12.1. O Xis da Questão é o pudor. É ele que instiga
ou facilita a percepção da mulher, dada a CONDIÇÃO FEMININA, como de alguém que se reduziu
a um simples e simplório objeto de lascívia ou pessoa digna de toda a admiração, porque vestida de louvor.
12. 2. O pudor bíblico acompanha a
mulher cristã em
seus ATOS COTIDIANOS
de se vestir, para, consequentemente, se fazer presente no seu desnudar-se,
perante o cônjuge, na edificação do seu lar e proteção de seu leito sem mácula (Hebreus
13: 4 e I Coríntios 7: 3-5). E ali não há lugar para fetichismos (I
Tessalonicenses 4: 3-7).
12.3. É o pudor que define a PUREZA NO
NAMORO E DEMAIS RELACIONAMENTOS de uma jovem. Evidente que, juntamente com a
sobriedade, não está circunscrito às vestimentas. Mas, estas, podem e devem dar
testemunho do caráter; e, no que diz respeito à mulher cristã, de sua
espiritualidade (II Timóteo 3: 1-4 e I Timóteo 2: 9-10).
12.4. O pudor está nas ATITUDES que sustentam a POSTURA
DA MULHER CRISTÃ para consigo mesma, para com as outras mulheres e para com o
sexo oposto. E dá-lhe autoridade e o poder de proteger a si mesma e aos outros.
Perguntei a certo homem que teve, um
dia, diante de si uma carreira vitoriosa no reino de Deus onde exatamente (Antes,
evidentemente, que na sua própria carne e em seu próprio coração.) a queda
teria começado.
Aquele homem seria hoje um pastor ou
missionário jubilado.
Converteu-se na juventude e tornou-se
líder da mocidade de sua igreja; teve experiências profundas com Deus (Em seu
espírito viu o Senhor!) e recebeu um inequívoco chamado ministerial.
Fez Teologia; foi para o campo e
evangelizou cidades; formou lideranças nas congregações do ministério a que
pertencia; e chegou a operar, além de curas, até prodígio.
Tinha dons ministeriais e espirituais,
além de talento em muitas áreas.
Porém, por pouco, não fosse a grande
misericórdia de Deus, perderia a própria
alma.
(Depois de restaurado na fé e, re-enxertada a sua vida na Videira Verdadeira,
Deus pôs no caminho daquele homem certo jovem com experiência de vida
semelhante, um também ex-seminarista.
E ele fez o que pode para ajudar o rapaz.
O Senhor até o usaria num ato de livramento, quando aquele, que se tornara
escravo das drogas, tentou e foi impedido de cometer suicídio. Ganhou alguns
anos de vida. Ao final, porém, aparentemente não foi possível, aquele jovem se salvar:
continuou suicidando-se, dia a dia, até o enfarto.)
Perguntei ao homem, onde exatamente,
depois que primeiramente em seu coração, havia a queda começado. Em quê? Por
quê? Com quem? (Pois eu sabia até onde ele havia chegado; mas também, por quem e para quê estava sendo levantado.)
Ele buscou na lembrança; e, após
demorada reflexão, trouxe um fato de seu namoro, nos quais, infelizmente, se viu cumprir o sentido de Provérbios 30: 18-19 e
20.
A namorada usava uma blusa ao estilo cultura
hippie com um decote ousado. (Era, por sinal, a única do tipo em seu vestuário.
Até muito decente. E o que já era tão inadequado no tempo e cristianismo
daquele homem, tornou-se o natural em quase
todas as vestimentas. São poucas as mulheres que se dão conta. No geral, a
vaidade, ou mesmo a promiscuidade, é o que prevalece.)
Mas o fato é que o tal decote começou
por operar naquele homem um indevido efeito de sugestão; abrindo os portais do
abismo de sua queda, que quase foi dar-se no inferno.
Até porque, quem mais deveria
resguardar-se também não o fez; antes, àquele homem se entregou. E o homem não
conseguia definir, quem seduziu quem e por que chegaram, antes do tempo e fora
das condições pela santidade exigida, ao que chegariam.
O decote, somado à natureza carnal e à
impureza (da qual não se deram conta) dos corações, foi apenas a fagulha da
fogueira onde ardeu uma tresloucada paixão. E aquele Sansão por pouco não teve
uma Dalila; porém, aquele Davi teve a sua Bate-Seba: quando uma Abigail seria o
mais sensato.
12.4-b. Na primeira metade dos
capítulos de sua carta aos romanos, mormente no sexto e no sétimo, Paulo nos ensina
como o pecado operou e pode operar estragos em nossas vidas. Mas, também, de
que maneira pode o Espírito Santo aplicar em nós o poder da morte e
ressurreição do Senhor. E daí, experimentarmos a vitória sobre o mal, com a
crucificação contínua de nossa natureza carnal, numa experiência de vida cristã
realmente vitoriosa.
Não há em nossa literatura quem melhor
elucide àqueles textos bíblicos, seus princípios e aplicação (em termos
teológicos e em nível empírico) que
Watchman Nee. Seu livreto A Cruz e a
hoje tão mais que obrigatória obra em três volumes O Homem Espiritual basicamente foram elaborados, tendo em vista a
questão vitória sobre o pecado e a eficácia do evangelho da cruz. E, em termos
minimamente essenciais à compreensão do tema a natureza pecaminosa e o fator tentação, é oque se segue:
“Quando o Senhor Jesus morreu pelos pecadores na cruz, Ele libertou o
homem da punição do pecado _ o eterno
fogo do inferno. Quando o Senhor Jesus morreu com os pecadores na cruz, Ele libertou o homem do poder do pecado
(...). O pecado não vem de fora, mas
de dentro. Se o pecado viesse de fora, então ele não teria muito poder sobre
nós. O pecado habita em
nós. Portanto , ele é mortal para nós. A tentação vem de fora, enquanto o pecado habita em nós. Uma vez que todos no
mundo são descendentes de Adão, todos têm a natureza de Adão. Essa natureza é
antiga, velha, corrupta e imunda; ela é uma natureza de pecado. Desde que essa
“mãe” do pecado está dentro do homem, ao virem tentações do lado de fora,
aquilo que está dentro responde
àquilo que está fora, e o resultado são os muitos pecados.” (Os grifos são
nossos.)
A Cruz, página 08, São
Paulo, 1992, Editora Árvore da Vida.
12.4-c. Nos primeiros capítulos deste Cristandade, Moda Feminina & O Xis da
Questão, pudemos inferir que as filhas dos homens utilizaram-se de
expedientes para despertar e atraírem sobre si o olhar concupiscente dos filhos
de Deus, despertando nos mesmos a lascívia. Foi o que deu início à tragédia do
Dilúvio. E é tudo o que vemos na moda feminina ocidental, de meados do século
passado para cá. À qual, tende a vestir a mulher com vestes de prostituta e
astúcia de coração, num jogo diabólico de sedução, defraudação e manipulação do
sexo oposto; e, agora, ou desde Romanos capítulo primeiro, das pessoas de seu próprio sexo (Provérbios 7:10).
É a nudez feminina a razão de ser de
quase toda publicidade: tanto que no outro extremo está a utilização da figura
ainda em pureza das crianças. Além de ter se tornado um “trunfo” da mulher
despudorada da pós-modernidade; até porque tomou a linha de frente dos usos e
costumes da cultura ocidental, transformando-a definitiva e decididamente anticristã. Ainda que apenas nominalmente o fosse.
À nudez feminina, sugestiva e/ou
despudorada, junta-se o olhar concupiscente e contaminam tudo na Terra: do conceito
de moda aos vários níveis de relacionamentos, instalando e facilitando as
perversões (Levítico capítulo 18). Logo, tornou-se o mais caro e, ao mesmo
tempo, mais acessível objeto (de prazer)
dessa nossa sociedade de consumo e sociedade do espetáculo. Entende-se a
acessibilidade até pelo caráter pré-apocalíptico da coisa (Apocalipse 17 e 18);
e o preço (Uma sociedade de voyers tão compulsivos quanto in/conscientes), a
perdição de muitos. Uma vez que ao impuro é vedada a entrada no reino de Deus
(I Coríntios 5: 11).
Logo, o Xis da Questão é o pudor. Com
ele é até possível trazer REFREIO AOS INSTINTOS (Romanos 1: 22-27 e Provérbios
12:4), para que o sexo, este maravilhoso dom de Deus, sempre seja o coroamento
de uma relação santa e respeitosa.
12.5. Certa vez, tendo saído para
cumprir uma cota de evangelismo pessoal, fui chamado atenção para uma moça
solteira, na casa dos trinta anos, que entrara no ônibus e sentara-se no outro
lado, à minha frente. Não era bela; mas compunha um tipo gracioso de se ver,
tendo em vista vestir-se com muita elegância e pudor. Mas, melhor observando-a,
percebi em meu espírito algo de nebuloso em sua pessoa, que o Senhor queria me
fazer identificar.
Moveu-me então Ele a lhe entregar uma
palavra. E, quando pedi pra sentar-me por uns breves minutos ao seu lado e lhe
falar, consentiu aquela irmã, como se já soubesse o que eu teria que fazer.
Então lhe disse o que era para ser dito: O que não devia jamais ter acontecido,
acontecera. O Senhor lhe perdoava o ocorrido;
mas exigia dela se arrependesse e não mais voltasse àquilo. Lembro-me ter iniciado
a palavra, citando para aquela irmã I João 2:1. Ao
ouvir-me, ficou petrificada; estática mesmo; mas não disse (ou não conseguiu)
dizer uma só palavra.
Voltei para o meu lugar e, enquanto a
viagem transcorria, algo foi se formando
em meu espírito para também lhe comunicar, desde que se mostrasse acessível e
humilde, após tão dura admoestação. Mas ela, que saiu do ônibus primeiro que
eu, manteve-se ereta e, até onde pode, indiferente. Os grandes óculos escuros
no rosto. E nem abaixou a cabeça em minha direção, que continuava sentado,
olhando para o seu rosto. Em meu espírito queimava a palavra que não pude lhe entregar:
“Amada, se você continuar com esta história, não vais apenas estragar a sua
vida, mas destruir do ministério dele.”
O pudor não está restrito apenas às
vestes. Deve também se fazer presente ato da mulher se desnudar-se, perante um
homem, o qual só pode ser o seu cônjuge, na CONSTRUÇÃO DO LAR CRISTÃO E NA PROTEÇÃO DE SEU LEITO SEM MÁCULA (Hebreus 13:
4). Livrá-la-á da vergonha e dos muitos dissabores. Como também PRESERVA A CASA
DE DEUS, coluna e baluarte da verdade, de vir a se transformar num trono de
Satanás, onde Jezabel, habita (Apocalipse 2: 19-20).
12.6. Tudo o que fizemos ao escrever,
ler e estudar Cristandade, Moda Feminina
& O Xis da Questão foi tomar duas apenas palavrinhas da Bíblia: pudor e sobriedade. E lançar sobre as mesmas toda a iluminação do Espírito
Santo que me foi possível, para a sua compreensão e de sua aplicabilidade (ou não) no
atual cenário (totalmente adverso), já intuindo e discriminando, na medida do
possível, as implicações. Quer para o bem; quer para o mal. E o fiz com o zelo
daquele jovem que vê a irmã se tornando moça e sente-se na obrigação de zelar por
sua pureza e boa fama.
Daí porque foi muito triste ter que
compartilhar algumas experiências vexatórias ou dolorosas; assim como foi
glorioso falar de nossas Débora, Ana, Jael, Rute, Noemi, Acsa e de nossas
filhas de Zelofeade, entre outras.
Abri e fecho este capítulo como uma
passagem de Cantares (8:8-9), utilizando a versão Almeida Revista Corrigida, por
estar mais próximo do sentido do que nos propusemos a fazer:
Temos
uma irmã pequena,
que
ainda não tem seios;
que
faremos a esta nossa irmã,
no
dia em que dela se falar?
Se
ela for muro, edificaremos
sobre
ela um palácio de prata;
e,
se ela for uma porta,
cerca-la-emos
com tábuas de cedro.
Cantares 8: 8-9
E o sentido de todas as coisas é este:
se a irmã for um muro, o qual resiste às tentações, deve ser preparada e
adornada para o casamento, na certeza de um leito sem mácula. (A figura do
palácio diz respeito ao lar e à suntuosidade existente em qualquer cerimônia
nupcial dentro dos parâmetros da Palavra de Deus, por mais humilde que seja.)
Mas se a irmã for uma porta que se
abre à tentação, precisa ser cercada por todos os lados e tudo deve se feito, principalmente
pelas filhas de Jerusalém (Dentre as mesmas, as mulheres exemplares, mestras do
bem, segundo Tito 2: 3-5.) para protegê-la até de si mesma e de ser corrompida.
A nudez (sugestiva e/ou despudorada) nos
dias atuais tornou-se a grande tentação da mulher ocidental, em se tratando da busca,
equivocada, de valorização e construção de sua auto-estima. O culto à beleza e ao
corpo diz muito isso. E há, no caso da mulher brasileira, o fato de estarmos inseridos
numa cultura tropical como agravante. Porém, é preciso que vejamos o despudor como um
ato de agressão ao homem que têm a santidade como um projeto de vida, e
alimento ao olhar concupiscente. Depõe contra a pureza e contra a fidelidade
conjugal; além de tornar a mulher vulgar. O Noivo é vindo (Apocalipse 22:17). E bem
aventurados os que lavarem as suas vestes no sangue no Cordeiro e não sejam
encontrados nus. Se a nudez é vista na Bíblia como vergonha, analogia da
infidelidade (Ezequiel 16), o pudor veste a mulher de louvor e com a mesma dignidade com que o Senhor iniciou por de novo conferir ao homem e à mulher, já no Éden (Gênesis 3: 21).
12.7. A elas, com todo o carinho e
gratidão a Deus pelo o que são.
E ao Senhor Jesus, supremo pastor de
nossas almas, toda a Glória!
PRÓXIMA POSTAGEM:
Palavra de Macho (Apêndice).
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