente da pomba da paz. Bem ao contrário daquelas que ora se afiguram avestruzes com a cabeça dentro de um buraco e ora agem como desembestadas vacas loucas ou furiosas leoas indomáveis. E muito desse tipo de comportamento em função de... modas e modismos. Não restritos, evidentemente, apenas ao vestuário: mas também a padrões de beleza que nem todas possuem; à luta por estratificação social num mundo competitivo e de concorrência desleal; e à busca desenfreada do que a sociedade do espetáculo e do consumo conceitua ser o prazer e a felicidade. Falta a tantas, em verdade, o discernimento correto dos dias trabalhosos em que estamos vivendo (II Timóteo 3: 1-7; I e II Timóteo 4: 1-5). Mas Deus conhece os corações; Ele sabe que o ser é bem mais importante do que ter ou apenas parecer o que não se é, e nem se deseja (em verdade) ser. A virtude, infelizmente, não é o maior tesouro de todas numa sociedade em vias de sodomização.  Por isso, no que diz respeito à resposta que deve dada pela mulher cristã ao mundo da moda, não pode a mesma ficar em segundo plano. E até pelo fato de ser um ato tão cotidiano, começa pelo se vestir e o (somente apropriadamente e perante a quem de direito) desnudar-se.

Saia Justa:
1) Você já foi discriminada ou recebeu deboche por vestir-se com decência?
2) Como reagiu? A situação serviu pra você pôr em prática I Pedro 3: 13-17?
3) Você acha ser realmente possível, no mundo atual, pôr em prática o ensinamento apostólico sobre  vestuário feminino?
4) Quais seriam as dificuldades? E como superá-las?
5) E quais os benéficos?
6) Você saberia discorrer a respeito, fazendo disso uma oportunidade de testemunho de sua fé?
7) E este livro, poderia ajudar-lhe?



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CAP. 08: Teria A Mulher Cristã Perdido o Pudor?

sábado, 11 de maio de 2013

CAP. 06 - Cristandade, Moda Feminina & O Xis Da Questão: DOIS APÓSTOLOS CONTRA AS "COQUELUCHES" 01


Leitura: I Pedro 3: 1-6; I Timóteo 2: 8-10 e 5: 14-15.
6.1. Chamávamos coqueluches àqueles itens da moda, feminina principalmente, que, em determinadas épocas, tornam-se “obrigatórios; e sem a posse dos tais, uma pessoa (E isso é muito coisa de mulher...) sente-se inferiorizada em relação às demais. A moda tem a capacidade de uniformização do gosto: pelo vestuário, por adereços, palavreados de uso corrente em algum momento histórico ou meio social, ritmo musical, obras de arte. Assim como pelos ícones e símbolos em formação numa cultura, capazes de influenciar as linhas gerais do comportamento de toda uma geração e até os seus posicionamentos ideológicos. Logo, sem a mão corretiva do Senhor, como se viu no Éden, é a moda o mais poderoso instrumento do diabo, juntamente com a tecnologia para fins militar a serviço de maus governos, na implantação de uma cultura dominante abominável.

6.2. Na civilização ocidental, hoje considerada por pensadores e acadêmicos pós-cristã, como se em algum momento da linha tempo realmente o tivesse sido, dois fatores contribuíram fortemente para que a sociedade readquirisse o nível de depravação da sexista e violenta civilização pré-diluviana: o crescimento veloz da informação e o advento das artes audiovisuais (Cinema e televisão, etc.). Os valores distorcidos da geração-Dilúvio estão sendo de novo inculcados em nossos filhos já em idade precoce. E, embora todos saibam quanto lhes são nocivos à formação, alguns pais e bons educadores ficam como que de pés e mãos atados. Já não sabem o que fazer com hábitos tão ruins enchendo os miolos de suas crianças, através de uma mídia que se transformou, em geral, na principal plataforma do inferno (I Timóteo 4: 1-5) e da convivência com pessoas muito à vontade com os produtos que nos são oferecidos. Do vídeo-game violento, que os garotos jogam ininterruptamente, ao banho-de-loja ou Dia-de-Princesa que a maioria das meninas (até mesmos as cristãs) “morrem” se não os tiver. E não é para menos. Até porque andamos esquecidos da necessidade alheia: das desigualdades sociais enormes em nosso país e da fome no mundo; da igreja perseguida; e de quanto culto ao deus do próprio ventre, diria Paulo, se faz presente em nossas práticas sociais e até religiosas. Alguns de nossos templos parecem estar repletos de pessoas apenas querendo se dar bem nessa vida; algumas dispostas ou até sendo incentivadas a fazer barganha com Deus; e nossas relações humanas vão se tornando acentuadamente utilitaristas. Quase esquecidos de nossa identidade, acabamos seguindo o curso deste mundo, dado o nível de cauterização de nossas consciências e o grau altíssimo de amnésia em relação ao real propósito de nossa nova criação em Cristo Jesus  (Efésios 2:1-10). Luxo sem culpa em meio ao lixo cultural. E não é sem causa que Madre Teresa de Calcutá é mais unanimidade que qualquer liderança evangélica do país. Para vergonha nossa, diria o apóstolo. 

6.3. No quesito moda feminina, o grande problema hoje de parcela significativa da cristandade é que ela não se informa (Ou parece aderir, apesar de toda a informação.) sobre quem a produz, em que ambiente e com qual propósito. Razão pela qual, faz uso indiscriminado de quaisquer itens despejados no mercado, o qual bem pode ser analogicamente caracterizado por um curral. E parece que menos ainda não atenta a cristandade para os fatores que transformam determinados itens numa coqueluche e as implicações advindas disso. No mundo espiritual, porém, se perguntarmos o que estaria subjacente à sua produção e uso disseminado, é certo que teremos desagradáveis surpresas e respostas estarrecedoras.

6. 4. Em sua Primeira Carta, Pedro se coloca contra as peças do vestuário de preços exorbitantes, ao uso extravagante de enfeites e até certo tipo de penteado (3:3-4). Já Paulo, também escrevendo sob inspiração do Espírito Santo, faz observações idênticas em sua Primeira Carta a Timóteo (2:9). E quanto ao penteado, torna o uso de tranças algo não recomendável à mulher cristã a qual se dirige. No geral, ambos os autores ensinam o quanto a vestimenta e o adorno (fatores externos) devem dar testemunho da espiritualidade (fator interno) da mulher cristã. Ambos tomam a modéstia, a sobriedade e, sobre tudo, o pudor como os princípios elementares a reger conduta dela para com a moda. Além do exposto, Paulo e Pedro identificam coqueluches de sua época, factíveis de serem disseminadas em qualquer classe social: das roupas e jóias caras ao um simples penteado. De fato, Deus não está alheio à mulher que O reconhece, diante de seu espelho. Daí, ser Ele tão pontual naquilo que é do Seu agrado. Mas, infelizmente, parcela significativa da cristandade parece muito pouco à vontade com o ensino apostólico sobre moda feminina ou nem estar aí para tais recomendações.

6.5. Trazendo o ensinamento apostólico para a vida prática: se qualquer vestimenta (de grife ou não); quaisquer tipos de jóias e adereços; qualquer corte de cabelo ou penteado tornado usual; enfim, quaisquer coqueluches da hora ou da moda não cooperam para a espiritualidade fundamentada na modéstia e no pudor; antes, pelo contrário, tornam-se um atentado à mesma; é melhor a mulher cristã seguir o imperativo do Senhor em Mateus 18: 7-9. Mais vale entrar brega no céu do que chique desfilar para olhares e comentários concupiscentes e parar nas passarelas do inferno (I Timóteo 5: 14-15). É preciso também questionar se determinado item da moda não está sendo ou já foi transformado num ícone ou símbolo de rebelião. Até porque a cristã em sua postura e compostura deve levar em conta não apenas a si mesma, mas principalmente os seus semelhantes: da menina ou adolescente (carente de um modelo realmente sadio) à mulher (cristã ou não cristã) que já perdeu ou nunca teve pudor e respeito próprio. Sem se esquecer, evidentemente do sexo oposto. E no caso deste último, ela irá encontrar desde homens lascivos por (decaída) natureza e reféns dessa cultura promíscua, carentes, portanto, da sua intercessão e do devido cuidado no trato com os mesmos ( Provérbios 26: 23-25) a servos de Deus, mas nem por isso super-man espirituais, os quais devem ser resguardado da tentação. Pois não se pode, impunemente, fazer-se de Bate-Seba antes os olhos de quaisquer Davi, em momento de falta de vigilância ou não.


Saia Justa:
1) Já houve alguma coqueluche da moda que você por algum motivo (moral, financeiro, estético, etc.) se viu obrigada a não usar?
2) Como você se sentiu na ocasião e reage hoje diante de tal fato?
3) Tempos atrás, determinado item da moda feminina foi divulgado através de uma peça publicitária, cujo slogan “Porque mãe também provoca desejos.”, subentendia: a mulher (mesmo a casada ou pelo menos comprometida) pode e deve sentir-se “bem”, ao despertar a lascívia em todo e qualquer homem. Você acredita que a utilização de produtos, concebidos e massificados com valores e dizeres proféticos de igual teor, tragam ganho ou perda à vida espiritual daquelas que os usam? Por quê?   
4) Leia I Timóteo 4: 1-5. Você consegue ver na mídia e através de pessoas que se tornam (momentânea ou permanentemente) ícones ou símbolos da cultura o cumprimento da profecia?

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Dois Apóstolos Contra As Coqueluches 02

sábado, 4 de maio de 2013

CAP. 05 - Cristandade, Moda Feminina & O Xis Da Questão: A BÍBLIA & O ATO DO DESNUDAR-SE - Lei



               QUALQUER HOMEM HOJE EM DIA QUE TENHA A SANTIFICAÇÃO COMO PROJETO DE VIDA  SENTE-SE AGREDIDO PELA NUDEZ DA MULHER OCIDENTAL.


Leitura: Levítico 18
5.1. Na Bíblia, a divisão e a intitulação dos capítulos, embora essenciais a nossa compreensão, não pertencem à inspiração divina. Variam de versão para versão e, de fato, alguns títulos e divisões parecem não dar conta da ideia global ou da variedade dos temas tratados num ou outro capítulo. No caso das versões em Português de uso corrente no Brasil, com todo o meu respeito aos editores, o capítulo dezoito do Livro de Levítico reflete bem isto. Mais que casamentos ilícitos e uniões abomináveis, o texto bíblico trata do que se define como envolvimento sexual, a partir do ato (lícito ou ilícito) de um homem desnudar uma mulher, esta deixar-se desnudar por ele ou a si mesma desnudar-se perante este, sem que ele o queira. Tal ato, aos olhos de Deus, reveste-se da mesma gravidade da sodomia, do incesto e de outras coisas do gênero abominação, quando a pessoa desnudada ou que se desnuda não é o cônjuge. E ponto final.

5. 2. As versões mais antigas até conservaram a expressão “descobrir a (sua) nudez”, observando a tradução literal de uma frase hebraica de igual teor.  De onde se conclui que o ato sexual inicia-se no olhar e, quando ilícito, tem a catastrófica capacidade de contaminação de uma cultura por inteiro. O que o Velho Testamento define como cobiça da mulher do próximo, Jesus, com apropriada amplitude, definiu como o olhar impuro, através do qual, em sua fantasia, um homem a despe. E dado o altíssimo nível de promiscuidade hoje reinante, cobiça e olhar impuro já não se aplicam apenas aos homens. Vivemos numa cultura de sex simbols de ambos o sexos e de um desvairado culto ao corpo e à beleza. Até mesmo o ato sexual entre cônjuges se mostra refratário à santidade (I Tessalonicenses 4:3-7). Logo, adultério; prostituição; sodomia; assim como as bestialidades hoje noticiadas infelizmente com regularidade, todos eles têm o seu início num olhar. Olhar, no qual a lascívia (Talvez não ainda existente no coração ou quem sabe em estágio de tentação sob  domínio.) pode ser despertada pelo elemento moda feminina, quando esta despe a mulher sugestiva e/ou despudoradamente.

5. 3. No final do capítulo 18 de Levítico, Deus diz que as abominações da sexualidade haviam contaminada a terra de Canaã, tendo se tornado no fator determinante para a expulsão e a destruição de seus habitantes do lugar. Quatrocentos anos antes do extermínio, a coisa já atingira um estágio tão irrefreável, que faltava apenas que fosse completada a sua medida de iniquidade. O julgamento tornara-se inevitável (Gênesis 15:12-16). Aquela civilização, assim como a  pré-diluviana, forjara-se na cultura do sexismo e da violência. E haveria de influenciar a própria nação judaica, quando de seus piores momentos (Juízes Juízes 19-21; Rute 2: 8-10; II Crônicas 36: 11-21), fato que levou os israelitas ao desterro. Logo, deve-se concluir que ainda que alguns fatores culturais se tornem prevalecentes e se consolidem de uma geração para outra ou se transfiram de uma a outra cultura, jamais significa aprovação divina. E mesmo que a sociedade cível (com a complacência ou adesão da religião) os aprove e adote-os, isso não quer dizer que a paciência divina não esteja se esgotando em relação aos mesmos. O principal sinal encontra-se no nível crescente da própria depravação, indicativo de que Deus já a entregou determinada coletividade a si mesma, para o apressamento de seus juízos.  A simples adesão subjetiva a tais costumes é tão pecaminosa quanto a sua prática (Romanos 1: 16-32). No caso brasileiro, somente o avivamento há de nos livrar de uma apostasia já massificada em se tratando da nudez e da sexualidade pervertida a partir do olhar, mas é preciso que vivamos no espírito de Ló (II Pedro 2: 4-11), quando em Sodoma.

5. 4. A nudez, a sensualidade e a vaidade feminina exacerbada sem duvida, após a chamada liberação feminina (ou feminista) dos anos 60, estão na linha de frente dos usos e costumes da cultura ocidental. Ao contrário da necessária persistência no devido questionamento por parte da Igreja, houve, mormente entre crentes de melhor nível social e de escolaridade, e muitos dentre eles adeptos do liberalismo teológico, uma paulatina adesão ao lixo que veio a reboque das lutas e conquistas da mulher por direitos civis justos. O problema é que a coisa agora descambou, está entrando Igreja adentro (Do banco ao púlpito.) e sabe Deus aonde vai chegar. No caso brasileiro, voltando ainda mais atrás na linha do tempo, tudo também teve o seu início no olhar. O europeu chega e observa com lascívia a nudez das índias; abusa das mesmas; e, posteriormente,  também da mulher negra. E temos, então, já no início da civilização, uma sexualidade fundamentada na violência. E a religião, como é próprio de Jezabel (Apocalipse 3: 20-21), ora servindo de apanágio e, quase que invariavelmente, se mostrando incapaz de refrear os (baixos) instintos (Colossenes 2: 20-23). Quinhentos anos depois, seguindo uma linha iniciada por algumas mulheres que conseguiram fazer de sua sexualidade/sensualidade um jogo de poder e de manipulação, a coisa se inverteu. Elas foram consideradas heroínas da nação e pioneiras na lutas pelos direitos da mulher. Hoje, entretanto, a mesma sensualidade, além de ter se tornado uma moeda de troca da abjeta mulher objeto, razão de ser de tantas peças publicitárias, tornou-se fator de sedução, defraudação, e abuso do sexo oposto. QUALQUER HOMEM HOJE EM DIA QUE TENHA A SANTIFICAÇÃO COMO PROJETO DE  VIDA SENTE-SE AGREDIDO PELA NUDEZ DA MULHER OCIDENTAL. O fato é que a cristandade não pode ter parte nisso. Com pena de, ao invés do tão esperado avivamento, decair-se e inserir-se neste tão insuportável nível de apostasia.  Ora se tudo começa no ato de despir-se perante um olhar, ao qual não se deve, sem o risco iminente de desgraça, ter em si despertada a lascívia, por que não resguardar-se e resguardar o sexo oposto, numa observação estrita da Palavra?

5.5.  De fato, dentro do senso comum, pode-se ser chique sem ser santa. E não são poucos os que associam o pudor ao mau gosto. Mas não dá para ser santa sem ser (aos olhos de Deus) chique. Até porque santidade é a grife da moda feminina de Deus e tem dois fundamentos básicos: a saber, o pudor (vergonha de se mostrar, sugestiva ou despudoradamente, à pessoa indevida) e a sobriedade. Sem os mesmos, tudo o que se vê não passa de elementos nocivos à vida espiritual do homem e da mulher. Alguns matreiramente inventados na escola de estilismo do inferno.


Saia Justa:
1) Honestamente: o seu conceito de pudor é o conceito bíblico?
2) Como você vê a relação da sociedade atual com os conceitos cristãos de decência e sobriedade?
3) Pode o pudor em si mesmo ser associado ao mau gosto?
4) Você tem dificuldade de aliar o charme de se vestir ao  pudor bíblico?
5) Quais as dificuldades práticas para fazê-lo?



PRÓXIMA POSTAGEM:
Dois Apóstolos Contra As Coqueluches 01