Leitura: I Pedro 3: 1-6; I Timóteo 2: 8-10 e 5: 14-15.
6.1. Chamávamos coqueluches àqueles itens da moda, feminina principalmente, que, em determinadas épocas, tornam-se “obrigatórios”; e sem a posse dos tais, uma pessoa (E isso é muito coisa de mulher...) sente-se inferiorizada em relação às demais. A moda tem a capacidade de uniformização do gosto: pelo vestuário, por adereços, palavreados de uso corrente em algum momento histórico ou meio social, ritmo musical, obras de arte. Assim como pelos ícones e símbolos em formação numa cultura, capazes de influenciar as linhas gerais do comportamento de toda uma geração e até os seus posicionamentos ideológicos. Logo, sem a mão corretiva do Senhor, como se viu no Éden, é a moda o mais poderoso instrumento do diabo, juntamente com a tecnologia para fins militar a serviço de maus governos, na implantação de uma cultura dominante abominável.
6.2. Na civilização ocidental, hoje considerada por pensadores e acadêmicos pós-cristã, como se em algum momento da linha tempo realmente o tivesse sido, dois fatores contribuíram fortemente para que a sociedade readquirisse o nível de depravação da sexista e violenta civilização pré-diluviana: o crescimento veloz da informação e o advento das artes audiovisuais (Cinema e televisão, etc.). Os valores distorcidos da geração-Dilúvio estão sendo de novo inculcados em nossos filhos já em idade precoce. E, embora todos saibam quanto lhes são nocivos à formação, alguns pais e bons educadores ficam como que de pés e mãos atados. Já não sabem o que fazer com hábitos tão ruins enchendo os miolos de suas crianças, através de uma mídia que se transformou, em geral, na principal plataforma do inferno (I Timóteo 4: 1-5) e da convivência com pessoas muito à vontade com os produtos que nos são oferecidos. Do vídeo-game violento, que os garotos jogam ininterruptamente, ao banho-de-loja ou Dia-de-Princesa que a maioria das meninas (até mesmos as cristãs) “morrem” se não os tiver. E não é para menos. Até porque andamos esquecidos da necessidade alheia: das desigualdades sociais enormes em nosso país e da fome no mundo; da igreja perseguida; e de quanto culto ao deus do próprio ventre, diria Paulo, se faz presente em nossas práticas sociais e até religiosas. Alguns de nossos templos parecem estar repletos de pessoas apenas querendo se dar bem nessa vida; algumas dispostas ou até sendo incentivadas a fazer barganha com Deus; e nossas relações humanas vão se tornando acentuadamente utilitaristas. Quase esquecidos de nossa identidade, acabamos seguindo o curso deste mundo, dado o nível de cauterização de nossas consciências e o grau altíssimo de amnésia em relação ao real propósito de nossa nova criação em Cristo Jesus (Efésios 2:1-10). Luxo sem culpa em meio ao lixo cultural. E não é sem causa que Madre Teresa de Calcutá é mais unanimidade que qualquer liderança evangélica do país. Para vergonha nossa, diria o apóstolo.
6.3. No quesito moda feminina, o grande problema hoje de parcela significativa da cristandade é que ela não se informa (Ou parece aderir, apesar de toda a informação.) sobre quem a produz, em que ambiente e com qual propósito. Razão pela qual, faz uso indiscriminado de quaisquer itens despejados no mercado, o qual bem pode ser analogicamente caracterizado por um curral. E parece que menos ainda não atenta a cristandade para os fatores que transformam determinados itens numa coqueluche e as implicações advindas disso. No mundo espiritual, porém, se perguntarmos o que estaria subjacente à sua produção e uso disseminado, é certo que teremos desagradáveis surpresas e respostas estarrecedoras.
6. 4. Em sua Primeira Carta , Pedro se coloca contra as peças do vestuário de preços exorbitantes, ao uso extravagante de enfeites e até certo tipo de penteado (3:3-4). Já Paulo, também escrevendo sob inspiração do Espírito Santo, faz observações idênticas em sua Primeira Carta a Timóteo (2:9). E quanto ao penteado, torna o uso de tranças algo não recomendável à mulher cristã a qual se dirige. No geral, ambos os autores ensinam o quanto a vestimenta e o adorno (fatores externos) devem dar testemunho da espiritualidade (fator interno) da mulher cristã. Ambos tomam a modéstia, a sobriedade e, sobre tudo, o pudor como os princípios elementares a reger conduta dela para com a moda. Além do exposto, Paulo e Pedro identificam coqueluches de sua época, factíveis de serem disseminadas em qualquer classe social: das roupas e jóias caras ao um simples penteado. De fato, Deus não está alheio à mulher que O reconhece, diante de seu espelho. Daí, ser Ele tão pontual naquilo que é do Seu agrado. Mas, infelizmente, parcela significativa da cristandade parece muito pouco à vontade com o ensino apostólico sobre moda feminina ou nem estar aí para tais recomendações.
6.5. Trazendo o ensinamento apostólico para a vida prática: se qualquer vestimenta (de grife ou não); quaisquer tipos de jóias e adereços; qualquer corte de cabelo ou penteado tornado usual; enfim, quaisquer coqueluches da hora ou da moda não cooperam para a espiritualidade fundamentada na modéstia e no pudor; antes, pelo contrário, tornam-se um atentado à mesma; é melhor a mulher cristã seguir o imperativo do Senhor em Mateus 18: 7-9. Mais vale entrar brega no céu do que chique desfilar para olhares e comentários concupiscentes e parar nas passarelas do inferno (I Timóteo 5: 14-15). É preciso também questionar se determinado item da moda não está sendo ou já foi transformado num ícone ou símbolo de rebelião. Até porque a cristã em sua postura e compostura deve levar em conta não apenas a si mesma, mas principalmente os seus semelhantes: da menina ou adolescente (carente de um modelo realmente sadio) à mulher (cristã ou não cristã) que já perdeu ou nunca teve pudor e respeito próprio. Sem se esquecer, evidentemente do sexo oposto. E no caso deste último, ela irá encontrar desde homens lascivos por (decaída) natureza e reféns dessa cultura promíscua, carentes, portanto, da sua intercessão e do devido cuidado no trato com os mesmos ( Provérbios 26: 23-25) a servos de Deus, mas nem por isso super-man espirituais, os quais devem ser resguardado da tentação. Pois não se pode, impunemente, fazer-se de Bate-Seba antes os olhos de quaisquer Davi, em momento de falta de vigilância ou não.
Saia Justa:
1) Já houve alguma coqueluche da moda que você por algum motivo (moral, financeiro, estético, etc.) se viu obrigada a não usar?
2) Como você se sentiu na ocasião e reage hoje diante de tal fato?
3) Tempos atrás, determinado item da moda feminina foi divulgado através de uma peça publicitária, cujo slogan “Porque mãe também provoca desejos.”, subentendia: a mulher (mesmo a casada ou pelo menos comprometida) pode e deve sentir-se “bem”, ao despertar a lascívia em todo e qualquer homem. Você acredita que a utilização de produtos, concebidos e massificados com valores e dizeres proféticos de igual teor, tragam ganho ou perda à vida espiritual daquelas que os usam? Por quê?
4) Leia I Timóteo 4: 1-5. Você consegue ver na mídia e através de pessoas que se tornam (momentânea ou permanentemente) ícones ou símbolos da cultura o cumprimento da profecia?
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