4.1 - Fora o fato de Eva deixar-se
seduzir pela serpente e, em conjunto com Adão, ser dignamente vestida e depois
castigada com seu marido, o mundo era apenas dos homens. Eles faziam as suas
guerras e viviam alguns, como Lameque, relações desrespeitosas com as mulheres.
Somente Eva é mencionada, depois da Queda, por duas vezes e em momento de
pós-concepção e aparente contrição. Daí, possivelmente, a referência de Paulo à
mulher em I Timóteo
2: 13-15. Já Naamá, a filha de Lameque, é apenas nomeada. Portanto, não se
destaca ainda o sexo feminino. Resguardavam-se (É plausível inferir.) tanto as
filhas de Deus quanto as filhas dos homens, em função não apenas do machismo
masculino, mas também pelo fato da experiência traumática da descoberta da
perda pureza ser ainda recente. Devemos levar em conta a longevidade do ser
humano àquela época, quando a expectativa de vida era de mil anos. Mas no sexto
capítulo do Livro de Gênesis, o Espírito nós dá a entender que as filhas dos
homens partiram para a ação nefasta de deixaram-se ser vistas do modo que homem nenhum as deveria enxergar: apenas como
fêmeas. Ou, se quisermos repor a questão no sentido literal: os filhos de
Deus olharam para as filhas dos homens do modo pelo qual a nenhuma mulher um
homem em vida de santidade pode olhar. E isso foi decisivo para o aceleramento
do trágico destino da humanidade.
4.2. Seriam as filhas dos homens
fisionomicamente mais belas que as filhas de Deus? E eram as filhas de Deus
anatomicamente menos perfeitas que as filhas dos homens? Não e não. Então, o
que fizeram estas para serem notadas e se tornarem fortemente desejáveis (Este
é o sentido implícito no texto.) aos, até então, ainda não inconsequentes quanto
lascivos filhos de Deus? Nenhuma resposta que se preze foge ao que continua sendo
marcante nos próprios dias de hoje, tendo-se em vista o fato de que a narrativa
bíblica está nos mostrando, já no início da humanidade, os elementos
fundamentais à depravação de uma civilização em detrimento da opção por uma
vida de santidade. Por certo que as filhas dos homens se vestiram, adornaram-se
e, quem sabe já naquele tempo, começaram a rudemente se maquiar, com intuito de
sedução. Além da plástica, uma boa maquiagem (Que o diga nossas atrizes e
modelos.) disfarça defeitos e redimensiona atributos físicos; os adornos e a
extravagância no ato de se vestir tendem a chamam atenção para a pessoa; e no
que diz respeito à nudez fora do ato conjugal, é por si mesma tão devastadora
em seus efeitos de (e para o) desencadeamento de sedução, de defraudação, manipulação
do sexo oposto, além de potencialmente indutor da traição entre cônjuges que recebe
na Lei tratamento muitíssimo rigoroso e, no ensinamento apostólico,
recomendações pontuais.
4.3. Há pouca possibilidade, talvez
nenhuma, de que os elementos em questão não tenham se transformado no ponto de
partida do ataque fatal de Satanás à piedade dos descendentes de Abel, através
da mulher diluviana. Estes, ao se casarem com as “poderosas” filhas dos homens,
desprezaram a beleza por certo discreta, sem tanto badulaques e ostentação
exterior, porque fundamentada no pudor, próprias de suas irmãs. De fato,
fizeram pouco do tipo ou estilo que viria a ser recomendado por Deus (I Pedro 3: 1-4 e I Timóteo 2: 8-10). Diante disso, não
seria demais lembrarmo-nos de que na Bíblia Satanás começa nomeado como
serpente e termina identificado como dragão, depois de citado como leão que
anda em derredor, procurando a quem possa tragar. Logo as suas ações, no uso da
legalidade que lhe der o ser humano e na posse dos elementos que ele desde o
princípio soube bem manipular, tende a crescer na civilização humana, tomando
formas de comportamento cada vez mais assustadoras. Conheço um jovem, hoje na faixa dos vinte anos e convertido na pre-adolescência, o qual compartilhou comigo algo realmente assombroso. Estava ele participando de um culto e percebeu perto de si uma mulher extremamente bela em sua silhueta e não suficientemente composta. Aquilo chamou a atenção do nosso jovem e ele quis olhá-la no rosto. Ela se voltou para ele. Só que o mesmo não conseguiu enxergar a face daquela mulher: mas viu, por discernimento de espírito, num livramento do Senhor Jesus, a cara de um ser horripilante, sorrindo ameaçadora para ele. Bem sabemos que a ninguém devemos julgar apenas pelo exterior; todavia, a aparência do mal que, invariavelmente costuma antecipar os seus frutos, já é indicativo do mal em si. E de ambos devemos fugir.
4.4. Moda feminina hoje no meio da
cristandade é algo que assusta. E muito. Recentemente, numa importante publicação
evangélica de nosso país, embora de caráter apenas denominacional, o tema (E
falo para vergonha nossa, diria Paulo.) era uma admoestação a mulheres cristãs quanto à impraticabilidade do
uso de roupas curtas e sensuais, como, p. ex., a mini-saia. Convenhamos: é
impensável. Num tempo em que, relembrando os primeiros capítulos de Gênesis,
empreendedorismo, tecnologia, arte, e moda, mormente a feminina, nunca em toda a
história da humanidade estiveram tão entrelaçados e definem (em primeira e
última instância) o estilo de vida e as formas de comportamento nos países onde
a religião não é (Graças a Deus!) impositiva. Sem dúvida que, levados à
exacerbação, influenciam (para o mal e não para o bem) o relacionamento de
todos os homens com Deus. Logo, merece o devido questionamento.
Saia Justa?
1. Você discerne o hedonismo (buscar
desenfreada do prazer) na indústria da beleza e no ato de algumas pessoas se
vestirem?
2. Quais seriam os prazeres da carne
manifestos?
3. Até que ponto você acha que a sociedade
(brasileira) em que vivemos e a cultura ocidental te influenciam em termos de
vestuário?
4. Você acha que o ato de se vestir deve
diferenciar o cristão do não-crente? Por quê?
5. Você acredita que a maneira de você se
vestir pode modificar o modo de homem um mundano olhar para você? Como se
sentiria, sendo enxergada apenas como fêmea? E o que faria a respeito?
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