1/ Nos
artigos anteriores desta série, iniciei o que se denomina uma CRÍTICA EXTERNA
DO ALCORÃO. E por ela, ficamos sabendo que a versão manuscrita do livro imposta
pelo terceiro califa, Uthaman, além de NÃO conter todas as palavras atribuídas
à Moomé, também NÃO obteria dele aprovação.
As três
maiores autoridades em Alcorão pelo “profeta” apontadas foram alijadas do
processo de compilação. Tiveram as suas versões manuscritas execradas e
queimadas, embora (Caso de Mas,ud e Ubayy.) aproveitadas fora da Arábia. E o ato
de Uthman foi mais imposição política que uma decisão teológica.
O compilador
oficial, imposto pelo califa era jovem, quando Maomé ainda existia. E não o
acompanhou tanto como, por exemplo, Mas’ud, o primeiro a ser citado por Maomé como
autoridade. E o segundo califa, Umar, sentenciaria
que ninguém poderia afirmar que tinha adquirido o todo do Alcorão, mas somente
o que do livro sobrevivera.
Umar tinha
mesmo forte razão para dizê-lo. Pois um OUTRO FATO, apurado na Suna, de acordo
com Sahih Bukhari, que convém acrescentar ao que já dissemos é o seguinte: após
a morte de Maomé, muitos de seus seguidores mais próximos morreriam nas
guerras. E com eles, versos ou suras inteiras. Isso fez que fosse sugerido ao
primeiro califa, Abu Bakr, a compilação do livro.
Com a morte de
Bakr, caiu o projeto no esquecimento e o manuscrito de Zaid ficou na custódia
de Hafsah, uma das onze esposas de Maomé. Não consta que houve nenhuma revisão.
Até que Uthman assumisse o califado e ordenasse a feitura das sete (Ou quatro?)
cópias. Mais uma vez, como fizera Abu Bakr, desprezando a contribuição de
Abdullah ibn Mas’ud; e de Salim (O ex-escravo e primeiro compilador de uma
versão do Alcorão); e de Ubbayy ibn Ka’b; e também a de Abu Musa. Este, era
também um dos companheiros mais próximos de Maomé. Também teria feito a sua
versão manuscrita, somando-se as outras quinze, além da oficializada pelo
império islâmico nascente.
Para quem
está acostumado com a ideia corrente no Islã de um livro perfeito; e a última
palavra sobre tudo, principalmente sobre a revelação divina deixada para o homem;
e gerado, como que milagrosamente, porque seria uma
“cópia de placas eternas custodiadas no céu”; VÊ-SE LOGO QUE TAIS PROJEÇÕES SÃO ILUSÓRIAS,
PERDENDO TODA A SUA RAZÃO DE SER, DIANTE DOS FATOS APURADOS. E apurados nos
escritos dos próprios dos autores da Suna.
Qualquer crítica
externa quanto interna do Alcorão, por mais pontual que seja, põem em
cheque todo um discurso teológico e acadêmico que não se sustenta perante a
realidade dos fatos. E como estamos falando de autoridade e evidências
manuscritas, por certo que o mais importante seja o levarmos em conta o que eu
disse no artigo anterior, em termos comparativos:
“Ora, NA BÍBLIA, tanto
no Novo quanto no Antigo Testamento, UM OUTRO SIGNIFICATIVO ELEMENTO
COMPROBATÓRIO da veracidade de qualquer escritura tida por sagrada É O QUE
ENSINA A MESMA SOBRE O CARÁTER DE DEUS.”
E é em função
deste primordial princípio que pretendo; antes de entrarmos na crítica dos
manuscritos corânicos tidos por originais e cópias da compilação Uthmânica; ainda
que pontual e elementarmente, expor alguns ELEMENTOS PARA UMA CRÍTICA INTERNA. Estão
os mesmos presentes em todos os meus artigos, mas acho por bem pelo menos
resumi-los no tópico a seguir. E será que OS FATOS RELATADOS ATÉ AQUI
TESTEMUNHARIAM CONTRA OU A FAVOR das idéias disseminadas entre um bilhão e meio
de islâmicos?
E, então, o
que dizer do Alcorão?
1 – Um livro preexistente, preservado em placas
eternas, custodiadas no céu (Sura 85:22) Ou produto de um ato de imposição
política, quando deveria ter prevalecido o fator teológico?
2 – É a Mãe (matrix) dos livros revelados (13:39)
OU nem sequer pertence à categoria?
3 – É o Livro da Sabedoria (10:1 e 31:2) OU uma
indução a ensinamentos errôneos sobre: Deus (E, principalmente, sobre o Seu
caráter – Sura 4: 157-158.), o homem e a salvação; portanto, de (danosa)
conseqüência eterna?
4 – Um livro que torna a verdade clara
(15:1; 25:33) OU que ainda mais confunde
as mentes não esclarecidas?
5 – Um livro sem nenhuma contradição (18:
1-2) OU fornecedor de elementos irrefutáveis tanto para uma crítica interna
quanto externa?
6 – Uma mensagem para o universo (81:26-29)?
OU seremos obrigados a admitir, em que pese todo o nosso respeito e amor para
com os muçulmanos de que se trata, dizer da aia 25, de “um dito de demônio
maldito”?
Afinal, Jesus
Cristo afirmou com todas as letras: o Diabo é o pai mentira e nunca se firmou
na verdade; e que quando profere mentira, fala do que lhe é próprio.
7 – Os “incrédulos” rejeitariam o Corão (84:20-25) OU o crente sincero e amante da
verdade deveria examiná-lo, sem temor de suas maldições e prevenções, mas
tendo o crivo da verdade como um valor absoluto, jamais relativo. Não se
deixando, portanto, coagir?
Pois não há
como ignorarmos, QUANDO SE TRATA DE LIVROS TIDOS POR SAGRADOS e de pretensas
revelações de Deus. ESTAMOS DIANTE DA VERDADE MAIS CRISTALINA OU DA MAIS
ENGENHOSA MENTIRA: aquela que pode levar o homem à eterna perdição. No Islã,
morrem, por estatística, cerca de 30 mil pessoas por dia. E o que se lhes
acontece, quando adentram a Eternidade? Jesus disse: que adianta o homem ganhar
o mundo inteiro e perder a sua alma? E o que ele daria em troca da sua
salvação? Nada, senão o verdadeiro arrependimento, em função do pleno
conhecimento da verdade (II Pedro 3:9). De forma que nem prestígio político, nem
o carisma ou imposição da religiosidade e muito menos a fundação de um império
valeria ao próprio Maomé.
2/ Ao final
deste parágrafo, haverei de listar SETE ABSURDOS CORÂNICOS que:
a) desafiam a
lógica;
b) depõem
drasticamente contra do caráter de Deus; e
c) sobre tudo:
não encontram nenhum respaldo na Bíblia, à qual quis Maomé tomar por fonte de
autoridade, sem com a mesma se conformar e nem por ela ser corroborado. Muito antes,
pelo contrário.
Tais
absurdos; somados à TANTAS OUTRAS EVIDÊNCIAS CONTRÁRIAS A AFIRMAÇÃO ISLÂMICA DE
QUE O ALCORÃO É PALAVRA DE DEUS; por certo que leva a qualquer pessoa ainda não
privada do livre raciocínio a questionar todo o discurso em favor da imposição
do livro, como se fosse o mesmo a última sobre tudo. Pensar o Alcorão, com
humildade e respeito; porém, sem fugir ao amor pela verdade, tendo-a como um
valor absoluto; é o maior desafio que se possa fazer tanto a islâmicos quanto a
cristãos. Para que, de um lado, a crítica destes não se fala leviana ou
gratuita; e do outro, o ódio ao cristianismo, próprio do Islã radical, não
venha se transformar em atos impensados. Apesar das incontáveis ameaças do fogo
do inferno no livro constantes, contra àqueles que ousarem não confiar assim de
pronto e infantilmente no que foi atribuído a Maomé.
No que diz
respeito ao se denomina uma CRÍTICA INTERNA DO ALCORÃO, o que mais se somaria
aos setes absurdos a ser listados?
1 – O Islã alega que o Alcorão TERIA SIDO REVELADO
EM ÁRABE PURO (Sura 16:
102-103), PORQUE, PRESSUPÕEM, ESSA SERIA A LÍNGUA FALADA POR ALLAH NO CÉU. Mas
contrariando a todo esse discurso são encontradas no livro palavras egípcias,
acádias, assírias, persas, siríacas, hebraicas e aramaicas, entre outros
idiomas. E Jay Smith, no informa no
seu O
Corão - uma análise apologética a
respeito de outra interessante obra, ao mesmo tempo em que questiona:
“Arthur Jeffery, em seu livro Foreign Vocabulary of the [Koran]
(´Vocabulário Estrangeiro do Corão´), reuniu cerca de 300 páginas, documentando
mais de uma centena de palavras (não-árabes), muitas das quais eram usadas no
árabe pré-corânico, como tambem muitas outras que podem jamais ter sido usadas
(ou muito pouco usadas) antes de serem incluídas no Corão, Jeffery 1938:79). O
eventual leitor ou estudante do Corão deve se perguntar por que estas palavras
forarm emprestadas, uma vez que isto coloca em dúvida se a língua falada por
Allah é suficiente para explicar e revelar tudo o que Allah queria falar.”
2 – ERROS
TEOLÓGICOS IMPERDOÁVEIS:
Demonstram
que, para um profeta, ao contrário de receber revelação (saberes de Deus), Maomé
estava mesmo é mal-informado.
- Um dos EXEMPLOS
CLÁSSICOS E CRASSOS, supor que os cristãos criam em três deuses ou que a TRINDADE
BÍBLICA (Deus uno e único, existindo desde a Eternidade na Sua forma manifesta
de ser tri-una.) fosse formada pelo O PAI, JESUS CRISTO E MARIA, mãe de Jesus
(Suras 4:171, 5:73 e 5: 116). Há provas documentais de que a correta definição
da trindade (Pai, Filho e Espírito, em conformidade com Mateus 28:29; Atos
20:28; II Coríntios 13:13, Apocalipse 1: 8, etc.) já era conhecida na Arábia,
antes mesmo de Maomé. Todavia “o selo da profecia” não sabia defini-la
corretamente. Ora, até para condenar àquilo que nós julgamos estar errado,
temos por obrigação conhecê-lo com a devida propriedade. Do contrário, nos colocamos
na conta daqueles que, no dizer de Paulo sobre os falsos mestres do seu tempo,
“perderam-se em loquacidade frívola, pretendendo passar por mestres da lei, não
compreendo, todavia, nem o que dizem,
nem os assuntos sobre os quais fazem ousadas asseverações” (I Timóteo 1:6-7).
- OUTRO ERRO
TEOLÓGICO DIGNO DE REGISTRO, entre tantos está no fato do ALCORÃO (Ou Maomé ou
Allah) utilizar TERMOS E O TOM RECRIMINATÓRIO CONTRA SATANÁS PORQUE ESTE TERIA SE RECUSADO
ADORAR A ADÃO. É lógico que a estória NÃO é bíblica; apenas faz parte das
“revelações” que o profeta do Islã teria recebido.
-
Sura 2: 34 E quando dissemos aos anjos:
Prostrai-vos ante Adão! Todos se prostraram, exceto Lúcifer que, ensoberbecido,
se negou, e incluiu-se entre os incrédulos.
Ora, que “Deus” é esse condena a IDOLATRIA na Terra e quer
instituí-la EM NÍVEL
CÓSMICO ? E não é estranho o Islã querer negar a condição
divina e, portanto, digno de adoração de Jesus Cristo (Mateus 2:2 e 28: 16-17;
Lucas 24: 50-53; João 9: 35-41) e considerar teologicamente correto Adão ser
adorado? E por anjos?! Mais uma vez: estes grosseiros erros teológicos do
“profeta” Maomé: a) desafiam a lógica; b) depõem drasticamente contra do
caráter de Deus; e, c) sobre tudo: não encontram nenhum respaldo nas Sagradas
Escrituras dos judeus e dos cristãos.
3 –
ANACRONISMOS:
a)
Existia a morte por crucificação dos tempos de Moisés (Cerca de 1450 a .C.)? Não. Mas o Alcorão de Maomé diz ERRONEAMENTE que
sim (Suras 7: 124 e 12: 41).
b)
A dracma existia nos tempos de José (cerca de 1800 a .C.) Também não. Mas o
Alcorão ERRONEAMENTE também diz que sim (Sura 12:20).
c)
Os samaritanos já existiam no tempo de Moisés? Não. Mas o Alcorão diz
ERRONEAMENTE que sim (Suras 20:85-87 e 95-97). E, indo ainda além: alega também
que Hamã, personagem bíblico que viria a existir quase mil anos depois (Livro
de Ester), teria construído para o Faraó dos tempos de Moisés a Torre de Babel
(Sura 28: 38). Sendo que esta, foi construída, segundo o relato de Gênesis 11:
1-9, cerca de 750 antes. Seria o caso do Islã também acreditar na reencarnação,
na concepção espírita? É evidente que não. É apenas mais um dos muitos erros
teológicos de quem se disse ser o “selo da revelação”.
4 – COPIDESQUE
DE FONTES EXTRA-APOSTÓLICAS, ÀS QUAIS SE DÁ O STATUS DE “NOVA REVELAÇÃO”:
Qualquer bom
conhecedor do Novo Testamento e do Alcorão sabe que o último faz referência ou
conta, ao seu modo, histórias bíblicas ou de alguns de seus personagens. Quase
sempre omitindo e/ou acrescentando dados bastante duvidosos. De onde eles
viriam? E pode mesmo tais dados ser recebidos, como quer os teólogos e
acadêmicos do Islã, como se fossem novas ou corretivas da revelação (Antigo e Novo
Testamento)?
I – A recusa
de Satanás em adorar Adão
(Suras 2:34 e 17:61): fonte talmúdica.
II –
Alterações (e inserção de um corvo) na história bíblica de Abel e Caim: Jay
Smith, no seu O Corão, Uma Análise Apologética questiona “ De onde poderia ter vindo esta narração corânica? Seria
este um registro histórico desconhecido aos escritores bíblicos?”. Para, em
seguida, responder:
“Na verdade, sim, já que a fonte deste relato foi forjada após a
redação do Novo Testamento. Em realidade, há três fontes das quais este relato
pode ter advindo: o Targum de Jônatas ben Uzias, o Targum de Jerusalém e um
livro conhecido como O Pirke-Rabbi Eleazar. Todos os três documentos são
escritos judeus a partir do Talmud, que eram tradições orais pertencentes ao
período entre 150 e 200 d.C. Estas estórias comentam algumas das leis presentes
hoje na Bíblia, mas são famosas por não conterem nada mais que fábulas e mitos
hebraicos.”
III – Abraão (“Contemporâneo” de Ninrod
(Anacronismo.); destruindo ídolos (igual à Gideão, outro personagem bíblico do
Antigo Testamento); adorando a Allah e sendo perseguido pelos compatriotas por causa
disso; e, depois, salvo por Deus de ser
queimado vivo pelos mesmos, num relato NADA bíblico): a fonte, nos informa Jay
Smith, é um livro de folclore judeu,
escrito no século II, intitulado O Midrash Rabbah.
IV – Deus elevando o Monte
Sinai por sobre a cabeça dos judeus, de força ameaçadora (outro relato NÃO
bíblico): tem como fonte um livro apócrifo judeu, intitulado O Sara Abodah.
V – A estória corânica de
Salomão e Rainha de Sabá, como detalhes e personagens, como, por exemplo, um
pássaro falante, totalmente diversos da história relatada nas Sagradas
Escrituras: livro folclore judeu, também escrito no século II, intitulado II
Targum de Ester.
VI – A Miraj (Viagem alada
de Maomé, na companhia do Anjo Gabriel de Meca à Jerusalém, indo de uma
mesquita à outra e depois aos céus, conforme a Sura 17:1 e sua interpretação
pelo Islã): conforme relata Jay Smth:
“A partir de tradições
primitivas sabemos que esta aya se refere a Maomé ascendendo ao sétimo céu,
após uma miraculosa jornada noturna (o Mi‟raj) de Meca até Jerusalém, em um „cavalo‟ chamado Buraq.
Mais detalhes são fornecidos no Mishkat al masabih. Podemos
associar a estória ao antigo livro fictício chamado o testamento de Abraão,
escrito por volta de 200 a .C,
no Egito, e que foi então traduzido do grego ao árabe.”
“Outro relato é o de Os Segredos de Enoque, que antecede Maomé
cerca de 400 anos. No capítulo 1:4-10 e 2:1 lemos:
“No primeiro dia do mês estava eu em minha casa e repousava em meu
colchão e dormia e, quando ainda estava adormecido grande tristeza veio ao meu
coração e eis que me apareceram dois homens. Estavam de pé ao lado de minha
cama me chamaram pelo meu nome e despertei do meu sono. Sê corajoso Enoque, não
temas; o eterno Deus enviou-nos a ti. Deverás hoje subir aos céus conosco. Os
anjos o tomaram em suas asas e o levaram ao primeiro céu”. “
“Um outro relato é amplamente modelado na estória contida num
velho livro persa entitulado Arta-i Viraf Namak. Esta estória reconta como um
jovem zoroastriano ascendeu aos céus e, após seu retorno, relatou o que ele
vira, ou professava ter visto.”
VII – O teor totalmente
anti-cristão (apostólico) das Suras 4: 157-158 (Nas quais se lê “ 157 E por dizerem: Matamos o
Messias, Jesus, filho de Maria, o
Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem
o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam,
quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem
conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é
que não o mataram. 158 Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é
Poderoso, Prudentíssimo.):
Em
livro intitulado Crer Ou Não Crer Na
Trindade (Apontamentos Históricos & Implicações), ao tratar sobre o
gnosticismo docetista, observo que “Para um cristão
gnóstico dos tempos apostólicos ou dos dias atuais, Jesus e o Espírito Santo
teriam sido eons salvadores. E como
mentira nenhuma procede da verdade (I João 2: 21), a negação da humanidade de
Cristo era verificada em uma das premissas do DOCETISMO, numa de suas correntes:
Cristo somente parecia ter a forma humana, sendo a sua natureza, portanto
ilusória. O Aeon e o homem Jesus seriam seres distintos, e haviam se fundido na
hora do batismo. Quando, porém, da crucificação, o aeon teria o abandonado.
Logo, a expiação não teria passado de um teatro.”.
Pelos
itens I ao VII, logo se percebe que ou quem compilou o Alcorão bebeu de muitas
FONTES NÃO E PÓS-APÓSTÓLICAS: Talmude, folclore judeus, Gnosticismo, Zoroastrismo.
E faltaria citar livros cristãos
apócrifos, não pertencentes à era apostólica, para as estórias de Jesus bebê
falando e defendendo a castidade de Maria (Sura 19: 29-33); nascendo sob uma
palmeira (Sura 19:22-26); criando pássaros de barro (3:49), etc. Mas A MAIOR MENTIRA TEOLÓGICA foi querer dar ao livro o status de nova “revelação” ou de correção da
verdadeira revelação (Antigo e Novo Testamento.) aos árabes, geralmente não
alfabetizados, que viviam na Arábia nos tempos de Maomé.
5 – ERROS
CIENTÍFICOS:
a) Os
supersticiosos da época em que
Maomé vivia criam que se uma pessoa chegasse onde O SOL SE PÕE,
encontrava-o, ESCONDENDO-SE NUMA FONTE LAMACENTA. O Alcorão de Maomé reproduz
este conceito como se fosse uma verdade científica (assim como atesta - Veja
nos Sete Absurdos Corânicos. - que o sol
e a lua se submeteriam aos humanos). Evidentemente que qualquer comentarista
corânico de hoje em dia irá dizer que a Sura 18:86 deve ser interpretada num
sentido simbólico ou metafórico. Mas não isso que o verso quis dizer; antes, dá
à informação absurda um cunho literal.
b) O Alcorão
afirma com todas as letras que O SER HUMANO É PROCRIADO DOS RINS DO HOMEM
(entre a espinha e a costela):
- Sura 86: 5-7 Então o ser
humano olhe aquilo de foi criado.Foi criado de água
emitida, Que sai de entre a espinha
dorsal e os ossos do peito.
NOTA IMPORTANTE: Transcrevi
a sura de a “Tradução do sentido do NOBRE ALCORÃO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA”, já
citada em meus artigos anteriormente. Visto a versão Fonte digital do Centro
Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil, ter trocado a
expressão “espinha dorsal e os osso do peito” por “conjunção das regiões
sexuais do homem e da mulher”. E mais: dizer em nota, dizer que tal expressão é
metafórica. Pelo contrário, tal tradução está em completo desacordo, por
exemplo, com as versões inglesas e quer minimizar o natural conflito gerado pelo
desconcertante erro de informação.
c) E ainda,
entre os muitos outros erros científicos desse naipe, o leite da vaca teria sua
origem entre as fezes daquele animal (Sura 16:66) e que os próprios ANIMAIS MAIS
OS SERES ALADOS SE ORGANIZARIAM EM COMUNIDADE SEMELHANTE AOS
HUMANOS:
- Sura 6: 38-a: E não há ser animal
algum na terra nem pássaro que voe com suas asas senão em comunidade como vós.
6) ERRO CRASSO DE TRADUÇÃO
E ATÉ DE MATEMÁTICA:
O nome para Jesus no
Alcorão é Issa. Trata-se, porém, de uma tradução incorreta do Hebraico para o
Árabe, pois equivale a Esaú (nome do irmão gêmeo do patriarca Jacó). E não
Yesuwa, como deveria ser. Mas o que dizer de um livro tido por sagrado, “cópia
das placas eternas custodiadas no céu”, mas que, além dos absurdos a ser
listados a seguir, contém até erros grosseiros de matemática?
Jay Smith, no seu O Corão – Uma Análise Apologética, elucida
a questão, que ao leitor menos atento ou privado da liberdade de raciocínio
poderia passar despercebida, nos seguintes termos:
“Na
sura 4:11-12, a
soma a respeito da lei corânica sobre heranças está, simplesmente, incorreta.
Tomemos como exemplo minha irmã, cujo marido acaba de falecer, deixando-lhe
três filhas e os pais [do marido]. De acordo com a sura supra-citada, a herança
deixada deve ser dividida de maneira que:
Verso
11 = “Se são apenas duas filhas, duas ou mais, terão direito a dois terços
da herança... para os pais, um sexto da herança será dado a cada um (i.e. as
duas partes totalizando um terço).
Verso
12 = “... sua parte (das viúvas do falecido)... caso tenham filhos,
receberão um oitavo do que deixou o morto...”.
Assim,
caso seja feita a soma das partes, teremos o seguinte: 2/3+1/6+1/6+1/8, que
é igual a 108%!!!. Isto é matematicamente impossível! Quem quer que
tenha escrito o Corão era completamente ignorante quanto à matemática!
Tomemos
como outro exemplo a minha família. Caso eu falecesse, deixaria minha mãe,
minha esposa e minhas duas irmãs. Minha mãe receberia 1/3, de acordo com a sura
4:11, minha esposa receberia 1/3, de acordo com a sura 4:12 e minhas duas irmãs
receberiam 2/3, segundo a sura 4:176, que, somados, são iguais a 4/3, ou
seja, 133%!!”
7 – ABSURDOS CORÂNICOS:
1 – Há mesmo
sete céus e terras, conforme a sura 65: 12?
2 – Seriam
meteoros e estrelas mísseis lançados em Satanás e seus demônios (jins), como se
algo material pudesse causar danos físicos em seres espirituais (37:6-70, 67:5,
etc.)?
3 – Teria
Salomão aprendido mesmo a linguagem dos pássaros e das formigas? Sendo aqueles
utilizados nas suas guerras, para lançar tijolos na cabeça dos exércitos
inimigos e estavam tão ilogicamente adestrados, que eram capazes de desfilar em
paradas militares e... ao lado dos jins (27:1-19)?
4 – Poderia pessoas
e animais dormir por mais de trezentos anos e
acordarem normalmente (18:9-25, ênfase no verso 13)?
5 – Que tal,
homens sendo transformados em macacos e... pela palavra direta de Deus?... A mesma que criou os céus e a Terra ( 2:
65-66 e 7: 163-167)?
6 – Ou
cidades (Sodoma e Gomorra) viradas de cabeça para baixo (11:81-83 e 15:74)?
7 – E tanto o
sol como a lua submetendo-se à vontade humana (16:12-15)?
3/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 01: Proliferação e Tentativa de Supressão de Outras Versões
Manuscritas.
1 – A versão manuscrita de Zaid Ibn Thabit:
a) Não teria a aprovação do próprio Maomé;
b) Não foi aceita (Senão compulsivamente.) e nem compilada
pelas três autoridades em Alcorão designada por Maomé (Ibn Mas’ud; Salim, o
ex-escravo de Abu Hudhaifa; e Ubayy ibn Ka’b);
c) E ainda segundo Umar, o segundo califa, ninguém poderia
dizer ter conseguido “o todo do Alcorão”. Logo, QUALQUER DAS VERSÕES NÃO
CONTERIA AS PALAVRAS DE MAOMÉ NA SUA TOTALIDADE.
2 – Somar-se-iam às versões execradas pelo império, além as das
três principais autoridades em Alcorão, segundo Maomé, ainda outras. As
anteriores a Uthman teriam sido queimadas. Todavia, após sua morte, em 656 d.C.,
continuou ocorrendo a proliferação de mais compilações e a queima das mesmas.
Destacam-se, englobando o primeiro e a segundo caso, as versões de: Ali (O quarto
califa, o qual foi assassinado, gerando a divisão e a criação do Xiismo); Abu
Musa al-Ashari; Hafsah; Aisha, outra viúva de Maomé; Umm Salama; Abdallah ibn
Amr; Ibn Abbas; Ubaid ibn Umair; Ibn az-Zubair e Anãs ibn Malik. O período
dessa proliferação, segundo Josh Lingel, outro estudioso da matéria, situaria
entre a primeira década da morte de Maomé a noventa anos depois.
É importante observar, numa análise rápida, embora a versão de
Zaid ibn Thabit haveria de ser imposta pelo império que estava sendo formado, o
fato de haver compilação posteriores (Aisha, Salama, Abdallah, Ibn Abbas, Umair
e Ibn Malik) somente nos pode indicar inconformismo. Inconformismo expressado
com veemência também antes, por exemplo, por Abdullah ibn Mas’ud. A pergunta
que fica é a seguinte: será mesmo que os primeiros discípulos, familiares e
pessoas próximas de Maomé aceitaram como autêntica a versão uthmânica que o
Islã alega ter hoje em mãos?
3 – Não há acordo entre xiitas e sunitas quanto à compilação
do livro. E a própria compilação feita por Ali, o quarto califa, antecederia à
de Zaid. Mas ela foi rejeitada pelos demais califas, adeptos da versão
uthmânica.
4/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 02: Versos Faltantes.
1 – “Ismail ibn Ibrahim disse que Ayyub disse que ibn Umar
disse. “Que nenhum de vós diga ‘Eu adquiri o total do Corão’, como se pode
saber qual é o todo do Alcorão, quando muito do livro desapareceu? Que diga de
preferência ‘Eu adquiri o que sobreviveu até nós.”
Relato de Al-Suyuti, no seu Al-itqan Fii Ulum al-Quara, pág.
524, sobre uma tradição atribuída a Umar, o segundo califa.
2 – SE O ESTUDIOSO PENETRAR NESSE UNIVERSO; por certo obscuro
para a maioria do bilhão e meio de muçulmanos; IRÁ ENCONTRAR, seguindo a pista
deixada por um dos primeiros califas, NÃO APENAS A INFORMAÇÃO DE VERSOS
FALTANTES (não compilados e até retirados), mas, também, a INDICAÇÃO DA PERDA
DE SURAS INTEIRAS.
Fazendo o necessário paralelo com as evidências manuscritas da
Bíblia (Mais especificamente, com o Novo Testamento, no nosso caso.): os
discípulos de Maomé NÃO tinham o Espírito Santo (O qual NÃO é definitivamente o
Anjo Gabriel, conforme erroneamente menciona o “profeta”.) para fazer-lhes
lembrar do que tinham ouvido e para “guiá-los em toda a verdade”
(interpretativa), conforme Jesus prometeu (João, capítulos 14, 15 e 16). E
muito deles, em condições nada elogiáveis, morreram nas guerras provocadas por
seu líder contra judeus e cristãos inocentes. Certamente sepultando consigo
versos e suras.
De modo que AFIRMAÇÕES DO TIPO “O Corão é um livro completo, exatamente como foi revelado ao nosso
santo profeta. Nada nunca foi adicionado ou retirado dele. E isso prova que ele
é a infalível Palavra de Allah” É
COISA DE DESINFORMADOS OU DE PESSOAS INTENCIONALMENTE MAL-INFORMADAS; sendo que
estes últimos tendem a utilizar a religião, principalmente no meio acadêmico,
com outra finalidade, que não a teológica.
3 – Haveria alguns outros exemplos a ser citados, mas como se
trata obra de um artigo, não de algum compêndio, quero apenas indicar o exemplo
mais clássico. E que leitor possa fazer a devida comparação ente a Sura 24:2 e
outras palavras, também atribuídas à Umar ibn al-Khattab, segundo califa,
constantes da Muwatta Imam Malik. Ei-los:
- Sura 24:2 À adúltera e ao adúltero, açoitai a cada um deles com cem açoites.
(...) E que um grupo de crentes
testemunhe o castigo.
- “Veja que não esqueças o verso
sobre o apedrejamento e digas: ‘Não o encontramos no Livro de Alá’; o Apóstolo
de Alá (que a paz seja sobre ele) ordenou o apedrejamento, e assim nos temos
feito após ele. Pelo Senhor que tem domínio sobre a minha vida, se o povo não
me acusar de acrescentar algo ao Livro de Alá, eu mesmo teria transcrito para o
Livro: ‘O homem e a mulher casados que cometerem adultério, apedrejai-os. Temos
lido este verso.”
a - O encargo (apedrejamento), oriundo da Lei de Moisés,
parecia ser penoso para os primeiros mulçumanos. Talvez o hábito do abuso de
órfãs e viúvas judias e cristãs das guerras provocadas por Maomé tivesse
relaxado a moral. E seria o relaxamento moral também um costume do paganismo,
antes existentes entre os árabes? De qualquer forma e sabe-se lá os reais
motivos o verso atribuído à Maomé foi retirado ou nem foi posto no Alcorão que
o Islã tem hoje em mãos.
b – Na versão digital do
Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico de Foz do Iguaçu – Brasil, curiosamente, NÃO consta os termos adúltera e adúltero;, mas “aqueles que difamarem mulheres castas”. Esta
tradução (Digamos, politicamente correta.)
é errônea; além de fugir do problema colocado na antiguidade do Islã pelo
califa Umar.
Apologetas islâmicos têm o hábito de criticar as inúmeras
versões e traduções da Bíblia, alegando que pelo fato de as mesmas existirem indicaria
adulteração da mensagem original. O que estamos observando aqui, em se
comparando as duas traduções corânicas que transcrevo em meus artigos, dá-nos
os indicativos da complexidade do ofício.
c – Apura-se nas tradições islâmicas até o fato de que animais
domésticos da casa de Aisha, outra compiladora, ter comido páginas do Alcorão (Sahih
Bukhari).
5/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 02: Suras Perdidas.
a – Apura-se nas tradições islâmicas até a perda de suras
inteiras. Prova de que o propalado conceito de Alcorão perfeito e completo não
é justificado pela realidade dos fatos. Abu Musa al-Ashari, amigo próximo de
Maomé e também compilador de uma das versões desprezadas, dá os seguintes
testemunhos, segundo Sahih Muslin (Volume 2):
- “Costumávamos recitar a surata que lembrava
em tamanho e rigor à Bara’at. No entanto, eu a esqueci, exceto esse pedaço que
sei de cor: ‘Se houvesse dois vales cheios de riquezas, para o filho de Adão,
este buscaria um terceiro vale; e nada encheria o estômago do filho de Adão
senão pó.”
- “E ele (MAOMÉ) costumava recitar
uma surata que lembrava uma das suratas de Musabbihat, da qual não me lembro
mais senão este trecho: ‘Ó povo que acredita, por que não praticais aquilo que
dizeis e que está registrado em seus pescoços e como testemunha (contra vós) e
sereis interrogados a respeito disso no Dia da Ressurreição”
b – A Musabbihat é um conjunto de suras, iniciadas com a
expressão “Que tudo que há nos céus e na terra glorifica a Allah.” E sendo Bara’at (Al-Baqarah) a segundas sura,
possui nada menos do que 286 aias (versos). Tratar-se-ia de uma “perda” considerável.
c – Suras e versos
faltantes de um livro objeto de uma crítica interna da qual não pode safar-se,
senão através de sofismas ou atos violentos de seus defensores mais radicais. Restou
ao Islã impor livro e religião, através do uso da força. E, fazendo um
contrapondo com as evidências manuscritas da Bíblia, alegar que possui
escrituras originais, seja, do tempo em que foram escritas. Se fecharmos os
olhos para as condições em que teria sido compilada a versão uthamânica, não
deixaria de ser um trunfo. No entanto, até esta alegação é totalmente infundada,
conforme se verá a seguir.
6/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 03: Sobre Os Manuscritos Samargand e Topkapi.
I - Qualquer estudioso que
procura se informar sobre a veracidade documental e das informações
apresentadas pelo Islã sobre o Alcorão e a Suna, logo se depara com inúmeras incongruências. Por
exemplo: da Sirat de Ibn Ishaq, primeira biografia de Maomé, datada de 767 d.C,
e de outros escritos se afirma NÃO haver os manuscritos originais: teriam sido
desintegrados pelo tempo.
Jay Smith, no seu A
Bíblia e o Corão, Uma Comparação Histórica, com a devida propriedade, pondera:
“Na
British Library encontram-se diversos documentos escritos por indivíduos em
comunidades que se localizavam não muito distantes da Arábia que, a despeito
disso, datam de centenas de anos antes dos manuscritos islâmicos. Como exemplo,
temos os manuscritos do Novo Testamento, como O Código Sinaítico e o Código
Alexandrino, escritos no quarto século, 300 a 400 anos antes do período em questão!
Assim, por que estes manuscritos não se desintegraram com o tempo?”
Ao mesmo tempo, para justificar a escassez de suas fontes
primárias (Documentos escritos por contemporâneos do “profeta”.), assevera-se
que foram queimadas todas as versões manuscritas do Alcorão, que não fosse a
versão uthmânica. Desta, cópias (Sete ou quatro?) teriam sido enviadas para
Meca, Medina, Basra e Damasco. E até mesmo a “Cópia de Hafsa”, a partir da qual
a revisão textual foi feita, acabou sendo também queimada.
Conforme observa Jay
Smith, NÃO contamos com nenhuma das quatro (ou sete?) cópias do texto corânico
original. E penso que seria mais lógico mesmo chegar à mesma conclusão,
tendo-se em vista que: se a Sirat de Ibn Ishaq teria sido desintegrada pela
ação do tempo, como as cópias de versões corânicas feitas 120 anos antes não
sofreriam o mesmo dano?
Ainda, ao nível das incongruências,
nos informa Jay Smith no seu livro, sobre o curiosíssimo fato de alguns
muçulmanos afirmarem possuir, nos assentamentos islâmicos primitivos, cópias de
“revisões Uthmânicas” do século VII. Meca (Arábia) e Cairo (Egito – África), dentre outras
cidades as conservariam. Jay, porém, questiona: “Freqüentemente
peço-lhes que me forneçam dados que possam substanciar ou confirmar sua
antigüidade, um feito que, até hoje, ninguém foi capaz de realizar.“.
Na verdade, existem dois documentos
que gozam de certa credibilidade no meio acadêmico. Mais quanto à intenção da
preservação na forma escrita dos ensinamentos de Maomé e menos (Muito menos
mesmo!) quanto à presumida, porém, NÃO comprovada antiguidade uthmânica.
II – O MANUSCRITO (CÓDICE) SAMARGAND
encontra-se em Tashkent, Usbequistão, país da antiga União Soviética e, pelo o
que eu saiba,
não seria nenhum assentamento islâmico
primitivo.
Trata-se de um DOCUMENTO INCOMPLETO, pois apenas estão
inclusas partes das suras 2 a
43. Para um total de 114, seria em termos matemáticos, pouco mais de um terço. Porém, considerando
que as suras iniciais são bem maiores, penso que deve englobar, enquanto
extensão, mais da metade do livro.
No que diz respeito ao texto e sua apresentação, traz uma
ESCRITA IRREGULAR; além de haver páginas organizadas e uniformemente copiadas e
outras nas quais não se verifica o mesmo rigor escritural: ora o texto é
expansivo; e, ora, extremamente condensado. Não precisa ser especialista em
escrita árabe para saber as implicações que há nisso.
São encontrados no Códice Samargand DETALHES E INSERÇÕES NÃO
USUAIS no tempo em que teriam sido escritas as fonte primárias (Século VII):
iluminações artísticas entre as sura e medalhões nas cores
vermelho, verde, azul e laranja.
John Gilchist, estudioso da matéria, em seu Jam al-Quran, conclui ser praticamente impossível esse tipo
de embelezamento nos tempos
de Uthman. E que pelo fato de páginas e o tipo de escrita
diferirem tanto entre si, trata-se de um texto composto, compilado de diversas
porções de
outros manuscritos. Uma data possível para essa, digamos COMPILAÇÃO
MISCELÂNICA, seria o século IX. Mas
Uthman viveu duzentos anos antes...
III – O MANUSCRITO (CÓDICE) TOPKAPI.
Encontra-se em Istambul, Turquia, no Museu Topkapi. Também
apresenta medalhões, como indicativo de data pós-uthmânica. Alguns ISLÂMICOS
ALEGAM SER TOPKAPI UMA CÓPIA, SENÃO O PRÓPRIO MANUSCRITO ORIGINAL COMPILADO POR
ZAID IBN THABIT. Ora, mas se dizem o mesmo de Samargand, ambos os manuscritos
NÃO podem ser o original e uma de suas cópias. Pelo simples fato de NÃO serem
idênticos; NÃO suportando, portanto, a mais simples das comparações.
Ainda segundo Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Análise Comparativa:
“... o código Topkapi possui 18
linhas em uma página na qual o código Samarkand possui apenas metade deste
número (entre 8 e 12 linhas na mesma página); o código Topkapi é inscrito de
maneira muito formal, com suas linhas e palavras clara e uniformemente
escritas, enquanto o texto do código Samarkand é freqüentemente confuso e
consideravelmente distorcido. É, portanto, simplesmente impossível acreditar-se
que ambos os manuscritos tenham sido copiados pelo mesmo grupo de escribas.”
IV – SOBRE TOPKAPI E SAMARGAND, UMA PROVA CONCLUSIVA CONTRA AS
ALEGAÇÕES ISLÂMICAS: O TIPO DE ESCRITA.
Alegam alguns islâmicos que no Manuscrito Topkapi conteria até
manchas do sangue de Uthman, o qual teria sido assassinado, enquanto lia a
versão original. No entanto, foi
comprovado que o tipo de escrita utilizada em ambos os códices (TopKapi e
Samargand) NÃO era utilizada no lugar (Arábia)
e no tempo do terceiro califa. Tais
manuscritos NÃO PASSAM NO TESTE DA PALEOGRAFIA: estudo das escritas antigas,
independente do material em que se encontrem.
Quando se examina a escrita manual de uma determinada data
(para a compreensão de seu desenvolvimento até a forma consolidada) é possível também
verificar se documentos com datas indefinidas pertençam ao mesmo período. Era o
caso de Topkapi e Samargand. E testes paleográficos, quando aplicado aos
manuscritos, apenas comprovam a impossibilidade dos mesmos pertencerem ao
período pelo alegado pelo Islã.
V – QUAIS OS TIPOS DE ESCRITA DEVERIAM SER UTILIZADOS NUMA VERSÃO CORÂNICA DOS TEMPOS DE UTHMAN?
John Gilchrist nos informa que AS ESCRITAS AL-MAIL e MASHQ,
embora desconhecidas da maioria do bilhão e meio de islâmicos atual, são as
mais antigas do Árabe. Foram desenvolvidas na Arábia, mais propriamente em Meca
e Medina, no século VII. A escrita AL-MAIL se caracterizava pela sua LEVE INCLINAÇÃO
e cairia em desuso. Já
a MASHQ, também do século VII, seria utilizada por vários séculos. E o seu ESTILO,
é MAIS HORIZONTAL E CURSIVO.
VI – OS MANUSCRITOS ATRIBUÍDOS À ERA UTHMÂNICA UTILIZAM QUAL
TIPO DE ESCRITA E QUAIS AS IMPLICAÇÕES ADVINDAS?
Era de se esperar que os manuscritos tidos por uthmânicos,
escritos na Arábia e num contexto de imposição cultural, utilizassem a escrita
al-Ma’il ou Mashq; mas, NÃO. Ambos estão na escrita Kufic e são pelas
informações paleográficas sobre esse tipo de escrita que se comprova o fato de NÃO
serem uthmânicos.
Até o final do século VIII, os árabes não utilizavam MOEDAS
TOTALMENTE ARABIZADAS em seus detalhes e inscrições. Somente em 692 d.C. é que
o califa ABD AL-MALIK, retira das moedas toda a influência não islâmica (No
geral, cristãs.) e cunha nas mesmas o seu próprio rosto. Esse tipo de moeda,
cuja escrita DIFERE DA ESCRITA UTILIZADA NOS MANUSCRITOS Topkapi e Samargand,
seria usada por outros califas (Umayyads.) até 750 d.C. E tal escrita é
caracterizada pelo uso de MAIÚSCULAS EM VERTICAL E UNIDAS ,
muito diferentes das mais antigas escritas kuficas.
Ora, se o tipo de escrita utilizado nos manuscritos não é o
mesmo das moedas usada no próprio século de Uthman, torna-se impossível provar
que Topkapi e Samargand sejam o original e cópia deste. E como poderia os
manuscritos Uthmânicos ter a escrita kufica, se tal escrita ainda nem existia?
Poder-se-ia até falar em milagre, como em certa feita um ímã tentou me
convencer. Mas com os elementos de que disponho para uma crítica interna quanto
externa do Alcorão, acho melhor deixar Deus (O da Bíblia.) fora disso.
VII – A ESCRITA KUFIC E OS MANUSCRITOS TOPKAPI E SAMARGAND.
Kufic é cidade originária do atual Iraque. No período
denominado Abbassida (750-1258 d.C.), a capital do Islã (Curiosamente, já havia
sido transferida de Medina para Damasco, na Síria.) foi mudada para Bagdá,
fundada em 762.
A nova dinastia, no intuito de que as moedas viessem a
refletir e também deixassem para a posteridade a nova identidade do império,
altera e cunha suas próprias moedas.
Desse período, são encontrados Dirhams em prata e ouro, com
suas datas variando entre 745 e 837 d.C., na escrita Kufic oficial. A mesma
utilizada nos manuscritos Topkapi e Samargand. Trata-se de uma ESCRITA ALONGADA,
NA QUAL HÁ UMA LINHA HORIZONTAL ENTRE AS LETRAS MAIÚSCULAS.
Tal escrita JAMAIS poderia ser incorporada a manuscritos de
antes de do período Abassida. Outra importante característica de uma escritura Kufic
e que também a diferencia das demais é o FORMATO PAISAGEM para ela utilizado. E
este formato, além de melhor se adequar à escrita alongada, foi tomado por
empréstimo de documentos cristãos siríacos e iraquinos, datados dos séculos
VIII e IX.
Há manuscritos corânicos na escrita al-Mail e certamente mais
antigos que Topkapi e Samargand; mas, nenhum comprovadamente fonte primária (ou
cópias originais de Uthman ou qualquer outro compilador. Em verdade, inúmeras formas de escrita
sobreviveram, até que Ibn Mujahid, no período abassida, ordenasse que somente
sete delas poderia ser conservadas (Sahih al-Bukhari).
E o que seria perfeito, precisaria sofrer correções? É apurado
nas tradições que a versão uthâmica (Se de fato existiu.) teria sofrido
modificações pelo escriba Al-Hajjaj, atendendo ordens do califa Abd al-Malik.
7/ EM TERMOS DE
CONCLUSÃO :
1João 2:18 Filhinhos, esta é a última
hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm
levantado; por onde conhecemos que é a última hora.
2:19 Saíram
dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam
permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são
dos nossos.
2:20 Ora, vós
tendes a unção da parte do Santo, e todos tendes conhecimento.
2:21 Não vos
escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma
mentira vem da verdade.
2:22 Quem é o
mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o
anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.
2:23 Qualquer
que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também
o Pai.
2:24 Portanto,
o que desde o princípio ouvistes, permaneça em vós. Se em vós permanecer
o que desde o princípio ouvistes, também vós permanecereis no Filho e no Pai.
2:25 E esta é
a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
2:26 Estas
coisas vos escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar.
2:27 E quanto
a vós, a unção que dele recebestes fica em vós, e não tendes necessidade de que
alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as
coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como vos ensinou ela, assim nele
permanecei.
2:28 E agora,
filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos
confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda.
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