sábado, 26 de outubro de 2013

ISLÃ X BÍBLIA: TERIA ABDUL SATAR RAZÃO SOBRE SAULO DE TARSO?



.18 Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.
19 Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve!” Amém. Vem, Senhor Jesus!
21 A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém. (Apocalipse 22)   NVI - Bíblia On Line




I - Em polêmica que está sendo travada no Facebook, no grupo aberto  A SALVAÇÃO em CRISTO JESUS, o islâmico Abdul Satar, afirmou o seguinte: 

25 de Outubro de 2013 16:41
Paulo apresentou-se ao Sumo Sacerdote e pediu-lhe cartas de recomendação para as Sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém, todos os homens e mulheres que encontrasse seguindo o caminho [Actos 9:13-14].
Ele não viu Jesus na sua vida, não estava familiarizado com nenhum dos mais próximos discípulos de Jesus e não é mencionado de entre os doze apóstolos escolhidos por Jesus [S. Mateus 10:1-4, S. Lucas 6:13-16], mas mesmo assim auto-intitulou-se de Apóstolo.

Após a ascensão de Jesus, Paulo percebeu que não era possível acabar com a doutrina de Jesus pela simples perseguição dos seus seguidores. Então, fingiu ser cristão e declarou-se discípulo de Jesus, adoptando uma nova estratégia para conseguir os seus objectivos e deturpar a religião de Jesus [Gálatas 2:7-
8, II Coríntios 11-5].

Logo que reivindicou acreditar em Jesus, mudou o nome de Saulo para Paulo, e disse que era discípulo de Jesus para se poder juntar aos verdadeiros discípulos. Só que nenhum destes estava disposto a aceitar essa reivindicação, pois ele era um dos seus piores inimigo e também de Jesus [Actos 9:26-28].

II - RÉPLICA:
1 – Abdul ESTÁ CERTO quando diz que não viu em Jesus, quando Este esteve entre os homens na forma humana (João 1:14 “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito] vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.”). Porém, qualquer crente sabe disso.

2 – Abdul ESTÁ CERTO, quando diz que o apóstolo Paulo, antes chamado Saulo (de Tarso), foi um dos piores perseguidores dos cristãos. O próprio Paulo reconhece isso e dá testemunho do seu novo nascimento (Ver neste mesmo blog “Bíblia X Religião 01”.),  em conformidade com João 3. I Carta de Paulo à Timóteo, capítulo 1:  12 Dou graças a Cristo Jesus, nosso Senhor, que me deu forças e me considerou fiel, designando-me para o ministério,13 a mim que anteriormente fui blasfemo, perseguidor e insolente; mas alcancei misericórdia, porque o fiz por ignorância e na minha incredulidade; 14 contudo, a graça de nosso Senhor transbordou sobre mim, com a fé e o amor que estão em Cristo Jesus. 15 Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. 16 Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna.

3 - Abdul ESTÁ CERTO, quando afirma que Paulo não foi contado entre os doze primeiros apóstolos de Cristo. O próprio Paulo também reconhece isso em I Coríntios 15 (Em conformidade com Atos 09):  3 Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
6 Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. 7 Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; 8 depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. 9 Pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. 10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi inútil; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo. 11 Portanto, quer tenha sido eu, quer tenham sido eles, é isto que pregamos, e é isto que vocês creram.

4 - Mas ABDUL SATAR ESTÁ REDONDAMENTE ENGANADO, quanto a Paulo não ser apóstolo e não ser reconhecido pelos próprios doze primeiros apóstolos: Cartas aos Gálatas, capítulo 2: 6 Quanto aos que pareciam influentes — o que eram então não faz diferença para mim; Deus não julga pela aparência — tais homens influentes não me acrescentaram nada.7 Ao contrário, reconheceram que a mim havia sido confiada a pregação do evangelho aos incircuncisos, assim como a Pedro, aos circuncisos. 8 Pois Deus, que operou por meio de Pedro como apóstolo aos circuncisos, também operou por meu intermédio para com os gentios. 9 Reconhecendo a graça que me fora concedida, Tiago, Pedro e João, tidos como colunas, estenderam a mão direita a mim e a Barnabé em sinal de comunhão. Eles concordaram em que devíamos nos dirigir aos gentios, e eles, aos circuncisos. 10 Somente pediram que nos lembrássemos dos pobres, o que me esforcei por fazer.

a) Abdul Satar ESTÁ EQUIVOCADO QUANTO AO SIGNIFICADO DA PALAVRA APÓSTOLO, mas isso é uma questão para tratarmos,  se for mesmo o caso, em outra ocasião. Se o leitor quiser inteirar-se, basta que leia o livro Atos dos Apóstolos, a partir do capítulo 13 até o final.

b) O TESTEMUNHO APOSTÓLICO sobre a pessoa e os escritos de Paulo, dado pelo apóstolo  Pedro, DISCORDA INTEIRAMENTE DE ABDUL SATAR. Basta lermos a II Carta de Pedro, capítulo 3 (em conformidade com 1: 19-21), para verificar que o principal apóstolo de Cristo dá aos escritos de Paulo o status de Escritura Sagrada. II Pedro 3: 15 Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu. 16 Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles.

c) Chega a ser compreensível os ERROS DE INTERPRETAÇÃO DE ABDUL SATAR. Afinal como falou Pedro, nenhuma profecia é de particular elucidação. E assim como os homens santos escritores da Bíblia falaram inspirados pelo Espírito Santo, somente pelo mesmo também iluminado pode alguém entender a Bíblia sem cair em contradição (João 14:25-26).
Não foi o caso, por exemplo, de Maomé; o qual toma o ser que lhe teria “revelado” o Alcorão pelo anjo Gabriel, ao qual supõe ser o Espírito Santo.
Como tenho dito: se o Islã está tão redondamente quanto a Maomé ser profeta, em conformidade com as Escrituras Sagradas de judeus e de cristãos; e Maomé (tão redondamente enganado como Abdul Satar sobre Paulo) a respeito de quem realmente é o Espírito Santo; sobre o que mais não estariam enganados Maomé, o Alcorão e o Islã?  Vale a pena fundamentar a salvação de sua alma em suposições, comprovadamente suposições?  

5 - O SIMPLES FATO DE ALGUÉM CITAR AS SAGRADAS ESCRITURAS EM SUAS ELUCIDAÇÕES NÃO LHE GARANTE A AUTORIDADE DEVIDA (OU DIVINA). É preciso também preciso corroborar e ser corroborado pelas próprias Escrituras, às quais toma como fonte de autoridade.
a) É O QUE ACONTECE COM O ALCORÃO E O SEU SEGUIDOR ABDUL SATAR. Mas isso, também, nem chega a ser uma novidade.
Observem, por exemplo,  o comportamento de alguns falsos mestres, já nos tempos apostólicos, combatidos pelo próprio Paulo. I Timóteo 1: 5 O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. 6 Alguns se desviaram dessas coisas, voltando-se para discussões inúteis, 7 querendo ser mestres da lei, quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem afirmações tão categóricas.
b) E assim como Paulo, Pedro, João e outro escritores bíblicos combatem os falsos mestre e profetas, os quais o próprio senhor Jesus previu que viriam. Mateus 24:  23 Se, então, alguém lhes disser: “Vejam, aqui está o Cristo!” ou: “Ali está ele!”, não acreditem. 24 Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. 25 Vejam que eu os avisei antecipadamente.
c) Cabe, finalmente,  observar que O SENHOR NEM FAZ REFERÊNCIA AO PROFETA DE DEUTERONÔMIO 18:18, por uma simples razão: Em João 5, ELE JÁ SE IDENTIFICARA COMO O TAL: 45 Contudo, não pensem que eu os acusarei perante o Pai. Quem os acusa é Moisés, em quem estão as suas esperanças. 46 Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. 47 Visto, porém, que não crêem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?

6 - ATÉ SATANÁS PODE PREGAR OU CITAR AS ESCRITURAS SAGRADAS, MAS COM INTUITO DE ENGANAÇÃO: Foi o que aconteceu  no Éden, quando ele enganou Eva, plantando a dúvida sobre o que tinha O Senhor dito. E veio a ser repetir, com lances que vale a pena rever na tentação de Jesus (Mateus 4: 1-11).
Mesmo a água pura, quando jorrada de um reservatório envenenado, pode gerar efeito contrário: ao invés de matar a sede, adoecer aquele que dela se abebera. Digo em poema o seguinte: “Quem tem sede de água pura, volte á fonte”. 
A fonte da verdadeira revelação para a salvação são as promessas de Alianças de Deus, constantes das Escrituras Sagradas de judeus e cristãos; o resto é apenas religião. E se alguém quiser mesmo entender o diferencial, leia o meu artigo “Bíblia X Religião (01)”.

7 - TOMAR AS ESCRITURAS SAGRADAS TOTALMENTE FORA DO CONTEXTO; SUPRIMIR  DADOS, SEGUNDO A CONVENIÊNCIA;  OU ACRESCENTAR EM COMPLETA CONTRADIÇÃO COM A REVELAÇÃO ANTERIOR  É FATO RECORRENTE NO ALCORÃO.
Quando Abdul Satar age desta maneira, para si mesmo tão perigosa (Apocalipse 22: 18-19), ele apenas repete o que deve ter aprendido no livro que considera sagrado.
Muito do que Alcorão toma como revelação (e a última palavra sobre) NADA É MAIS que:
a) Preceitos e histórias bíblicas tiradas do seu contexto e transportadas arbitrariamente para a realidade da Arábia no século VII;
b) Supressão e/ou acréscimos de dados, segundo a conveniência do Islã; e
c) Recorrência à fontes extra-bíblicas, em completo desprezo ao ensino apostólico, mesmo tendo tomado os discípulos de Cristo com fonte de autoridade (Sura 61:14).
Um exemplo clássico disso é a história de Jó, a quem Allah teria o chamado de servo, e considerado, assim como Abraão, como um dos primeiros muculmanos. Jó, porém, é o árabe mais cristão do Antigo Testamento, conforme já o demonstramos em “Islã X Bíblia (05): Respondendo A Amyr Aly Julaya”.     

III -  QUE O LEITOR TIRE AS SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES, lembrando-se de que mais vale o ardente desejo pela verdade do que quaisquer zelos ultra-extremistas por uma religião ou pela religiosidade aparente: 18 Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro.
19 Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro.
20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: “Sim, venho em breve!” Amém. Vem, Senhor Jesus!
21 A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém. (Apocalipse 22)


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BÍBLIA X RELIGIÃO (01): DA ESPIRITUALIDADE FUNDAMENTADA SOMENTE NAS PROMESSAS E NAS ALIANÇAS DE DEUS.




“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo:
quem não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no reino de Deus.
(...)
Não te admires de eu te dizer:
importa-vos nascer de novo.”
João 3: 5 e 7


1/ O Conceito Bíblico de Morte e Vida Espiritual
1.1. Os três primeiros capítulos do Livro de Gênesis tratam da Criação, Queda e da Promessa feita ao homem de restauração à sua condição de antes do pecado. Depois de morrerem espiritualmente, e de ter sido neles iniciado o processo de corrupção da matéria, o qual nos leva também à morte física (Romanos 3: 23.), Adão e Eva foram expulsos do Éden. Não podiam tomar posse da vida eterna, na condição em que se colocaram, traindo a confiança de Deus, ao desobedecer-Lhe (Gênesis 3: 21-24). Ao fazê-lo, já não mais podiam viver o mesmo relacionamento íntimo com o Criador, falando com Deus face a face. E a restauração daquela condição perdida é a esperança e toda a razão de ser da Bíblia, conforme testifica o ensinamento apostólico.
Nas Sagradas Escrituras nada acontece, senão em função dessa restauração:

“AMADOS, AGORA, SOMOS FILHOS DE DEUS, E AINDA NÃO SE MANIFESTOU O QUE HAVEREMOS DE SER. SABEMOS QUE, QUANDO ELE SE MANIFESTAR, SEREMOS SEMELHANTES A ELE, PORQUE HAVEREMOS DE VÊ-LO COMO ELE É. E A SI MESMO PURIFICA TODO O QUE NELE TEM ESTA ESPERANÇA, ASSIM COMO ELE É PURO”.  I João 3: 2-3.

1.2. A expulsão do Paraíso; com a conseqüente perda do relacionamento direto com Deus; configuram-se, para o homem, numa condição de morte espiritual; não, porém, física. (Pelo menos de imediato, já que Adão e Eva viriam morrer anos mais tarde, assim como os seus descendentes.)  Era disso que o Criador havia  prevenido a Adão quanto à quebra de confiança, pela desobediência:

“DISSE MAIS O SENHOR DEUS LHE DEU ESTA ORDEM: DE TODA ÁRVORE DO JARDIM COMERÁS, MAS DA ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL NÃO COMERÁS; PORQUE, NO DIA EM DELA COMERES, CERTAMENTE MORRERÁS”. Gênesis 2: 16-17.

1.3. Este conceito de morte espiritual, tendo em vista que, após a Queda, Adão e Eva, continuaram a ter uma vida físico-humana normal, porém, sem mais o contato direto com o Criador, é ratificado por Jesus Cristo e pelos seus discípulos:

- “EM VERDADE, EM VERDADE VOS DIGO: QUEM OUVE A MINHA PALAVRA E CRÊ NAQUELE QUE ME ENVIOU TEM A VIDA ETERNA, NÃO ENTRA EM JUÍZO (Deixou de ser passível da condenação eterna.), MAS PASSOU DA MORTE (Espiritual.) PARA A VIDA (Eterna.).”
                                             (Jesus Cristo, Evangelho de João 5:24)

EXEMPLIFICANDO: a pessoa passa da morte espiritual para, à semelhança de Adão e Eva antes da Queda,  ter em si novamente ativada a vida espiritual. E a vida espiritual (Em outras palavras, a verdadeira espiritualidade.), no sentido da revelação, significa: em primeira e última instância, a volta à condição de comunhão  e relacionamento com Deus. Esta é a espiritualidade que funciona como garantia da vida eterna; ao contrário de uma religiosidade aparente.
Os simplesmente religiosos não têm certeza da vida eterna, antes, o medo da morte, porque não encontram tal segurança (E nem poderiam, do ponto de vista da revelação.) baseados em seus atos de justiça (Carta aos Gálatas 2: 16). Mas qualquer pessoa que já foi salva por Jesus, regozija-se e testifica da certeza da vida eterna, porque entende o sentido das palavras do Senhor. Afinal, ela as experimentou na prática. Senão, vejamos:

- “ELE (Jesus Cristo)  VOS DEU VIDA, ESTANDO VÓS MORTOS NOS VOSSOS DELITOS E PECADOS”  (Carta de Paulo aos Efésios 2:1).

- “MAS DEUS, SENDO RICO EM MISERICÓRDIA, POR CAUSA DO GRANDE AMOR COM QUE NOS AMOU, E ESTANDO NÓS MORTOS EM NOSSOS DELITOS, NOS DEU VIDA JUNTAMENTE COM CRISTO, _ PELA GRAÇA SOIS SALVOS _ “ (Carta de Paulo aos Efésios 24-5).

1.4. Paulo estava se dirigindo a pessoas normais. Elas, assim como Adão e Eva após a Queda, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento. Porém, antes de convertidas a Cristo, eram pessoas que estavam mortas, espiritualmente falando. Esta é a condição de qualquer homem, independente de ter religião ou mesmo ser ateu. É a espiritualidade, de acordo com a revelação verdadeira (Antigo e Novo Testamento.) que importa para Deus. Ser ateu ou ter religião NÃO muda em nada absolutamente a condição daquele diante de Deus, segundo a revelação. Por uma razão bem simples: a religião NÃO tem poder de fazê-lo voltar à comunhão e de novo estabelecer com o Criador o relacionamento antes perdido. O pecado de Adão e a condição de pecador de todo homem não lhe permite isso.

“TODOS PECARAM E ESTÃO DESTITUÍDOS DA GLÓRIA DE DEUS.”
                                                                 (Romanos 3:23).
                                                        
1.5.  Na religião (Qualquer religião!) se verifica o vão esforço humano; do homem segundo o seu próprio entendimento; na tentativa de aproximar-se do Criador. É louvável, porém, insuficiente.  No Evangelho, pelo contrário: é Deus, tal como aconteceu no Éden, que vem ao encontro deste para socorrê-lo e, por fim, adotá-lo com filho, sendo decisiva a atitude do indivíduo para com Cristo:

“NO PRINCÍPIO (Referência à Gênesis 1:1) ERA O VERBO, E O VERBO ESTAVA COM DEUS, E O VERBO ERA DEUS.
(...)
TODAS AS COISAS FORAM FEITAS POR INTERMÉDIO DELE, E, SEM ELE,  NADA DO QUE FOI FEITO SE FEZ.
(...)
O VERBO ESTAVA NO MUNDO, O MUNDO FOI FEITO POR INTERMÉDIO DELE, MAS O MUNDO (Seja: a humanidade.) NÃO O CONHECEU.
VEIO PARA O QUE ERA SEU, E OS SEUS (Os judeus, de quem Jesus Cristo descendeu, enquanto homem, ao nascer de Maria, quando esta ainda era uma virgem.) NÃO O RECEBERAM.
MAS, A TODOS QUANTOS O RECEBERAM DEU-LHES O PODER DE SEREM FEITOS FILHOS DE DEUS, A SABER, AOS QUE CRÊEM NO SEU NOME;
OS QUAIS NÃO NASCERAM DO SANGUE, NEM DA VONTADE DA CARNE, NEM DA VONTADE DO HOMEM, MAS DE DEUS.
E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS, CHEIO DE GRAÇA (Favor imerecido concedido aos que crêem.) E DE VERDADE, E VIMOS A SUA GLÓRIA, GLÓRIA COMO DO UNIGÊNITO DO PAI.”  (João 1: 1-14). 


O Evangelho de Jesus Cristo é apenas um. E digo evangelho, no sentido bíblico de Boas Novas de Salvação, em conformação com Lucas 2: 1-11 e, não, de um suposto livro escrito por Jesus. Embora o cristianismo possa e até deva tomar a feição das culturas aonde ele chega.
Quanto às religiões, são milhares e conflitantes entre si  no que diz respeito à pessoa de Deus, a condição humana e o meio de salvação, e até no que diz respeito ao seus códigos morais. Elas sempre variaram de acordo com o tempo e o local onde vivem os seus criadores e praticantes. Devemos concluir, então, que o Cristianismo, no sentido mais depurado do termo, NÃO é (mais) uma religião. Pois o verdadeiro em todos os tempos e em qualquer lugar cristão é alguém que: 1 - por sua fé nas palavras de Cristo e obra expiatória na cruz, voltou à condição de relacionamento e comunhão com Deus; e 2 - encontrou em Jesus Cristo a confiança da vida eterna. Todo cristão autêntico sabe que verá Deus face a face por toda a eternidade, conforme, disse o apóstolo João.

1.6. COMO A COISA SE PROCESSA.  Todo verdadeiro cristão passou por uma experiência espiritual, chamada por Cristo e seus discípulos de Novo Nascimento (João 3: 3-5; II Coríntios 5: 17 e II Pedro 2: 1-3.). Ao passar por tal experiência, ele adquire, através do Espírito Santo, habitando agora em seu coração, a certeza da vida eterna. Sem o novo nascimento e a certeza de vida eterna (Romanos 8: 16-18), o cristão seria apenas mais um religioso. Assim como o são e foram, infelizmente, muitos e muitos cristãos apenas nominais.
É o que explica porque muitas pessoas, comunidades e entidades religiosas, nações e culturas ditas cristãs NÃO praticam ou praticaram, ao longo desses vinte séculos, as palavras de Cristo. Pelo contrário, agiram como um religioso qualquer: indo de atos de bondade para com os seus pares (filantropias, etc.) ao ultra-extremismo em relação a quem tinha por adversários.
No ultra-extremismo, por exemplo,  odeia-se entre si e comete assassinatos. Enquanto o Senhor, usando de Sua autoridade divina para modificar a Lei de Moisés (Fato que até o Alcorão reconhece.), nos ordena o contrário: a amar os nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem. Em resumo, oferecer a outra face.

1.7. UM BOM EXEMPLO DO NOVO NASCIMENTO. É fato que, ao longo dos séculos, algumas formas equivocadas de cristianismo, em completa contradição com o ensinamento apostólico, surgiram e até ganharam relevo. Transformando-se algumas, quer no Oriente, quer no Ocidente, em instituições poderosas do ponto de vista humano. Não é este cristianismo que em meus escritos defendo. O cristianismo que prego é o apostólico. Ele nada a ver com Roma, por exemplo, e tudo aver apenas com o Novo Testamento fielmente interpretado.
O Novo Testamento é composto pelos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João; por um livro histórico, Atos do Apóstolos; pelas Cartas apostólicas, dentre outras; e pelo Apocalipse de João.
Os Evangelhos contêm as palavras de Jesus Cristo, segundo o relato dos apóstolos e dos primeiros discípulos, inspirados pelo Espírito Santo, em cumprimento da seguinte promessa:

- “TENHO AINDA MUITO O QUE VOS DIZER, MAS VÓS NÃO O PODEIS SUPORTAR AGORA:
QUANDO VIER, PORÉM, O ESPÍRITO DA VERDADE, ELE VOS GUIARÁ A TODA VERDADE; PORQUE NÃO FALARÁ POR SI MESMO, MAS DIRÁ TUDO O QUE TIVER OUVIDO E VOS ANUNCIARÁ AS COISAS QUE HÃO DE VIR.”                               (Jesus Cristo, em João 16: 12-13).

- “ISTO VOS TENHO DITO, ESTANDO AINDA CONVOSCO;
MAS O CONSOLADOR, O ESPÍRITO SANTO, A QUEM O PAI ENVIARÁ EM MEU NOME, ESSE VOS ENSINARÁ TODAS AS COISAS E VOS FARÁ LEMBRAR DE TUDO O QUE VOS TENHO DITO.” (Idem, João 14: 25-26).

As Cartas e o Apocalipse explicam e falam da aplicação prática das palavras de Jesus às comunidades cristãs ou pessoas às quais foram dirigidas. Já o livro de Atos dos Apóstolos, conta os primeiros anos da igreja de Jesus Cristo. E neste livro em especial, apenas se morre pela fé cristã; matar, porém, jamais. O cristianismo que em Atos e nas Epístolas é pregado NADA tem a ver, por exemplo, com as cruzadas, a escravidão e com a inquisição, entre outros horrores de um cristianismo apenas nominal. E as três pessoas que foram mortas por atentarem contra a fé cristã no Novo Testamento, o casal Ananias e Safira (Atos 5) e o rei Herodes (Atos 12), morreram diretamente pelas mãos de Deus.
O cristão verdadeiro NÃO pode ter as suas mãos sujas de sangue; senão, antes da conversão, como aconteceu com Saulo de Tarso (Atos 9).
Depois de convertido à verdade da fé, passou a chamar-se Paulo e foi um dos principais apóstolos. Paulo, o apóstolo, é o maior exemplo de alguém que passou pelo Novo Nascimento. Ou seja, da condição de morto espiritualmente, para uma vida de comunhão com Deus e certeza plena da vida eterna, da qual tornou-se o principal pregador. Antes, era um perseguidor da igreja de Cristo; depois, defensor e mártir.
O que Paulo encontrou, que ele não tinha, quando era apenas mais um ultra-religioso? A condição de comunhão com Deus restaurada e a certeza da vida eterna. Paulo teve um verdadeiro encontro com Deus, no caminho de Damasco. Caiu literal e figuradamente do cavalo da suas muitas convicções erradas, para abraçar a fé que, de acordo com a revelação, nos conduz a espiritualidade verdadeira.  

O QUE FAZER? Se você é cristão, mas não tem ainda a certeza da vida eterna, porque não nasceu de novo, pergunto: vale a pena isso? E se você é somente mais um religioso sincero, vale a pena ter uma religião e não ter certeza da sua salvação? Então, o que fazer?  1 -  Reconheça-se pecador e entenda de uma vez por todas que por seus próprios méritos você não pode se salvar.  2 - Reconheça que Jesus Cristo veio ao mundo para lhe dar a salvação. E que basta você em seu coração aceitar o fato de que Ele morreu pelos seus pecados, para te perdoar e restaurar à comunhão com Deus. 3 -  Aceite isso num ato de fé e peça a Jesus que venha, através do Espírito Santo, morar no seu coração. A partir da sua decisão, o próprio Espírito Santo te guiará a numa vida de comunhão restaurada com Deus e à certeza da vida eterna (Romanos 8: 16-18). 4 - Passe a ler a Bíblia diariamente, principalmente o Novo Testamento, e sempre tire um tempo para oração. Mas lembre-se: orar não é recitar frases prontas e sem o entendimento das mesmas; antes, é abrir o seu coração para Deus, como se faz a um amigo, crendo que Ele está te ouvindo. De alguma forma Deus mudará as circunstâncias de sua vida e você verá que tuas orações foram respondidas. A resposta à oração (Sim, Não ou Espere.) é um dos meios mais eficazes de se comprovar como anda a nossa comunhão com Ele.
Adão e Eva perderam a comunhão com o Criador, por causa da desobediência e do estrago que o pecado fez àquele primeiro tipo de relacionamento de Deus com o homem. Instigador da desobediência, Satanás achou que tinha causado à humanidade um dano irreparável. Só na sabia que Deus restauraria Sua relação com a criatura numa condição ainda superior: a de Pai e filhos. É esse tipo de relacionamento que o Deus quer ter com você (João 1: 1-14). PERGUNTE AO SEU CORAÇÃO: vale a pena ser religioso e não ter relacionamento do com Deus?
                                                          




(Continua numa próxima postagem.)
      


ISLÃ X BÍBLIA (05): RESPONDENDO A AMYR ALY JULAYA

I -  Duas Recapitulações Necessárias Ao Prosseguimento:

Algumas circunstâncias contrárias a nossa vontade exigem, a essa altura do  arrazoado, que façamos duas recapitulações, para, então prosseguirmos nas respostas aos questionamentos via postagens de Amyr Aly Julaya.
1/ Esperávamos, dada a importância do debate, que o administrador do grupo de discussão do Facebook A SALVAÇÃO em CRISTO, não as bloqueasse, como fez com muitas delas. Antes, que as deixassem na cronologia em toda a sua inteireza, tendo-se em vista a produção de uma documentação completa da polêmica ora travada.
É verdade que, no mesmo tom de Amyr, o qual disse com todas as letras que “chamar a Bíblia de livro santo e guia moral é uma afronta à decência e à dignidade humana”, houve até um mais exaltado que propôs fossem queimados todos os exemplares das Sagradas Escrituras.
Mas isso é o de menos para quem, acompanhando o noticiário internacional, vê-se pasmo, dia após dia, com a divulgação dos assassinatos e atentados de islâmicos radicais contra àqueles que tomam por inimigos. E mesmo contra os seus próprios irmãos, dos quais explodem até mesquitas. Todavia, a palavra somente é demonstração de força, quando fundamentada na verdade. À falta da verdade como fundamento, o que resta aos discursos vazios, senão outros (e até estes condenáveis) expedientes?
A polêmica pelo menos é uma forma de diálogo; o qual, de minha parte, sempre se manterá respeitoso. Nunca me furtando, porém, de dizer a verdade das Escrituras Sagradas em defesa da fé cristã (Judas 3-4). 
O Islã de Amyr Aly Julaya, que NÃO é o dos acadêmicos e apologistas dos primeiros séculos pós-Maomé, entende que precisa “desconstruir” a Bíblia para construir-se. E acaba por constranger a judeus e a cristãos à polêmica, dado o fato de querer tomar como fonte de autoridade as Escrituras Sagradas, com as quais não corrobora e nem é pelas mesmas corroborado. Um exemplo clássico disso é Deuteronômio 18:18.
Para por fim à questão, espero,  publiquei “Islã X Bíblia: Respondendo A Anacleto Benane”. Que o leitor possa lê-lo e tirar as suas próprias conclusões; pois quem tem ouvidos para ouvir, ouça, diria Jesus.

2/ Até aqui, na série “Islã X Bíblia: Respondendo a Amyr Aly Julaya”, publiquei cinco de um total projetado de sete textos.
No primeiro, mostro o testemunho do próprio Alcorão sobre as Sagradas Escrituras; à qual quer o Islã reduzi-la à Tora e a um suposto evangelho que Jesus teria escrito.
No segundo, mostro o  testemunho do Alcorão sobre os primeiros discípulos de Jesus Cristo e as implicações que há nisso; em se havendo um mínimo de coerência, evidentemente.  
No terceiro, tomando a postagem principal de Amyr Aly Julaya  (Por telemóvel, dia 27 de setembro.), exponho em quê e por que Maomé difere completamente dos mais de 40 escritores bíblicos; não podendo, por isso mesmo, ser reconhecido por judeus e cristãos como profeta, segundo as (suas) Escrituras Sagradas.  E aqui, cabe de minha parte, uma correção: 18.10. 2013 é o dia que tomei conhecimento de uma postagem de Amyr no grupo do Facebook A SALVAÇÃO em CRISTO JESUS, feita através de telemóvel, no dia 27.09.203. E, e em referência à mesma é que Amyr Aly Julaya fez a declaração infeliz, de que, segundo ele, chamar a bíblia de livro santo e guia moral seria uma afronta à decência e à dignidade humana. Bom, todo este meu arrazoado (Que bem poderia ser a simples resposta ao link de questionamento e perguntas postados em seguida por Amyr, como justificativa para aquela sua afirmação.) se faz em função disso: mostrá-lo o quanto ele está enganado sobre as Sagradas Escrituras e o quanto o Alcorão é questionável.   
No quarto, passei as responder ao link de perguntas e questionamentos feito por Amyr Aly Julaya sobre a Criação, conforme o relato dos dois primeiros capítulos de Gênesis. E pautei-me pelos temas o tempo da criação e a criação do homem em relação à vegetação. Por uma questão de maior clareza desta série Islã X Bíblia, deixo para depois o tema a criação do homem em relação aos animais e às aves. E, dando prosseguimento a nossa réplica, passo a tratar do homem em relação aos astros e estrelas.

II -  Prosseguindo Em Responder A  Amyr Aly Julaya:

No seu link de perguntas, Amyr questiona:

Quando as estrelas foram criadas?
No quarto dia da criação, depois da criação da terra. (Gn 1: 16-19).
Antes que a terra foi criada. (Jó 38: 4-7).

A resposta é bastante simples: as estrelas foram criadas no quarto dia e não há nenhuma contradição entre a informação do livro de Gênesis e a do livro de Jó, conforme se verá a seguir.

1/ GÊNESIS 1: 16-19 (INTERPRETADO A PARTIR DO CONTEXTO).

Este texto nos mostra com total clareza:
a) Que A MENSAGEM AIS IMPORTANTE DO MESMO não é se as estrelas foram criadas antes ou depois da Terra;
b) E, sim, COM QUE FINALIDADE FORAM CRIADOS OS PRINCIPAIS LUZEIROS (sol e lua), para a definição de dia e noite e das estações;
c) ALÉM DISSO, O FATO DAS ESTRELAS SEREM CITADAS POR ÚLTIMO, no verso 19:  “e fez também as estrelas””, NÃO IMPLICA NECESSARIAMENTE QUE TERIAM SIDO CRIADAS NO QUARTO DIA e depois daqueles. Não isto que a passagem  quer informar. E não custa mais uma vez lembrar, que não estamos diante de tratado científico; mas de um texto poético, aproximado da oralidade.

A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO DÁ MARGEM TAMBÉM PARA A POSSIBILIDADE DAS ESTRELAS TEREM SIDO CRIADAS NO PERÍODO DE TEMPO DENOMINADO PRINCÍPIO, quando a matéria, substância e espaço físico do nada surgiram. A expressão “céus e terra”, se tomados estes em seu aspecto físico e visível a olho nu, não discordaria da interpretação. Tendo-se em vista que somente as estrelas, porventura já existentes desde o princípio, não poderiam definir dia e noite e as estações no planeta. De forma que os astros, os planetas com seus satélites e os bilhões de estrelas que compõem as galáxias poderiam, sim, existir desde o princípio, na forma exatamente como estão: sem a mínima condição de vida, à falta do que ocorreu na Terra nos seis adicionais dias da criação. De certo modo, informes (Seja: sem a exata forma estrutural da terra, em termos de atmosfera e vegetação.) e vazios (dos elementos naturais e dos seres vivos do nosso planeta).

SIMPLIFICANDO AO MÁXIMO: Com o tipo de literatura com que estamos lidando, SER CITADO POR ÚLTIMO (Vide o caso do homem em relação aos animais.) NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE TER SIDO CRIADO DEPOIS. Pode, também, significar proeminência na escala da criação. OU ATÉ MESMO (COMO É AQUI O CASO) UMA SIMPLES REFERÊNCIA. E a referência poderia ser a algo já realizado antes. EM TODO O TEXTO, NÃO SÃO AS ESTRELAS QUE ESTÃO EM QUESTÃO. Elas apenas FORAM REFERENCIADAS COMO E COM OS LUMINARES EM GERAL. Por outro lado, quem conhece o Deus da Bíblia, sabe que, para O Senhor Deus do Universo, presente, passado e futuro são a mesma coisa. Por exemplo, tratando-se da obra expiatória de Cristo Jesus, razão de ser das Escrituras:

“E ADORARAM O DRAGÃO (A antiga serpente, Satanás.) QUE DEU À BESTA (O Anti-Cristo. Quer dizer, o contrário ao Cristo do cristianismo dos apóstolos.)  O SEU PODER (...).
E ADORARAM-NA TODOS OS QUE HABITAM SOBRE A TERRA, ESSES CUJOS NOMES NÃO FORAM ESCRITOS NO LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO.”
                                                                                (Apocalipse 13: 4-a e 8)
   

Todavia, mantém-se a resposta: foram as estrelas criadas no quarto dia. Apesar da aparente contradição (Mas somente aparente.) de Gênesis em relação à Jó 38:4-7.

2/ JÓ 38: 4-7, O TEXTO:

“ONDE ESTAVAS TU, QUANDO EU LANÇAVA OS FUNDAMENTOS DA TERRA? DIZ-MO, SE TENS ENTENDIMENTO. / QUEM LHE PÔS AS MEDIDAS, SE É QUE O SABES? OU QUEM ESTENDEU SOBRE ELA O CORDEL? / SOBRE QUE ESTÃO FUNDADAS AS SUAS BASES OU QUEM LHE ASSENTOU A PEDRA ANGULAR, / QUANDO AS ESTRELAS DA ALVA, JUNTAS, ALEGREMENTE CANTAVAM, E REJUBILAVAM TODOS OS FILHOS DE DEUS?”

3/ UMA BREVE ANÁLISE TEOLÓGICA EM RELAÇÃO AO ALCORÃO:
A história de Jó remonta-se ao período patriarcal ou antes deste, cerca de 2000 a.C. Observe que no mesmo não há referência à Lei de Moisés e nem a fatos da história de Israel, enquanto nação. O cenário da história, “na terra de Uz” , conforme indica Lamentações 4: 21,  é a Arábia. A autoria do livro, em seu aspecto humano, perdeu-se com o tempo. Mas não a história, não a mensagem e não, principalmente, a esperança de Jó num redentor que viria, conforme a promessa de Deus no Éden (Gênesis 3: 14-15):

“PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE (Jesus Cristo, em conformação com João 8: 56-58 e todo o ensino apostólico.) E POR FIM SE LEVANTARÁ SOBRE A TERRA (A vinda dEle em forma humana, em conformação com Filipenses 2:5-11.).
DEPOIS, REVESTIDO ESTE MEU CORPO DA MINHA PELE (Ressurreição dos salvos por Jesus, Conforme I Coríntios 15 e o Livro do Apocalipse.), VEREI A DEUS.
VÊ-LO-EI POR MIM MESMO (Eis a mesma confissão de João em sua Primeira Carta 3:1-3.), OS MEUS OLHOS O VERÃO, E NÃO, OUTROS; DE SAUDADE ME DESFALECE O CORAÇÃO DENTRO DE MIM.”   (Jó 19: 25-27).

O contexto histórico do livro é mais árabe do que judaico. E os teólogos cristãos, ao contrário de querer ter, ao modo do Islã, a última palavra (No caso deste, quase sempre contraditória.) sobre tudo, entendem:
1 - Que o próprio Jó ou algum seu contemporâneo (ou pós) pode tê-lo escrito (Fator cronológico);
2 - Moisés também poderia tê-lo escrito, 1450-1400 a.C, visto tratar-se de uma que história se remonta à época de fatos relatados no Gênesis. Tendo, por exemplo, tê-la recebido via tradição oral e lhe capacitado o Espírito Santo a dar-lhe a forma manuscrita, assim ele deu às principais histórias do Livro de Gênesis (Fator literatura manuscrita);
3 – Pode ter sido escrito durante o reinado de Salomão, 950-900 a.C, tendo-se em vista a beleza literária do livro, aproximada da literatura daquele período (Fator literário);
4 – E até mesmo durante o exílio babilônico (Salmo 137); quando o povo de Deus, teria buscado na história de Jó, ainda conservada na sua forma oral, resposta ao seu sofrimento. (Fator existencial.)             
Em todos estes casos, observe: temos uma história que pode se remontar a cerca de 2000 a.C. Foi preservada através de milênios, falando da esperança cristã, tal como é proclamada no Novo Testamento. E sem que qualquer cristão tenha influenciado na sua preservação, até o levantar-se do redentor que Jó cria-0 vivo, porque sabia-O Deus, por  sobre a terra; quer dizer: no inicio da Era Cristã.
Somente a soberania de um Deus, cuja Palavra não pode ser mudada ou perdida no tempo, e o Seu agir, através da própria História, explica isso. Ainda que o Islã de Amyr Aly Julaya insista em dizer o contrário, contrariando o próprio Alcorão.

4/ OUTRA BREVE ANÁLISE TEOLÓGICA EM RELAÇÃO AO ALCORÃO:
A história ocorre numa Arábia de pré a pós-Abrâmica. No entanto:
I – ALLAH NÃO É MENCIONADO como Deus ou nome (árabe) de Deus.
II – JÓ NÃO SE DIZ MUÇULMANO E NEM OS AMIGOS DELE, os quais, embora equivocados quanto à provação de Jó, se mostram bons teólogos. Logo, a afirmação do Islã de que toda pessoa nasce mulçumana ou que Abraão teria sido mulçumano NÃO encontra respaldo nem na história do mais oriental dos livros bíblicos.
Em verdade, por não está fundamentado nas promessas e alianças do Deus da Bíblia (ou mesmo que seja da Torá e qualquer um dos quatro evangelhos), o Alcorão não corrobora e nem é corroborado pelas Escrituras Sagradas de judeus e cristãos. Apenas encontraria respaldo em si mesmo, quando também não se contradiz.
III - A CONFISSÃO E A ESPERANÇA DE JÓ NUM REDENTOR QUE VIRIA É MUITO MAIS IMPORTANTE, PARA O CONTEXTO DA HISTÓRIA, DO QUE A SUA JUSTIÇA PRÓPRIA OU INTEGRIDADE (40:3-5 e 42:1-6): embora ele seja considerado, juntamente com Noé e Daniel, um dos três homens mais íntegros do Antigo Testamento. ISSO JOGA POR TERRA TODO O FUNDAMENTO DA TEOLOGIA ISLÂMICA NO QUE DIZ RESPEITO A SALVAÇÃO POR MÉRITO PESSOAL.

5/  UMA PERGUNTA CRUCIAL:  Será que Maomé teria sido moralmente (Ou o é qualquer islâmico.) mais integro do que Jó?

“FIZ UMA ALIANÇA COM MEUS OLHOS; COMO, POIS, OS FIXARIA EU NUMA DONZELA?
QUE PORÇÃO, POIS, TERIA EU DO DEUS LÁ DE CIMA E QUE HERANÇA DO TODO-PODEROSO DESDE AS ALTURAS?”    (Jó 31: 1-2)

Jó sabia que precisava e até anelava, como qualquer cristão em todos os tempos, por estar no Céu com o seu redentor, depois de ver transformada a sua natureza pecaminosa.
As promessas e alianças de Deus quanto à sua redenção estão ausentes do Alcorão, porque sua doutrina, estranhamente, nas mesmas não se fundamenta; antes, frontalmente as contraria. E tais promessas e alianças são toda a razão de ser do chamamento do antes sírio (Natural da Mesopotâmia.) Abraão. A ausência imperdoável, do ponto de vista da revelação, é o que mais explica a enormidade da contradição de se querer tomar Jesus Cristo, os Seus discípulos, Moisés, a Torá, o Evangelho e até João Batista e Davi como fonte de autoridade. Todos estes falam em conformidade à mensagem de Jó sobre um redentor que viria; Maomé e o Alcorão, não.

6/ UMA SIMPLES ANÁLISE LITERÁRIA EM RELAÇÃO AO ALCORÃO:
Nos poucos textos transcritos até aqui, percebe-se a superioridade literária do Livro de Jó em relação a qualquer parte do Alcorão. Seja ela uma poesia (Falada ou que tenha tomado sua forma manuscrita para a preservação daquela história sagrada.) de cerca de 2000, 1450, 950 ou 538 a.C. Até nisso vemos o agir soberano de Deus, através do tempo, fazendo com que a sua mensagem de um redentor para o mundo permaneça compreensível. Não é o caso do Alcorão; o qual, apesar da Sirat e do Tafsir,  permanece obscuro em muitas de suas passagens. Seja pela pobreza literária, seja pelas inúmeras contradições. Logo, torna-se mais fácil ou cômodo recitá-lo do que teologicamente entendê-lo.
Como pode, senão pela inspiração do Espírito Santo, um escritor de pelo menos mil anos antes (Isto se a história de Jó tenha mesmo ganho sua forma manuscrita cerca 550 a.C.) ser mais claro em sua mensagem e literariamente tão superior ao Alcorão de Maomé?


7/  RESPOSTA A AMYR ALY JULAYA:

I - Parece que AMYR QUER ENCONTRAR CONTRADIÇÃO EM relação aos dois textos, pelo fato de Jó 38 dizer que OS FILHOS DE DEUS SE ALEGRARAM COM A CRIAÇÃO DAS ESTRELAS.
II -  Como já vimos, tomado o texto de Gênesis no seu contexto, AS ESTRELAS, mesmo sendo CRIADAS NO QUARTO DIA adicional, após o período denominado Princípio, poderiam também ser criadas naquele período.
E sendo criadas, como o foram, no quarto dia, O HOMEM AINDA NÃO TINHA SIDO CRIADO.
III - A pergunta supostamente embaraçosa que se faria seria a seguinte: QUEM  SÃO, ENTÃO, DOS FILHOS DE DEUS mencionados em Jó 38?
IV - RESPOSTA CORRETA: OS ANJOS.
V – Na Bíblia anjos (caídos ou não) e homens são chamados Filhos de Deus ou filhos (descendência) de Satanás. E isto vai depender da atitude dos mesmos para com a revelação (Seja: as promessas e alianças). Senão, vejamos no que diz respeito àqueles seres celestiais, criados por certo antes do Princípio, tendo-se em vista que céus e terra visíveis (O universo físico.) pertencem à dimensão material; enquanto céu e inferno à dimensão espiritual.

- “DISSE O SENHOR À SERPENTE (Satanás.):
(...)
PORÉM INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER  (Eva.), ENTRE A SUA DESCENDÊNCIA (Anjos do Céu que o seguiram na sua rebelião e os homens que seriam por Satanás enganados, acabando por fazer-lhe a vontade.) E O SEU DESCENDENTE (Descendente da mulher. Eis a primeira profecia referente à vinda do Salvador na forma humana.). ESTE TE FERIRÁ A CABEÇA (Golpe mortal e fatal.) E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR (Primeira referência em linguagem figurada à Cruz.).         (Gênesis 3: 15).

- “ENTÃO, O REI (Jesus em linguagem simbólica.) DIRÁ TAMBÉM AOS QUE ESTIVEREM À SUA ESQUERDA: APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS.”
                                                                                           (Mateus 25:41).

VI – Assim como o homem é chamado de Filho de Deus, também podem ser chamados filhos do Diabo. A referência de Jó 38 NÃO diz respeito ao ser humano. Todavia, a título de ilustração, cabe mencionar o fato da expressão “Filhos de Deus” poder ser usada, na Bíblia, tanto em relação a homem quanto aos demônios:

- “VENDO OS FILHOS  DE DEUS (Descendentes de Sete.) QUE AS FILHAS DOS HOMENS (Descendentes de Caim, o assassino de Abel.) ERAM FORMOSAS...”     (Gênesis 6: 2-a)

- “DISSE JESUS (Aos fariseus.): SE SOIS FILHOS DE ABRAÃO, PRATICAI AS OBRAS DE ABRAÃO.
(...)
VÓS FAZEI AS OBRAS DE VOSSO PAI. DISSERAM-LHES ELES: NÃO SOMOS BASTARDOS; TEMOS UM PAI QUE É DEUS.
(...)
QUAL A RAZÃO POR QUE NÃO COMPREENDEIS  A MINHA LINGUAGEM? É PORQUE SOIS INCAPAZES DE OUVIR A MINHA PALAVRA.
VÓS SOIS DO DIABO, QUE É O VOSSO PAI, E QUEREI SATISFAZER-LHES OS DESEJOS. ELE FOI HOMICIDA DESDE O PRINCÍPIO E JAMAIS SE FIRMOU NA VERDADE.”      (Jesus Cristo, Evangelho de João 8: 39-b a 44-a).                                                                                                   

VII -  VISTO NÃO RESTAR MAIS DÚVIDA que os anjos de Deus se rejubilaram com a criação do Universo, mormente com a das estrelas; FALTA, MAIS UMA VEZ, conforme já enfatizamos no quarto texto desta série, RESSALTAR: a revelação sempre esteve adequada à compreensão que o escritor bíblico tinha das questões científicas no seu tempo.
Daí que, não há como se espantar vendo Jó pensando ser o planeta sustentado por alicerces ou  bases. A linguagem do livro é poética e, tal como nos primeiros capítulos de Gênesis, aproximada da oralidade. O que importa nesse tipo de linguagem é o sentido (idéia) do que está sendo dito, não as palavras ao pé da letra (Que mata, diria Jesus.).
E mais: ainda que tomássemos as expressões “fundamento da terra” e “as suas bases” como expressões exatas, fica, evidente, que se trata de linguagem simbólica a expressar a soberania de Deus na criação e sobre o destino de todos os homens.