Leitura: II Samuel 12; Apocalipse 2: 12-16 e 20-25.
8.1. Costuma acontecer. E, quando ocorre, parece que a fé perde o seu chão e intimamente nos perguntamos Por quê? Ou: Onde Deus estava?
Eu era adolescente, neófito nas coisas do Senhor e, conseqüentemente, triunfalista. E fiquei chocado com o fato de uma jovem ter sido violentada, quando voltava de um culto. Há alguns anos atrás, na minha cidade aconteceu algo tão terrível com a filha ainda bem menina de um casal cristão, que o acontecimento ganhou repercussão nacional e internacional. Até veio a se tornar num referencial da luta pela categorização e punição dos crimes hediondos em nosso país, em função da posterior militância político-social da mãe.
Lembro-me ainda, mais recentemente, do testemunho de certo pastor, num dos cultos da igreja onde congrego. Contou-nos de como ele e sua família reagiram, quando tiveram a casa invadida e a filha, na flor de sua juventude, abusada. Veja que não estamos falando de casos ocorridos em países onde a perseguição contra os cristãos é ferrenha. Sabe-se que em tais lugares a polícia não se presta à investigação ou à punição dos culpados. E violência dessa e outra natureza, quando não praticada, é objeto da complacência ou da aprovação dissimulada (Ou até mesmo declarada.) de fundamentalistas religiosos.
8.2. Acontece. E, como não encontramos resposta satisfatória, passamos às seguintes indagações: Que fez tal pessoa ou a família para “merecer”? A sabedoria bíblica nos faz entender que Deus não é injusto para com seus filhos, nem mesmo quando permite, em Sua soberania, que tais coisas aconteçam. Por mais que aos nossos olhos pareça inexplicável.
Em verdade, sou testemunha de que tudo absolutamente tudo, à exceção, evidentemente do pecado, cooperam para bem daqueles que amam a Deus, conforme é taxativa A Palavra. De minha parte, quando sucedeu de eu ter presenciado àquele fato horrível de que faço menção na introdução deste livro, olhando por todos os ângulos, pareceu-me impraticável, na parte que me toca, aplicar-lhe Romanos 8: 28. Hoje, entendo que, se eu não tivesse presenciado o que presenciei, exatamente naquelas circunstâncias, teria por certo recalcitrado.
Talvez eu me enchesse de melindres em (e ao) entregar à igreja do Senhor Jesus a palavra de sabedoria que ora entrego. Pois tenho plena consciência de que é um ensinamento desconcertante para boa parcela da nossa cristandade. Atingida em cheio nos seus conceitos culturais, os quais definem suas opiniões sobre moda feminina, pudor e santidade.
Na verdade, todas as coisas cooperam não apenas para o nosso bem, particularmente falando; mas para o bem do corpo de Cristo por inteiro. E essa foi a tônica do testemunho dado pelo pastor a que referi, nos contando de como a filha superou o trauma. Ela é hoje uma mulher casada, mãe de filhos, feliz sexualmente com o marido porque, no momento mais traumático de sua existência, encontrou graça sobre graça (João 1: 16-18) para perdoar aos agressores e suplicar ao Senhor Jesus para que nada daquilo viesse a comprometer a sua felicidade futura de esposa e mulher.
8.3. A despeito do exposto até aqui, como se eu tivesse a presunção de me passar por um advogado de YHWH, sei que as perguntas ainda inquietam; logo, jamais parecerão suficientemente respondidas. Até porque é preciso estar muito perto do Senhor Jesus para reagir como reagiu a filha daquele pastor. Qualquer outra irmã, com uma visão triunfalista da fé, talvez a própria fé abandonasse. Ou, quem sabe, não entraria num terrível e demorado conflito, até conseguir liberar perdão e permitir ao Senhor Jesus sará-la no seu emocional, tão fortemente abalado. E não é para menos. Mas as perguntas permanecem: Por quê? Onde estava Deus, que não mandou Seus anjos, para socorro? Não está escrito que o Anjo do Senhor (Cristo em teofanias, creio.) acampa-se ao redor dos que O temem e os livra? Ou: Que fez, então, a pessoa e sua família para merecer?
Esquecemo-nos de que as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque elas não têm fim e se renovam a cada manhã. E não só disso (Ainda citando o profeta Jeremias.), mas também: “Por que, pois se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um pelos seus próprios pecados (Lamentações 3: 39)” Mas quais? O sangue de Jesus Cristo não os cobriu?
8.4. É certo que o cristão autêntico, na plenitude da graça não vive na prática de faltas graves ou para morte, como assegura João. Mas também é fato que nossa participação apenas subjetiva nos pecados de uma coletividade, ainda que tidos por aceitáveis ou mesmo nem considerados como tal, fortalecem mazelas e a proliferação de abominações no meio em que vivemos (Romanos 1: 16-32). Como bem quer os poderes das trevas, o nosso grau de adesão dá legalidade a espíritos territoriais e dominadores da cultura; além de diminuir-nos a autoridade espiritual. E pode Deus permitir, por disciplina ou provação, que sejamos também vitimados (Apocalipse 2: 12-17).
A cultura brasileira, a exemplo da civilização pré-diluviana, não se tornou sexista e violenta por um caso. Houve todo um processo histórico. Não tendo havido refreio, caminha a passos largos para a sodomização. Agora, se determinadas práticas sociais enraizadas na cultura são por nós, os cristãos, adotadas, então nos colocamos debaixo de legalidade. E somente a misericórdia do Senhor poderá nos livrar de seus efeitos nefastos; e, não, o triunfalismo duvidoso em nossa fé. Ora, numa sociedade sexista e violenta, na qual o voyerismo e o exibicionismo estão fortemente entrelaçados, alimentando uma moda feminina despudorada, aceitar as coisas como exatamente são (ou estão), é dar muita munição ao Adversário. Pois, se uma mulher que se diz cristã veste-se como uma qualquer e, em função disso, ainda que inconsciente ou involuntariamente, seduz e defrauda o sexo oposto; com que autoridade espiritual poderá:
1 - Impedir que um jovem em idade hormonal, na sua solidão escusa, não peque com ela, mesmo sem lhe tocar?
2 - Evitar que um marido mau-caráter ou em crise conjugal praticamente se masturbe com a esposa, pensando no modo que, despudorada e/ou sugestivamente, o corpo a dita cristã se lhe exibiu?
3 - Evitar que não seja alvo de gracejos e/ou de comentários libidinosos?
4 - Que sendo solteira, não atraia homens com as piores das intenções (Provérbios 26: 23-25 RC)?
5 - Não se torne vítima em potencial de alguém obcecado pelo seu tipo de beleza exterior, trazendo-lhe sérios constrangimentos?
6 - Evitar ser mal interpretada em suas intenções e palavras ao lidar com o sexo oposto?
7 - Impedir que sua nudez não agrida a homens que têm a santidade como projeto de vida? No risco de que, ambos dando lugar ao diabo, se lhes aflore uma tresloucada paixão, ao estilo Davi e Bate-Seba.
8.5. O leque das possibilidades levantadas dá-nos conta apenas de atos e fatos corriqueiros. E, alguns, aceitos com vergonhosa normalidade em nossa sociedade, em função do sensualismo tão fortemente arraigado na cultura. E todos nós podemos tão dolorosamente detecta-lo: no palavreado com seus duplos sentidos; nos padrões impostos pela indústria da beleza, com seus cosméticos, dietas e cirurgia plásticas, devido à eterna insatisfação de algumas mulheres com o corpo que Deus lhes deu; no mundo da propaganda e da publicidade como uma praga; nas tramas de toda e qualquer produção literária ou cinematográfica em geral; no lugar comum das telenovelas, pra variar abomináveis; invadiu as redes sociais, onde até uma parcela dos emotions e vídeos veiculados por cristãos utilizam imagens com alguma carga de sensualidade e, portanto, réprobas (Colossenses 3: 5-10).
E se tudo começa no olhar, alimentado pelo despudor, com que autoridade espiritual vociferar contra o que é hediondo? Pois não estamos, numa certa medida, contribuindo com o que subsiste em sua origem e o alimentando, até que o mesmo ganhe as formas da monstruosidade, tão regularmente noticiadas nesses dias tenebrosos?
II
8.6-a. O olhar concupiscente e a nudez despudorada e/ou sugestiva estão na raiz de iniqüidade de toda perversão cultural. Sem contesta-los e condena-los, não haveria mesmo outra maneira de se bem interpretar e aplicar à nossa vida diária, a despeito das distorções da contemporaneidade, Levítico capítulo dezoito. Assim como toda a pontualidade do ensinamento apostólico sobre o vestuário feminino, além das representações bíblicas da mulher despudorada com relação à natureza humana decaída. Que Ezequiel capítulos 16 e 23, Apocalipse 17 em conformação com as palavras de Paulo e Pedro estejam sempre em nossos corações!
É de se lamentar o fato de ter sido retirada das modernas versões da Bíblia em Português a expressão “Descobrir sua nudez”, no capítulo dezoito do Livro de Levítico. Segundo Donald Stamps, esta é uma expressão que traduz literalmente frase hebraica de igual teor. E não se refere apenas às horrendas perversões praticadas pelo povo cananita: abrange tudo o que se refere a práticas sexuais impuras e ilícitas; mesmo aquelas tão-somente aproximadas do ato sexual consumado. De onde se pode inferir: qualquer tipo de voyerismo, masturbação; sedução; exibicionismo; carícias e demais liberdades peculiares ao indefectível e pós-modernoso Ficar, dentre outras.
Voltando ao comentário de Stamps, ele é apostolicamente contundente: “Qualquer tipo de prática sexual que resulta em descobrir, expor, ou ver a nudez de alguém que não seja seu legítimo cônjuge, viola a fronteira da pureza e comete pecado grave diante de Deus.” E há na (sua) Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD, fonte da citação acima, interessante estudo, intitulado Padrões de Moralidade Sexual.
8.6-b. Em resposta aos questionamentos feitos nos primeiros parágrafos deste arrazoado, cabe esclarecer:
I - Jovens da pureza pessoal e estatura espiritual de um Daniel e seus três companheiros, assim como o profeta Ezequiel, e quem sabe quanto outros, também sofreram o exílio babilônico. Nem todos com a condição, digamos privilegiada, dos primeiros; muito antes pelo contrário. Ezequiel que o diga (Ezequiel 4: 9-17)!
II - Ester apenas se livrou de ser usada por uma só noite, e depois ser relegada à viuvez forçada, por causa da misericórdia sem fim do Senhor e de Seus propósitos divinos na vida dela a favor de Israel (Ester 2: 12-14 e 17-15).
III - Os sete mil que não se curvaram a Baal no tempo de Elias e de Eliseu padeceram a mesma fome que a nação iníqua, inclusive a família dos profetas que se encavernaram. (I Reis 18: 8-14 e 19: 14 e II Reis 4: 1-7).
IV - O maior evangelista pessoal do Antigo Testamento é uma menina judia. Adolescente ou, talvez, pré-adolescente; mas uma menina de fé. Por causa dos pecados do seu povo, quem sabe até de seus próprios pais, foi levada cativa pelo comandante do exército da Síria. Ela o conduziu a cura, porque era leproso, e à fé verdadeira no único Deus (II Reis 5). Mas poderia ter sido apenas sistematicamente usada sexualmente por aquele mesmo homem. Assim com grande parcela das mulheres negras, no regime da escravidão nos países ditos cristãos das Américas, pois era o costume naqueles abjetos sistemas. A legalidade dada por Israel teria deixado a menina israelita (E, sabe-se lá, a quantas outras sem a mesma sorte da nossa pequena heroína da fé!) na condição de tamanha desgraça; seja, de mucama.
V - Quando os babilônicos destruíram Jerusalém, mulheres grávidas foram desventradas a golpes de lanças e espadas; meninas, jovens e adolescentes violentadas; e nenês indefesos, arrancados de seus pais, pegos pelas pernas e arremessados contra as paredes. Tal, dentre tantos outros horrores, é a razão de ser da forte imprecação expressa nos três últimos versos do Salmo 137 e do choro dilacerado no Livro das Lamentações. Será que todos, sem exceção eram culpados? E o que dizer das crianças e dos nenês de colo?
VI - Em todo trono de Satanás, onde Jezabel, poderosíssima, habita qualquer Antipas tenderá a ser sistematicamente antipatizado ou martirizado (Apocalipse 2: 12-13). Até mesmo no meio do povo de Deus. Na igreja local do Novo Testamento onde aquela, a exemplo do Israel antigo, foi elevada à condição de forte influência e, possivelmente, liderança, houve quem a resistisse (Apocalipse 2: 21-25). Mas parece que não eram muitos. Tudo em função de uma cultura dominante, à qual havia também a adesão da igreja; e justamente por isso que em Tiatira o digamos “ministério” da potestade ganha vulto. Repetia-se o passado, a despeito do desejo de santidade alguns crentes. Que seria daquela comunidade sem a resistência deles? Uma igreja perdida, com os seus vencidos, numa escala crescente, por Satanás, pelo mundo e pela carne (II Tessalonicenses 2: 7-12 e Gálatas 5: 16-19).
VII - Em Mateus 27: 24-26 estamos diante do mais triste legado que se pôde (em toda a história da humanidade) pais terem-no deixado aos seus filhos e às futuras gerações. O que veio depois e o que ainda há de vir, em decorrência do fato, são as tragédias mais dolorosas da história judaica. (Até que, por fim, venha o também previsto arrependimento e o reconhecimento do Messias, o qual esteve entre nós, mas voltará, só que nas circunstâncias em que fala o profeta Zacarias (12: 9-10). Daí que muitos judeus foram trucidados no Cerco de Jerusalém nos Ano 70 d.C. pelo general romano Tito; e milhões exterminados no Holocausto (II Guerra Mundial). A despeito de nem todos eles, certamente, concordarem com a ação nefasta de seus pais e ancestrais, décadas e milênios atrás. Pior que a rejeição ao Cristo, Filho de Deus Vivo, é o acontecido vir como que se perpetuando, através da atitude das gerações posteriores, num crescente de culpa transferida de país para filhos, a despeito de todas as promessas feitas a Abraão (Êxodo 20: 5-b).
8.6-c. Até por ser emblemático; e se poder tomar como outra parábola da pós-modernidade vida cristã; convém abrirmos um parêntese para análise do caso do justo e intimamente atormentado Ló (II Pedro 2: 4-10). Pertence a Antiguidade bíblica. Afligia-se ele pelos pecados de Sodoma e Gomorra; mas, num momento extremo, demonstra ter-se tornado refém do modo de ver as coisas, próprio do lugar onde vivia e materialmente prosperou: aquele trono por excelência de Satanás, que era Sodoma. Ló não pestanejou em querer entregar as próprias filhas virgens para serem abusadas pelos homens da cidade. Pensava, com isso, livrar os anjos de Deus da perversão sexual de seus concidadãos. Na sua incredulidade e falta de discernimento espiritual, achava que poderia livrar aos que foram enviados para salvá-lo (Gênesis 19). As filhas de Ló, também reféns da cultura, em vez de confiarem em Deus noutra situação tida por extrema, embriagaram-no e cometeram incesto com o pai.
Como vimos, em alguns dos exemplos numerados no parágrafo anterior, temos a situação de pessoas que, mesmo sendo totalmente inculpáveis pessoalmente, acabaram sofrendo as consequências do pecado da sua geração e das gerações anteriores. E no caso Ló, vemos uma família que se tornou refém do meio social em que vivia, porque em relação ao mesmo não se radicalizou.
Infelizmente, boa parcela da igreja brasileira, em função dos seus discursos e conceitos sobre santidade, pudor e liberdade cristã, além da adesão ao lado podre da cultura ocidental, estaria mais para Ló e suas filhas tresloucadas do que para Daniel e seus três amigos. A sodomização da cultura ocidental, nestes fins de tempos, se me afigura uma fornalha contemporânea. E sei que qualquer crente ou liderança autenticamente cristã que não venha a incensar esse espectro globalizado de nova ditadura cultural, as das minorias, tenderá a ser jogado nalguma cova de leões. Sairíamos ilesos?
8.7. Que todo esse arrazoado possa realmente servir para uma profunda reflexão sobre o baixo nível da espiritualidade de nossa nação; da qual, num estúpido contra-senso, alguém diz ser (e majoritariamente) cristã. A civilização brasileira, desde o descobrimento, sempre foi contaminada pelo olhar (Dito cristão, mas...) concupiscente. E o pior: parcela dos evangélicos nos dias atuais dessa cultura tem se tornado refém. Algumas de nossas irmãs acham normal comportar-se como um de seus modelos e manequins, quando se trata de moda. E não é nenhuma novidade a falta de discernimento do lixo espiritual em forma de usos e costumes, além de não faltar teologias em linha de colisão com o ensinamento apostólico, na acepção do Novo Testamento. Deveríamos ser o sal que impede a corrosão social e não, indiscriminada ou gradualmente, aderir ao que deveríamos determinada e terminantemente rechaçar. Digo-o mais em nível de uma vivência em comunidade, fechada com os valores divinos (Atos 5: 12-13). E menos, em termos de desastrados embates políticos, bate-bocas e demais coisas do gênero baixo-nível e política partidária de caráter muito duvidoso. E se no mais das vezes o pior não nos acontece, em nível pessoal ou familiar, a exemplo dos relatos desconcertantes do primeiro parágrafo deste texto, não creio que seja tanto pelo triunfalismo duvidoso em nossa fé; mas pelas misericórdias de Deus. Nem sempre a nossa pureza pessoal ou a de nossos antepassados, por cujas iniquidades, quem sabe, não nos penitenciamos e com as mesmas, no mundo espiritual, ainda não rompemos, da legalidade estiveram isentas (Êxodo 20: 5-6).
8.8. Quando eu estava preparando a redação final deste capítulo, a cristandade de minha cidade se viu estarrecida com um fato, estampado como a manchete de capa do principal tablóide. Nada menos que um crime passional, ocorrido no interior de um templo, durante o culto.
Certo indivíduo, de quarenta anos, nome bíblico, possivelmente nascido num lar cristão, além de na reportagem identificado como alguém de alguma forma inserido numa outra comunidade evangélica, assassinou covardemente a tiros uma jovem. E ela, momentos antes, juntamente com seu irmão adolescente, estivera no altar: participava do louvor!
A moça tinha apenas 17 anos e era estudante de Direito. Segundo a reportagem em pauta, desde os quinze, envolvera-se com o seu futuro assassino, o qual a conhecera ainda criança. Por causa de tal envolvimento amoroso, a esposa separou-se dele. Após o assassinato, este ainda deslocou-se para outro bairro, na tentativa de matar o atual companheiro da ex-esposa, para, depois, suicidar-se. Foi, porém, contido, após ferir o seu ex-cunhado. A ex-mulher e seu atual companheiro não estavam em casa.
A tragédia poderia ter sido maior. Mas contém todos os elementos da miséria espiritual que se abate sobre a nação, em conseqüência de sua cultura crescentemente contaminada, a partir do olhar concupiscente e da nudez sugestiva e/ou despudorada. Sexualidade precoce; sedução e perversão de menor; filhos fora do controle da disciplina dos pais, quando não em atitude de público e frontal desrespeito para com os mesmos; destruição de lares e desagregação da família, com posterior envolvimento amoroso de seus membros fora dos padrões bíblicos, em função do adultério; desgraça pessoal e tragédia familiar; violência contra a mulher; vitimização de inocentes; crimes cometidos por pessoas incapazes de refrearem seus instintos assassinos ou da demonstração de qualquer remorso; e, por fim, II Timóteo 3: 1-5 em conformação com Apocalipse 22: 11. Inesperado é o fato de uma tragédia desse porte ter ocorrido no ambiente de culto, envolvendo membro atuante numa comunidade e outro pelo menos com circulação no ambiente cristão. Junte-se a tudo isso ao fato das denominações às quais estavam eles inseridos serem reconhecidas pelo rigor de seus padrões morais, usos e costumes.
De fato, os envolvidos deram, e por bastante tempo, muito lugar ao diabo em suas vidas (Efésios 4: 25-27). A moça, foi primeiramente seduzida; e, depois, torna-se parte atuante num triângulo amoroso, envolvendo-se precoce e tresloucadamente com seu futuro algoz. O que vem depois, veio em decorrência da desobediência a Levítico 18 e ao ensinamento apostólico, nas suas lições mais elementares.
Este caso, assim como o fato de que faço relato na introdução deste Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão, tende também a servir, senão como uma parábola, pelo menos como dolorosa lição para a cristandade contemporânea. Além de permitir o seguinte paralelo: se a nudez Bate-Seba foi capaz trazer à tona em pior de Davi, um homem segundo o coração de Deus, o que o despudor e a sugestividade não pode instigar no ímpio deste final dos tempos? E num desviado, com trânsito desimpedido (Ou, quem sabe, alguns até em posição de honra.) na casa de Deus (Romanos 16: 17-18)?
PRÓXIMA POSTAGEM:
De Tomara-que-caia, Biquínis & Outros Pecados Cultu(r)ais.
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