segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

POEMA


HÁ DIAS IGUAIS,
EU SEI.


ASSIM COMO HÁ DORES
QUE EM NÓS SE PERPETUAM,
ATÉ A CONDIÇÃO
DA PÉROLA
QUE NUMA OSTRA
QUE SE FORMA.

MAS
NO SENHOR
(PROFÉTICA
& DECIDIDAMENTE)
CADA DIA
É O AMANHÃ
DO ONTEM:


UM NOVO ALVOr&SER!!! 





"Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira
 que alcancemos um coração sábio" Salmo 90





sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

"ISLÃ X BÍBLIA" 03-B: RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão)


1/ Aconteceu de na publicação anterior, por um lapso de minha parte, eu não ter publicado o item IV da série SETE PERGUNTAS CRUCIAIS E UM APONTAMENTO INICIAL PARA CADA RESPOSTA. Peço desculpas ao leitor. É que após as seis horas ininterruptas a que me dediquei à última redação do que seria a parte primeira deste artigo, não me dei conta do fato. E tendo-o feito, posteriormente; restou-me agora publicá-la de forma avulsa. Não devo, todavia, anexá-la ao texto original. Pois quero aproveitar o ensejo e tornar as respostas não apenas pontuais, conforme se verifica em toda série. De modo podermos abrir, pelo menos neste caso, um leque maior às ponderações. Assim como adiantar informações que constariam da segunda e última parte da série; por força da circunstância, agora tornadas em três.
As perguntas que foram feitas e respondidas no texto anterior são:
I – COM QUE INTENÇÃO FOI ESCRITA O NOVO TESTAMENTO, E O ALCORÃO, JUNTAMENTE COM AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS?
II – O QUE SE PODE APURAR SOBRE O CARÁTER DOS ESCRITORES?
III -  TERIAM ACOBERTADO MATERIAL CONSIDERADO EMBARAÇOSO, FORJADO E/OU MANIPULADO INFORMAÇÕES?
IV – (Ficou sem formulação e sua respectiva resposta).
V – É POSSÍVEL VERIFICAR SE O ESSENCIAL DAQUILO QUE REGISTRARAM É MESMO VERDADEIRO, ATRAVÉS DE PESSOAS E FONTES NÃO COMPROMETIDAS COM OS SEUS IDEAIS?
VI – QUEM OS ESCREVEU (NOVO TESTAMENTO, ALCORÃO E SUNA) TINHA MESMO CAPACIDADE PARA FAZÊ-LO?
VII – QUAIS ESCRITOS E EXEMPLOS DE VIDA DE SEUS AUTORES ALINHAM-SE AO PADRÃO DE ESPIRITUALIDADE DA REVELAÇÃO ANTERIOR, TOMADA PELOS MESMOS COMO DIVINA (A TORÁ)
E a pergunta que ficou sem ser feita (Item IV) é:
-  HARMONIZAM-SE AS ESCRITURAS (CRISTÃ E ISLÂMICAS) NOS SEUS DADOS BÁSICOS, NÃO CONTENDO INFORMAÇÃO EM CONFLITO, MAS PODENDO (E ATÉ DEVENDO) DIVERGIR NOS DETALHES?
Estas perguntas, conforme dissemos, tomam por base a riqueza de informações contidas no livro Em Defesa de Cristo, do jornalista investigativo Lee Strobel. Interrogações dessa natureza foram feitas pelo autor, o qual buscou a resposta em pessoas dignas da maior credibilidade acadêmica e teológica. De minha parte, propus-me a fazer questionamentos semelhantes, mas responder-lhes comparativamente, uma vez que estamos a tratar de evidências para a autoridade da Bíblia (Mais especificamente, o Novo Testamento) e do Alcorão, juntamente com as tradições islâmicas (Um conjunto de escritos denominado Suna).

2/ Antes de responder, É PRECISO ENFATIZAR MAIS UMA VEZ, no que diz respeito ao Islã: Uthman, o terceiro califa, teria tentado reunir a religião em torno de uma só cópia manuscrita do Alcorão. Mas foram contabilizadas pelo menos outras quinze. Três delas (As versões de Mas’ud, Salim e Ubayy ibn Ka’ab.), levada fosse em conta o que dissera o próprio Maomé a respeito de quem seria autoridade no assunto depois dele próprio, todas aquelas três versões teriam preferência em relação à do jovem Zaid. Se tais versões podiam ser consideradas autênticas, embora apenas parte de um todo impossível de se adquirir, como afirmou Umar, o segundo califa, não representariam risco. Mesmo ninguém em são juízo pudesse esperar que fossem, embora devessem estar substancialmente identificadas, idênticas a versão tornada oficial.
Uthman por certo que tinha motivos para pensar o contrário. Tanto que mandou queimar todas as demais versões, após Zaid ter feito sete cópias (transcrições) do seu manuscrito e enviá-las às províncias. Conclusão: o Alcorão que o Islã tem em mãos, a julgar pelos fatos apurados na própria Suna, não pode conter todas as palavras “reveladas” a Maomé. E aquele que foi oficializado, por um ato político e não teológico, ao contrário de ser a decantada  “cópia de placas eternas custodiadas no céu”,  trata-se de um manuscrito que nem o próprio Maomé aprovaria.

3/ E O QUE DIZER DAS TRADIÇÕES (SUNA)? Não haveria nelas, por exemplo, informação em conflito?
a) Somente em relação à infância de Maomé, sobre o tal encontro com certo religioso que teria reconhecido sua vocação “profética”, num só autor apenas (Tabari): mais de dez versões diferentes.
b) Sobre quando Maomé teria ficado órfão e de como Abdullah, seu pai, veio a falecer: informações em conflito.
c) Sobre o tal encontro de Maomé com determinados representantes de religiões não-islâmicas, os quais também lhe teriam reconhecido como um futuro profeta: mais informações em conflito.
Quanto à primeira questão, Patrícia Crone, em  Meccan Trade and the Rise of Islam, Princeton University Press, 1987: 220,  conclui haver “quinze versões fictícias de um evento que jamais aconteceu”.
Aliás, nem mesmo sobre quem comandou a impraticável construção da Ka’ba, se Adão ou Abraão, não deixa de haver conflito de informação.
Torna-se inevitável o questionamento: pode-se confiar em livros (Ou no próprio Alcorão e sua pretensão de ser a última palavra sobre tudo.) que nos trazem relatos de fatos ocorridos a milhares de anos, sendo que somente foram escritos no Século X?
Não seria problemático, houvesse, como no caso da Bíblia, toda uma tradição manuscrita corroboradora. Observando que, quando Uthman quis reunir o Islã em torno de uma só versão corânica, ele estava apenas iniciando o que em Israel era uma prática milenar e atingira o mais elevado nível de excelência, para a conservação mais segura (que a oral) da revelação profética.
Pergunto-me: com que autoridade um desinformado ou intencionalmente mal informado pode alegar que o fato da Bíblia ter sido traduzida para vários idiomas ou copiada sucessivas vezes implica necessariamente na adulteração da mensagem original? É justamente o fato de existirem as muitas versões, traduções e cópias que nos permite comprovar se a mensagem original teria sido ou não comprometida na sua inteireza e essencialidade. É justamente o que Uthman tentou evitar. E o que, em certos aspectos, as tradições islâmicas tentam justificar, mas sem o conseguir. Talvez porque lhes falte o elemento essencial, espécie de liga que ajusta todas as documentações fidedignas num todo confiável: a verdade.

4/ Jay Smith, no seu Evidências para a autoridade da Bíblia, ao tratar sobre as VERSÕES E TRADUÇÕES antecedentes ao advento do Islã (Século VI.), nos dá a seguinte informação:
  
“19.284 traduções em mais de 11 idiomas: Latim (10.000, a partir de 150 d.C.), Siríaco (350, a partir de 150 d.C.), Cóptico (100 ou mais, entre os séculos III e IV d.C.), Armênio (2.587, a partir de 400 d.C.), Gótico (6, a partir do século IV d.C.), Geórgio/Eslavo (4.101, a partir do século V d.C.), Etíope (2.000, a partir do século VI d.C.), Núbio (século VI d.C.), Árabe (75), Persa (2) e Franco (1). 230 destes são bastante primitivos, tendo sido escritos entre 150 d.C., até o século VI.”

E ainda,  em se tratando de EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS E de ELEMENTOS COMPROBATÓRIOS, Jay Smith nos lembra da existência de MAIS DE DOIS MIL LECIONÁRIOS. São publicações que se tornariam usuais, a partir do século IV; porém, a referida quantidade também antecede a Maomé. E sobeja, nas mesmas, a transcrição de textos bíblicos, assim como nas cartas e escritos dos líderes cristãos pós-apostólicos, pré-Catolicismo e até mesmo católicos. Fora os três principais manuscritos do século IV (anos Trezentos), conservados em pergaminho (Os códices Sinaitico, Alexandrino e Vaticanus.); sabendo-se também que a definição do Antigo Testamento se dá no II século a.C. Assim como há muitas outras evidências manuscritas, na forma de porções tanto do Antigo e do Novo Testamento, seja de livros inteiros ou em parte. São elementos, pois, comprobatórios; mas, que também servem de material comparativo, no que diz respeito à conservação da mensagem original.
E voltássemos (Ver primeira parte deste artigo.) ao quesito “é possível verificar se o essencial daquilo que registraram (Os autores.) é mesmo verdadeiro, através de pessoas e fontes não comprometidas com os seus ideais”, cabe ainda lembrar: Tallus, historiador grego do século I, menciona tanto a crucificação de Jesus Cristo, quanto as trevas que tomaram conta do mundo naquele dia.

5/ Ainda, no que diz respeito à Bíblia, OUTRA FONTE DE DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA É A ARQUEOLÓGICA.
Para Jay Smith, “A História sempre deixa ‘impressões digitais’ que aguardam, adormecidas, no sub-solo, à espera de que alguém as descubra, investigue e decifre. A área mais frutífera, em termos de confirmação da Bíblia, vem da arqueologia.”
E nessa área do conhecimento, Jay, entre dezenas de exemplos, cita:
a) A existência histórica comprovada de 50 personagens apenas do Antigo Testamento por fontes extra-bíblicas.
b) Mais de uma centena de relatos sobre o dilúvio em todas as culturas.
c) Placas sumérias e babilônicas com inscrições sobre a Torre de Babel.
Se de acontecimentos tão remotos foram encontrados elementos comprobatórios, que dizer dos mais recentes, embora pertençam à Antiguidade? Já quanto ao Islã, a pobreza documental impera; quase inexistem fora das próprias fontes. E estas, por si mesmas questionáveis. Pois nem mesmo do tão contraditório Alcorão de Uthman, que o islã alega ter duas de suas cópias hoje em mãos (Os códices Topycapi e Samargand.) pode-se se comprovar realmente ser uma fonte primária de informação. Este é um assunto do qual iremos tratar na terceira e última parte deste artigo. Por enquanto, a pergunta sobre o Novo Testamento, mais o Alcorão e a Suna (Tradições islâmicas), que estamos tentando responder ou apontar contradições é:
HARMONIZAM-SE AS ESCRITURAS NOS DADOS BÁSICOS, NÃO CONTENDO INFORMAÇÃO EM CONFLITO, MAS PODENDO (E ATÉ DEVENDO) DIVERGIR NOS DETALHES?

6/ Engloba a pergunta acima três aspectos, os quais podem ser desdobrados em outras três interrogações. Creio que isso nos facilitará os paralelos e as comparações. Porém, é preciso que tenhamos em vista que o Alcorão não pode ser analisado tão somente em relação à Suna (Ou vice-versa). Mas, também, ao próprio Novo Testamento; ao qual, tendo invocado como fonte de autoridade, teria por obrigação corroborar e pelo mesmo ser corroborado. De modo que do Alcorão, principalmente, e da Suna, se busca resposta ou se aponta contradições em duas perspectivas.

A) HARMONIZAM-SE NOS DADOS BÁSICOS?

- Resposta 01 (Novo Testamento):
Absolutamente: Todos os livros, direta e/ou indiretamente, detalhada e/ou pontualmente dão testemunho da vida, morte expiatória, ressurreição e condição divina do Messias (Deus salvador entre os homens.), Jesus Cristo. A Ele todos os escritores do Novo Testamento chamam-No Senhor, em conformação com Êxodo 3: 14-15.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
- NA PERSPECTIVA ISLÂMICA, estas escrituras são concordantes entre si quanto à confissão islâmica: Maomé seria profeta e, ainda segundo o Islã, seria o  “selo da revelação”; Allah,  Deus; e o  Alcorão,  Dele Palavra.
- Já NA PERSPECTIVA DA REVELAÇÃO ANTERIOR (Novo Testamento), o que se apura no Alcorão e na Suna é a mais completa das contradições. E
a razão de não serem corroborados pelo Novo Testamento reside justamente no querer negá-lo nos seus dados básicos. Ainda que o Alcorão de Maomé cite o Evangelho, a Cristo e os apóstolos como fonte de autoridade.
a) O Alcorão alega que Maomé teria sido predito, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento (Suras 46:10 e 61:6).  Tais alegações; de acordo com o que se verifica nas as Sagradas Escrituras de judeus e cristãos; principalmente a promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo (Evangelho de João) e Deuteronômio 18:18; simplesmente NÃO se sustentam. São, portanto, mentirosas.
b) O Alcorão, evidentemente que “respaldado” pela Suna, chama Jesus Cristo de O Messias (Sura 3:45) e O tem por imaculado (Sura 19:16-22); porém, NÃO reconhece a Sua condição divina. Pelo contrário, intenta negá-la (Suras 5: 17 e 72); contrariando, conforme venho demonstrando em meus artigos, não apenas o Novo, mas, também o Antigo Testamento.
c) O Alcorão nega a morte expiatória do Messias (Sura 4: 147); mais uma vez contrariando tanto o Novo quanto o Antigo Testamento.

- Sura 4: 157 E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. 158 Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.

CONVÉM OBSERVAR: Numa das versões do Alcorão que utilizo (A Digital, fornecida pelo Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil.),  o autor ou os autores da notas de roda-pé tentam minimizar a informação literal da (suposta) simulação que, em primeira e última análise, somente pode ser atribuída a Allah.
Estranhamente, na outra versão que também utilizo (A Tradução do Sentido do NOBRE ALCORÃO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA.), realizada e com notas pelo Dr. Helmi NASR, este tradutor alega literalmente:

“O Islão prega que não foi Jesus crucificado, mas o foi, em seu lugar, um sósia.”.

Mas depois, mesmo a sura afirmando que a crucificação teria sido simulada, o autor quer, numa segunda nota sobre o mesmo texto corânico, NÃO atribuir tal informação (Errônea e em total confronto tanto com o Novo e o Antigo Testamento.) nem a Allah e nem  Moomé. Alega divergências que teriam havido entre cristãos sobre o assunto.
A questão é que as escrituras islâmicas teriam que estar em harmonia com os dados básicos do Novo Testamento; e não, por exemplo, com aspectos da filosofia gnóstica. Pois é à Torá e ao Evangelho que invocam por fonte de sua suposta autoridade. Além disso, voltando à sura 4:157, todo o contexto e, principalmente, o verso 158 (Na tradução do Dr. Helmi.) confirmam o ato simulatório atribuído Allah, desmentindo os próprios tradutores:

Mas, Allah, ascendeu-o até a Ele. E Alah é Todo-Poderoso, Sábio.

Ora, NA BÍBLIA, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, UM OUTRO SIGNIFICATIVO ELEMENTO COMPROBATÓRIO da veracidade de qualquer escritura tida por sagrada É O QUE ENSINA A MESMA SOBRE O CARÁTER DE DEUS. Deus é verdade. Ele a ama a verdade tanto quanto odeia a mentira. Já Satanás, é apontado por Jesus Cristo como o pai da mentira em João 8:44. Falando aos judeus incrédulos, Ele diz:

Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.

João, o apóstolo, afirma com todas as letras que nenhuma mentira procede da verdade. E as suras transcritas nos oferecem informações de cunho literal (Portanto, não sujeitas a interpretação.) sobre um deus dissimulador. Logo, não seria a mentira o seu verdadeiro caráter? O que os tradutores das duas versões corânicas tentaram fazer foi contornar o incontornável. Logicamente, que sem nenhum sucesso.

B) TRAZEM INFORMAÇÕES EM CONFLITO?

Resposta 01 (Novo Testamento):
Num estudo, por exemplo, dos quatro Evangelhos, verifica-se a completa harmonia nos dados básicos:
1 -  Nascimento virginal;
2 - Batismo e testemunho de João Batista sobre a pessoa e obra de Jesus Cristo;
3 -  Milagres e curas;
4 - O comissionamento dos Doze;
5 - A traição de Judas, aliás prevista e predita no Antigo Testamento;
6 – A instituição da Nova Aliança no contexto da morte expiatória;
7 -  A ressurreição e ascensão de Jesus Cristo aos Céus.
Todavia e como era de se esperar, há alterações nos detalhes e na quantidade de fatos relatados, de forma ficar evidente elementos próprios do ato literário em si. As aparentes contradições, dizem respeito a fatos secundários, quanto a um e outro relato sobre um mesmo acontecimento.
Antes de qualquer coisa é preciso lembrar que não somente os Evangelhos, assim como os demais livros constantes do Novo Testamento, são livros diferentes entre si, foram escritos para públicos diferentes e por diferentes autores. Fossem 100% harmoniosos até nos detalhes, teríamos, então, um forte indicativo de manipulação de dados, próprios de uma literatura mítica e mistificadora. E, portanto, fabricada em função de um ideal.
Na nota 315 da versão do Alcorão, fornecida pelo  Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil, sobre a já citada sura 4:157, entre outros apenas aparente indicativos de possíveis contradições sobre a morte de Jesus, os autores dizem:

“O final da vida de Jesus na terra está tão envolto em
mistério quanto a sua natividade e, ainda, como de fato, está também o período da maior parte da sua vida particular, com exceção dos três principais anos do seu sacerdócio.”

Ora, NÃO É ISSO QUE NOS MOSTRA O NOVO TESTAMENTO!!! Antes, esclarece, testemunha e ordena que seja proclamado aos confins da Terra. E, talvez, não saibam os autores da famigerada nota corânica que as biografias de Jesus, constantes do Novo Testamento, seguem exatamente o padrão de sua época. Além englobarem as mesmas duas perspectivas ou fatores de interesse: o teológico e o literário.
No que diz respeito ao FATOR TEOLÓGICO, naturalmente sobressalente: tudo o quanto o Messias (Deus Salvador entre os homens) fez e ensinou perderia o seu sentido, se Jesus não tivesse sido crucificado, ressuscitasse ao terceiro dia, conforme anteviu e prometeu,  e, depois, ascendesse ao Céu. Foi por esses fatos que os discípulos O reconheceram Deus. Não que durante o Seu ministério entre os homens também não o tenha demonstrado. Na verdade, em tudo o que Ele fazia isso ficava demonstrado:
1 – Milagres e curas;
2 – Autoridade sobre os demônios;
3 – Perdão de pecados;
4 – Aceitar adoração;
5 – Instituição da Nova Aliança (Lembrando que Moisés sancionou a Antiga seguindo orientação divina.)
6 – Alteração de conceitos e princípios da Lei de Moisés;
7 – Declarar-se Filho do Homem, Filho de Deus e O Senhor (em conformidade com Êxodo 3: 14-15). Foi o que levou as autoridades religiosas acusa-lo e condena-lo à morte por blasfêmia. E “a blasfêmia” era fazer-se a Si mesmo Deus (João 5: 18).  

- Hebreus 1:1  Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 1:2  nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; 1:3  sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas, 1:4  feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

- João 20:26  Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco. 20:27  Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente. 20:28  Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!
20:29  Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. 20:30  Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro; 20:31  estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

-   1Coríntios 15:3  Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 15:4  que foi sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; 15:5  que apareceu a Cefas, e depois aos doze; 15:6  depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram; 15:7  depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; 15:8  e por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo. 15:9  Pois eu sou (PAULO) o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus.

E quanto ao FATOR LITERÁRIO? Especialistas  em literatura e historiografia clássica iriam observar que os biógrafos dos tempos de Jesus apenas se detinham nos fatos mais importantes da vida dos biografados, nas partes consideradas exemplares e capazes de dar sentido àquele período da História. E nesse aspecto, como acertaram os evangelistas! A própria História da humanidade se dividiria em antes e depois de Cristo. Os Evangelhos, como de resto todo o Novo Testamento estão em perfeito acordo com a literatura do seu tempo, fato que mais lhes confere o valor documental de fontes primárias.
Ainda DENTRO DO QUE SE É USUAL NO FATOR LITERÁRIO, haverá em uma ou outra narrativa elementos como a PARÁFRASE, o RESUMO, ACRÉSCIMOS, MAS EM DETRIMENTO A POSSÍVEIS ABREVIAÇÕES (Por exemplo, o que teria ficado subentendido, pode ser depois esclarecido, até mesmo pela orientação do Espírito Santo.); e ainda:  a SELEÇÃO ou a OMISSÃO DE DADOS SECUNDÁRIOS.
Num último paralelo que ainda cabe ser feito, o tipo de informação sobre Jesus, constantes dos Evangelhos, simplesmente NÃO existem no Alcorão a respeito de Maomé. Infância, casamentos (Caso de Maomé.), morte. Torna-se, então, preciso recorrer à Suna; na qual encontramos informação em conflito, conforme já o demonstrei, além do fato de serem fontes secundárias, visivelmente manipuladas em função de um ideal. E somente o fato de ter sido os livros escritos num ambiente de imposição cultural já denuncia explicitamente a possibilidade. Tal não acontece com o Novo Testamento.  

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
- NA PERSPECTIVA ISLÂMICA, o que o Alcorão omite, a Suna, tenta, esclarecer; mas o faz, às vezes, com informação em conflito. Já o exemplificamos. Porém, existe informação em conflito do Alcorão em relação até ao próprio Alcorão. Para ficarmos apenas num exemplo clássico:

- 1Sura 19: 16 E menciona Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo para um local que dava para o leste.
17 E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito.
18 Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no Clemente, se é que temes a Deus.
19 Explicou-lhe: Sou tão-somente o mensageiro do teu Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado.
20 Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum
homem me tocou e jamais deixei de ser casta?
21 Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: Isso Me é fácil! E faremos disso um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem inexorável.
22 E quando concebeu, retirou-se, com um rebento a um lugar afastado.

- Sura 61:6  E de quando Jesus, filho de Maria, disse: Ó israelitas, em verdade, sou o mensageiro de Deus, enviado a vós(1651), corroborante(1652) de tudo quanto a Tora antecipou no tocante às predições, e alvissareiro de um Mensageiro que virá depois de mim, cujo nome será Ahmad!(1653)
Entretanto, quando lhes foram apresentadas as evidências, disseram: Isto é pura magia!

- Nota 1653 (Versão Digital Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil ):

 "Ahmad" ou "Mohammad", o louvado, é quase a tradução da palavra grega Paracleto. No Evangelho de
João 14:16, 15: 26 e 16:7, a palavra "Consolador", na
versão portuguesa, refere-se a Paracleto, que significa
"Intercessor", "alguém chamado em auxílio de outro, um
amigo generoso"; é melhor do que "Consolador". Os
nossos doutos afirmam que Paracleto é uma corruptela de Periclytos, e que no dito original de Jesus havia uma
profecia sobre um Profeta, chamado Ahmad. Mesmo se
lermos Paraclete, isto poderia ser aplicado ao Profeta
Mohammad, que foi "uma misericórdia para a humanidade" (21ª Surata, versículo 107).”

Na primeira sura transcrita, Maria recebe a visita do Espírito Santo (Nosso Espírito, teria dito Allah.) e a informação de que conceberá o Messias, de forma milagrosa. Já na segunda, o tradutor quer a que promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo (Aquele mesmo que, no Alcorão,  teria sido mandado por Allah para visitar Maria!) se aplique, Pasmem-se!, a Maomé. E ousa uma explicação mirabolante para que a palavra grega Paracleto seja transformada em Peraclytos. O problema é que Teologia não é mágica; e nela não pode haver espaço para o que não é veraz.
Todavia, se o Islã cita o Evangelho de João como fonte de autoridade, precisa reconhecê-lo como tal. Mas ainda que o fizesse apenas em relação às palavras de Jesus sobre o Espírito Santo, cai em flagrante contradição. Pois o que disse, entre outras coisas, Cristo sobre o Espírito Santo?

- João 14:16  E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre.
14:17  a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.
14:18  Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós. 14:19  Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis.
14:20  Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.

SETE PERGUNTAS típicas da série cujas respostas precisam soar mais alto que o silêncio islâmico e/ou as contradições corânicas:
1 – Seria Maomé pré-existente aos discípulos, como eram Jesus e o Anjo Gabriel, pra ter sido enviado à Maria antes do Messias vir ao mundo, quinhentos anos antes do nascimento do próprio Maomé?
2 – Seria Maomé não um ser humano, mas apenas espírito?
3 – Habitava Maomé COM os discípulos de Cristo (“Vós o conheceis, porque ele habita convosco”, disse Jesus.) ou não estaria Jesus dizendo algo somente compreensível na perspectiva de Deus enquanto tri-unidade?
4 – Maomé habitaria OS discípulos (Porque o Ajudador, disse Jesus aos discípulos, “estará em vós”.); e não seria esse tipo de coisa própria do Espírito Santo de Deus (Salmo 51: 11) ou de demônios (jins)?
5 – Que pode dizer o Islã sobre o cumprimento da promessa de Jesus sobre a vinda do Espírito Santo, diante do relatado em Atos capítulo dois?
6 -  Pode Maomé ser o Espírito Santo e, ao mesmo tempo, o Anjo Gabriel? (É que ele, Maomé, julgava, erroneamente, cabe frisar, ser o Espírito Santo o Anjo Gabriel, conforme se verifica nas Sura 53:5 – Tradução do Dr. Helmi NARS e 16:102)
 7 – Se o Maomé e o Alcorão entram em conflito de informação consigo mesmos, esse tipo que coisa, por certo que não se tornaria forte tendência em todos os aspectos da religião que fundou?

- NA PERSPECTIVA DA REVELAÇÃO:  Sem comentário.

C) DIVERGEM (COMO SE PODE E DEVERIA) NOS DETALHES?

Resposta 01 (Novo Testamento)
Sim. Pode um mesmo acontecimento ter sido visto em perspectiva diferente ou sido relatado com supressão ou acréscimo de detalhes. Porém, em todo o Novo Testamento é enfática a condenação das atitudes que contrariam os valores éticos ou morais da própria revelação.

1 – Paulo repreende publicamente ao apóstolo Pedro, porque este se fizera digno de repreensão:

- Gálatas 2:11  Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível.  2:12  Pois antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios; mas quando eles chegaram, se foi retirando e se apartava deles, temendo os que eram da circuncisão.  2:13  E os outros judeus também dissimularam com ele, de modo que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação.  2:14  Mas, quando vi que não andavam retamente conforme a verdade do evangelho, disse a Cefas perante todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas os gentios a viverem como judeus? 2:15  Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, 2:16  sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras da lei nenhuma carne será justificada.  

2 – João, o apóstolo, promete repreender determinado líder de atitude soberba e desamor para com irmãos que deveriam ter o seu esforço missionário reconhecido:

- 3João 1:5  Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos, especialmente para com os estranhos,  1:6  os quais diante da igreja testificaram do teu amor; aos quais, se os encaminhares na sua viagem de um modo digno de Deus, bem farás;  1:7  porque por amor do Nome saíram, sem nada aceitar dos gentios.  1:8  Portanto aos tais devemos acolher, para que sejamos cooperadores da verdade.  1:9  Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de ter entre eles a primazia, não nos recebe. 1:10  Pelo que, se eu aí for, trarei à memoria as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, ele não somente deixa de receber os irmãos, mas aos que os querem receber ele proíbe de o fazerem e ainda os exclui da igreja.

3 – Pedro admoesta aos cristãos sobre pessoas que estavam deturpando os ensinamentos de Paulo; e, por extensão, reconhece o caráter divinamente inspirados desse importante escritor do Novo Testamento, uma obra naquele tempo, ainda em formação:

 - 2Pe 3:15  e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; 2Pe 3:16  como faz também em todas as suas epístolas, nelas falando acerca destas coisas, mas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras, para sua própria perdição.

Na verdade, são incontáveis os exemplos dessa natureza encontrados no Novo Testamento. E não estamos falando guerras fomentadas contra inocentes, saques e assenhoramento de bens alheios ou abuso de mulheres. Não há máculas dessa enormidade no Cristianismo apostólico ou pós-apostólico e pré-Catolicismo. Cristo, além de sua mensagem salvadora, havia pregado um alto padrão moral e valores éticos insuperáveis em quaisquer literaturas, religião ou filosofia. Estão explicitados no Sermão do Monte (Mateus capítulos 5, 6 e 7), espécie de carta magna do verdadeiro cidadão dos céus. Era por eles que um discípulo deve viver. 

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
É possível que haja. Assim como há, conforme foi apontado, muita informação em conflito: seja na perspectiva apenas islâmica, seja na perspectiva da revelação. Porém, o maior problema é que, mesmo sendo largamente comprovada a ética e a moral duvidosas de Maomé, e não podendo ser comprovado na Bíblia nada do que ele afirma ser, nenhum autor da Suna ousa pelo menos questionar-lhe e nem mesmo a
enorme discrepância doutrinária em relação ao Novo e ao Antigo Testamento. Muito antes, pelo contrário. E como a Suna foi escrita claramente para se construir um mito, a verdade que nela importa e “a verdade” de Moamé. Cujo livro, conduta e conceito de Deus NÃO passam pelo crivo da verdadeira revelação.   

7/
 Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
                                                                                                                         1João 2:21



                                           (Continua na próxima postagem.)



sábado, 21 de dezembro de 2013

"ISLÃ X BÍBLIA" 03-A: RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão)

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NOTA INICIAL:  Como
 o leitor pode observar,
 ao título
 desta série de artigos foi acrescentada a expressão
 “e do Alcorão”, entre 
parênteses.
 A intenção inicial
 era mesmo analisarmos, ainda que pontualmente, 
a documentação existente
 sobre ambos, para,
 a partir da análise, traçarmos os possíveis paralelos.
 É o que pretendendo neste último artigo, publicado
 em duas partes, dada
 a extensão da 
matéria. Eis a primeira. 




                                 DO QUE FOI DEMONSTRADO ATÉ AQUI:

1/ Antes de continuarmos o nosso arrazoado, convém rever, em termos pontuais, o que foi tratado nos dois primeiros artigos desta série:
I - NÃO pode haver nenhuma razão para alguém supor serem outras as escrituras consideradas sagradas por judeus e cristãos que não fossem o ANTIGO E NOVO TESTAMENTO (E tal como os temos hoje.), nos tempos de Maomé (Século VI d.C).
OS TRÊS PRINCIPAIS MANUSCRITOS DA BÍBLIA na sua totalidade, ainda hoje conservados em pergaminho e datados de pelos menos DUZENTOS ANOS ANTES DO ISLÃ são a prova histórica e incontestável do fato. São provas documentais, conservadas no Museu Britânico, Londres – Inglaterra e na Biblioteca do Vaticano. E Maomé, quando, no Alcorão, teria feito referência à Bíblia, NÃO poderia estar falando de um livro que tivesse sido adulterado. Caso contrário, como explicar, entre outras, tantas suras corânicas evidenciando o contrário?
 II - QUANTO À DEFINIÇÃO DOS LIVROS INTEGRANTES do Novo Testamento, enfatizamos que esta se deu apenas oficialmente nos Anos Trezentos.  Isso porque UM DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS para a escolha de qualquer livro foi ele ter sido LARGAMENTE UTILIZADO PELA IGREJA CRISTÃ, DESDE O SÉCULO PRIMEIRO.
III – Houve uma tradição (oral e manuscrita) que lhes atribuiu autoria; assim como há VÁRIOS MEIOS COMPROBATÓRIOS de sua utilização; sendo um bom exemplo as transcrições de passagens bíblicas. LIDERANÇAS CRISTÃS PÓS-APOSTÓLICAS E PRÉ-CATOLICISMO tinham o hábito de fazer TRANSCRIÇÕES DE TRECHOS BÍBLICOS em suas cartas ou escritos. Mesmo depois da Igreja Católica, esta tradição continuou. PORÉM, DE ANTES DE 325 d.C. quando ocorreu o Concílio de Nicéia, SOMAM-SE DEZENAS DE MILHARES DELAS.

É por essas evidências manuscritas, e algumas outras, que sabemos NÃO ter havido alteração no ensinamento apostólico. E dele constam, sobretudo: as palavras e feitos de Jesus, Sua crucificação e ressurreição e o reconhecimento da Sua natureza divina.
LIDERANÇAS PÓS-APOSTÓLICAS e pré-Catolicismo, como, por exemplo, CLEMENTE (30-95 d.C.), contemporâneo dos apóstolos e, possivelmente, o mesmo citado por Paulo na sua Carta aos Filipenses; TERTULIANO (160-220 d.C., o primeiro a utilizar o termo Trindade para a definição da percepção apostólica da doutrina de Deus); e IRINEU DESEMPENHARAM IMPORTANTE PAPEL  preservação documentada, até o advento do Catolicismo, do Cristianismo autenticamente apostólico.
Irineu, em escrito de 180 d.C., confirma a autoria dos Evangelhos. Antes dele,  cerca de 125 d.C., outro escritor cristão, Papias, havia afirmado que Pedro, o apóstolo, foi a fonte direta do evangelista Marcos. Tanto Pedro quanto Marcos integravam o grupo que Paulo define como Evangelho da circuncisão (Gálatas 2: 6-10 e Colossenses 4: 10-11).
INÁCIO (70-110 d.C.) e POLICARPO (70-156 d.C.) também foram contemporâneos dos primeiros discípulos; sendo este último, discípulo do apóstolo João. E a importância de Inácio no contexto do que estamos a tratar reside em dois importantes feitos: a) ele cita 15 dos 27 livros; b) e, assim como fizera o apóstolo João em suas Cartas, também combate nos seus escritos o gnosticismo docético. Ao fazê-lo, enfatiza tanto a deidade (condição divina) e a humanidade de Jesus Cristo, enquanto que aquela escola filosófica negava a realidade humana de Jesus. Inácio foi martirizado no reinado de Trajano, seja, ainda no início do segundo século.
Essencialmente, os documentos deixados pelas pessoas citadas confirmam a pregação apostólica sobre os ensinamentos de Jesus, a crucificação, Sua ressurreição e natureza divina. Até porque Cristo é chamado por eles de Senhor em conformação com o nome pelo qual Deus disse a Moisés que seria conhecido, através das gerações:

- Exôdo 3:15:  E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração.


DO QUE FALTA DEMONSTRAR:

2/ Além do que foi citado, há ainda OUTROS MEIOS COMPROBATÓRIOS da autenticidade da Bíblia. Desde vários tipos de evidências manuscritas a TESTES INVESTIGATIVOS que podem e devem ser aplicados a questões levantadas sobre a veracidade dos documentos históricos. Neste terceiro artigo iremos tratar sobre os mesmos; porém, comparativamente com os elementos que o Islã alegar ter como comprovação de que o Alcorão que hoje se lê contém exatamente a “revelação” que Maomé teria recebido e deixado.
CABENDO, ANTES, ALGUNS PARALELOS. Para o Islã sunita, que representa cerca de 90% dos adeptos da religião, quanto para o xiita (10% em conjunto com as demais correntes restantes.) apenas o Alcorão seria “a revelação” concedida a Maomé. Os xiitas não aceitam e nem dão às tradições islâmicas, denominada Suna, a mesma importância que a dão os sunitas. Embora também estes não o considerem parte da “revelação”; porém, essenciais (E realmente o são.) à compreensão da mesma. De onde se pergunta: que revelação é essa que não se explica (esclarece, desvenda-se) por si mesma?
A questão é que sem ALGUNS DOS LIVROS QUE COMPÕEM A SUNA, o Alcorão, em si mesmo maçante, obscuro e confuso, torna-se incompreensível. E livros constantes da mesma, como a Sirat (Biografia de Maomé), os Hadis (Ditos e Feitos do Profeta.) e o Tafsir (Comentários do Alcorão) tornar-se-iam fundamentais ao intento. Dentre estes, o Tafsir é o mais interessante; pois comenta verso por verso, informando quando, como e em que circunstância a aia (verso) teria sido revelada. Além destes, há ainda a Fiq (Ciência da lei islâmica), a Tabakhat (estórias da vida de mulçumanos devotos) e a Tahriq, que seria a história das próprias tradições.
TODOS ELES TÊM ALGO EM COMUM: datam de século a séculos da morte de Maomé. NÃO SÃO, portanto, FONTES PRIMÁRIAS de informação; mas apenas informação de caráter secundário; e presumivelmente manipulada políticamente em função de um ideal. O que levou alguns estudiosos independentes à conclusão de que, tendo sido transmitidos oralmente tanto tempo depois e num ambiente de imposição cultural (Expansão bélica do islamismo e mitificação de Maomé.), tal material biográfico certamente sofreu consideráveis alterações, antes de seu registro na forma escrita. De modo que NÃO granjeiam confiança fora dos círculos teológicos e culturais islâmicos.
Até aqui, NOS ARTIGOS QUE TENHO ESCRITO,  O NECESSÁRIO PARALELO comparativo entre a BÍBLIA E O ALCORÃO e entre JESUS E MAOMÉ está sendo fundamentado. Falta, portanto, ainda o paralelo entre O NOVO TESTAMENTO E AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS, juntando-se a elas o próprio Alcorão. Sobre este, não se pode comprovar, conforme iremos verificar ainda nesta série, que os seus manuscritos oficiais (Samargand e Topycapi), hoje como uma espécie de trunfo nas mãos do Islã sejam mesmo fontes primárias.
1 - No Novo Testamento, os Evangelhos (dos apóstolos Mateus e João e dos evangelistas Marcos e Lucas) contêm não apenas as palavras, mas os ditos e feitos de Jesus. Eles contam a história do Messias (Deus Salvador) entre os homens. E equivalem, portanto, num paralelo com as escrituras islâmicas, ao próprio Alcorão, mais a Sirat e os Hadith.
2 - O livro Atos dos Apóstolos registra o início do Cristianismo entre os judeus; e de como ele veio a se propagar em grande parte do mundo conhecido de então; num ato de obediência à ordem dada por Jesus Cristo aos seus discípulos. E há, também, no livro, a história de alguns devotos e dos primeiros e verdadeiros mártires da revelação trazida pela Nova Aliança. Ninguém morreu porque tivesse tentando saquear, abusar de mulheres ou assassinar alguém; antes, porque recusaram a negar o testemunho que dava sobre a morte e a ressurreição de Jesus, a quem reconheciam como o Senhor (Êxodo 3:14-15). E de como o conhecimento dEle tinha os transformado em pessoas que ansiavam por Sua mesma pureza e bondade, em função da esperança convicta da vida eterna (I João 3: 1-4). Paulo de Tarso, por exemplo: de assassino dos crentes a prisioneiro em Roma por causa da fé que antes queria aniquilar; onde, segundo testemunho da História foi martirizado. Equivale o livro Atos dos Apóstolos à Tabakhat.
3 – E por último, as cartas pastorais de Paulo e universais dos apóstolos Pedro e João, mais a dos escritores Tiago e Judas (Filhos de Maria e irmão por parte de mãe de Jesus.) e do autor da  Carta aos Hebreus, além do Apocalipse, cumprem, em certo sentido, o papel da Tafsir. Não são comentários verso a verso dos Evangelhos ou das palavras de Jesus constantes dos mesmos; tratam, porém, da aplicabilidade dos ensinamentos do Senhor na vida pessoal e em comunidade de seus discípulos.       
O GRANDE DIFERENCIAL é que O Novo Testamento é uma fonte primária de informação sobre Jesus e não foram escritos com intenção impositiva; antes, como testemunho da verdade de fatos acontecidos e que podem ser confirmados dentro e fora dele. Tal NÃO acontece com o Alcorão e as tradições islâmica, conforme passaremos a verificar comparativamente seguir.

3/ Tomando por base a riqueza de informações (Repassadas por especialistas na matéria, cabe frisar.) contidas no livro Em Defesa de Cristo, do jornalista investigativo Lee Strobel, proponho-me a fazer SETE PERGUNTAS CRUCIAIS e respondê-las, comparativamente. Nosso objetivo é verificar se as informações contidas, por um lado no NOVO TESTAMENTO, e pelo o outro, no ALCORÃO E TRADIÇÕES ISLÂMICAS (Suna), merecem mesmo crédito. Pois os questionamentos que o autor fez em relação às Sagradas Escrituras dos cristãos e procurou para os mesmos as respostas mais fundamentadas, em forma de testes, quero também aplicá-los às escrituras islâmicas. De modo que se possa pôr em questão e responder (Através de informações contidas em documentos tidos por fidedignos ou do apontamento de suas possíveis contradições) de maneira inequívoca sobre a autenticidade dos mesmos.
Com que intenção foram eles escritos? Quem os escreveu tinha mesmo capacidade para fazê-lo? Que dizer sobre o seu caráter? Harmonizam-se nas informações básicas e fundamentais ou se contradizem? E quais seriam as implicações disso?  Eram preconceituosos os autores ou compiladores e,  por isso mesmo, capazes de contaminar sua obra com interesses ocultos ou escusos (Creio que tal premissa pertence ao questionamento do caráter.)? Teriam acobertado material considerado embaraçoso e/ou maquiado informações? É possível se verificar aquilo que registraram, através de pessoas e fontes NÃO comprometidas com os seus ideais? E o que disseram aqueles que não concordavam com eles? Tais fontes foram preservadas para o necessário debate e esclarecimentos de suas posições e idéias ou destruídas, no sentido de evitar o necessário questionamento?
Posso adiantar que no que diz respeito ao Novo Testamento e ao Cristianismo apostólico (Objeto único de defesa em minhas réplicas.), tais pergunta jamais representou embaraço. E quanto ao Islã, o que se pode dizer?

4/ SETE PERGUNTAS CRUCIAIS E UM APONTAMENTO INICIAL PARA CADA RESPOSTA:

I – COM QUE INTENÇÃO FOI ESCRITA O NOVO TESTAMENTO, E O ALCORÃO, JUNTAMENTE COM AS TRADIÇÕES ISLÂMICAS?

A) Resposta 01 (Novo Testamento):
Escrito para testemunho da vida, morte expiatória, ressurreição  e condição divina (Deidade.) de Jesus Cristo, a quem os apóstolos e discípulos chamavam de Senhor, em conformação com Êxodo 3: 13-15. Logo, quando O chamavam, reconheciam-No como Deus. E tal ainda mais se confirmou com a ressurreição e ascensão de Cristo aos Céus.

- Êxodo 3:13  Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 3:14  Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. 3:15  E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração.

 - João 20:24  Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus.  20:25  Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei. 20:26  Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco. 20:27  Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.  20:28  Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu!  20:29  Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. 20:30  Jesus, na verdade, operou na presença de seus discípulos ainda muitos outros sinais que não estão escritos neste livro;  20:31  estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.

- Lucas 24:44  Depois (JESUS) lhes disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. 24:45  Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; 24:46  e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; 24:47  e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.  24:48  Vós sois testemunhas destas coisas.

Observa-se que a INTENÇÃO É PREPONDERANTEMENTE TEOLÓGICA e, conforme testemunha a História os autores do Novo Testamente não tiveram nenhum ganho pessoal, político ou financeiro. Muito antes pelo contrário: todos morreriam por causa de sua fé.

B) Resposta 02 (Alcorão e Suna):

É inegável que Maomé ou o seu mito, criado a partir de tais escritos, unifica uma sociedade tribal, anárquica e não governada por um poder centralizador. No geral, os árabes se submetiam aos persas e aos sassânidas. Habitavam um território vasto, porém, desconhecido; e não tiveram papel importante na Antiguidade. O deserto, dois mil quilômetros de extensão por mil e duzentos de largura, tanto serviu de proteção quanto de limitação ao contato com o mundo civilizado.
A religião, antes politeísta e, pós-Maomé, monoteísta, foi utilizada na unificação, na criação do império e para a expansão do mesmo, através do uso da violência e o incentivo da escravidão em seus domínios e no Norte da África.
A INTENÇÃO, a despeito de suras ao estilo da 8:26, NÃO É PREPONDERANTEMENTE TEOLÓGICA e isso tanto explica quanto implica em muita coisa.
Passagens do Alcorão e dos livros constantes da Suna são claramente utilizadas para justificar a duvidosa vida moral e sexual de Maomé; os saques de caravanas, como se o roubo não fosse condenado pela Lei de Moisés e prática usual, antes do Islã na Arábia; e campanhas de guerra contra judeus e cristãos indefesos e inocentes, os quais depois de exterminados ou mesmo antes de deportados, tiveram seus bens assenhorados e suas esposas e filhas abusadas.
Uma das premissas do Islã é que antes de Maomé, no tempo da Jahiliyya árabe (ignorância), muitas atrocidades foram cometidas na Arábia. Ao mesmo tempo, o povo cultivava uma religiosidade idólatra, mas sem templos ou mesquitas. Haviam pedras que estavam localizadas na Ka’ba, que serviam de local de culto às inúmeras divindades. (Entre as quais, segundo os estudiosos, Allah; que depois viria tornar-se a palavra Deus (mas no sentido genérico) no Árabe.)
Estranhamente,  o Islã tenta dar o status de culto, digamos teologicamente correto, aos rituais pré-islâmicos de peregrinação à  Meca, de forte conotação pagã. Ousando afirmar, sem nenhuma sustentação, fora dos seus próprios escritos, que Abraão e Ismael os praticavam; e que, depois, tal atividade teria sido distorcida pelos infiéis, os quais lhe deram o caráter idólatra. Maomé teria corrigido o deslize.
A despeito do que diz, por exemplo, na Sura 48, a imposição da religião islâmica implicou em atrocidades condenáveis tanto quanto as denunciadas no tempo da Jahiliyya. Além conversões forçadas e, certamente, estimuladas por uma percepção carnal do Paraíso.
Qualquer estudioso minimamente isento não deixa de ficar, no mínimo, horrorizado de como tais escrituras ousam justificar certas pessoas e tais atos. Logo se compreende que tal pensamento e percepção da vida, de Deus e da religião tendem  levar os desinformados ou mal-informados ao extremismo.
E a pergunta que fica é a seguinte: quais autores tiveram intenção honesta e pura, em consonância com conceito de santidade requerido pelas Sagradas Escrituras, a qual jamais justifica o que é errado ou a manipulação da verdade? Até porque está escrito no Torá e o Novo Testamento (I Pedro 1:16) corrobora:  Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo (Levítico 19:2 ).

- Sura 48: (26 Quando os incrédulos fomentaram o fanatismo - fanatismo da idolatria - em seus corações Deus infundiu o sossego em Seu Mensageiro e nos fiéis, e lhes impôs a norma da moderação, pois eram merecedores e dignos dela; sabei que Deus é Onisciente. 27 Em verdade, Deus confirmou a visão do Seu Mensageiro: Se Deus quisesse, entraríeis tranqüilos, sem temor, na Sagrada Mesquita; uns com os cabelos raspados, outros com os cabelos cortados, sem medo. Ele sabe o que vós ignorais, e vos concedeu, não obstante isso, um triunfo imediato. 28 Ele foi Quem enviou o Seu Mensageiro com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre todas as outras religiões; e Deus é suficiente Testemunha disso.)

II – O QUE SE PODE APURAR SOBRE O CARÁTER DOS ESCRITORES?

A) Resposta 01 (Novo Testamento):

-  1Timóteo 3:1  Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. 3:2  É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar;  3:3  não dado ao vinho, não espancador, mas moderado, inimigo de contendas, não ganancioso;

 - Tito 1:5  Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei;  1:6  alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes. 1:7  Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;  1:8  mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante;  1:9  retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina como para convencer os contradizentes.

 - 1Coríntios 13:4  O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,  13:5  não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 13:6  não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;  13:7  tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Eis o padrão moral de vida e a motivação principal de um líder cristão, num tempo, quando Paulo escreveu, em que NÃO havia templos ou catedrais. Ser cristão implicava no risco de ser perseguido e morto pelos judeus; os quais viam sua homogenia de religião monoteísta ameaçada; e também pelo Império Romano. Embora os primeiros apóstolos e discípulos jamais tenham se organizados como força política, a mensagem que pregavam (Jesus Cristo é o Senhor (Deus) e nosso rei.) sempre foi mal vista por César, que si mesmo intitulavam divindades.
Os cristãos também NÃO foram chamados assim pelo próprio Jesus; mas pelos de fora, porque estes viram o seu caráter e o tomaram por “pequenos Cristos”; a quem se assemelhavam na pureza dos motivos, na vida sacrificial em função de uma espiritualidade verdadeira, ao contrário de religiosidade compulsiva. Jesus havia profetizado o crescimento da fé cristã com a possibilidade do martírio e sem o uso da  violência.
 Alguém disse e com toda a razão que em termos de honestidade, verdade, virtude e moralidade, os apóstolos e primeiros discípulos são exemplo inatacáveis e tinham uma bagagem de dar inveja. Estavam determinados a viver a sua fé; sendo que todos os apóstolos tiveram mortes terríveis, o que demonstra a grandeza do seu caráter.
Desde o início, conforme o relato de Atos dos Apóstolos, os líderes judaicos tentaram silenciá-los a respeito da ressurreição e a condição divina de Jesus. Depois, Herodes, mandou passou passar pelo fio da espada a Tiago, o primeiro dos apóstolos a ser martirizado. Paulo sofreu perseguição dos judeus invejosos quanto ao crescimento do Cristianismo, desde o início de sua conversão até ser levado preso para Roma; onde, segundo o testemunho da História, foi também martirizado. Antes deles, Estevão, o primeiro mártir morreu apedrejado e, a exemplo de Jesus, suplicando o perdão de Deus para os seus assassinos.
A pergunta respondida tem por fundamento o que Lee Strobel denomina em seu livro O Teste do Caráter; com que se objetiva saber se os autores em questão tinham o propósito de serem verdadeiros.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
Observamos que o principal deles, Maomé, jamais se enquadraria nas qualificações de simples líder cristão: quanto à moralidade, à sexualidade, ao caráter pacífico e quanto ao fato de não fazer da religião um meio de vida ou de projeção política com intenções questionáveis.
Conforme já o dissemos e importa repetir, a imposição da religião islâmica implicou em atrocidades condenáveis tanto quanto as denunciadas no tempo da Jahiliyya. Além de conversões forçadas e, certamente, estimuladas por uma percepção carnal do Paraíso. E qualquer estudioso minimamente isento não deixa de ficar, no mínimo, horrorizado de como tais escrituras (Tanto o Alcorão, como a Suna.) ousam justificar certas pessoas e tais atos. E logo se compreende que tal pensamento e percepção da vida, de Deus e da religião tendem levar os desinformados ou mal-informados ao extremismo. Num dos meus escritos sobre a comparação que quer o Islã fazer entre Maomé e Jesus em relação à Moisés, cito o artigo A Vida Real de Maomé, escrito por W.H.T. Gairdner, também em réplica a determinada publicação islâmica. Gairdner, apura na própria Suna e em estudiosos da mesma, elementos para, sem o risco do falso testemunho, atribuir a Maomé:
1 – saques;
2 – desrespeito às convenções de guerra;
3 – deportação e execução em massa, inclusive de prisioneiros de guerra;
4 – ataques não-provocados e governo através de assassinatos;
5 – abuso coletivo de mulheres;
6 – conversões forçadas ou estimuladas por uma percepção carnal do Paraíso;
7 – além do fato, também apurado no estudo de livros da Suna, de ser aquele líder religioso, em termos de temperamento, um homem irascível, vingativo e impiedoso.
A própria fundação do Xiismo bem demonstra os bastidores e o caráter dos sucessores de Maomé como líderes da religião, com o assassinato Aly. Já no que diz respeito ao Cristianismo, máculas dessa enormidade jamais foram encontradas nos apóstolos e primeiros discípulos ou lideranças pós-apostólica e pré-Catolicismo. Na história do Catolicismo é que iremos encontrar, assim como no Protestantismo pós-Reforma, notícia de horrores semelhantes e indicativos do caráter anti-cristão  de ditos praticantes do... Cristianismo (Judas 3-4).  
A pergunta que fica, tomando por base esses apontamentos é: quem tinha por uma questão de caráter e valores a capacidade de ser totalmente verdadeiros em seus escritos? Com quem a minha leitora, NÃO estando vivendo numa cultura onde a religião fosse impositiva e compulsória, preferiria se casar. E a quem o meu leitor teria a segurança de dar a sua filha por casamento? 

III -  TERIAM ACOBERTADO MATERIAL CONSIDERADO EMBARAÇOSO, FORJADO E/OU MANIPULADO INFORMAÇÕES?

Resposta 01 (Novo Testamento):
O texto ao qual oferecemos esta réplica, afirma com exatidão que dos quatro Evangelhos, apenas o de João menciona seu autor. A autoria dos demais, sabemos-lhe em função de toda uma tradição oral e depois manuscrita. E num exemplo oposto, não se preservou a autoria da Carta aos Hebreus, de longe o mais teológico e bem escrito livro (do ponto de vista literário) do Novo Testamento. Se os autores do Novo Testamento (E mesmo os cristãos pós-apostólicos e pré-Catolicismo) tivessem mesmo a intenção de acobertar material considerado embaraçoso, “justificar” atos reprováveis,  omitir ou  manipular informações poderiam, por exemplo:
A) Atribuir a Carta aos Hebreus a um dos principais apóstolos (Pedro ou João) e também a Paulo; mas, não o fizeram.
B) Atribuir os Evangelhos de Lucas e de Marcos e Atos dos Apóstolos a personagens menos obscuros e mais importantes na história de Jesus (Por exemplo, os apóstolos, Maria, mãe de Jesus ou Maria Madalena ou Lázaro); também não o fizeram.
C) Negar fatos embaraçosos nos mesmos constantes, assim como ou evitar que outros se propagassem. Por exemplo:
1- O fato de Pedro ter negado a Jesus.
2 – O fato de todos os apóstolos ter fugido,  quando Ele foi preso.
3 – O fato das mulheres, principalmente Maria e Maria Madalena, terem demonstrado mais preocupação com Ele após Sua morte, quando todos supunham que não iria ressuscitar, conforme Ele havia predito.
4 – O fato de Maria Madalena e as mulheres serem as primeiras testemunhas de Sua ressurreição, sabendo que o testemunho de uma mulher (Tal como acontece ainda hoje no Islã.) tinha pouco valor legal e os apóstolos inicialmente não acreditaram nelas.
5 – Impedir a circulação nas igrejas da Carta aos Gálatas, na qual Paulo narra um lamentável incidente com Pedro em Antioquia.
6 – Não permitir que os escritos de Paulo formassem o maior contingente do Novo Testamento, sabendo-se que ele não era uns dos Doze. Pelo contrário, o próprio Pedro dá aos escritos de Paulo, e, por extensão, aos de Lucas,  o caráter de revelação (II Pedro 1: 20-21 e 3: 15-18).
7 – Esconder a situação pecaminosa de várias pessoas e igrejas dos tempos apostólicos, fabricando um modelo de igreja “perfeita”. Poderiam esconder ou maquiar informações, mas NÃO O FIZERAM.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
Al Bukhari é o principal compilador dos Hadith (Ditos e feitos do profeta). Escreve, porém, 250 anos após os eventos (870 d.C.). Segundo ele, o primeiro sucessor de Maomé, Abu Kakr, incumbiu ao jovem Zaid ibn-Thabit a fazer a compilação do Alcorão, para que as “revelações” do profeta fossem conservadam em forma manuscrita.
E o que teria dito o jovem Zaid sobre tal incumbência? Seria mais fácil transportar uma montanha de lugar que reunir as palavras de Maomé em forma de livro. E quais seriam as fontes do jovem compilador?  Aias escritas em caule de folhas de palmeiras, nos umbrais de portas, dentre outros dessa natureza, além da memória daqueles que sabiam um ou outro de cor.
Ainda segundo Bukhari, com a morte de Bakr, o projeto caiu no esquecimento. Poucos, senão o califa,  tinham achado a incumbência de Zaid assim tão importante. Hafsah, uma das onze viúvas do profeta, conserva sob custódia o manuscrito de Zaid ou o que teria sido a primeira versão autorizada do Alcorão.
Acontece, ainda segundo Bukhari, que paralelamente outros códigos (versão manuscritas) foram feitos (Ou já haviam sido escritos?) por companheiros próximos de Maomé. E não é sem razão que outro escritor, As-Suyuti, autor de Al Itqan Fii Ulum al-Quran, nos informa que ibn-Umar, o segundo califa, foi categórico em afirmar:
“Que nenhum de vós diga: ‘Eu adquiri o total do Corão’. Como se pode saber qual é o todo do Corão, quando muito do livro desapareceu? Que diga de preferência ‘Eu adquiri o que sobreviveu’.”
Quando Umar disse isso, ele bem sabia o que estava acontecendo. Pois segundo os estudiosos da matéria, pelo menos quinze outras versões podem ser contabilizadas. Três das mesmas merecem destaque:
A – IBN MAS’UD: Segundo Bukhari, quando Maomé teria mencionado as quatro maiores autoridade sobre o Alcorão, portanto, aptos para ensiná-lo com fidelidade, Mas’ud foi apontado pelo “profeta” como a principal. Estranhamente Bakr não o incumbiu nem para auxiliar o jovem Zaid. E o terceiro califa, Uthman iria mandar destruir o manuscrito que a principal autoridade sobre Alcorão, segundo o próprio Maomé, compilou. O manuscrito de Mas’ud tornou-se o texto oficial em Kufa,
B – SALIM, UM EX-ESCRAVO: Segundo o já mencionado As-Suyuti, era o segundo da lista de Maomé, mas foi o primeiro a reunir o Alcorão na forma manuscrita. Antes mesmo que o jovem Zaid ou Mas’ud.
C – UBAYY  IBN KA’B: Também citado entre os quatro. Seu manuscrito teria sido adotado na Síria.
Ainda segundo Bukhari, no califado de Uthman, 644-656 d.C., este quis reunir o povo em torno de uma só versão manuscrita. Então ordenou a Zaid que, junto com uma equipe, transcrevesse o manuscrito que ficara sob custódia de Hafsah em outras sete cópias. As cópias teriam sido enviadas para as províncias; enquanto que os outros manuscritos foram queimados.
Mas’sud, pelo menos inicialmente, teria reagido com forte veemência. E alegou que Zaid era ainda criança, quando Maomé vivia e ele, Mas’ud, teria recebido diretamente do “profeta” nada menos do que 70 suras; seja, mais da metade do Alcorão.  Diante de fatos e afirmações apuradas na Suna como esses, outros escritores como, por exemplo, ibn Abi Dawd (Kitab al-Masahif) e ibn Sa’d  (Kitab al-Tabaqat) ou qualquer um outro chega a seguinte conclusão: o Alcorão que o Islã hoje tem em mãos, como se fosse “cópia de placas eternas custodiadas no céu” NÃO foi reconhecido como autêntico NEM mesmo pela principal autoridade no assunto, apontada por Maomé. E faço minhas as palavras de John Gilchristt, estudioso contemporâneo do assunto,  em seu Enfrentando o desafio muçulmano:
“Apesar das abundantes evidências de que o códice de Zaid era apenas mais um entre muitos outros manuscritos antigos, sem motivo para se crer que fosse o melhor disponível, ou que pelo menos uma cópia autêntica, ele foi padronizado por Uthman como texto oficial do Corão, e assim permanece até hoje.”  

V – É POSSÍVEL VERIFICAR SE O ESSENCIAL DAQUILO QUE REGISTRARAM É MESMO VERDADEIRO, ATRAVÉS DE PESSOAS E FONTES NÃO COMPROMETIDAS COM OS SEUS IDEAIS?

Resposta 01(Novo Testamento):
Uma das mentiras mais exploradas pelos anti-Cristo ou anticristãos, na tentativa de negarem a condição divina de Jesus Cristo; ou doutrinas bíblicas fundamentais, como a que os crentes pós-apostólicos e pré-Catolicismo definiram como Trindade; é dizer Jesus somente foi reconhecido Deus, e a doutrina teria sida criada e o Novo Testamento formado nos anos Trezentos, quando do Concílio de Nicéia,  emergência do Catolicismo. E como o próprio Novo Testamento os desmente; então forjam mentira de que as Sagradas Escrituras tivessem sido adulteradas por padres romanos, para favorecimento da percepção apostólica da condição divina de Jesus.

O problemão que arrumam para si mesmos é o seguinte: a condição divina de Jesus Cristo e Sua obra expiatória é fato comprovado no Antigo Testamento. Se o leitor quiser compreender isso mais a fundo, aconselho a leitura do meu artigo  "ISLÃ X BÍBLIA" 03: SOBRE A COMPARAÇÃO ENTRE JESUS E MAOMÉ EM RELAÇÃO A MOISÉS (Ou Tréplica A Anacleto Benane Sobre Deuteronômio 18: 18 E Réplica Ao Link Pelo Mesmo Enviado), também publicado neste blog.  E depois, a própria História, através dos escritos deixados por autores não cristãos dos primeiros séculos, nos legou as mesmas informações. Vejamos:

A - FLÁVIO JOSEFO. Nasceu em 37 d.C., sendo, portanto, contemporâneo dos apóstolos e primeiros discípulos. Na sua obra Antiguidades, escrita ainda no século I, faz referência a Jesus e Sua crucificação por Pôncio Pilatos e sobre Tiago, irmão de Jesus por parte de Maria, falando sobre o martírio dele.

B -  TÁCITO E O TALMUDE .  Tácito foi um historiador romano, nascido em 55. d.C e autor de Anais, publicado no início do século Segundo. Nessa obra ele afirma:
Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas por toda a cidade de Roma”.
O que Tácito chama de “superstição perniciosa” era justamente a confissão apostólica de que Jesus Cristo havia ressuscitado e era Deus. Ele, assim como o Talmude, exemplifica o testemunho hostil que não deixa de atestar a crença apostólica e os fatos por estes registrados no Novo Testamento. O Talmude é obra concluída no final do século V, mas incorpora a Mishná, compilada entre o final do Segundo século, início do Terceiro. Nela, Jesus é considerado um falso Messias, praticante de artes mágicas e teria sido por isso justamente condenado à morte.
C –  PLÍNIO E PLÍNIO, O JOVEM. Viveu entre  62 -113 d.C.,  sendo governador romano da Bitínia, hoje a região ao noroeste da Turquia. No início do segundo Século, afirma em carta dirigida ao imperador Trajano de Roma:

Afirmaram, no entanto, que toda a sua culpa, ou o seu erro, foi que tinham o hábito de reunião em um determinado dia fixo antes do amanhecer do dia, quando cantavam em versos alternados um hino a Cristo, como a um deus, e vincularam-se por um juramento solene, não a qualquer maldade, mas a nunca cometer qualquer fraude, roubo ou adultério, nunca falsificar a sua palavra, nem deixar de entregar uma relação de confiança quando necessário; após essa reunião, era o seu costume se separar para então se reunir novamente e dividir os alimentos - mas a comida de um tipo comum e inocente. Mesmo esta prática, no entanto, eles abandonaram após a publicação do meu edital, pelo qual, de acordo com vossas ordens, eu tinha proibido as associações políticas. Julguei tanto mais necessário extrair a verdade real, com a ajuda de tortura de duas escravas que eram diaconisas de estilo, mas eu não consegui descobrir nada mais do que superstição depravada e excessiva.

 

Resposta 02 (Alcorão e Suna):

Fora do Alcorão ou da Suna não se encontra documentos históricos para comprovação sequer da existência de Maomé. A Suna não é uma fonte primária de documentação e os próprios manuscritos que hoje o Islã alega ser uma das cópias feitas por Zaid são totalmente questionáveis, conforme verificaremos ainda nesta série de artigo. O que temos, então: ausência de fontes externas e, portanto,  também comprobatórios; documentos questionáveis, contendo informação em conflito; e escritos com datas tardias.
A – BIOGRAFIAS (Sirat): A mais antiga foi escrita por ibn Ishaq em 767, portanto, mais de cem anos após a morte de Maomé. O manuscrito original, segundo o Islã, teria desintegrado; mas cópias do Alcorão, curiosamente, não.  Cópias teriam sido feitas e a mais antiga, procedida por ibn Hisham, data de 833 d.C.
B – HADIS (Ditos e Feitos do Profeta): O principal compilador, Bukhari compila-os por volta de 870 d.C., seja, duzentos e cinqüenta anos depois dos eventos. Portanto não são fontes primárias, mas “revelações” secundárias.
C – TAFSIR (Comentários sobre quando e por que foi escrito cada verso do Alcorã): autor e também da história das tradições (Tahriq), Taba Al Tabari, aliás, um dos mais proeminentes da história do Islã, ainda era vivo no século X. Como em 923 d.C., Tabari poderia saber com propriedade o que teria sido “revelado” a Momé nos anos Seiscentos?  

VI – QUEM OS ESCREVEU (NOVO TESTAMENTO, ALCORÃO E SUNA) TINHA MESMO CAPACIDADE PARA FAZÊ-LO?

Resposta 01 (N ovo Testamento):
Os critérios de escolha dos livros que formaram o Novo Testamento respondem bem essa questão:
a) Precisavam ter autoridade apostólica; ou seja: os autores teriam que estar entre os apóstolos e primeiros discípulos ou serem pessoas diretamente ligadas aos mesmos. Por exemplo: segundo o escritor cristão, Papias (125 d.C.), o Evangelista Marcos teve no apóstolo Pedro a sua fonte para o que escreveu. Paulo foi companheiro de Barnabé, conheceu e teve contato com os Doze, tendo ainda o evangelista Lucas por companheiro de  trabalho missionário. E Pedro, nas próprias páginas do Novo Testamento, confere aos escritos de Paulo o caráter de inspiração divina, tal como faz em relação aos profetas do Antigo Testamento. E, no sentido contrário, a apóstolo João condena a filosofia gnóstica docentista em seus escritos; e o mesmo faz Paulo na sua Carta aos Colossenses. Estranhamente, o Alcorão reproduz como se fosse uma “nova revelação” conceitos gnósticos sobre a crucificação, além de outras heresias surgidas a partir do Segundo século.     
b) Precisavam ser utilizado pela Igreja desde o primeiro século. De modo que livros escritos depois da morte dos apóstolos ou  partir o segundo século (Caso dos apócrifos.), não foram incluídos. Embora alguns possuam inestimável valor documental e até informativo. Não foram os escritores que impuseram livros às igrejas cristãs; as igrejas é que reconheceram a inspiração divina nos livros, reconhecendo os seus autores e tais escritos dignos de confiança.
c) Eram ensinamentos ORTODOXOS e transformadores de vida. Como os livros apócrifos, assim como a filosofia gnóstica, proliferariam no século Segundo, nenhum livro do período foi escolhido. Mesmo que alguns autores, vivos ainda na primeira parte do daquele século, caso de Clemente e Irineu, tivessem conhecidos ou convivido com algum dos Doze.
Resposta 02 (Alcorão e Suna)
1 – O compilador do Alcorão imposto ao Islã por Uthman foi contestado por Mas’ud, considerado pelo próprio Maomé como a principal autoridade em Alcorão.
2 – O próprio compilador do Alcorão descrê na sua capacidade para fazê-lo, achando mais fácil transportar montanhas de um a outro lado.
3 – O Trabalho de Zaid equivaleria ao do evangelista e historiador Lucas (1:1-4 e Atos 1: 1-3).
a) O problema é que Zaid foi contestado por uma das principais testemunhas  oculares e tida pelo “profeta” como a principal autoridade no assunto. Lucas, antes pelo contrário. Ele foi cooperador de Paulo na sua obra missionária. E se Paulo teve seu trabalho reconhecido por Pedro, um dos principais entre os Doze; com Lucas, por extensão, acontece o mesmo. De forma que Pedro reconhece Paulo, que autoriza Lucas.
b)  Além disso, há dois evangelhos atribuídos a um dos Doze: João e Mateus.
c)  Assim como no tempo de Zaid, no tempo de Lucas havia outras narrativas (orais ou manuscritas)  sobre as palavras e feitos de Jesus Cristo. Tais narrativas, por certo que tiveram valor relativo e circulação restrita entre os cristãos; porém, não se tornaram de uso continuado e de larga utilização nas igrejas. Nem foram transcritas continuamente, até serem reunidos num códice. Mas não se tem notícias de que foram execradas por um dos Doze e que fossem queimadas pelos apóstolos. As perguntas que ficam são as seguintes:  Subtraiam e/ou acrescentavam versos ou suras inteiras? Havia alterações consideráveis, que os modificavam em sua inteireza ou essencialidade? Não eram autênticos ou “perfeitas cópias custodiadas no céu” (Ou com Hafsah?) como teriam sido a versão de Zaid? Mas somos informados por ibn Abi Dawud (Kitab al-Masahif)  que a própria versão “perfeita”, sancionada por Uthman,  sofreria modificações, feitas por Al-Hajjaj ibn Yusuf...

VII – QUAIS ESCRITOS E EXEMPLOS DE VIDA DE SEUS AUTORES ALINHAM-SE AO PADRÃO DE ESPIRITUALIDADE DA REVELAÇÃO ANTERIOR, TOMADA PELOS MESMOS COMO DIVINA (A TORÁ)? 

1 – Êxodo 20:7  Não tomarás o nome do Senhor teu Deus
em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.

Resposta 01 (Novo Testamento):
O nome do Senhor (Jesus Cristo)  foi utilizado na propagação do Evangelho sem a utilização da violência, do período apostólico à emergência do Catolicismo, quando a igreja, na sua quase totalidade, permaneceu apostólica.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
O nome de Deus é utilizado para “justificar” atrocidades contra judeus e cristãos indefesos e inocentes; e a moral duvidosa de uma pessoa, cujo caráter e estilo de vida não se enquadra no exigido ao mais simples líder cristão do Novo Testamento; e para pregar uma religião que não se fundamenta as promessas e Alianças de Deus.

2 –   Êxodo 20:12  Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Efésios 6:1  Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 6:2  Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), 6:3  para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.
Colossenses 3:20  Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor.
- 1Timóteo 5:1  Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos;  5:2  às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
Somos informados que quanto às conversões forçadas no Islã, esposas renegaram aos seus maridos para, sem seguida, se entregarem aos assassinos dos mesmos; uma das quais a Maomé: a bela Safiyya, apenas alguns dias mais tarde!!! Se tal aconteceu, o mesmo ocorreu em relação a filhos quanto a seus pais e até mesmo destes em relação aos próprios filhos. Este tipo de horror comportamental até foi previsto por Jesus e seus apóstolos (Mateus 25:6-10 e II Timóteo 3: 1-5).
Conforme nos informa W. T. Gairdner,

Os santos  (DO ISLÃ) não eram lentos em seguir as instruções de seu líder. Um deles, ao encontrar sua irmã na praia, matou-a – suponho que deveríamos dizer ‗executou-a„ – na mesma hora por esta ter feito sátira com respeito ao profeta. O islã, naquela época, obliterou todos e quaisquer vínculos naturais. Por vezes havia, de fato, uma sanguinária competição para demonstrar sinceridade e lealdade ao profeta, por meio do assassinato do pai, do parente ou do amigo”.

Gairdner está fundamentado em sua informação em ibn Hisham. Ainda hoje em dia, no mundo islâmico, se os pais abandonam a religião que lhes foi imposta, qual é o comportamento (estimulado) dos filhos e da parentela em relação a eles? Somos informados por fontes fidedignas do caso de crianças serem tiradas de seus pais, quando estes abraçam outra fé. De modo que o princípio divino é largamente desobedecido, e prontamente justificadas as atrocidades da desobediência decorrente.

3  –  Êxodo 20:13  Não matarás.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Mateus 5:43  Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. 5:44  Eu (JESUS), porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; 5:45  para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
- Atos 7:59 Apedrejavam, pois, a Estêvão que orando, dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.  7:60  E pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. Tendo dito isto, adormeceu. E Saulo consentia na sua morte.
- 1Pedro 2:20  Pois, que glória é essa, se, quando cometeis pecado e sois por isso esbofeteados, sofreis com paciência? Mas se, quando fazeis o bem e sois afligidos, o sofreis com paciência, isso é agradável a Deus. 2:21  Porque para isso fostes chamados, porquanto também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo, para que sigais as suas pisadas.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):

- 2Sura 2: 56 Não há imposição quanto à religião(117), porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, Ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte,  Sapientíssimo.
- Sura 4:89 Anseiam (os hipócritas) que renegueis, como renegaram eles, para que sejais todos iguais. Não tomeis a nenhum deles por confidente, até que tenham migrado pela causa de Deus. Porém, se se rebelarem, capturai-os então, matai-os, onde quer que os acheis, e não tomeis a nenhum deles por confidente nem por socorredor.

Num período de vinte anos, de acordo com a condição política de Maomé na Arábia, os ditames do Alcorão mudam. Primeiro  eles são conciliadores e afirmam que Allah teria dito que a religião não é compulsiva. Maomé Ele ainda não tinha o poderio militar. Quando o obtém, os ditames da “revelação” tornam-se outros, de acordo com as suas conveniências. Qualquer que se aprofundar nesse tema poderá contextualizar os acontecidos na Arábia com a cronologia das “revelações”,  sabendo-se que as Suras no Alcorão NÃO estão na sua ordem cronológica.
CABE UM PARALELO: No primeiro texto da resposta anterior, Cristo,  com a Sua autoridade divina, desfaz o princípio de retaliação e do ódio ao inimigo constante no “olho por olho, dente por dente”, que vigorou na Lei de Moisés. No segundo, Estevão, o primeiro mártir da Nova Aliança, segue exatamente o que diz Pedro, na terceira passagem bíblica, a respeito do exemplo deixado por Jesus. E esta será a tônica do Cristianismo apostólico e pós-apostólico e pré-Catolicismo.
Maomé e seu Alcorão chamam Jesus de Messias e também citam os apóstolos e os primeiros discípulos como fonte de autoridade. Estranhamente, porém, aquele livro e seu autor fazem repetidos  elogios  à Lei do Talião como princípio  a ser observado. Certamente, buscando justificativa para as atrocidades cometidas na Arábia.
Don Richardson, no seu  Segredos do Alcorão, enfatiza que não há um só verso na  “escritura sagrada” do Islã, em que os judeus são acusados de agressão física a Maomé; somente rejeitavam a “autoridade” profética que este quis lhes impor.  E num dos meus artigos, em réplica à comparação que o Islã ousa fazer entre Jesus e Maomé em relação à Moises, fundamento os paralelos que devem ser feitos entre a campanha deste e Josué na conquista de Canaã e o banho de sangue que o Islã promoveu na Arábia. Sobejam versos incitando e “justificando” a violência no Alcorão; já alguns livros da Suna, os autores friamente a contextualizam, exaltam-na e até a legalizam.
A pergunta que fica é: como a “revelação” corânica, posterior a Cristo, retroage ao “dente por dente, e olho por olhos” da Lei de Moisés?  Seria Deus um ser hesitante, tal como quer o Alcorão, capaz de criar e abolir versos, de acordo com as inclinações morais ou a situação política de um dito profeta? Em verdade, em termos de legislação, a Lei Sharia, facultada pela existência do Alcorão,  é um tremendo retrocesso à própria lei mosaica. E, então,  quais livros e autores realmente se conformam ao princípio do valor à vida e do que Deus deseja vigore nas sociedades e nas relações humanas?

4  – Êxodo 20:14  Não adulterarás.

Resposta 01 (Novo Testamneto):
- Mat 5:28  Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.  5:29  Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
- 1Tessalonicenes 4:3  Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, 4:4  que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, 4:5  não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus;  4:6  ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.  4:7  Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. 4:8  Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.
- 1Timóteo 5:1  Não repreendas asperamente a um velho, mas admoesta-o como a um pai; aos moços, como a irmãos; 1Ti 5:2  às mulheres idosas, como a mães; às moças, como a irmãs, com toda a pureza.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
a) Concepção carnalizada do Paraíso (Suras 38: 49, 44:51 e 55:45-72, dentre outras), em completo desacordo com a palavras de Jesus Cristo, de que “céu não se casam e nem se dá em casamento, pois todos são  como os anjos” (Marcos 12:25/ Lucas 20:34-36).
b) “Ouvimos aterrorizados os relatos de estupros que vão além dos limites do imaginável, durante a referida campanha: o que pensaria o público (e o que diria Woking), quando souberem que as tropas compostas pelos primeiros santos e mártires maometanos, comandadas por Maomé em pessoa, cometeram estupros no campo de batalha em, pelo menos, uma ocasião e sob circunstâncias peculiarmente chocantes? A ocasião foi logo após a derrubada de Bani Mustaliq junto aos poços de Marasi, quando muitas das duzentas mulheres capturadas da tribo (propositalmente chamadas de mulhers ‗livres‟ e não ‗escravas‘, ‗Kara‟im al Arab Halabi II, pg, 296) foram estupradas pelos homens de Maomé, com seu pleno consentimento! Não pode haver dúvidas quanto aos fatos; eles são narrados por todos os mais reputados tradicionalistas e por, pelo menos, dois dos historiadores: tão verdadeiros são os relatos, que, em certo ponto da própria Shari‘a, esta é estabelecida como referência para o incidente.”
                   (W.H.T. Gairdner, em A Vida Real de Maomé.)


-  52 Ó Profeta, em verdade, tornamos lícitas, para ti as esposas que tenhas dotado, assim como as que a tua mão direita possui (cativas), que Deus tenha feito cair em tuas mãos, as filhas de teus tios e tias paternas, as filhas de teus tios e tias maternas, que migraram contigo, bem como toda a mulher fiel que se dedicar ao Profeta, por gosto, e uma vez que o Profeta queira desposá-la; este é um privilégio exclusivo teu, vedado aos demais fiéis. Bem sabemos o que lhes impusemos (aos demais), em relação às suas esposas e às que suas mãos direita possuem, a fim de que não haja inconveniente algum para ti. E Deus é Indulgente, Misericordioso. 53 Podes abandonar, dentre elas, as que desejares e tomar as que te agradarem; e se desejares tomar de novo a qualquer delas que tiveres abandonado, não terás culpa alguma. Esse proceder será sensato para que se refresquem seus olhos, não se aflijam e se satisfaçam com o que tiveres concedido a todas, pois Deus sabe o que encerram os vossos corações; e Deus, é Tolerante, Sapientíssimo.

Aos líderes  cristãos se exigiu, de acordo com a revelação  de Jesus, que aperfeiçoou a Lei de Moisés, uma vez que a revelação na Bíblia é progressiva (Hebreus 1:1-3), que fossem marido de uma só esposa (Timóteo 3: 1-3). E nem se cogita que tenham concubinas ou escravas (como teve Maomé). Do jovem e solteiro Timóteo, o ensino apostólico de Paulo  exige total pureza no trato com as moças da igreja. E a pergunta que fica é: pode uma escritura dita sagrada, que deveria  se conformar à revelação verdadeira, mas não o faz;  e ainda quer justificar um tipo de comportamento completamente oposto no trato com a mulher; conformar-se ao princípio divino da santificação? E como poderia Maomé,  com tais “revelações” a seu favor, olhar para as mulheres com a pureza do princípio monogâmico que, desde o princípios desejou, conforme as palavras de Jesus (Verdadeira revelação.)?

-  E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés?
E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne
. Marcos 10:2-8


5 - Êxodo 20:15  Não furtarás.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. 1 Coríntios 6:7-10
- Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?  Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Romanos 2:21-23
- Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes
. Mateus 5:38-42


Resposta 02 (Alcorão e Suna):
-   “...os Qainuqas, confessadamente, admitiram que sua reação (A MOAMÉ) não foi além de respostas irônicas e sonoras vaias (Hisham p. 545). Será que a perfeita ética humana apro(varia o assassínio premeditado de todos os homens de uma tribo por causa disso?
Aliás, estes Qainuqas somente escaparam de um massacre de dimensões catastróficas por causa da persistência do estrategista Abdullah Ibn Ubayy, e não à humanidade de Maomé. Tabari relata explicitamente que ‗os soldados vieram no intuito de cumprir a sentença do profeta contra os judeus que, então, foram amarrados sob a determinação pessoal do profeta para que fossem exterminados (17)‘. Foi aí que Abdullah interveio; mas, como resultado de seu ato, seus ‗700 guerreiros‘ teriam compartilhado o mesmo e horrível fim que sobreveio aos homens do Bani Quraiza (18), já que foi a persistência desesperada de Abdallah que fez com que o profeta se irasse e que a expressão de seu rosto se tornasse muito obscura‘. O profeta ficou extremamente furioso ao ser obrigado a poupar aquelas centenas de vidas humanas.
Exatamente da mesma maneira, os Bani Nadir, judeus,  foram expulsos de seu país e tiveram praticamente todos os seus bens pilhados. As justificativas para este procedimento (na verdade, para toda a campanha contra os Bani Nadir), foram as mais ridículas e inconsistentes e, por isso, não suportariam a duas linhas de análise crítica. A acusação de trapaça, por exemplo, que ostensivamente justificava o ataque original, foi silenciosamente retirada. Não é, entretanto, como diz o relato do Corão (sura 58).
Estes maus negócios de deportação foram, mais tarde, abolidos das práticas dos maometanos, já que representavam ‗maus investimentos econômicos‘ e a ‗prática muito mais proveitosa de constituir o pagamento de um tributo por parte das tribos conquistadas, ‗dhimmis‟, foi instituída‘. Portanto, a tribo de Khaybar não foi deportada, mas passou a ser obrigada a pagar tributo”.
                      (W. T. Gairdner,  A Vida  Real de Maomé)

6 –  Êxodo 20:16  Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Resposta 01 (Novo Testamento):
- Mateus 5:37  Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):
a) Num primeiro momento, a conversão ao Islã não é forçada, pois Maomé ainda não detinha  total controle e poder de vida e morte sobre os habitantes da Arábia. Num segundo, quando o poder se consolida, judeus e cristãos (monoteístas) e os árabes politeístas deveriam ser exterminados, caso recusassem o Islã.
b) Conforme observa Don Richardson, em seu Segredos do Alcorão, não há um sequer verso daquele livro dizendo que os judeus, antes de atacados e serem constrangidos a se defender como podiam, tenham agredido  fisicamente Maomé; apenas os ridicularizavam.
c) Sobejam no Alcorão e na Suna “justificativas” para as atrocidades cometidas pelo “profeta”  e conforme observa Gairdner,
 “ O veemente argumento por parte dos apologistas é que Maomé era o de facto governante de Medina e que ele, em concordância com os líderes destas tribos judias, havia, virtualmente, entrado em acordo com estas tribos, de maneira que sua oposição foi, na verdade, uma trapaça por parte das tribos. Bem, não apenas ressaltamos que (a) o ‗Kitab‘ de 
A.H. foi uma prescrição e não um acordo; (b) uma das tribos veementemente negou a existência de qualquer acordo com Maomé (la a 'qda bainana wa baina Muhammadin wala 'ahd) e os dois Sa'ds nada responderam em apelo ao Kitab (Hisham p. 675); e, (c) os Qainuqas, confessadamente, admitiram que sua reação não foi além de respostas irônicas e sonoras vaias (Hisham p. 545). Será que a perfeita ética humana aprovaria o assassínio premeditado de todos os homens de uma tribo por causa disso?”.

A pergunta que fica é seguinte: à luz da revelação  trazida por Jesus (Amor a Deus e ao próximo e nada absolutamente justificando o mal contra quaisquer pessoas.), não soa como falso testemunho as “justificativas” encontradas no Alcorão e na Suna para os abusos praticados por Maomé contra àqueles que ele tomou inimigos e contra suas filhas e esposas? Será mesmo que o Deus da Bíblia (O qual não é Allah, evidentemente.) mudaria algum a revelação, de acordo com as circunstâncias política e inclinações amorosas de algum profeta? Que autores e livros tenderiam a acobertar fatos embaraçosos e “justificar” atos reprováveis?

7 -  Êxodo 20:17  Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Resposta 01 (Novo Testamento):
 - Heb 10:32  Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições; 10:33  pois por um lado fostes feitos espetáculo tanto por vitupérios como por tribulações, e por outro vos tornastes companheiros dos que assim foram tratados.10:34  Pois não só vos compadecestes dos que estavam nas prisões, mas também com gozo aceitastes a espoliação dos vossos bens, sabendo que vós tendes uma possessão melhor e permanente

1Ti 6:3  Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade,  6:4  é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas,  6:5  disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro;  6:6  e, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento.  6:7  Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar;  6:8  tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes.

- Mar 10:42  Então Jesus chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os que são reconhecidos como governadores dos gentios, deles se assenhoreiam, e que sobre eles os seus grandes exercem autoridade. 10:43  Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva;  10:44  e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. 10:45  Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

Resposta 02 (Alcorão e Suna):

-1 Sura 8: 1 : Perguntar-te-ão sobre os espólios.(540) Dize: Os espólios pertencem a Deus e ao Mensageiro. Temei, pois, a Deus, e resolvei fraternalmente as vossa querelas; obedecei a Deus e ao Seu Mensageiro, se sois fiéis.
- Sura 8: 41:  E sabei que, de tudo quanto adquirirdes de despojos, a quinta parte pertencerá a Deus, ao Mensageiro e aos seus parentes, aos órfãos, aos indigentes e ao viajante; se fordes crentes em Deus e no que foi revelado ao Nosso servo no Dia do Discernimento, em que se enfrentaram os dois grupos, sabei que Deus é Onipotente.
- Sura 33: 52 Ó Profeta, em verdade, tornamos lícitas, para ti as esposas que tenhas dotado, assim como as que a tua mão direita possui (cativas), que Deus tenha feito cair em tuas mãos, as filhas de teus tios e tias paternas, as filhas de teus tios e tias maternas, que migraram contigo, bem como toda a mulher fiel que se dedicar ao Profeta, por gosto, e uma vez que o Profeta queira desposá-la; este é um privilégio exclusivo teu, vedado aos demais fiéis. Bem sabemos o que lhes impusemos (aos demais), em relação às suas esposas e às que suas mãos direita possuem, a fim de que não haja inconveniente algum para ti. E Deus é Indulgente, Misericordioso. 53 Podes abandonar, dentre elas, as que desejares e tomar as que te agradarem; e se desejares tomar de novo a qualquer delas que tiveres abandonado, não terás culpa alguma. Esse proceder será sensato para que se refresquem seus olhos, não se aflijam e se satisfaçam com o que tiveres concedido a todas, pois Deus sabe o que encerram os vossos corações; e Deus, é Tolerante, Sapientíssimo.

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