APOLOGIA DA VERDADE: Manifesto 01
Proponho
neste texto a defesa de algumas verdades bíblicas fundamentais à fé e à moral
cristã, num tempo de muita confusão e promiscuidade, fazendo o uso de um tipo
de linguagem pouco usual. Não se trata, porém, de um caso isolado e impossível de
se invocar alguma similaridade, até com a própria Bíblia: caso do capítulo
vinte e três do Livro do Profeta Ezequiel. Ainda que não tenha eu utilizado linguajar
tão forte, como Deus permitiu ao profeta, este texto e sua linguagem poderão causar
alguma estranheza. Quem, porém, aos mesmos sobreviver, entenderá a pertinência
da mensagem. É a minha oração.
CRÔNICA (QUE SE PRETENDIA GOSPEL)
DE UMA EMBLEMÁTICA
MANHÃ DE DOMINGO
Por que se amotinam as
nações e os povos tramam em vão?
Os reis da terra tomam
posição e os governantes conspiram unidos
contra o Senhor e contra
o seu ungido, e dizem:
“Façamos em pedaços as
suas correntes, lancemos de nós as suas algemas!”
Do seu trono nos céus o
Senhor põe-se a rir e caçoa deles.
Em sua ira os repreende e
em seu furor os aterroriza, dizendo:
“Eu mesmo estabeleci o
meu rei em Sião, no meu santo monte.”
(Salmo 2:1-5)
Conheço as suas obras, o
seu amor, a sua fé,
o seu serviço e a sua
perseverança,
e sei que você está
fazendo mais agora do que no princípio.
No entanto, contra você
tenho isto:
você tolera Jezabel,
aquela mulher que se diz
profetisa. Com os seus
ensinos, ela induz
os meus servos à
imoralidade sexual
e a comerem alimentos
sacrificados aos ídolos.
(Apocalipse
3:19-20)
O
enfrentamento das provações nesses últimos tempos fez com que me tornasse um
homem de tripla jornada. E, em decorrência disso, nos Sábados que antecedem à
manhã do primeiro Domingo de cada mês, tenho a preocupação de pôr a casa em
ordem e ir-me deitar relativamente cedo para, na volta do culto dominical, me entregar
ao mais completo e necessário descanso. Trata-se do coroamento de mais um dia memorável
em que adoro, ofertando e participando com os amados da mesa do Senhor. Não seria
diferente, pensava eu, nesse Dezembro. Manhã de Sábado: duas (já não mais adiáveis)
visitas a famílias delas realmente necessitadas. Na volta, passo pelo
supermercado e em seguida no sacolão,
às compras dos víveres da semana subseqüente. Daí, é chegar em casa e aquilo de
lavar e passar roupas, dar uma arrumada essencial nas coisas, preparar as
refeições, de modo a ter apenas a preocupação de requentá-las, eximindo-me ao
máximo de mais e maiores esforços. Não se trata de uma observância, digamos
sabática, do Dia do Senhor; mas de estratégia funcional no sentido em que o repouso
se faça, mormente ao nível da psique. Creio
ter sido a única vez em que senti certo alívio, ao saber que não haveria a reunião
da Célula. A líder me ligou, dizendo ser preciso participar do ensaio de formatura
do seminário e que a diplomação estava marcada para aquele mesmo horário, início
de tarde, no Sábado seguinte. Comprometi-me, óbvio, honrá-la com minha presença,
mas já analisando em meu íntimo um outro longo e abençoado dia. Não como aos quais
eu por agora me reporto. Em verdade e em verdade vos digo: não dava pra
imaginar.
1/
DA INTEMPESTIVA INTROMISSÃO DE “O CARA” NO DESCANSO SABÁTICO DO MEU DIA DO
SENHOR. Feita a preparação, deitei-me ainda na faixa das vinte e duas horas.
Ensejava acordar antes da manhã e vigiar com o Senhor (como é o costume) pelo
menos por uma hora. Depois bastava me aprontar, fazer o desjejum e sair. Cearia
e ofertaria num dos cultos matinais. Se possível, pensava eu, cioso do rápido
cumprimento de tão esperado propósito, no culto das seis. É quando surge na
minha rua, lá não sei pelas quantas e em performance pra lá de intempestiva, “O
Cara”...
Apurando
com exatidão no meu celular, faltavam pouquíssimos minutos para as duas da
madrugada, e eu nem tivera a preocupação de botar o tapa-ouvidos. Tanto pelo
incômodo da coisa, quanto pelo cansaço do dia. Longo e trabalhoso dia, o qual me
fizera duvidar se teria, caso eu não apelasse pro despertador, condições de pôr-me
de pé, assim digamos de um salto!, e partir para o planejado, com risco zero de
sonambulismo. Sim, eram quase duas da madrugada, eu estava até sonhando, e... Sabe àquela canção do Roberto Carlos, que anda
sendo tocada à exaustão, queira você ouvi-la ou não? Sim, a mesma que, parece-me,
faz a abertura de mais uma das abomináveis novelas global das oito, às quais (Falo
dos folhetins.) muitos crentes do meu país acompanham, como se estivessem
participando de algum espiritual banquete diário?... Pois é... Tipo assim:
coisa de maná de Mané no deserto! Mas voltando ao assunto em pauta: “O Cara” tinha
chegado no pedaço, quer dizer, na porta do seu portão (Como disse certa feita o
empolgado locutor de um carro de mensagens.) de uma não sei qual de minhas
vizinhas. Ou vizinho? Masculino do gênero feminino? Sei lá, os tempos são mesmos
trabalhosos e pré-apocalípticos... Chegou, estacionou e executou-a. A música.
Só que no mais alto volume do estrondoso som de seu automóvel. Romântico “O
Cara”, muito romântico; porém inconveniente e senso escasso do ridículo.
Menos
mal que a coisa ficou só nisso. Parece que ele queria apenas demarcar,
performática e pontualmente, território no coração da morena. Devia estar mesmo
muito arredia. E não é pra menos. Menos mal. Acontece de às vezes sermos
surpreendidos em plena madrugada com carros de mensagens ao vivo, trazendo um
locutor paramentado e seu microfone sem fio às mãos. E aí, tudo aquilo que bem
poderia ser dito e refletido no aconchego do lar, ao longo de um ano inteiro,
ou, no máximo, em uma reunião para os íntimos, tende a se tornar o último
acontecimento de mais uma noite insone na Rua dos Megafones, Bairro dos Alto-Falantes.
Seguem-se, depois, impreterivelmente os bailes. E, às vezes, funk. Quanto a
estes, Valha-nos Deus!, pelo menos na memória de meus tímpanos de sua dicção
perverso-infantiloide já saturados, jamais atingirão o status da saudade.
Imagina
agora se a coisa descamba para o outro extremo do mau-gosto e terminasse em baixaria?
Ou tragédia. Há anos que estas últimas vêm alimentando a pauta do jornalismo
truculento da televisão e fornecendo manchetes sangrentas às páginas dos
tabloides. “Inconformado com a
separação, fere a ex e depois tenta mutilar-se. As crianças, perplexas, assistiram
a tudo.” Sangue de Jesus tem poder!!! Ainda que os tempos sejam mesmo pré-apocalípticos
e o capítulo vinte e dois versículo onze do referido livro sagrado vá se
revestindo de inexorável atualidade. Menos mal?
2/ INTRODUÇÃO ÀS CAUSAS E AOS EFEITOS DO ADVENTO DE O MANCEBO
CONTEMPORÂNEO NA CRISTANDADE PÓS-MODERNOSA. “O Mala” se foi, e eu concluí ser
mais prático vigiar com o Senhor pelo menos por uma hora, porém, das duas às
três. Feito isso, pus o despertador pra me acordar às sete. (Faz tempo que
minha vida é regulada por números: das seis às vinte duas.) Sendo assim, eu cearia
e ofertaria ao Senhor, porém, no culto das oito. Tem sido impraticável para mim
o culto das dez.
Banho,
desjejum, corrida ao ponto de ônibus (Senhor, qual deles? Tenho o privilégio de
mais de uma opção.). E aconteceu de, após eu adentrar sacolejante recinto,
poder considerar com indagativa alegria e perene curiosidade a figura de O Mancebo
Contemporâneo. Havia ali, evidentemente, outros amados e amadas. Cerca de uma
dezena de irmãos da mais variada faixa de idade dirigia-se ao nosso complexo de
adoração a YHWH. Vovô, pixaim branco-geada e sem a vaidade de toda sorte de tinturas
na cabeça, apenas M. Madsaiin Dias.
Na
perspectiva do conceito de tribos, nosso contemporâneo mancebo trajava ao
estilo: contrastava eternamente com meu paletó e camisa de mangas compridas, ainda
que desprovidos de gravata. Seu style, num estalo, assim bem ou mais poderia: tênis
de marca, camiseta silkencrada,
bermudão, boné com a aba propositalmente jogada para trás; fone num dos ouvidos;
e, como não poderia deixar de ser, o mochilão. Foi de onde tirou pequenina
Bíblia e pareceu-me fazer, durante parte do trajeto, responsiva leitura
devocional. Até aí tudo bem. Nada absolutamente de surpreendente na boa compostura
de O Mancebo Contemporâneo, se antes não tivesse ele tirado de um dos bolsos daquela
mesma mochila o aparelho (Tablet ou
celular? Perdoem-me: Vovô ainda não sabe discernir que é o quê...), ao qual
estava plugado o fone de ouvido, e concatenado curiosa e (até onde peço discernimento
a Deus) emblemática ligação. Quanto ao teor da mesma, fator preponderante para
este arrazoado, a partir desse instante, vir a se tornar num quase azorrague de
cordas, deve primeiro o leitor aguardar o fechamento dos parênteses que se abrem,
como que num introito ao teológico tratado apologético.
(Ouvíamos, durante a viagem, numa estridência
que me fez lembrar a inconveniência de “O Cara”, canções gospel emanadas de
algum dos tablet ou celular
dependurados preguiçosamente no corrimão ou assentados confortavelmente nalguma
poltrona. Além da dissonante estridência, insistiam os cânticos num tipo de letra
que costuma também a vovô intrigar. As músicas em si são até melodicamente belas,
mas os fundamentos não bíblicos em que estão apoiadas tal poética e ars poética merecem atenção, produto que
são da disseminação, no meio da cristandade, de velhaco e contemporâneo
paradigma: a “teologia do deus bonzinho”.
Um deus incapaz, por tão tolo e indefectível amor, de agir com os atributos da
justiça e da santidade, Rob Bell que o diga. Principalmente quando a coisa diz
respeito (E quais a YHWH não diriam?) a sua, parece mesmo acreditar alguns,
paspalhona pessoa. E do jeito que a coisa vai, já não será novidade ou motivo
de escândalo algum ouvirmos, daqui há pouco, versos do naipe: “Mesmo que lhe
vire as costas ou lhe cuspa no rosto, o Senhor ainda me beijaria a face; e
ainda que eu se me faça profano como Esaú e caminhe resolutamente para o
inferno, ele se arrastaria, como amante desdenhada/desdenhado e pingo nenhum de
auto-estima, me agarrando pelos pés;
ainda que eu me decaia às coisas
profundas de Satanás e leve comigo-Euzinho
um terço da humanidade.” Pois é... Não fosse de nosso conhecimento tantas e
tantas histórias em que tais expectativas e projeção de O Temor de Isaque (Temor
e tremor de Paulo, em consonância com Salmo Segundo; fogo consumidor preste a
consumir os adversários, de acordo com o escritor das Cartas aos Hebreus.); não
tivéssemos a ciência de tantas histórias em que tais expectativas e projeções de
YHWH foram trágica e horrendamente frustradas, eximiria por certo da ironia enquanto
figura de pensamento. Amenizemos, porém, teologando
em DPFT (Dizeres & Provérbios do Fim dos Tempos):
TRABALHOSOS TEMPOS ESSES,
NOS QUAIS SE CRIA TANTA
CELEUMA
SOBRE QUESTÕES BÍBLICAS
DE CLARO & DEFINITIVO
PARECEr (I Timóteo 1: 5-7; II Timóteo 4:1-4)
DEUS A TODOS, SEM EXCEÇÃO,
AMa PORÉM, NEM SEMPRE
SE AGRADA DO
NOSSO PROCEDEr (I Coríntios 10: 1-13;
Hebreus 4: 1-13)
E ISSO TRAZ IMPLICAÇÕES... (Apoc. 21: 5-8: 22: 10-15:
I Cotíntios 5:9-10)
QUE AQUELES QUE O ODEIAM
RECUSAR-SE-ÃO OUVIr JÁ (II Timóteo 3: 1-5; Tiago 4: 4-5)
OS QUE NELE SE COMPRAZEM
- A TEMPO & FORA DE TEMPO;
QUER
OPORTUNO, QUER NÃO. _
JAMAIS DEIXARÃO DE LHAS DIZEr
(Ezequiel 3: 16-21; Tiago
5: 19-20)
É o que faço agora, voltando ao advento de O Mancebo
Contemporâneo, e à emblemática ligação por este efetuada, não sem antes tecer obrigatórias
considerações: A - Como estamos lidando com as tribos, povos e nações
atualmente atraídas a Cristo (ou a quê?) pela Igreja brasileira? B - E o
que lhas oferecer (Vede que a forma, arcaica, do pronome é mesmo intencional.)
em termos de discipulado, ovelhas que são, parece-me, no mais das vezes, sem que
se preze pastor? Não faltam apóstolos, profetas e missionários. Dignos ou não das aspas. Nesses últimos tempos,
estamos convivendo (E Glórias a Deus por isso!) com irmãos e indivíduos de elevado
nível social e acadêmico, em contingente historicamente bem maior que antes, ocupando
espaços, mormente os de honra, em nossos templos e singelos corações. Que
rostos e vestes haverão de adquirir estes ou, num contraponto, darão os mesmos às
comunidades que historicamente compuseram a Casa de Deus (Coluna e baluarte da
verdade.), os resgatado da mídia, do show business,
das grandes fortunas e da moda? Certo pastor (e estilista) disse em rede
nacional, através de um programa de debates ao vivo de uma determinada TV
cristã, não ter peso de consciência em vestir as suas muitas clientes socialites
com um, Se segura!, tomara-que-caia.
Afinal, como poderia dar ele conforto e qualidade de vida à família em primeirissíssimo lugar? E o que faço de I
Timóteo 2:9-10 e passagens afins, constantes de nossa tão desprestigiada Holy Bible, em detrimento de tantos e
tantos paradigmas? Rasgamo-las?
Quem, afinal, haverá de formatar quem ou a
quem? E seria Mnasom taxado de utópico ou ferozmente acusado de religioso se (A
quem se interessar possa!) remontássemos-nos aos dias e o ideal de Atos capítulo
cinco, versículo doze aos dezesseis, mas com parada obrigatória no treze; dado
o risco de desencaminharmo-nos (ou já estaríamos nos descambando?) para os
versos três e quatro da Carta de Judas (Irmão e servo do Senhor.), como que num
três por quatro de uma igreja jeitosamente laodissense? Pois é... O contemporâneo
mancebo tirou de um dos bolsos do mochilão o celular. Teclou-o e, tendo sido efetuada
a ligação, abriu-a e a concluiu em diminuto diálogo de uma frase apenas,
seguida de “intercessória” oração:
_
...
_ E
aí, Cê vai ao show da Ivete?
3/
É QUANDO O PRESENTE, REPETINDO O PASSADO, DÁ A MÍNIMA PARA LIÇÃO PRIMEIRA (A
NÃO SER ESQUECIDA) DE ECLESIOLOGIA APOSTÓLICA, MAS NÃO ROMANA. Ivete Sangalo, cantora
popular e considerada a rainha do carnaval brasileiro... Repetindo: Ivete
Sangalo (Vírgula.), conhecida cantora popular e considerada a rainha do
car-na-val brasileiro (Vírgula.), daria um show numa das principais praças de
nossa cidade naquele mesmo dia (Ponto final?). Coincidiu de o ônibus, em seu
trajeto, passar por aquele espaço popular pra pular ou, em determinadas
situações, para se pular. E de o adventício mancebo contemporâneo fazer
cumpridos os seus olhos em direção à estrutura montada para acolher o (Palavra
de uma repetitiva mídia escrita, falada e televisada...) megaevento. Quem foi
ao templo? E quem do templo ali voltaria e pra quê? É possível que já vá se
tornando uma prática (De alta condescendência, camuflada simpatia?) sair-se dos
cultos e se ir para Tessalônica, quer dizer, a balada. Não é mesmo infernal?
Considerando o recente acorrido, dois acontecimentos
históricos vieram-me à memória: Primeiro: o fato da igreja, hoje romana, ter
sido, em tempos imemoriais, de fato, apostólica; e segundo: eu ter, nesses
últimos dias, acabado de ser melhor informado, através de facebookeano amigo, sobre
algo terrível, digno de incomensurável consternação. Fosse M. Madsaiin Dias algum personagem do Antigo Testamento,
da estirpe daqueles homens dos quais este mundo jamais seria digno, e rasgaríamos
as nossas vestes, e jogaríamos poeira sobre nossas cabeças, e prantearíamos por
sete dias e noites inteiros, sem levar pão à boca, recusando-nos terminantemente a sermos
consolados, senão pela chegado do avivamento. Era uma vez uma igreja perseguida
(imersa em questões doutrinárias inconcebíveis para um tempo de tão grande
tribulação) e um império, seu opressor. Mas, por razões que só os cátedras e depois as catedrais,
resolveram, num dia de sol, unirem-se em bodas, mas não a do Cordeiro. O que vive
e esteve morto, antes mesmo da fundação do mundo. E quanto à Pérgamo, deu no
que deu... Ela, depois, se auto-proclamaria
a única, coroando-se com sem igual tiara. Mais apocalíptico, no entanto, é o
que estava reservado à Pós-Modernidade, já então repleta de evidentes sinais do
fim do mundo. E que não lha falte DPFT. Soma-se a peruas de Jesus; oração da
propina; neófitos internautas fazendo ousadas asseverações sobre o que não
sabem ou se esqueceram de perguntar; esoterismos teológicos; escândalos de toda
ordem, mormente financeira; Demas & Diótrefes; teólogos ateus ou já
apartados da pureza e simplicidade devidas a Cristo; bate-bocas (de fazer corar de vergonha o mundo cão da TV
aberta) entre líderes denominacionais; Antipas,
nas redes sociais e na mídia, sistematicamente antipatizados; “escolhidos” com k de kaiser e skol; além do termo Piedoso
(Tão caro ao Espírito nas exortações pastorais de Paulo...) ir adquirindo alto
teor de pejoratividade entre a contemporânea mancebaria e da introdução, já não mais dissimulada, de indivíduos
no espírito do homem do pecado e filho da perdição na igreja local; sim, do que
(Ufa!) se soma a tudo isso, meu facebookeano
amigo reformado deu o seguinte testemunho: Determinada denominação, das mais
tradicionais, reuniu, não faz muito, em convenção, parcela expoente de seus
adeptos norte-americanos. Na pauta, a ordenação ou não ao santo ministério da
Palavra de indivíduos de opção sexual em total confronto com o ensino das
Santas Escrituras. Eram cerca de mil delegados... E, no final, a coisa acabou num
racha. Diria um acadêmico, terminou em
um grande cisma. Digno dos maiores abalos sísmicos multiplicados e elevados à
enésima potência do infinito, em seus estragos de vergonha e morte eterna a quantos milhares de milhares? Somente a Eternidade irá dizer. Poder-se-ia imaginar minoritário o
grupo dos indivíduos dispostos a fazer loucura no Israel de Deus, mas não:
metade dos delegados, fidedignos representantes de suas respectivas comunidades,
optou por retirar o adjetivo apostólico do cristão substantivo: trocaram-no pelo
mortalmente “sarado” contemporâneo. E a
quem se consternar ainda possa: é mesmo coisa para o Dragão e seus ministros,
travestidos de anjo de luz, comemorarem com skol dos “eskolhidos”, seguindo-se,
à cada reciclável latinha ou litrão, uma bebericada de whisky escocês. Certo
jovem cristão, tão espiritual, parece-me, quanto espirituoso, publicou algo tipo assim em seu blog: Bar gospel, boate gospel, motel gospel: só falta inventarem o
inferno gospel. Penso que, desse modo, muitos haveriam de já se ir acostumando à eternidade que verão. O problema é quando tão densas trevas ofuscam a glória do mistério de Deus a ser revelado no cristão
dentro da própria Igreja. Menos mal que o tempo reservado à festa da carne de
Satã e seus ministros, na companhia dos indivíduos que os quiserem acompanhar e à terça das estrelas decaídas do céu haverá de ser abreviado. Se é que já não está.
Apóstolos,
da novíssima reforma, têm instado, nesses tempos pré-apocalípticos e vaticinadores
do “Sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.”, que a Igreja
deve conquistar os sete montes da sociedade. Mormente o da cultura, para o
governo de um mundo que, desde a expulsão do homem do Éden, jaz no maligno. Ou
estaria João ficando também obsoleto? Penso que tal monte já desabou sobre
todos nós, mas na forma apetecível de musse de chocolate ou de multicolorida gelatina.
E está como que a engolir-nos, qual areia movediça. Das comunidades representadas
por aqueles indivíduos na pós-moderna convenção religiosa, qual o testemunho bíblico
que se pode dar, à luz da piedade e da sã doutrina? Casa de Deus, coluna e
baluarte da verdade, ou trono onde Jezabel, Poderosíssima!, habita? Voltando à
igreja local do paraíso das cirurgias plásticas e do irrefreável crescimento da
indústria da moda, dos divórcios e dos cosméticos e suas questões, quem sabe
refreáveis pelo avivamento e busca sem trégua da santidade. Não posso e nem
devo, terminantemente, julgar temerariamente; mas por discernimento de
espíritos e análise não leviana de comportamentos e de nossas mazelas sociais, é
preciso que se conclua: se O Mancebo Contemporâneo foi ao show da Ivete Sangalo,
não para fazer evangelismo de poder e batalha espiritual, ainda que ao som
periguético e à carnalidade ao mesmo inerente, há que se lamentar... Com muito pano de saco; com
muitíssima poeira na cabeça; e por sete dias
e sete noites de inconsolável pranto e irreprimíveis gemidos. Porquanto a graça de Deus se manifestou
salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as
paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,
aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e
Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de
toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso
de boas obras (Tito 2:11-14).
Contra o púlpito de todos os não bíblicos paradigmas fica o registro, o
qual há de testemunhar à consciência de quem ainda queira, num tempo de tanto
comichão nos ouvidos, a voz do Espírito escutar. Mas Laodicéia não vai ouvir...
Então, que Cristo Jesus, Nosso Senhor, tenha compaixão de todos nós, apressando
a Sua gloriosa vinda.
Marcos (Madsaiin) Dias
Belo Horizonte, Dezembro de 2012.