segunda-feira, 31 de março de 2014

Luto

Encerro, hoje, 30 dias de luto pelos cinquenta anos do golpe militar, ao qual gente sem a menor noção do que sejam os valores democráticos ousou denominá-lo revolução. A milhonesínfima parcela do corpo de Cristo que este blog tem edificado pode, portanto, esperar por novas publicações. Por enquanto, mais de poemas, até que o livro RESPOSTA AO ISLÃ (Tudo Que O Cristão Deve Saber Sobre O Islamismo & A Sua Própria Fé) seja revisto e publicado nas redes. Conforme previsão, em meados deste ano.



sábado, 29 de março de 2014

Parte Final - "Islã X Bíblia" C: SOBRE A TRINDADE, RÉPLICA A AMYR ALY JULAYA.

 "Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho."
             João, O Apóstolo.


Parte Final:
SETE PERGUNTAS NA BUSCA DA VERDADEIRA RESPOSTA SOBRE A CONCEPÇÃO BÍBLICA DE DEUS

De tudo o que foi exposto até aqui, tendo-me fundamentado muito mais em transcrições de textos bíblicos, em detrimento da interpretação (ou da especulação teológica), torna-se importante recapitular o seguinte:
1 – O testemunho das Sagradas Escrituras (de judeus e cristãos, evidentemente) sobre a pessoa (deídica) e a obra (redentora) de Jesus Cristo;
2 – O testemunho das Sagradas Escrituras sobre a deidade do Espírito Santo;
3 – E o fato deste mesmo testemunho: a)  por um lado, confrontar o unicismo islâmico (e a quaisquer outros dogmas afins) e b) nos levar, como conseqüência, a avaliação da formulação filosófico-teológica da Doutrina de Deus, feita pelos cristãos pós-apostólico e pré-Catolicismo e ratificada posteriormente.
Tal formulação começou a ser ratificada no Concílio de Nicéia (325 a.C.), sendo depois revisada no Concílio de Constantinopla (381 a.C.), quando da emergência do Catolicismo Romano. Nesse mesmo tempo,  foram também definidos os vinte e sete livros, hoje constantes do Novo Testamento.
Sabe-se, todavia, que a ratificação da doutrina quanto a escolha dos livros fundamentaram-se em tradição vinda dos tempos apostólicos. Em alguns de meus artigos da série “Islã X Bíblia’: RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão)” o tema é tratado mais pormenorizadamente.
Pontualmente cabe dizer: Inácio (70-110 d.C.) bispo de Antioquia, já bem no início do século segundo, utilizava-se de palavras por demais semelhantes as que se encontram no Credo Niceno. Ele seguia uma tradição, surgida de modo espontâneo e através do consenso na Igreja Cristã no primeiro e segundo séculos. De modo que o Credo Apostólico, ao contrário do Niceno-Constantinopolitano, não surgiu como uma fórmula ou declaração imperativa; mas, de uma série de perguntas que eram feitas aos candidatos, na hora do seu batismo. Tais perguntas já apresentavam, até mesmo pela sua ordem, uma estrutura trinitariana. E o próprio termo Trindade, que seria posteriormente utilizado para definir a correta revelação bíblica de Deus, foi primeiramente usado por Tertuliano. Este, porém,  NÃO esteve e nem podia estar presente nos Concílios referidos nesse parágrafo: pelo simples fato de ter vivido entre 160 e 220 d.C.


I – COMO CONHECER UMA DOUTRINA BÍBLICA?
Nenhuma doutrina pode ser definida apenas por um termo, por mais auspicioso ou aparentemente estranho que este nos possa parecer: antes, alguns critérios devem ser observados.
a - Devemos levar em conta todas as informações de cunho literal sobre o tema. E esta literalidade NÃO pode ser desprezada em função de qualquer que seja interpretação contrária. Por exemplo: o cristão apostólico crê que Jesus Cristo é Deus, em primeira e última instância por causa do testemunho das Escrituras. O mesmo acontece com o Espírito Santo. Logo, os pareceres teológicos ou teológicos e filosóficos devem se conformar àquele testemunho. Já os pareceres que lhe são contrários, assim como as pessoas que os articulam, prontamente rejeitados (II João 8-9). Se for o caso, como aconteceu nessa polêmica, elas devem ser confrontadas, na esperança que possam se salvar, através do pleno conhecimento da verdade (II Pedro 3: 9). Esta é esta a vontade de Deus.
b - A mais autorizada interpretação de passagens, conceitos e doutrinas do Antigo Testamento são as que se encontram no Novo. Pois o fundamento da fé cristã verdadeira é o ensino dos profetas e dos apóstolos (Efésios 2: 17-22). Um exemplo clássico desta premissa pode ser verificado na leitura da Carta aos Hebreus para compreensão do sistema de sacrifícios e coisas afins instituídas pela Lei de Moisés. Conforme também já provamos, existe na Bíblia toda uma tradição corroboradora, do Gênesis ao Apocalipse. E o Islã de Maomé, é como um corpo estranho, tentando inocular-se na verdadeira revelação (a Bíblia Sagrada).   
c - Toda interpretação de um texto bíblico deve levar em conta o seu contexto: ou seja, o de um versículo, o parágrafo; o do parágrafo, o capítulo; o do capítulo, o livro; o de um livro, os outros livros afins; o de um conjunto de livros afins, todo o Testamento; o do Testamento, a Bíblia por inteiro.
O leitor que vem acompanhando esta tréplica viu como, nos artigos iniciais, tive que refutar as idéias errôneas de Amyr Aly Julaya; às quais quis ele fundamentar em versículos isolados e interpretados sem levar em conta o seu contexto e nem mesmo o sentido correto das palavras. A verdade teológica e a responsabilidade intelectual nos obrigam a verificar qualquer questão por todos os seus ângulos; mas, como cristão, sou obrigado a me posicionar de acordo com o testemunho das Sagradas Escrituras a respeito. Pois como bem nos previne o apóstolo, João:
-   "Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas vai além dele, não tem Deus; quem permanece no ensino tem o Pai e também o Filho" (II Carta, verso 09).

II – QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS CONCEITOS SOBRE DEUS NA CRISTANDADE E RELIGIÕES MONOTEÍSTAS?

1 – UNITARISMO (OU UNITARIANISMO). Nega a deidade de Jesus Cristo e do Espírito Santo (a quem define não como um ser, mas como uma força), reconhecendo tão somente o Pai como Deus. Trata-se, portanto, de uma doutrina que não se fundamenta no testemunho dos profetas e apóstolos; embora hoje defendida por pessoas e grupo religioso que se dizem cristão.

2 – UNICISMO. Pode ser dividido em dois: o Unicismo cristão, também conhecido por Modalismo ou Sabelianismo, e o Unicismo islâmico.

- Unicismo Cristão: Surgiu por volta do ano 260 a.C., sendo tal ensinamento defendido por um teólogo chamado Sabélius.
Em termos essenciais, tal corrente teológica afirma o seguinte: Jesus é o Pai e o Espírito Santo; de modo que NÃO existem três pessoas, mas apenas uma, Deus. E este teria se manifestado COMO Pai, Filho e Espírito Santo. Exemplificando: para Sabélius Pai, Filho e Espírito Santo seriam “modos”, “aspectos” ou “formas” comunicantes do único Deus, assim percebidos pelos crentes.
O pensamento sabeliano, segundo os mais entendidos, alimenta-se do Paganismo grego, inclusive das teses de Euclides e Aristóteles. Mas o que mais interessa a essa réplica é o seguinte: fica evidente que a influência do Gnosticismo docentista na doutrina sabeliana. De forma que aquilo que se parece, não é: torna-se no máximo uma “manifestação” de Deus. Ora, uma leitura do Novo Testamento por essa ótica (principalmente os escritos de João) transforma fatos bíblicos (Por exemplo, o batismo de Jesus, a Sua transfiguração e a visão de Estevão, quando de seu martírio, num grande teatro).

- Unicismo Islâmico:
Teologicamente é o mais pobre de todos. Limita-se em afirmar o óbvio: que Deus é um e único (e a Bíblia nunca disse o contrário.); e, depois, confunde o que seja o conceito bíblico de um Deus plural como uma pluralidade de deuses. Coisa que a Bíblia, nenhum dos apóstolos e profetas e nem mesmo o Credo Niceno afirmam.
A palavra usada para  (a) Trindade no Alcorão é thalathah. Aparece dezenove vezes com um único sentido: três. Trata-se, portanto, de uma deficiência semântica e, ao mesmo tempo, de um erro de tradução. O sentido de Trindade no Credo Niceno é sempre se referindo ao fato bíblico de Deus existir como um Deus plural: ou seja, um ser triúno. 
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3 – TRINITARIANISMO:  Deus é um e único, mas existe, desde sempre em (O que não quer dizer como.) três pessoas: Pai,  Filho e Espírito Santo. Enquanto o Unicismo cristão acredita num só Deus e no que seriam as Suas três manifestações (modos de ser percebido pelo crente), o Trinitarianismo crê em um e único Deus (a divindade), existente (ou coexistente) em três pessoas. Até porque, conforme já provamos à exaustão, nesta série de artigos, ao Pai, ao Filho e ao Espírito são atribuídos os mesmos atos e atributos deídicos do Pai. E as Escrituras não podem mentir.
A primeira formulação doutrinária deste conceito bíblico de Deus, embora espontânea, aparece no Credo Apostólico. E como já dissemos, trata-se de uma confissão de fé cristã, trinitariana na sua estrutura.
Quando, no século III, foi formulado o Unicismo sabeliano, este foi logicamente refutado pelas igrejas de tradição apostólica. Os dois ensinamentos transformaram-se em correntes teológicas; ambas defendidas e divulgadas nos tempos pós-apostólicos e pré-Catolicismo. Observamos, portanto, que estas correntes, e até o mesmo o Unitarismo (influenciado por grupos ebionistas) antecedem ao Catolicismo.
A corrente que se tornaria preponderante foi a trinitariana; até porque o Catolicismo a adotou. Mas o simples fato do Catolicismo tê-la adotado NÃO significa que a tenha originariamente concebido; e que por isso também a confissão precisa estar (essencialmente) incorreta. Quem tem de atestar a correção ou não de qualquer ensinamento ou filosofia são as Escrituras. Crivo a que este autor submete os seus próprios escritos; e que, por uma questão de ofício e de verdade, submeteu o Islã (de Julaya, Satar e companhia).

II – ENTÃO QUAL O (VERDADEIRO) CONCEITO BÍBLICO DE DEUS?

a) Ele é um e único (Marcos 12: 29/ Deuteronômio 6: 4-5):
-  “Respondeu Jesus: "O mais importante é este: ‘Ouve, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor.”

b) Ele é espírito (Ou o Espírito.):
- II Coríntios 3: 15-18
“De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. 16 Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado. 17 Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade.”

c) E pode Deus ser entendido como um ser plural. (O que é justamente o contrário de uma pluralidade de deuses, como supôs o desinformado Maomé.).

- Atos 20: 28 “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.”

Tenho uma máxima: para se conhecer uma doutrina, é preciso recorrer a todas as passagens bíblicas que a ela façam (direta e indiretamente) referência e encontrar a sua melhor interpretação. Mas, para desmascarar um conceito ou ensinamento errôneo, não precisa, às vezes, de tanta Teologia: um ou dois versículos bastam.
O texto acima, NÃO está falando diretamente de Jesus, o qual NEM é citado no parágrafo (Vai do verso 28 ao 31.). Quem é citado diretamente é o Espírito Santo e textualmente o Pai. E a quem, então, se atribuir o ato de comprar a igreja com o Seu próprio sangue??? Ao Pai, ou ao Espírito? Ou a ambos?
Em verdade, conforme já o demonstramos, a Redenção já existia no propósito divino antes mesmo que o mundo fosse criado (Efésios 2: 10, I Pedro 1: 18-21, Apocalipse 13: 7-8). Deus, na Sua presciência, já sabia da rebelião satânica e da Queda do homem. E a Redenção é um ato atribuído ao Pai (João 3: 16-17), ao Filho e ao Espírito (Hebreus 9: 13-14 e II Coríntios 5: 18-19): em resumo, uma ação do Deus triúno. Até porque, Ele o Todo-Poderoso, atributo também de Jesus Cristo (Apocalipse 1: 8).

IV – EXISTEM EVIDÊNCIAS BÍBLICAS DE DEUS QUE SE CONFORMAM AOS CONCEITOS TRINITARIANOS?

1 - Gênesis 1: 1-2
- “1 No princípio Deus criou os céus e a terra.
2 Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”

2 – Gênesis 1: 26
- “Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão".

3 -  Gênesis 18
Aqui Deus toma a forma humana e comunica a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra, depois de lhe anunciar o nascimento de Isaque. Da linhagem de Isaque (Não de ismael) é que viria o Messias, já prometido em Gênesis 3: 9-15. De forma que a Encarnação, predita pelos profetas e testemunhada pelos apóstolos, tem, na Bíblia, claros precedentes quanto á sua real possibilidade (e propósito).

4 -  Salmo 02 / Daniel 7
 "Na minha visão à noite, vi alguém semelhante a um Filho do homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do Ancião de dias  e foi conduzido à sua presença. 14 A ele foram dados autoridade, glória e reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído.”

No Salmo, a referência ao Messias como o Filho está clara. Já em Daniel, uma antecipação do Juízo Final (Apocalipse 20:1-6), nos mostra como o terceiro maior acontecimento da Eternidade (Antes dele, por ordem de importância, vêm a Redenção e a Criação.) é conduzido por um Deus plural. Lembrando que, para ser Juiz dos vivos e dos mortos, é preciso onipotência e onisciência, atributos deídicos por excelência.

5 – Salmo 110
- “O Senhor disse ao meu Senhor: "Senta-te à minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés".

Davi, inspirado pelo Espírito Santo, chama ao Pai e ao Messias de Senhor. Antecipa, portanto, a fé apostólica e o Credo Niceno. Ao Messias é atribuído julgamento das nações (Mateus 25: 31-46). Jesus faz referência a este texto em Mateus 22: 41-46, o qual atesta tanto a humanidade quanto a deidade do Messias.

6 – Batismo, Transfiguração e Visões Com a Concepção Trinitariana de Deus.

- Batismo (Mateus 3: 13-17, João 1: 32-34):
Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele.
17 Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado, em quem me agrado".

É importante observar que se trata de um fato bíblico e não de uma manifestação de Deus.

- Transfiguração (Mateus 17: 1-8):
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte.
2 Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz.
3 Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus. 4 Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias".
5 Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no! " 6 Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. 7 Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se! Não tenham medo! "

É preciso lembrar, a título de afirmação da Trindade como doutrina bíblica que o Espírito Santo é o autor das Sagradas Escrituras (Atos 28: 23-29): profetas e escritores são apenas escritores por Ele inspirados (II Pedro 1:19-21). E que Pedro, o apóstolo, refere ao acontecido como um fato, não como uma manifestação (Visão ou coisa do gênero.):
- II Pedro 1: 16-18
De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade.
17 Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: "Este é o meu filho amado, em quem me agrado".

- Visões Bíblicas (E Concepção) da Divindade:

DANIEL 7: 13-14 (Já transcrito)

ESTEVÃO (Atos 7: 54-56):
- “Ouvindo isso, ficavam furiosos e rangiam os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus de pé, à direita de Deus, 56 e disse: "Vejo o céu aberto e o Filho do homem de pé, à direita de Deus".

JESUS CRISTO (Marcos 14: 60-62):
- “Depois o sumo sacerdote levantou-se diante deles e perguntou a Jesus: "Você não vai responder à acusação que estes lhe fazem? " 61 Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. Outra vez o sumo sacerdote lhe perguntou: "Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito? "
62 "Sou", disse Jesus. "E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu".


7 -  O Novo Testamento: Afirmações literais, fórmula do batismo, bênção apostólica.

a – Afirmações literais: transcritas na parte segunda deste artigo.

b – Fórmula batismal (Lucas 28: 18-20)
- “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".

É importante ressaltar a importância do batismo como confissão pública (naqueles tempos, às vezes, restrito à Igreja por causa da perseguição) da fé cristã. E que deste ato surgiria o Credo Apostólico, trinitariano na sua estrutura.

b – Bênção apostólica (II Coríntios 13: 13):
- “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.”

É preciso também levar em conta, tanto a importância do ato batismal quanto a bênção, dada ao final das celebrações.

V – POR QUE, ENTÃO, OS CRISTÃOS APOSTÓLICOS NÃO DEFINIRAM A DOUTRINA DE DEUS FILOSOFICAMENTE?

1 – Não houve necessidade: o embate doutrinário verificado em Atos e nos escritos apostólicos diz respeito a cristãos judaizantes (Atos 15) e ao Gnosticismo. Sendo que este último ganharia maior terreno, enquanto corrente filosófica e influência teológica nos séculos posteriores.

2 – O conceito de Deus como Trindade não é explicado Novo Testamento, mas,  proclamado:

a - Nas pregações e escritos de Pedro. Nos quais, Jesus tanto é apresentado como homem (servo, profeta, etc.) e Deus, dado o fato de Sua ressurreição testificar sobre isso (João 20: 24-29). E a Ele são atribuídos atributos e atos divinos.
- Atos 2: 34-37
Pois Davi não subiu ao céu, mas ele mesmo declarou: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita
35 até que eu ponha os teus inimigos como estrado para os teus pés’. 36 "Portanto, que todo Israel fique certo disto: Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo". 37 Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: "Irmãos, que faremos? "
- Atos 3: 12-19
“Vendo isso, Pedro lhes disse: "Israelitas, por que isto os surpreende? Por que vocês estão olhando para nós, como se tivéssemos feito este homem andar por nosso próprio poder ou piedade?
13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos nossos antepassados, glorificou seu servo Jesus, a quem vocês entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse decidido soltá-lo.
14 Vocês negaram publicamente o Santo e Justo e pediram que lhes fosse libertado um assassino.
15 Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós somos testemunhas disso.
16 Pela fé no nome de Jesus, o Nome curou este homem que vocês vêem e conhecem. A fé que vem por meio dele lhe deu esta saúde perfeita, como todos podem ver.
17 "Agora, irmãos, eu sei que vocês agiram por ignorância, bem como os seus líderes. 18 Mas foi assim que Deus cumpriu o que tinha predito por todos os profetas, dizendo que o seu Cristo haveria de sofrer. 19 Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados,”

b – Nas pregações e escritos de Paulo, nos quais o conceito é igualmente desenvolvido.

- Atos 13:
22 Depois de rejeitar Saul, levantou-lhes Davi como rei, sobre quem testemunhou: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração; ele fará tudo o que for da minha vontade’.
23 "Da descendência desse homem Deus trouxe a Israel o Salvador Jesus, como prometera.
24 Antes da vinda de Jesus, João pregou um batismo de arrependimento para todo o povo de Israel.
25 Quando estava completando sua carreira, João disse: ‘Quem vocês pensam que eu sou? Não sou quem vocês pensam. Mas eis que vem depois de mim aquele cujas sandálias não sou digno nem de desamarrar’.
26 "Irmãos, filhos de Abraão, e gentios que temem a Deus, a nós foi enviada esta mensagem de salvação.
27 O povo de Jerusalém e seus governantes não reconheceram Jesus, mas, ao condená-lo, cumpriram as palavras dos profetas, que são lidas todos os sábados.
28 Mesmo não achando motivo legal para uma sentença de morte, pediram a Pilatos que o mandasse executar.
29 Tendo cumprido tudo o que estava escrito a respeito dele, tiraram-no do madeiro e o colocaram num sepulcro.
30 Mas Deus o ressuscitou dos mortos,
31 e, por muitos dias, foi visto por aqueles que tinham ido com ele da Galiléia para Jerusalém. Eles agora são testemunhas dele para o povo. (...)
34 O fato de que Deus o ressuscitou dos mortos, para que nunca entrasse em decomposição, é declarado nestas palavras: ‘Eu lhes dou as santas e fiéis bênçãos prometidas a Davi’. 35 Assim ele diz noutra passagem: ‘Não permitirás que o teu Santo sofra decomposição’.
36 "Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs.
37 Mas aquele a quem Deus ressuscitou não sofreu decomposição.
38 "Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus lhes é proclamado o perdão dos pecados.


c- Nos escritos joaninos, onde o conceito de Jesus Cristo como o Filho do Deus Altíssimo, conforme a confissão de Pedro (Mateus 16: 13-16) é plenamente desenvolvido.

3 – Os discípulos nunca referiram aos fatos bíblicos como simples manifestação  (Sabelianismo) ou atos de dissimulação (Islã) da parte de Deus; mas como verdade. E é este testemunho da verdade que faz a concepção trinitariana biblicamente tanto aceitável quanto obrigatório.


VI – HAVERIA REPAROS A FAZER NO CREDO NICENO?

Na verdade houve, caso do Concílio de Constantinopla (381 d.C.) e aceitos pelas tradições católicas, ortodoxas e nas igrejas reformadas (protestantes históricas), assim como nas demais.  Trata-se o Credo Niceno do mais antigo documento a dar testemunho do consenso das igrejas cristãs, na pessoa de seus líderes, sobre um assunto de interesse coletivo. Apesar de tudo, nenhum valor teria, caso NÃO estivesse fundamentado no testemunho das Escrituras. Ei-lo, numa das suas várias traduções:

Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso,
Criador do céu e da terra,
e de todas as coisas visíveis e invisíveis;

e em um Senhor Jesus Cristo,
o unigênito Filho de Deus,
gerado pelo Pai antes de todos os séculos,
Deus de Deus, Luz da Luz,
verdadeiro Deus de verdadeiro Deus,
gerado não feito, de uma só substância com o Pai;
pelo qual todas as coisas foram feitas;
o qual por nós homens e por nossa salvação,
desceu dos céus, foi feito carne
pelo Espírito Santo da Virgem Maria,
e foi feito homem;
e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos.
Ele padeceu e foi sepultado;
e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras;
e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai,
e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador,
que procede do Pai e do Filho,
que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas.
Creio na Igreja una, universal e apostólica,
reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo vindouro.

                Extraído de Paulo Anglada, Sola Scriptura : A Doutrina Reformada das Escrituras (São Paulo: Os Puritanos, 1998), 179-80.


De minha parte, eu trocaria a expressão (sobre Jesus) “gerado não feito” por:  existindo como Deus antes da criação de tudo e da existência de todos os seres. E cabe ainda lembrar que em outras traduções, em lugar de  “Igreja una, universal e apostólica” é empregado o termo católica. E católica significa universal; não podendo, evidentemente, ter a conotação que o Catolicismo romano pressupõe. E é preciso ter em vista que o Catolicismo,  de apostólico tão somente conservou o Credo.

VII – QUAL A CONCLUSÃO TIRAR SOBRE TUDO ISSO?  

a - Tanto o Unitarismo quanto o Unicismo islâmico são essencialmente anti-cristão.
O primeiro quer fazer de Jesus Cristo uma espécie de mestre-de-obra do universo e (Pasmem-se!) a primeira mais importante que teria sido criada; a qual o Pai teria oferecido pela nossa redenção.
Ora, nesse caso,  1) é negado o testemunho bíblico quanto a deidade de Jesus; 2) Deus se torna um ser injusto, por fazer a Redenção não através de Si mesmo, mas de um outro, tirando literalmente o corpo fora; e 3) ignora que autoridade de Jesus para perdoar pecados (Em sentido geral e irrestrito, desde que, óbvio hajam arrependimento e fé.) vem do fato Dele ser a parte primeiramente ofendida pelos mesmos (Salmo 51: 1-4).
Já o Unicismo islâmico, além de negar o testemunho bíblico sobre a deidade de Jesus Cristo, quer negar também a Redenção. Em termos estritamente bíblicos, somente Deus poderia fazê-la: Ele é a parte primeiramente ofendida pelo pecado humano. Além disso, a Sua santidade e a Sua justiça jamais aceitaria que alguma simples criatura o fizesse. De modo que o ato redentor, ao contrário de um gesto do supremo amor, viesse a ganhar uma conotação de sadismo e injustiça.
O Pai NÃO se fez injusto para com o Filho, oferecendo-O pelos pecadores; pelo contrário o Filho, sendo Deus, ofereceu-Se a si mesmo, ato também atribuído ao Espírito Santo (Atos 20: 28 em conformação com Hebreus 9: 13-14). E não é sem causa que o Deus triúno afirma categoricamente, na Sua Palavra, quanto  a primeira e à segunda vinda de Jesus Cristo a este mundo:

"Vejam, eu enviarei o meu mensageiro (JOÃO BATISTA), que preparará o caminho diante de mim (JESUS CRISTO). E então, de repente, o Senhor (DEUS) que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá", diz o Senhor dos Exércitos."  Malaquias 3: 10


- " E derramarei sobre a família de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de ação de graças e de súplicas. Olharão para mim (JESUS CRISTO), aquele a quem traspassaram, e chorarão por ele como quem chora a perda de um filho único, e lamentarão amargamente por ele como quem lamenta a perda do filho mais velho." Zacarias 12: 10

b - O Unicismo cristão e o Trinitarianismo não são anti-cristão, mas divergem quanto à concepção bíblica de Deus. Não é para menos. Pelo que vimos até aqui, o primeiro surge no século III; já o segundo, remonta-se à confissão pública da fé apostólica, quando do Batismo. Se quanto à deidade de Jesus Cristo e à Redenção, o Unicismo cristão permanece na doutrina apostólica; no que diz respeito à Doutrina de Deus, vai além. Procura explicações fora das Escrituras para a compreensão de um mistério revelado:


c - Colossenses 1: 24-27:

 -  "Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja.  Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade por Deus a mim atribuída de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus,  o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos.
A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória."

EM TERMOS DE CONCLUSÃO: Somente na acepção trinitariana o Deus bíblico  pode ser Deus (O Pai.) para nós; ao mesmo tempo, Deus (O Filho) conosco ("E eis que estou convosco..."); e, ao mesmo tempo, Deus em nós (Na pessoa do Espírito Santo). Trata-se de um fato, como é a própria experiência cristã. E jamais, a simples representação ou forma manifesta de algo impalpável.

Pode, num primeiro momento e aparentemente, para os desinformados (Como Maomé) ou para os intencionalmente mal informados (militantes do Islã moderno), trazer a conotação de uma pluralidade de deuses. Mas, não:  trata-se apenas de um fato bíblico.  Deus é um e único; todavia, o Todo-Poderoso se revelou, de fato e verdade (E não por simples manifestações sabelianas) como um ser plural. O Deus triúno.        


sexta-feira, 21 de março de 2014

Parte II - "ISLÃ X BÍBLIA" 03-C: SOBRE A TRINDADE, RÉPLICA A AMYR ALY JULAYA.


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Parte Segunda:
O TESTEMUNHO BÍBLICO SOBRE A PESSOA E OBRA DE JESUS CRISTO, EM CONFRONTO COM UNICISMO ISLÂMICO:

Na parte inicial deste artigo (Em primeira e última análise, uma resposta bíblica à concepção corânica da Doutrina de Deus.), observamos como a simples expressão Espírito Santo confronta a concepção unitarista do Islã e põe em cheque o caráter dissimulador do deus Allah (Su,ra 4:157-158). Pois a eternidade em Deus faz com que todos os demais atributos deídicos se Lhe tornem coisa natural; enquanto que Sua perfeita santidade impõe que nenhum atributo ou ato maligno se Lhe possa atribuir.
Costumo afirmar o seguinte: para o conhecimento de qualquer doutrina bíblica torna-se necessário recorremos a todas as passagens sobre o tema em questão e à sua mais correta interpretação; além de não perdemos de vista a fundamentação fornecida pelas informações bíblicas de cunho literal.
Sobre o Espírito Santo, a Bíblia diz literalmente tratar-se de Deus (Atos 5: 3-4) e, como Lhe seria natural, Ele é eterno (Hebreus 9: 13-14). Logo, toda e qualquer outra informação a respeito teria que se conformar a esses ditames das Sagradas Escritores e não o contrário.
O mesmo acontece com a pessoa do Senhor Jesus Cristo. Aliás, assim chamado em todos os Evangelhos, em conformação com Êxodo 3:15 (João 8:58). E sendo tal fato reconhecido até mesmo por fontes extraBíblia, simpáticas (Flávio Josefo e Plínio) ou não (Tácito).

Tendo-se em vista que a pessoa e obra de Jesus Cristo são o tema principal das Sagradas Escrituras, atestar Sua deidade quanto a Sua humanidade é relativamente fácil. No meu artigo "ISLÃ X BÍBLIA" 03: SOBRE A COMPARAÇÃO ENTRE JESUS E MAOMÉ EM RELAÇÃO A MOISÉS (Ou Tréplica A Anacleto Benane Sobre Deuteronômio 18: 18 E Réplica Ao Link Pelo Mesmo Enviado) isso foi pormenorizadamente tratado. E é o que de novo volto a fazer, ainda mais uma vez limitando-me quase que inteiramente em transcrever o testemunho das Escrituras para, na parte final deste artigo, voltar ao embate teológico,



I – TRÊS PROFECIAS NO ANTIGO TESTAMENTO FALANDO ESPECIFICAMENTE SOBRE A DEIDADE E A VINDA DO MESSIAS NA FORMA HUMANA:

- Gênesis 3: 11-15
11 E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. 13 E disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.
14 Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. 15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

- Isaías 7: 14 / Mateus 1: 21-23:
21 E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; 23 Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.

- Isaías 9: 6
6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.


II – TRÊS TESTEMUNHOS (NÃO APOSTÓLICOS) CONSTANTES DO NOVO TESTAMENTO QUANTO AO CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS:

a)  ANJO GABRIEL
- Lucas 1: 34:35
34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.
b) SIMEÃO
- Lucas 2: 25-33
25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 26 E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.
27 E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, 28 Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: 29 Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; 30 Pois já os meus olhos viram a tua salvação,
c) OS MAGOS DO ORIENTE:
- Mateus 2: 1-2 e 10-11
1 E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, 2 Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. (...) 11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.


III – SETE PASSAGENS DO NOVO TESTAMENTO, NAS QUAIS JESUS CRISTO É CHAMADO LITERALMENTE DE DEUS:

1) João 1: 1-3
- 1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
2) Romanos 9: 4
- 4 Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; 5 Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.
3) Tito 2: 11-13
- 13 Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; 14 O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
4) Hebreus 1: 8-10
8 Mas, do Filho,  (DEUS) diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. 9 Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros. 10 E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.
5) II Pedro 1:1
- 1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo:
6) João 20: 26-29
- 26 E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. 27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. 28 E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
7) João 1: 18  
 Deus nunca foi visto por alguém. O Deus unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.


IV – TRÊS ATOS DÊITICOS DE JESUS CRISTO:

a) Receber adoração:
- Lucas 2: 10-11 (Já transcrito.)
- João 9: 35-39 35 Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus? 36 Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia? 37 E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. 38 Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.
- Lucas 24: 51-53  50 E levou-os fora, até betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. 51 E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu. 52 E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.

b) Perdoar pecados
- Marcos 2: 5-11
5 E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
6 E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo: 7 Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? 8 E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações? 9 Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?
10 Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico), 11 A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.

No ponto de vista bíblico, todo pecado cometido pelo ser humano atinge primeiramente ao Criador; não ao semelhante e nem a si próprio.
Davi, depois de ter cometido dois graves pecados (adultério e assassinato), antes mesmo de ter ofendido a Bate-Seba e a Urias, esposo desta, pecara contra si mesmo. Pois como está escrito, “aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo” (I Coríntios 6: 18). Mas quando, porém, Davi foi levado ao arrependimento pelo Espírito Santo, reconheceu que, antes de qualquer coisa, tinha pecado grande e terrivelmente contra Deus (Salmo 51).
A experiência de nossos primeiros pais no Éden, e os fatos que à mesma se sucederam (Expulsão do Paraíso; processo em vida da deterioração física, culminando na morte; transmissão da tendência hereditária ao pecado às gerações futuras; doenças e, enfim, o surgimento de todas as desgraças humanas.) vieram com resultado da desobediência (pecado contra Deus). E foi Ele, o Criador, em cuja palavra Adão e Eva não confiaram inteiramente (Por  aceitarem as sugestões do Maligno.) a parte primeiramente ofendida.
Alguns mestres da Lei (Escribas.) tinham o pleno conhecimento que somente Deus tem o poder de perdoar os pecados de uma pessoa de modo geral. E Jesus, então operou aquele e outros milagres, utilizando o princípio do perdão dos pecados, no sentido geral e específico (João 5: 5-8 e 14), como o testemunho de ser Ele o Emanuel (Deus conosco). Ou seja: a parte primeiramente ofendida pelos pecados de todos os homens. Quem entende isso, terá mais facilidade em compreender o porquê do fato de Deus, num ato de extremo amor pelo ser humano, ter ido à cruz para regatar-nos do inferno (Atos 20:28).
Somente a parte primeiramente ofendida por todos pode a todos perdoar; todavia, segundo o princípio bíblico, sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hebreus 9: 18-22). Razão pela qual é a cruz de Cristo que dá sentido ao sistema de sacrifícios, existente desde Abel (Gênesis 4: 3-4), praticado por Abraão (Gênesis 15: 5-10), instituído na Torá  por Moisés (Êxodo 12, Levítico, etc.) e praticado primeiramente no Tabernáculo, depois, no Templo de Jerusalém; até que veio Jesus. E segundo as palavras de João Batista, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!”.   

c) Modificar, pelo aperfeiçoamento interpretativo, a revelação anterior (Torá):

- (Adultério): Mateus 5: 27-28
27 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28 Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. 29 Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.

- (Lei do Talião?): Mateus 5: 38-42
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
39 Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; 40 (...)
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; 45 Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

- (Lei do Divórcio/Poligamia): Marcos 10: 2-12
2 E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?
3 Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? 4 E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. 5 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; 6 Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. 7 Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, 8 E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.
9 Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
10 E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo.
11 E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. 12 E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.


V – O TESTEMUNHO DE SETE IMPORTANTES PERSONAGENS BÍBLICOS SOBRE A PESSOA E/OU A OBRA DO MESSIAS:

1 – JÓ (Cerca de 2000 a.C.):
- 19: 23-27 (em conformação com Coríntios 15: 50-57):
23 Quem me dera agora, que as minhas palavras fossem escritas! Quem me dera, fossem gravadas num livro!
24 E que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha. 25 Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. 26 E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus, 27 Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior.

2 – MOISÉS (Cerca de 1400 a.C.):

a) Na promessa feita a Adão e Eva (Gênesis 3: 9:15): Já transcrito.
b) Na promessa a Abraão (Gênesis 12: 3,  conformação a Gálatas 3: 8-9 e 14):
-  8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
9 De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
10 Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
 c) Na Benção Profética de Jacó, filho de Isaque, filho de Abraão:
Gênesis 49: 10 (em conformação com Isaías 9:6, Mateus 2: 1-2, etc.):
8 Judá (TRIBO DA QUAL NASCERIA  JESUS), a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. (...) 10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.

3 – DAVI (Salmo 1000 a.C):

- Salmo 110: 1-2
1 Disse o Senhor (DEUS PAI) ao meu Senhor (O FILHO): Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. 2 O Senhor enviará o cetro da tua fortaleza desde Sião, dizendo: Domina no meio dos teus inimigos.
- Salmo 2: 10-12 (em conformação com Daniel 7: 13-14 e Filipenses 2: 5-11):
10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. 11 Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor. 12 Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.
- Salmo 22 (em conformação com todos os Evangelhos, na cena da crucificação e no brado de Jesus por identificação com a nossa condição de pecadores):
1 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?

4 – ISAÍAS (750 a.C), Capítulo 53:
- 4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (...)
8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. 9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. (...) 11 Ele (DEPOIS DE RESSURRETO E GLORIFICADO) verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.

5 – DANIEL 9: 23-25 (em conformação com Filipenses 2: 5-11) 750 a.C:
- 13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-se ao Ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. 14 E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.

6 – MALAQUIAS (450 a.C, profeta que também profetizou o nascimento e ministério de João Batista, precursor do Messias), Capítulo 3:1
1 Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos.

7 – ZACARIAS (profeta que, em 500 a.C., assim como Jó e Enoque, antecipou acontecimentos da volta do Messias, como Juiz dos vivos e dos mortos), 12: 8-10:
8 Naquele dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. 9 E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém;
10 Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.


VI – EXPRESSÕES QUE, APLICADAS À JESUS, IDENTIFICAM-NO NA SUA CONDIÇÃO DIVINA E AO MESMO TEMPO HUMANA:

a) Filho do Homem:
- Daniel 7: 13-14 (Já transcrito)
- Marcos 9: 30-31
30 E, tendo partido dali, caminharam pela Galiléia, e não queria que alguém o soubesse;  31 Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.
- Lucas 22: 66-69
66 E logo que foi dia ajuntaram-se os anciãos do povo, e os principais dos sacerdotes e os escribas, e o conduziram ao seu concílio, e lhe perguntaram: 67 És tu o Cristo? Dize-nos. Ele replicou: Se vo-lo disser, não o crereis;
68 E também, se vos perguntar, não me respondereis, nem me soltareis. 69 Desde agora o Filho do homem se assentará à direita do poder de Deus.
70 E disseram todos: Logo, és tu o Filho de Deus? E ele lhes disse: Vós dizeis que eu sou. 71 Então disseram: De que mais testemunho necessitamos? pois nós mesmos o ouvimos da sua boca.

b) Filho de Deus
- João 5: 18
18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.
- Marcos 14: 60-62
60 E, levantando-se o sumo sacerdote no Sinédrio, perguntou a Jesus, dizendo: Nada respondes? Que testificam estes contra ti? 61 Mas ele calou-se, e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar, e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito? 62 E Jesus disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.
- João 11: 4
4 E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.

Jesus se autodeclarou Filho do Homem e Filho de Deus. Essa última expressão, conforme bem observou Amyr Aly Julaya na postagem à qual esta série de artigos oferece réplica, é também, na Bíblia, aplicada aos seres humanos em geral. E em verdade, até mesmo a primeira expressão (Ezequiel 38: 1-2, etc.). Mas tanto uma quanto outra expressão, quando utilizadas com relação ao Senhor Jesus, visam salientar a Sua condição divina, atestada como Juiz de vivos e mortos (Daniel 7: 13-14; Deus (João 5: 18) e uma das três pessoas da Trindade (Marcos 14: 60-62). 

c) Alfa e Ômega, Senhor Deus e Todo-Poderoso
- Apocalipse 1:8 8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.


VII – SETE ATRIBUTOS DEÍDICOS:

1 – Eternidade:
- Isaías 9:6 (“Pai da Eternidade, Deus Forte”.)/ João 8: 58:
56 Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. 57 Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? 58 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, EU SOU.

2- Juiz de Vivos e Mortos

- Daniel 7: 13-14: (Já transcrito)
- II Tessalonicenses 1: 7-10:
7 E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder,  8 Com labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; 9 Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do seu poder,
10 Quando vier para ser glorificado nos seus santos, e para se fazer admirável naquele dia em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
- Mateus 25: 31-34:
31 E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; 32 E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; 33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

3 – Onisciência:

- I Pedro 3: 12 (Em conformação com Daniel 7: 13-14):
12 Porque os olhos do Senhor (JESUS) estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal.
- João 21: 17:
17 Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
- João 2: 24-25:
23 Enquanto estava em Jerusalém, na festa da Páscoa, muitos viram os sinais miraculosos que ele estava realizando e creram em seu nome. 24 Mas Jesus não se confiava a eles, pois conhecia a todos. 25 Não precisava que ninguém lhe desse testemunho a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.

Sendo Jesus conhecedor de todas as coisas, faculdade essencial à sua condição de Juiz dos vivos e dos mortos, como, então, explicar a Sua fala, quando estando aqui na Terra, sobre o Seu desconhecimento quanto ao dia e hora de Sua segunda vinda (Marcos 13: 32 e Atos 1: 6-8)? Abrem-se duas possibilidades interpretativas, sem que nenhuma deponha contra a Sua deidade e ambas testificam a Sua plena humanidade, conforme o previsto pelas Sagradas Escrituras. Filipenses 2: 5-11 serve como fundamento:

5 Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,
6 que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; 7 mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. 8 E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!
9 Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

- Biblicamente falando, ao assumir a condição humana, como parte do Seu plano redentor, aliás, previsto antes mesmo da criação de todas as coisas (I Pedro 1: 18-20, Apocalipse 13: 8, Efésios 2: 10), Jesus não deixou de ser Deus em essência. Porém, ao esvaziar-se de condição, enquanto esteve aqui, humanizado, esteve Ele limitado pela condição humana. Por exemplo: não podia exercer a onipresença física, afeito a um corpo humano. Mas, espiritualmente poderia sim estar em todos os lugares. Tanto que afirmou: “ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Do mesmo modo que prometeu que iria para o Céu, mas voltaria para estar com os Seus discípulos, sendo categórico: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século”.
Quanto a não saber ou não dizer o momento e a hora de Sua volta física e visível ao mundo (Marcos 13: 32 e Atos 1: 6-8), há que se ponderar:

a – O homem Jesus possuía as naturezas humana e divina. E é bem possível a natureza divina não poder compartilhar tudo o que sabia com a natureza humana, por alguma razão que foge à nossa compreensão e a Teologia não tem resposta. Engana-se quem pensa que a Teologia tem resposta para tudo:
- As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei. Deuteronômio 29:29

b – Sendo Deus e homem, tinha também o Senhor Jesus a prerrogativa de falar tanto como Deus, quanto como homem. (Ou até mesmo de manter o silêncio, conforme aconteceu algum momento dos julgamentos político e  religioso que O condenaram, dada a petulância da pergunta ou do interrogador.) E sendo o dia da Sua vinda parte daquelas coisas encobertas de que fala Deuteronômio 29:29, Ele não poderia, falando como homem e para homens, revelar.

c – A terceira perspectiva para ponderarmos sobre tal assunto é a seguinte: nem tudo Deus revela ao homem, porque simplesmente este não o suportaria.
Pois como disse Jesus aos discípulos, “Tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora”. Este, sem dúvida, é o caso do momento exato da  Sua volta.     

4 - Onipotência:
- Isaías 44: 6 (em conformação com Apocalipse 1:8, já transcrito):
6 Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.

5 – Onipresença:

- Mateus 28: 19-20
18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
- João 14: 18 e 23
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
- João 14: 6-9
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

6 – Todo-Poderoso
- Apocalipse 1:8 (Já transcrito)

7 – Criador:

- João 1: 1-3
1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
- Isaías 41: 4
4 Quem operou e fez isto, chamando as gerações desde o princípio? Eu o Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo.
- Colossenses 1: 13-17
12 Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; 13 O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;  14 Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados; 15 O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
16 Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. 17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.

EM TERMOS DE  CONCLUSÃO: O Islã de Amyr Aly Julaya e companhia, por seja desinformação ou intencional má informação,  alega ser Jesus Cristo um simples ser humano e apenas mais um profeta. Porém, todas as passagens bíblicas transcritas acima e inúmeras outras mostram justamente o contrário. Além do ministério profético, os dois outros ministérios terrenos em favor da espiritualidade judaica também O representavam e apontavam paro o seu exercício perfeito,  na Sua pessoa e obra. De forma que seus melhores representantes no plano meramente humano tornam-se um tipo profético de Jesus Cristo: Davi, como rei (Ezequiel 34: 22-24); Arão e Melquisedeque como sacerdotes (Hebreus, capítulo 07) e Moisés como apóstolo e profeta (Hebreus 3: 1-6). Todos aqueles foram reconhecidos como servos de Deus, condição a que Jesus Cristo também se colocou (Filipenses 2: 5-11), vivendo entre nós. No entanto, os atos de Jesus Cristo também dão testemunho da Sua divindade. Assim como nenhum daqueles foram chamados Senhor, no sentido deídico do termo, como somente Ele é; e nem em nome deles se operou milagres e maravilhas:  o que é bem mais importante que se operar quaisquer milagres em nome de Deus. E sobre tudo: de nenhum deles se disse ser o único nome pelo qual importa que os homens possam se salvar:
- 8 Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: "Autoridades e líderes do povo! 9 Visto que hoje somos chamados para prestar contas de um ato de bondade em favor de um aleijado, sendo interrogados acerca de como ele foi curado,
10 saibam os senhores e todo o povo de Israel que por meio do nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem os senhores crucificaram, mas a quem Deus ressuscitou dos mortos, este homem está aí curado diante dos senhores.
11 Este Jesus é ‘a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular’. 12 Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos". (Atos 4: 8-12)
    
Quanto ao testemunho bíblico da condição divina de Jesus Cristo e do Espírito Santo não resta nenhuma dúvida. Razão pela qual, principalmente no caso de Jesus,  optei pela simples transcrição de passagens bíblicas em detrimento da especulação interpretativa. Não precisa ser cristão para reconhecer isso: um simples ato de responsabilidade intelectual, estando a pessoa de posse de informações não distorcidas, já bastaria.
Todavia, é natural que a perfeita compreensão da Doutrina bíblica de Deus desafie a simples e simplória lógica humana. Até porque é não por ela que alguém poderá chegar ao mais perfeito conhecimento do Criador proporcionado ao ser humano. São muitas as nossas limitações. Biblicamente falando, a revelação de Deus ao homem é também um ato divino. De modo que a compreensão da Sua revelação escrita (Sagradas Escrituras), a qual profetiza (Antigo Testamento) e testemunha (Novo Testamento) sobre a pessoa e obra redentora de Jesus Cristo, jamais se fará sem a iluminação do Espírito Santo. Segue-se uma breve súmula teológica:

1 – Quem revela:
- I Coríntios 2: 11-12
11 Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
12 Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.

2 – Revela o quê e sobre quem?

a) João 14: 25-26 (sobre tudo o Jesus ensinou):
- 25 Tenho-vos dito isto, estando convosco.
26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

b) João 16: 13-14 (sobre coisas a respeito de Jesus que ainda estão para se cumprir):
- 13 Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. 14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.

c) e sobre o testemunho sobre a correta Doutrina bíblica de Deus:

- João 14: 16-17
16 E eu (JESUS)  rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador (O ESPÍRITO SANTO), para que fique convosco para sempre;
17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco (NA PESSOA DE  JESUS), e estará em vós (HABITANDO  OS VERDADEIROS DISCÍPULOS, em conformação com I Coríntios 6: 19). 18 Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós (ATRAVÉS DO ESPÍRITO SANTO).
- João 14: 23
23 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos (O FILHO E O PAI) para ele, e faremos nele morada (ATRAVÉS DO ESPÍRITO SANTO).
João 14: 25-26
- 25 Tenho-vos dito isto, estando convosco. 26 Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.

 –  Revelação (também)  para quê? I João 2: 20- 27
- 23 Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; mas aquele que confessa o Filho (DEUS VINDO EM CARNE), tem também o Pai. 24 Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai. 25 E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
26 Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos procuram enganar.27 Mas a unção que vós recebestes dele (O ESPÍRITO SANTO), fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele (JESUS CRISTO) permanecereis.

E já não restando dúvida sobre o testemunho bíblico sobre a condição divina de Jesus Cristo e do Espírito Santo, resta, então, ponderarmos sobre qual a concepção bíblica de Deus? A islâmica (unicista) ou a cristã (trinitariana)? É sobre o que pretendemos ponderar na parte última deste artigo.
                                                      
                                                           (Continua na próxima postagem)