sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"ISLÃ X BÍBLIA" 03-C: RESPONDENDO A ABDUL SATAR SOBRE AS EVIDÊNCIAS MANUSCRITAS DA BÍBLIA (& do Alcorão)



1/ Nos artigos anteriores desta série, iniciei o que se denomina uma CRÍTICA EXTERNA DO ALCORÃO. E por ela, ficamos sabendo que a versão manuscrita do livro imposta pelo terceiro califa, Uthaman, além de NÃO conter todas as palavras atribuídas à Moomé, também NÃO obteria dele aprovação.
As três maiores autoridades em Alcorão pelo “profeta” apontadas foram alijadas do processo de compilação. Tiveram as suas versões manuscritas execradas e queimadas, embora (Caso de Mas,ud e Ubayy.) aproveitadas fora da Arábia. E o ato de Uthman foi mais imposição política que uma decisão teológica.
O compilador oficial, imposto pelo califa era jovem, quando Maomé ainda existia. E não o acompanhou tanto como, por exemplo, Mas’ud, o primeiro a ser citado por Maomé como autoridade. E o segundo califa, Umar,  sentenciaria que ninguém poderia afirmar que tinha adquirido o todo do Alcorão, mas somente o que do livro sobrevivera.
Umar tinha mesmo forte razão para dizê-lo. Pois um OUTRO FATO, apurado na Suna, de acordo com Sahih Bukhari, que convém acrescentar ao que já dissemos é o seguinte: após a morte de Maomé, muitos de seus seguidores mais próximos morreriam nas guerras. E com eles, versos ou suras inteiras. Isso fez que fosse sugerido ao primeiro califa, Abu Bakr, a compilação do livro.
Com a morte de Bakr, caiu o projeto no esquecimento e o manuscrito de Zaid ficou na custódia de Hafsah, uma das onze esposas de Maomé. Não consta que houve nenhuma revisão. Até que Uthman assumisse o califado e ordenasse a feitura das sete (Ou quatro?) cópias. Mais uma vez, como fizera Abu Bakr, desprezando a contribuição de Abdullah ibn Mas’ud; e de Salim (O ex-escravo e primeiro compilador de uma versão do Alcorão); e de Ubbayy ibn Ka’b; e também a de Abu Musa. Este, era também um dos companheiros mais próximos de Maomé. Também teria feito a sua versão manuscrita, somando-se as outras quinze, além da oficializada pelo império islâmico nascente.
Para quem está acostumado com a ideia corrente no Islã de um livro perfeito; e a última palavra sobre tudo, principalmente sobre a revelação divina deixada para o homem; e  gerado,  como que milagrosamente, porque seria uma “cópia de placas eternas custodiadas no céu”;  VÊ-SE LOGO QUE TAIS PROJEÇÕES SÃO ILUSÓRIAS, PERDENDO TODA A SUA RAZÃO DE SER, DIANTE DOS FATOS APURADOS. E apurados nos escritos dos próprios dos autores da Suna.
Qualquer crítica externa quanto interna do Alcorão, por mais pontual que seja, põem em cheque todo um discurso teológico e acadêmico que não se sustenta perante a realidade dos fatos. E como estamos falando de autoridade e evidências manuscritas, por certo que o mais importante seja o levarmos em conta o que eu disse no artigo anterior, em termos comparativos:

“Ora, NA BÍBLIA, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento, UM OUTRO SIGNIFICATIVO ELEMENTO COMPROBATÓRIO da veracidade de qualquer escritura tida por sagrada É O QUE ENSINA A MESMA SOBRE O CARÁTER DE DEUS.”

E é em função deste primordial princípio que pretendo; antes de entrarmos na crítica dos manuscritos corânicos tidos por originais e cópias da compilação Uthmânica; ainda que pontual e elementarmente, expor alguns ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA INTERNA. Estão os mesmos presentes em todos os meus artigos, mas acho por bem pelo menos resumi-los no tópico a seguir. E será que OS FATOS RELATADOS ATÉ AQUI TESTEMUNHARIAM CONTRA OU A FAVOR das idéias disseminadas entre um bilhão e meio de islâmicos?
E, então, o que dizer do Alcorão?
1 – Um livro preexistente, preservado em placas eternas, custodiadas no céu (Sura 85:22) Ou produto de um ato de imposição política, quando deveria ter prevalecido o fator teológico?
2 – É a Mãe (matrix) dos livros revelados (13:39) OU nem sequer pertence à categoria?
3 – É o Livro da Sabedoria (10:1 e 31:2) OU uma indução a ensinamentos errôneos sobre: Deus (E, principalmente, sobre o Seu caráter – Sura 4: 157-158.), o homem e a salvação; portanto, de (danosa) conseqüência eterna?
4 – Um livro que torna a verdade clara (15:1; 25:33) OU que ainda mais  confunde as mentes não esclarecidas?
5 – Um livro sem nenhuma contradição (18: 1-2) OU fornecedor de elementos irrefutáveis tanto para uma crítica interna quanto externa?
6 – Uma mensagem para o universo (81:26-29)? OU seremos obrigados a admitir, em que pese todo o nosso respeito e amor para com os muçulmanos de que se trata, dizer da aia 25, de “um dito de demônio maldito”?
Afinal, Jesus Cristo afirmou com todas as letras: o Diabo é o pai mentira e nunca se firmou na verdade; e que quando profere mentira, fala do que lhe é próprio.
7 – Os “incrédulos”  rejeitariam o Corão (84:20-25) OU o crente sincero e amante da verdade deveria examiná-lo, sem temor de suas maldições e prevenções, mas tendo o crivo da verdade como um valor absoluto, jamais relativo. Não se deixando, portanto, coagir?
Pois não há como ignorarmos, QUANDO SE TRATA DE LIVROS TIDOS POR SAGRADOS e de pretensas revelações de Deus. ESTAMOS DIANTE DA VERDADE MAIS CRISTALINA OU DA MAIS ENGENHOSA MENTIRA: aquela que pode levar o homem à eterna perdição. No Islã, morrem, por estatística, cerca de 30 mil pessoas por dia. E o que se lhes acontece, quando adentram a Eternidade? Jesus disse: que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? E o que ele daria em troca da sua salvação? Nada, senão o verdadeiro arrependimento, em função do pleno conhecimento da verdade (II Pedro 3:9). De forma que nem prestígio político, nem o carisma ou imposição da religiosidade e muito menos a fundação de um império valeria ao próprio Maomé.

2/ Ao final deste parágrafo, haverei de listar SETE ABSURDOS CORÂNICOS que:
a) desafiam a lógica;
b) depõem drasticamente contra do caráter de Deus; e
c) sobre tudo: não encontram nenhum respaldo na Bíblia, à qual quis Maomé tomar por fonte de autoridade, sem com a mesma se conformar e nem por ela ser corroborado. Muito antes, pelo contrário.
Tais absurdos; somados à TANTAS OUTRAS EVIDÊNCIAS CONTRÁRIAS A AFIRMAÇÃO ISLÂMICA DE QUE O ALCORÃO É PALAVRA DE DEUS; por certo que leva a qualquer pessoa ainda não privada do livre raciocínio a questionar todo o discurso em favor da imposição do livro, como se fosse o mesmo a última sobre tudo. Pensar o Alcorão, com humildade e respeito; porém, sem fugir ao amor pela verdade, tendo-a como um valor absoluto; é o maior desafio que se possa fazer tanto a islâmicos quanto a cristãos. Para que, de um lado, a crítica destes não se fala leviana ou gratuita; e do outro, o ódio ao cristianismo, próprio do Islã radical, não venha se transformar em atos impensados. Apesar das incontáveis ameaças do fogo do inferno no livro constantes, contra àqueles que ousarem não confiar assim de pronto e infantilmente no que foi atribuído a Maomé.
No que diz respeito ao se denomina uma CRÍTICA INTERNA DO ALCORÃO, o que mais se somaria aos setes absurdos a ser listados?
1 –  O Islã alega que o Alcorão TERIA SIDO REVELADO EM ÁRABE PURO (Sura 16: 102-103), PORQUE, PRESSUPÕEM, ESSA SERIA A LÍNGUA FALADA POR ALLAH NO CÉU. Mas contrariando a todo esse discurso são encontradas no livro palavras egípcias, acádias, assírias, persas, siríacas, hebraicas e aramaicas, entre outros idiomas. E Jay Smith,  no informa no seu  O Corão -  uma análise apologética a respeito de outra interessante obra, ao mesmo tempo em que questiona:

“Arthur Jeffery, em seu livro Foreign Vocabulary of the [Koran] (´Vocabulário Estrangeiro do Corão´), reuniu cerca de 300 páginas, documentando mais de uma centena de palavras (não-árabes), muitas das quais eram usadas no árabe pré-corânico, como tambem muitas outras que podem jamais ter sido usadas (ou muito pouco usadas) antes de serem incluídas no Corão, Jeffery 1938:79). O eventual leitor ou estudante do Corão deve se perguntar por que estas palavras forarm emprestadas, uma vez que isto coloca em dúvida se a língua falada por Allah é suficiente para explicar e revelar tudo o que Allah queria falar.”
  
2 – ERROS TEOLÓGICOS IMPERDOÁVEIS:
Demonstram que, para um profeta, ao contrário de receber revelação (saberes de Deus), Maomé estava mesmo é mal-informado.
- Um dos EXEMPLOS CLÁSSICOS E CRASSOS, supor que os cristãos criam em três deuses ou que a TRINDADE BÍBLICA (Deus uno e único, existindo desde a Eternidade na Sua forma manifesta de ser tri-una.) fosse formada pelo O PAI, JESUS CRISTO E MARIA, mãe de Jesus (Suras 4:171, 5:73 e 5: 116). Há provas documentais de que a correta definição da trindade (Pai, Filho e Espírito, em conformidade com Mateus 28:29; Atos 20:28; II Coríntios 13:13, Apocalipse 1: 8, etc.) já era conhecida na Arábia, antes mesmo de Maomé. Todavia “o selo da profecia” não sabia defini-la corretamente. Ora, até para condenar àquilo que nós julgamos estar errado, temos por obrigação conhecê-lo com a devida propriedade. Do contrário, nos colocamos na conta daqueles que, no dizer de Paulo sobre os falsos mestres do seu tempo, “perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não compreendo, todavia,  nem o que dizem, nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (I Timóteo 1:6-7).
- OUTRO ERRO TEOLÓGICO DIGNO DE REGISTRO, entre tantos está no fato do ALCORÃO (Ou Maomé ou Allah) utilizar TERMOS E O TOM RECRIMINATÓRIO CONTRA SATANÁS PORQUE ESTE TERIA SE RECUSADO ADORAR A ADÃO. É lógico que a estória NÃO é bíblica; apenas faz parte das “revelações” que o profeta do Islã teria recebido.

- Sura 2: 34 E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Todos se prostraram, exceto Lúcifer que, ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrédulos.

Ora, que “Deus”  é esse condena a IDOLATRIA na Terra e quer instituí-la EM NÍVEL CÓSMICO? E não é estranho o Islã querer negar a condição divina e, portanto, digno de adoração de Jesus Cristo (Mateus 2:2 e 28: 16-17; Lucas 24: 50-53; João 9: 35-41) e considerar teologicamente correto Adão ser adorado? E por anjos?! Mais uma vez: estes grosseiros erros teológicos do “profeta” Maomé: a) desafiam a lógica; b) depõem drasticamente contra do caráter de Deus; e, c) sobre tudo: não encontram nenhum respaldo nas Sagradas Escrituras dos judeus e dos cristãos. 

3 – ANACRONISMOS:
a) Existia a morte por crucificação dos tempos de Moisés (Cerca de 1450 a.C.)?  Não. Mas o Alcorão de Maomé diz ERRONEAMENTE que sim (Suras 7: 124 e 12: 41).
b) A dracma existia nos tempos de José (cerca de 1800 a.C.) Também não. Mas o Alcorão ERRONEAMENTE também diz que sim (Sura 12:20).
c) Os samaritanos já existiam no tempo de Moisés? Não. Mas o Alcorão diz ERRONEAMENTE que sim (Suras 20:85-87 e 95-97). E, indo ainda além: alega também que Hamã, personagem bíblico que viria a existir quase mil anos depois (Livro de Ester), teria construído para o Faraó dos tempos de Moisés a Torre de Babel (Sura 28: 38). Sendo que esta, foi construída, segundo o relato de Gênesis 11: 1-9, cerca de 750 antes. Seria o caso do Islã também acreditar na reencarnação, na concepção espírita? É evidente que não. É apenas mais um dos muitos erros teológicos de quem se disse ser o “selo da revelação”.

4 – COPIDESQUE DE FONTES EXTRA-APOSTÓLICAS, ÀS QUAIS SE DÁ O STATUS DE “NOVA REVELAÇÃO”:
Qualquer bom conhecedor do Novo Testamento e do Alcorão sabe que o último faz referência ou conta, ao seu modo, histórias bíblicas ou de alguns de seus personagens. Quase sempre omitindo e/ou acrescentando dados bastante duvidosos. De onde eles viriam? E pode mesmo tais dados ser recebidos, como quer os teólogos e acadêmicos do Islã, como se fossem novas ou corretivas da revelação (Antigo e Novo Testamento)?
I – A recusa de Satanás em adorar Adão (Suras 2:34 e 17:61): fonte talmúdica.
II – Alterações (e inserção de um corvo) na história bíblica de Abel e Caim: Jay Smith, no seu O Corão, Uma Análise Apologética questiona “ De onde poderia ter vindo esta narração corânica? Seria este um registro histórico desconhecido aos escritores bíblicos?”. Para, em seguida, responder:

“Na verdade, sim, já que a fonte deste relato foi forjada após a redação do Novo Testamento. Em realidade, há três fontes das quais este relato pode ter advindo: o Targum de Jônatas ben Uzias, o Targum de Jerusalém e um livro conhecido como O Pirke-Rabbi Eleazar. Todos os três documentos são escritos judeus a partir do Talmud, que eram tradições orais pertencentes ao período entre 150 e 200 d.C. Estas estórias comentam algumas das leis presentes hoje na Bíblia, mas são famosas por não conterem nada mais que fábulas e mitos hebraicos.”

 III – Abraão (“Contemporâneo” de Ninrod (Anacronismo.); destruindo ídolos (igual à Gideão, outro personagem bíblico do Antigo Testamento); adorando a Allah e  sendo perseguido pelos compatriotas por causa disso; e, depois,  salvo por Deus de ser queimado vivo pelos mesmos, num relato NADA bíblico): a fonte, nos informa Jay Smith,  é um livro de folclore judeu, escrito no século II, intitulado O Midrash Rabbah.
IV – Deus elevando o Monte Sinai por sobre a cabeça dos judeus, de força ameaçadora (outro relato NÃO bíblico): tem como fonte um livro apócrifo judeu, intitulado O Sara Abodah.
V – A estória corânica de Salomão e Rainha de Sabá, como detalhes e personagens, como, por exemplo, um pássaro falante, totalmente diversos da história relatada nas Sagradas Escrituras: livro folclore judeu, também escrito no século II, intitulado II Targum de Ester.
VI – A Miraj (Viagem alada de Maomé, na companhia do Anjo Gabriel de Meca à Jerusalém, indo de uma mesquita à outra e depois aos céus, conforme a Sura 17:1 e sua interpretação pelo Islã): conforme relata Jay Smth:

 “A partir de tradições primitivas sabemos que esta aya se refere a Maomé ascendendo ao sétimo céu, após uma miraculosa jornada noturna (o Miraj) de Meca até Jerusalém, em um „cavalo chamado Buraq.
Mais detalhes são fornecidos no Mishkat al masabih. Podemos associar a estória ao antigo livro fictício chamado o testamento de Abraão, escrito por volta de 200 a.C, no Egito, e que foi então traduzido do grego ao árabe.”

“Outro relato é o de Os Segredos de Enoque, que antecede Maomé cerca de 400 anos. No capítulo 1:4-10 e 2:1 lemos:
“No primeiro dia do mês estava eu em minha casa e repousava em meu colchão e dormia e, quando ainda estava adormecido grande tristeza veio ao meu coração e eis que me apareceram dois homens. Estavam de pé ao lado de minha cama me chamaram pelo meu nome e despertei do meu sono. Sê corajoso Enoque, não temas; o eterno Deus enviou-nos a ti. Deverás hoje subir aos céus conosco. Os anjos o tomaram em suas asas e o levaram ao primeiro céu”.

“Um outro relato é amplamente modelado na estória contida num velho livro persa entitulado Arta-i Viraf Namak. Esta estória reconta como um jovem zoroastriano ascendeu aos céus e, após seu retorno, relatou o que ele vira, ou professava ter visto.”

VII – O teor totalmente anti-cristão (apostólico) das Suras 4: 157-158 (Nas quais se lê “  157 E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. 158 Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo.):

Em livro intitulado Crer Ou Não Crer Na Trindade (Apontamentos Históricos & Implicações), ao tratar sobre o gnosticismo docetista, observo que “Para um cristão gnóstico dos tempos apostólicos ou dos dias atuais, Jesus e o Espírito Santo teriam sido eons salvadores. E como mentira nenhuma procede da verdade (I João 2: 21), a negação da humanidade de Cristo era verificada em uma das premissas do DOCETISMO, numa de suas correntes: Cristo somente parecia ter a forma humana, sendo a sua natureza, portanto ilusória. O Aeon e o homem Jesus seriam seres distintos, e haviam se fundido na hora do batismo. Quando, porém, da crucificação, o aeon teria o abandonado. Logo, a expiação não teria passado de um teatro.”.
Pelos itens I ao VII, logo se percebe que ou quem compilou o Alcorão bebeu de muitas FONTES NÃO E PÓS-APÓSTÓLICAS: Talmude, folclore judeus, Gnosticismo, Zoroastrismo. E faltaria citar livros cristãos apócrifos, não pertencentes à era apostólica, para as estórias de Jesus bebê falando e defendendo a castidade de Maria (Sura 19: 29-33); nascendo sob uma palmeira (Sura 19:22-26); criando pássaros de barro (3:49), etc. Mas A MAIOR MENTIRA TEOLÓGICA foi querer dar ao livro o status de nova “revelação” ou de correção da verdadeira revelação (Antigo e Novo Testamento.) aos árabes, geralmente não alfabetizados, que viviam na Arábia nos tempos de Maomé.       

5 – ERROS CIENTÍFICOS:
a) Os supersticiosos da época em que Maomé vivia criam que se uma pessoa chegasse onde O SOL SE PÕE, encontrava-o, ESCONDENDO-SE NUMA FONTE LAMACENTA. O Alcorão de Maomé reproduz este conceito como se fosse uma verdade científica (assim como atesta - Veja nos Sete Absurdos Corânicos.  - que o sol e a lua se submeteriam aos humanos). Evidentemente que qualquer comentarista corânico de hoje em dia irá dizer que a Sura 18:86 deve ser interpretada num sentido simbólico ou metafórico. Mas não isso que o verso quis dizer; antes, dá à informação absurda um cunho literal.
b) O Alcorão afirma com todas as letras que O SER HUMANO É PROCRIADO DOS RINS DO HOMEM (entre a espinha e a costela):

- Sura 86: 5-7 Então o ser humano olhe aquilo de foi criado.Foi criado de água emitida, Que sai de entre a espinha dorsal e os ossos do peito.

NOTA IMPORTANTE: Transcrevi a sura de a “Tradução do sentido do NOBRE ALCORÃO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA”, já citada em meus artigos anteriormente. Visto a versão Fonte digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil, ter trocado a expressão “espinha dorsal e os osso do peito” por “conjunção das regiões sexuais do homem e da mulher”. E mais: dizer em nota, dizer que tal expressão é metafórica. Pelo contrário, tal tradução está em completo desacordo, por exemplo, com as versões inglesas e quer minimizar o natural conflito gerado pelo desconcertante erro de informação.
c) E ainda, entre os muitos outros erros científicos desse naipe, o leite da vaca teria sua origem entre as fezes daquele animal (Sura 16:66) e que os próprios ANIMAIS MAIS OS SERES ALADOS SE ORGANIZARIAM EM COMUNIDADE SEMELHANTE AOS HUMANOS:

- Sura 6: 38-a: E não há ser animal algum na terra nem pássaro que voe com suas asas senão em comunidade como vós.

6) ERRO CRASSO DE TRADUÇÃO E ATÉ DE MATEMÁTICA:
O nome para Jesus no Alcorão é Issa. Trata-se, porém, de uma tradução incorreta do Hebraico para o Árabe, pois equivale a Esaú (nome do irmão gêmeo do patriarca Jacó). E não Yesuwa, como deveria ser. Mas o que dizer de um livro tido por sagrado, “cópia das placas eternas custodiadas no céu”, mas que, além dos absurdos a ser listados a seguir, contém até erros grosseiros de matemática?
Jay Smith, no seu O Corão – Uma Análise Apologética, elucida a questão, que ao leitor menos atento ou privado da liberdade de raciocínio poderia passar despercebida, nos seguintes termos:

“Na sura 4:11-12, a soma a respeito da lei corânica sobre heranças está, simplesmente, incorreta. Tomemos como exemplo minha irmã, cujo marido acaba de falecer, deixando-lhe três filhas e os pais [do marido]. De acordo com a sura supra-citada, a herança deixada deve ser dividida de maneira que:
Verso 11 = “Se são apenas duas filhas, duas ou mais, terão direito a dois terços da herança... para os pais, um sexto da herança será dado a cada um (i.e. as duas partes totalizando um terço).
Verso 12 = “... sua parte (das viúvas do falecido)... caso tenham filhos, receberão um oitavo do que deixou o morto...”.
Assim, caso seja feita a soma das partes, teremos o seguinte: 2/3+1/6+1/6+1/8, que é igual a 108%!!!. Isto é matematicamente impossível! Quem quer que tenha escrito o Corão era completamente ignorante quanto à matemática!
Tomemos como outro exemplo a minha família. Caso eu falecesse, deixaria minha mãe, minha esposa e minhas duas irmãs. Minha mãe receberia 1/3, de acordo com a sura 4:11, minha esposa receberia 1/3, de acordo com a sura 4:12 e minhas duas irmãs receberiam 2/3, segundo a sura 4:176, que, somados, são iguais a 4/3, ou seja, 133%!!”

7 – ABSURDOS CORÂNICOS:
1 – Há mesmo sete céus e terras, conforme a sura 65: 12?
2 – Seriam meteoros e estrelas mísseis lançados em Satanás e seus demônios (jins), como se algo material pudesse causar danos físicos em seres espirituais (37:6-70, 67:5, etc.)?
3 – Teria Salomão aprendido mesmo a linguagem dos pássaros e das formigas? Sendo aqueles utilizados nas suas guerras, para lançar tijolos na cabeça dos exércitos inimigos e estavam tão ilogicamente adestrados, que eram capazes de desfilar em paradas militares e... ao lado dos jins (27:1-19)?
4 – Poderia pessoas e animais dormir por mais de trezentos anos e  acordarem normalmente (18:9-25, ênfase no verso 13)?
5 – Que tal, homens sendo transformados em macacos e... pela palavra direta de Deus?...  A mesma que criou os céus e a Terra ( 2: 65-66 e 7: 163-167)?
6 – Ou cidades (Sodoma e Gomorra) viradas de cabeça para baixo (11:81-83 e 15:74)?
7 – E tanto o sol como a lua submetendo-se à vontade humana (16:12-15)?    

3/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 01: Proliferação e Tentativa de Supressão de Outras Versões Manuscritas.

1 – A versão manuscrita de Zaid Ibn Thabit:
a) Não teria a aprovação do próprio Maomé;
b) Não foi aceita (Senão compulsivamente.) e nem compilada pelas três autoridades em Alcorão designada por Maomé (Ibn Mas’ud; Salim, o ex-escravo de Abu Hudhaifa; e Ubayy ibn Ka’b);
c) E ainda segundo Umar, o segundo califa, ninguém poderia dizer ter conseguido “o todo do Alcorão”. Logo, QUALQUER DAS VERSÕES NÃO CONTERIA AS PALAVRAS DE MAOMÉ NA SUA TOTALIDADE.
2 – Somar-se-iam às versões execradas pelo império, além as das três principais autoridades em Alcorão, segundo Maomé, ainda outras. As anteriores a Uthman teriam sido queimadas. Todavia, após sua morte, em 656 d.C., continuou ocorrendo a proliferação de mais compilações e a queima das mesmas. Destacam-se, englobando o primeiro e a segundo caso, as versões de: Ali (O quarto califa, o qual foi assassinado, gerando a divisão e a criação do Xiismo); Abu Musa al-Ashari; Hafsah; Aisha, outra viúva de Maomé; Umm Salama; Abdallah ibn Amr; Ibn Abbas; Ubaid ibn Umair; Ibn az-Zubair e Anãs ibn Malik. O período dessa proliferação, segundo Josh Lingel, outro estudioso da matéria, situaria entre a primeira década da morte de Maomé a noventa anos depois.
É importante observar, numa análise rápida, embora a versão de Zaid ibn Thabit haveria de ser imposta pelo império que estava sendo formado, o fato de haver compilação posteriores (Aisha, Salama, Abdallah, Ibn Abbas, Umair e Ibn Malik) somente nos pode indicar inconformismo. Inconformismo expressado com veemência também antes, por exemplo, por Abdullah ibn Mas’ud. A pergunta que fica é a seguinte: será mesmo que os primeiros discípulos, familiares e pessoas próximas de Maomé aceitaram como autêntica a versão uthmânica que o Islã alega ter hoje em mãos?
3 – Não há acordo entre xiitas e sunitas quanto à compilação do livro. E a própria compilação feita por Ali, o quarto califa, antecederia à de Zaid. Mas ela foi rejeitada pelos demais califas, adeptos da versão uthmânica.  

4/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 02: Versos Faltantes.

1 – “Ismail ibn Ibrahim disse que Ayyub disse que ibn Umar disse. “Que nenhum de vós diga ‘Eu adquiri o total do Corão’, como se pode saber qual é o todo do Alcorão, quando muito do livro desapareceu? Que diga de preferência ‘Eu adquiri o que sobreviveu até nós.”
Relato de Al-Suyuti, no seu Al-itqan Fii Ulum al-Quara, pág. 524, sobre uma tradição atribuída a Umar, o segundo califa.
2 – SE O ESTUDIOSO PENETRAR NESSE UNIVERSO; por certo obscuro para a maioria do bilhão e meio de muçulmanos; IRÁ ENCONTRAR, seguindo a pista deixada por um dos primeiros califas, NÃO APENAS A INFORMAÇÃO DE VERSOS FALTANTES (não compilados e até retirados), mas, também, a INDICAÇÃO DA PERDA DE SURAS INTEIRAS.
Fazendo o necessário paralelo com as evidências manuscritas da Bíblia (Mais especificamente, com o Novo Testamento, no nosso caso.): os discípulos de Maomé NÃO tinham o Espírito Santo (O qual NÃO é definitivamente o Anjo Gabriel, conforme erroneamente menciona o “profeta”.) para fazer-lhes lembrar do que tinham ouvido e para “guiá-los em toda a verdade” (interpretativa), conforme Jesus prometeu (João, capítulos 14, 15 e 16). E muito deles, em condições nada elogiáveis, morreram nas guerras provocadas por seu líder contra judeus e cristãos inocentes. Certamente sepultando consigo versos e suras.
De modo que AFIRMAÇÕES DO TIPO “O Corão é um livro completo, exatamente como foi revelado ao nosso santo profeta. Nada nunca foi adicionado ou retirado dele. E isso prova que ele é a infalível Palavra de Allah”  É COISA DE DESINFORMADOS OU DE PESSOAS INTENCIONALMENTE MAL-INFORMADAS; sendo que estes últimos tendem a utilizar a religião, principalmente no meio acadêmico, com outra finalidade, que não a teológica.
3 – Haveria alguns outros exemplos a ser citados, mas como se trata obra de um artigo, não de algum compêndio, quero apenas indicar o exemplo mais clássico. E que leitor possa fazer a devida comparação ente a Sura 24:2 e outras palavras, também atribuídas à Umar ibn al-Khattab, segundo califa, constantes da Muwatta Imam Malik. Ei-los:

- Sura 24:2 À adúltera e ao adúltero, açoitai a cada um deles com cem açoites. (...) E que um grupo de crentes testemunhe o castigo.  

- “Veja que não esqueças o verso sobre o apedrejamento e digas: ‘Não o encontramos no Livro de Alá’; o Apóstolo de Alá (que a paz seja sobre ele) ordenou o apedrejamento, e assim nos temos feito após ele. Pelo Senhor que tem domínio sobre a minha vida, se o povo não me acusar de acrescentar algo ao Livro de Alá, eu mesmo teria transcrito para o Livro: ‘O homem e a mulher casados que cometerem adultério, apedrejai-os. Temos lido este verso.”                                                           
                                     
                                 
a - O encargo (apedrejamento), oriundo da Lei de Moisés, parecia ser penoso para os primeiros mulçumanos. Talvez o hábito do abuso de órfãs e viúvas judias e cristãs das guerras provocadas por Maomé tivesse relaxado a moral. E seria o relaxamento moral também um costume do paganismo, antes existentes entre os árabes? De qualquer forma e sabe-se lá os reais motivos o verso atribuído à Maomé foi retirado ou nem foi posto no Alcorão que o Islã tem hoje em mãos.
b – Na versão digital do Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu –  Brasil, curiosamente, NÃO consta os termos adúltera e adúltero;, mas “aqueles que difamarem mulheres castas”. Esta tradução (Digamos, politicamente correta.) é errônea; além de fugir do problema colocado na antiguidade do Islã pelo califa Umar.
Apologetas islâmicos têm o hábito de criticar as inúmeras versões e traduções da Bíblia, alegando que pelo fato de as mesmas existirem indicaria adulteração da mensagem original. O que estamos observando aqui, em se comparando as duas traduções corânicas que transcrevo em meus artigos, dá-nos os indicativos da complexidade do ofício.
c – Apura-se nas tradições islâmicas até o fato de que animais domésticos da casa de Aisha, outra compiladora, ter comido páginas do Alcorão (Sahih Bukhari).  

5/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 02: Suras Perdidas.
a – Apura-se nas tradições islâmicas até a perda de suras inteiras. Prova de que o propalado conceito de Alcorão perfeito e completo não é justificado pela realidade dos fatos. Abu Musa al-Ashari, amigo próximo de Maomé e também compilador de uma das versões desprezadas, dá os seguintes testemunhos, segundo Sahih Muslin (Volume 2):

 - “Costumávamos recitar a surata que lembrava em tamanho e rigor à Bara’at. No entanto, eu a esqueci, exceto esse pedaço que sei de cor: ‘Se houvesse dois vales cheios de riquezas, para o filho de Adão, este buscaria um terceiro vale; e nada encheria o estômago do filho de Adão senão pó.”

- “E ele (MAOMÉ) costumava recitar uma surata que lembrava uma das suratas de Musabbihat, da qual não me lembro mais senão este trecho: ‘Ó povo que acredita, por que não praticais aquilo que dizeis e que está registrado em seus pescoços e como testemunha (contra vós) e sereis interrogados a respeito disso no Dia da Ressurreição”

b – A Musabbihat é um conjunto de suras, iniciadas com a expressão “Que tudo que há nos céus e na terra glorifica a Allah.”  E sendo Bara’at (Al-Baqarah) a segundas sura, possui nada menos do que 286 aias (versos). Tratar-se-ia de uma “perda” considerável.
c –  Suras e versos faltantes de um livro objeto de uma crítica interna da qual não pode safar-se, senão através de sofismas ou atos violentos de seus defensores mais radicais. Restou ao Islã impor livro e religião, através do uso da força. E, fazendo um contrapondo com as evidências manuscritas da Bíblia, alegar que possui escrituras originais, seja, do tempo em que foram escritas. Se fecharmos os olhos para as condições em que teria sido compilada a versão uthamânica, não deixaria de ser um trunfo. No entanto, até esta alegação é totalmente infundada, conforme se verá a seguir.   

6/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 03: Sobre Os Manuscritos Samargand e Topkapi.

I -  Qualquer estudioso que procura se informar sobre a veracidade documental e das informações apresentadas pelo Islã sobre o Alcorão e a Suna,  logo se depara com inúmeras incongruências. Por exemplo: da Sirat de Ibn Ishaq, primeira biografia de Maomé, datada de 767 d.C, e de outros escritos se afirma NÃO haver os manuscritos originais: teriam sido desintegrados pelo tempo.
Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Comparação Histórica, com a devida propriedade, pondera:

“Na British Library encontram-se diversos documentos escritos por indivíduos em comunidades que se localizavam não muito distantes da Arábia que, a despeito disso, datam de centenas de anos antes dos manuscritos islâmicos. Como exemplo, temos os manuscritos do Novo Testamento, como O Código Sinaítico e o Código Alexandrino, escritos no quarto século, 300 a 400 anos antes do período em questão! Assim, por que estes manuscritos não se desintegraram com o tempo?”

Ao mesmo tempo, para justificar a escassez de suas fontes primárias (Documentos escritos por contemporâneos do “profeta”.), assevera-se que foram queimadas todas as versões manuscritas do Alcorão, que não fosse a versão uthmânica. Desta, cópias (Sete ou quatro?) teriam sido enviadas para Meca, Medina, Basra e Damasco. E até mesmo a “Cópia de Hafsa”, a partir da qual a revisão textual foi feita, acabou sendo também queimada.
Conforme observa Jay Smith, NÃO contamos com nenhuma das quatro (ou sete?) cópias do texto corânico original. E penso que seria mais lógico mesmo chegar à mesma conclusão, tendo-se em vista que: se a Sirat de Ibn Ishaq teria sido desintegrada pela ação do tempo, como as cópias de versões corânicas feitas 120 anos antes não sofreriam o mesmo dano?
Ainda, ao nível das incongruências, nos informa Jay Smith no seu livro, sobre o curiosíssimo fato de alguns muçulmanos afirmarem possuir, nos assentamentos islâmicos primitivos, cópias de “revisões Uthmânicas” do século VII. Meca (Arábia)  e Cairo (Egito – África), dentre outras cidades as conservariam. Jay, porém, questiona: “Freqüentemente peço-lhes que me forneçam dados que possam substanciar ou confirmar sua antigüidade, um feito que, até hoje, ninguém foi capaz de realizar.“.
Na verdade, existem dois documentos que gozam de certa credibilidade no meio acadêmico. Mais quanto à intenção da preservação na forma escrita dos ensinamentos de Maomé e menos (Muito menos mesmo!) quanto à presumida, porém, NÃO comprovada antiguidade uthmânica.

II – O MANUSCRITO (CÓDICE) SAMARGAND encontra-se em Tashkent, Usbequistão, país da antiga União Soviética e, pelo o que eu saiba,
não seria nenhum assentamento islâmico primitivo.
Trata-se de um DOCUMENTO INCOMPLETO, pois apenas estão inclusas partes das suras 2 a 43. Para um total de 114, seria em termos matemáticos,  pouco mais de um terço. Porém, considerando que as suras iniciais são bem maiores, penso que deve englobar, enquanto extensão, mais da metade do livro.
No que diz respeito ao texto e sua apresentação, traz uma ESCRITA IRREGULAR; além de haver páginas organizadas e uniformemente copiadas e outras nas quais não se verifica o mesmo rigor escritural: ora o texto é expansivo; e, ora, extremamente condensado. Não precisa ser especialista em escrita árabe para saber as implicações que há nisso.
São encontrados no Códice Samargand DETALHES E INSERÇÕES NÃO USUAIS no tempo em que teriam sido escritas as fonte primárias (Século VII):
iluminações artísticas entre as sura e medalhões nas cores vermelho, verde, azul e laranja.
John Gilchist, estudioso da matéria, em seu Jam al-Quran,  conclui ser praticamente impossível esse tipo de embelezamento nos tempos
de Uthman. E que pelo fato de páginas e o tipo de escrita diferirem tanto entre si, trata-se de um texto composto, compilado de diversas porções de
outros manuscritos. Uma data possível para essa, digamos COMPILAÇÃO MISCELÂNICA, seria o século IX. Mas Uthman viveu duzentos anos antes...

III – O MANUSCRITO (CÓDICE) TOPKAPI.
Encontra-se em Istambul, Turquia, no Museu Topkapi. Também apresenta medalhões, como indicativo de data pós-uthmânica. Alguns ISLÂMICOS ALEGAM SER TOPKAPI UMA CÓPIA, SENÃO O PRÓPRIO MANUSCRITO ORIGINAL COMPILADO POR ZAID IBN THABIT. Ora, mas se dizem o mesmo de Samargand, ambos os manuscritos NÃO podem ser o original e uma de suas cópias. Pelo simples fato de NÃO serem idênticos; NÃO suportando, portanto, a mais simples das comparações.
Ainda segundo Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Análise Comparativa:

“... o código Topkapi possui 18 linhas em uma página na qual o código Samarkand possui apenas metade deste número (entre 8 e 12 linhas na mesma página); o código Topkapi é inscrito de maneira muito formal, com suas linhas e palavras clara e uniformemente escritas, enquanto o texto do código Samarkand é freqüentemente confuso e consideravelmente distorcido. É, portanto, simplesmente impossível acreditar-se que ambos os manuscritos tenham sido copiados pelo mesmo grupo de escribas.”

IV – SOBRE TOPKAPI E SAMARGAND, UMA PROVA CONCLUSIVA CONTRA AS ALEGAÇÕES ISLÂMICAS: O TIPO DE ESCRITA.
Alegam alguns islâmicos que no Manuscrito Topkapi conteria até manchas do sangue de Uthman, o qual teria sido assassinado, enquanto lia a versão original.  No entanto, foi comprovado que o tipo de escrita utilizada em ambos os códices (TopKapi e Samargand) NÃO era utilizada  no lugar (Arábia)  e no tempo do terceiro califa. Tais manuscritos NÃO PASSAM NO TESTE DA PALEOGRAFIA: estudo das escritas antigas, independente do material em que se encontrem.
Quando se examina a escrita manual de uma determinada data (para a compreensão de seu desenvolvimento até a forma consolidada) é possível também verificar se documentos com datas indefinidas pertençam ao mesmo período. Era o caso de Topkapi e Samargand. E testes paleográficos, quando aplicado aos manuscritos, apenas comprovam a impossibilidade dos mesmos pertencerem ao período pelo alegado pelo Islã.

V – QUAIS OS TIPOS DE ESCRITA DEVERIAM SER UTILIZADOS  NUMA VERSÃO CORÂNICA DOS TEMPOS DE UTHMAN?
John Gilchrist nos informa que AS ESCRITAS AL-MAIL e MASHQ, embora desconhecidas da maioria do bilhão e meio de islâmicos atual, são as mais antigas do Árabe. Foram desenvolvidas na Arábia, mais propriamente em Meca e Medina, no século VII. A escrita AL-MAIL se caracterizava pela sua LEVE INCLINAÇÃO e cairia em desuso. Já a MASHQ, também do século VII, seria utilizada por vários séculos. E o seu ESTILO, é MAIS HORIZONTAL E CURSIVO.

VI – OS MANUSCRITOS ATRIBUÍDOS À ERA UTHMÂNICA UTILIZAM QUAL TIPO DE ESCRITA E QUAIS AS IMPLICAÇÕES ADVINDAS?
Era de se esperar que os manuscritos tidos por uthmânicos, escritos na Arábia e num contexto de imposição cultural, utilizassem a escrita al-Ma’il ou Mashq; mas, NÃO. Ambos estão na escrita Kufic e são pelas informações paleográficas sobre esse tipo de escrita que se comprova o fato de NÃO serem uthmânicos.
Até o final do século VIII, os árabes não utilizavam MOEDAS TOTALMENTE ARABIZADAS em seus detalhes e inscrições. Somente em 692 d.C. é que o califa ABD AL-MALIK, retira das moedas toda a influência não islâmica (No geral, cristãs.) e cunha nas mesmas o seu próprio rosto. Esse tipo de moeda, cuja escrita DIFERE DA ESCRITA UTILIZADA NOS MANUSCRITOS Topkapi e Samargand, seria usada por outros califas (Umayyads.) até 750 d.C. E tal escrita é caracterizada pelo uso de MAIÚSCULAS EM VERTICAL E UNIDAS, muito diferentes das mais antigas escritas kuficas.
Ora, se o tipo de escrita utilizado nos manuscritos não é o mesmo das moedas usada no próprio século de Uthman, torna-se impossível provar que Topkapi e Samargand sejam o original e cópia deste. E como poderia os manuscritos Uthmânicos ter a escrita kufica, se tal escrita ainda nem existia? Poder-se-ia até falar em milagre, como em certa feita um ímã tentou me convencer. Mas com os elementos de que disponho para uma crítica interna quanto externa do Alcorão, acho melhor deixar Deus (O da Bíblia.) fora disso.

VII – A ESCRITA KUFIC E OS MANUSCRITOS TOPKAPI E SAMARGAND.
Kufic é cidade originária do atual Iraque. No período denominado Abbassida (750-1258 d.C.), a capital do Islã (Curiosamente, já havia sido transferida de Medina para Damasco, na Síria.) foi mudada para Bagdá, fundada em 762.
A nova dinastia, no intuito de que as moedas viessem a refletir e também deixassem para a posteridade a nova identidade do império, altera e cunha suas próprias moedas.
Desse período, são encontrados Dirhams em prata e ouro, com suas datas variando entre 745 e 837 d.C., na escrita Kufic oficial. A mesma utilizada nos manuscritos Topkapi e Samargand. Trata-se de uma ESCRITA ALONGADA, NA QUAL HÁ UMA LINHA HORIZONTAL ENTRE AS LETRAS MAIÚSCULAS.
Tal escrita JAMAIS poderia ser incorporada a manuscritos de antes de do período Abassida. Outra importante característica de uma escritura Kufic e que também a diferencia das demais é o FORMATO PAISAGEM para ela utilizado. E este formato, além de melhor se adequar à escrita alongada, foi tomado por empréstimo de documentos cristãos siríacos e iraquinos, datados dos séculos VIII e IX.
Há manuscritos corânicos na escrita al-Mail e certamente mais antigos que Topkapi e Samargand; mas, nenhum comprovadamente fonte primária (ou cópias originais de Uthman ou qualquer outro compilador.  Em verdade, inúmeras formas de escrita sobreviveram, até que Ibn Mujahid, no período abassida, ordenasse que somente sete delas poderia ser conservadas (Sahih al-Bukhari).
E o que seria perfeito, precisaria sofrer correções? É apurado nas tradições que a versão uthâmica (Se de fato existiu.) teria sofrido modificações pelo escriba Al-Hajjaj, atendendo ordens do califa Abd al-Malik.


7/ EM TERMOS DE CONCLUSÃO:

   1João 2:18  Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora.
       2:19  Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos.
      2:20  Ora, vós tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento.
    2:21  Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade.
     2:22  Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.
      2:23  Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai.
    2:24  Portanto, o que desde o princípio ouvistes, permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também vós permanecereis no Filho e no Pai.
    2:25  E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
    2:26  Estas coisas vos escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar.
      2:27       E quanto a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele permanecei.
     2:28  E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda.



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