sexta-feira, 2 de agosto de 2013

3-A MODA AO MODO DE DEUS: Introdução "Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão".

(Terceira edição digital: Novembro 2014 - Texto revisto.)








                                    Deus não ficará alheio
                 à mulher que O reconhece
               diante de seu espelho.


O leitor que porventura não tenha acompanhado a divulgação desta nova edição digital, a terceira, poderá estranhar o relato que faço a seguir. Trata-se da última coisa que este autor quereria falar sobre a utilização da moda feminina num ambiente cristão ou outro qualquer. Mas o acontecido serviu para o Senhor Jesus despertar-me para o assunto razão de ser desta obra, um tipo de livro que eu jamais imaginaria escrever. Ao mesmo tempo, como se trata de uma palavra de sabedoria bíblica, pude, então, a partir deste prisma inicial, ampliar a nossa reflexão sobre a igreja de Cristo, principalmente em nosso país. E no capítulo XI, A Igreja Brasileira & O Livro de Juízes: Terrível Similaridade, optei por deter-me mais fundamentada e prolongadamente no contexto destes e outros fatos, também lamentáveis. Para, evidentemente, indicar a solução dada pela Palavra de Deus aos fiéis. Dessa Introdução ao capítulo Dez, porém, fixaremos apenas no assunto moda feminina versus ou a favor da Bíblia. Iniciemos, portanto, uma reflexão, a meu ver, mais do que necessária; urgente.

Tive certa feita, dentro de um templo evangélico, o desprazer da visão por inteiro dos seios de uma irmã em Cristo. E não se tratava do caso de possessão demoníaca, num de seus efeitos nefastos: pelo contrário; deu-se o fato em circunstância, creia-me, ainda bem pior.
Saíamos em multidão do culto de formatura de um curso ministerial; sendo minha ex-esposa e eu formandos, e a referida irmã, professora de outra turma. A ocasião era festiva e exigia beca e traje de gala. Só que, em função do ocorrido, tornar-se-ia aquela noite (para todos os que presenciaram e, principalmente, para a protagonista) inesquecível, mas em seus extremos: de júbilo, pela formatura, e de perplexidade, por causa daquele fato inesperado. A irmã abusara do decote. E o modelito que estava usando, um vestido de noite preto, dentro do mundano conceito de moda vigente, seria tomado por brega, caso fizesse (como deveria tê-lo feito) o uso do sutiã ou de um bustiê. Além do mais, ela não tivera a sobriedade de utilizar-se de um pedaço de pano para cobrir a frente e diminuir a cavidade, que vinha desde as costas. Razão pela qual, sendo de boa estatura, num seu movimento de abaixar-se, para apoiar uma das mãos no banco do templo, não houve como segurar as glândulas mamárias nos parcos compartimentos da vestimenta realmente inconveniente.

Aquilo durou uma fração eterna de minuto... E se tornou revelador do grande descompasso que pode haver entre o que uma pessoa professa ser e o que veste, reféns que muitas mulheres cristãs vão se tornando de um cultura promíscua. Mesmo não tendo convivido com aquele irmã, sequer ter sido a mesma apresentado, dado o grau de autoridade espiritual que lhe fora conferida por um ministério denominacional dos mais respeitáveis, eu não poderia tomá-la, senão por uma mulher de Deus. O que torna ainda maior o descompasso. Principalmente se levarmos em conta o local e a ocasião do ocorrido. (Como se outros houvesse...). Enfim, uma terrível contradição da espiritualidade, uma vez que as vestimentas adequadamente não a espelhavam; muito antes, pelo contrário.

Constrangimento semelhante assalta-me, com o mesmo misto de vergonha, tanto pelo fato em si quanto pela pessoa que o protagoniza, quando, fora ou dentro do ambiente de culto, acontecem situações igualmente vexatórias. É o caso da roupa usada por alguma nossa irmã realçar, despudorada ou sugestivamente, partes do corpo feminino, às quais apenas me agradaria apreciá-las (ou para as mesmas ter a atenção despertada) em se tratando de minha esposa. E isso em ocasiões e no ambiente realmente apropriado.  Daí o questionamento: como fica o coração do Senhor Jesus, presenciando situações como essas, hoje já recorrentes e protagonizadas por pessoas que professam a fé cristã, dentro e fora das igrejas? Quais as consequências para a mulher, o homem, a sociedade, a civilização e o povo de Deus, enfim? Existiria na Bíblia um olhar divino sobre moda feminina?  Sim, existe. Do Gênesis ao Apocalipse.

***

MODA FEMININA - Dentro de qualquer cultura a vestimenta reflete valores, moralidade, estilo de vida ou de épocas, além da estratificação social; podendo tudo isso estar ou não de acordo com a Palavra de Cristo e do que ela testifica como sendo a boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus. Vestimentas também refletem motivações: de quem as faz (e por que as fez) e dos que as usam com os seus porquês. Sendo o uso massificado, haveria que se perguntar: quais os fatores contribuíram para tal. São dignos de bênção ou trazem em si mesmos um lastro de maldição?  A moda, mormente a feminina, é inspirada em ícones e fatos da cultura; sendo por demais inspiradoras de comportamentos (nobres ou nocivos) de parcela da sociedade. Logo, não é assunto a que Deus possa estar alheio, ainda que para alguns até pareça; e nem para o cristão dele tratar pessoal e/ou empresarialmente alheando-se ou o alheando do Senhor.

A BÍBLIA E O TEMA -  Há muita palavra de sabedoria na Bíblia sobre o tema e tudo quanto o envolve, uma vez que estamos a tratar em linhas gerais de dois dos principais atos da vida: o ato de se vestir e o ato do se desnudar, apropriadamente. Penso que, como bem nos ensina a experiência (Provérbios 29:1), nem sempre uma admoestação é agradável de se ouvir ou fácil de praticar. A opção pela santidade é que torna a vontade de Deus ouro puro e prata refinada: até mesmo quando uma criteriosa exposição dos princípios divinos venha se afigurar arma poderosa para a destruição (em nós mesmos) de possíveis fortalezas, sofismas e altivez que se levanta contra o conhecimento do Senhor.  Em verdade, a Palavra requererá de nossa parte sua devida valorização, se desejamos mesmos levar cativo todo o nosso pensamento (Sobre moda, inclusive.) à obediência de Cristo. Ao contrário do contentarmo-nos com escória ou ouropel de alguma teologia não-apostólica. E quando digo teologia apostólica, digo na acepção do Novo Testamento. 

A GRIFE DE DEUS - O que devo adiantar é que a moda feminina de Deus tem uma só grife: santidade. Pode-se até ser chique sem ser santa; porém, não se pode ser santa sem ser chique. Pelo menos aos olhos do Criador, é o que mais importa. A verdadeira santidade não se revela apenas no exterior, é evidente. Todavia, se vinda dele em pureza, há de claramente o refletir: sem nenhuma sombra ou variação. E, aqui, não se aceita subterfúgios.  Qualquer opinião contrária pode até parecer descolada, ser ou ter já se tornado na cristandade em paradigma; mas se coloca em rota de colisão com o ensino apostólico. Ensino esse, em se tratando de moda feminina, preconiza sobre tudo o recato e a sobriedade (I Pedro 3: 3-6; I Timóteo 2: 9-10). Sendo que a própria terminologia apostólica (A despeito de não apenas ter se tornando pouco usual na pós-modernidade e de também receber conotação pejorativa na boca de muitos crentes.) preconiza o pudor (RC) e a decência e discrição no traje (NVI) feminino. Porque o ensino e sua apropriada terminologia dizem respeito à vida casta (RC); e ao honesto comportamento (RA) ou conduta respeitosa da mulher cristã: para consigo mesma, para com o seu próprio corpo e, principalmente, para com o sexo oposto. Logicamente, que nada tem ver com certos conceitos evasivos de santificação a ganhar tanto terreno e adeptos na cristandade pós-moderna. Em tais conceitos, a santidade prescindiria do pudor. Todavia, nunca será demais lembrar que a nudez de uma mulher despertou o pior de um homem considerado segundo o coração de Deus. Mas não é interessante observar que boas obras e ações (E dentre as mesmas, o ato de se vestir, naturalmente.) da mulher cristã concederia a ela o poder de até ganhar o pecador de seu maior interesse, o cônjuge, para Cristo?

Como já o dissemos, moda feminina não é assunto a que Deus possa estar alheio. E nem deva o cristão do mesmo alhear-se, sem o risco de conformação com o curso de um mundo regido pelo príncipe da potestade do ar e pelo espírito que agora atua nos filhos da desobediência (Efésios 2:1-3). E de fato, no fator obediência-desobediência está a chave de tudo. O discernimento do que somos e de quem é quem (ou está por trás) da criação e do uso massificado de modelos e modelitos. E qual seria, então, o desafio da mulher cristã e do profissional da indústria da beleza diante de tudo isso? O que teria um ministro da Palavra, em plena pós-modernidade, a dizer sobre assunto tão palpitante e questão hoje tão igualmente crucial? É o que se pode inferir ao longo desta obra. Eu oro a Cristo Jesus, Nosso Senhor, para que aja em tudo uma palavra de sabedoria ao seu coração; e que, à semelhança de um espelho, possa ajudar-nos a olhar para nós mesmos (Homens e mulheres.) como Ele quer que nos vejamos; iluminando-nos, desse modo, os olhos da alma quanto às implicações da imagem (de mulher cristã ou homem de Deus) a ser refletida e as atitudes práticas que porventura se façam necessárias, (Tiago 5: 22-25), para a uma maior  manifestação em nós de Sua Glória em pureza.   


Belo Horizonte, Janeiro-Março de 2013

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Sobre Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão


Próxima postagem: A Bíblia E O Ato De Se Vestir: Éden.



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