Festival de Danças Túnel do Tempo:
Indagações de Um Expectador Engajado.
1. A propósito do
festival de danças Túnel do Tempo, realizado pela
Oficina de Adoração, dias 09 e 10 de Novembro, no Minascentro, em Belo Horizonte, a liberdade cristã faz-me tomar emprestado de uma
entrevista que li, concedida alguns anos atrás pelo pensador francês Raymond
Aron, a expressão expectador engajado. É o termo
que melhor define minha experiência de um dos componentes da grande platéia
presente no primeiro dia de apresentação, além de dar-me o viés mais apropriado
para, na condição de livre pensador e artista cristão, tecer as considerações
que se seguem. Que que sirvam para a edificação, sendo que a mim pessoalmente o
festival impactou, ao ponto de constranger-me a reflexão e às indagações neste
ensaio manifestas, mesmo eu intuindo que somente o tempo e muita oração irão
satisfatoriamente respondê-las.
2. A Oficina teve como
principal proposta em Túnel do Tempo, num espetáculo
atemporal, “retratar a evolução da dança desde a pré-história, quando os homens
das cavernas dançavam para se aquecer e registravam seus movimentos por meio de
pinturas rupestres, até uma época onde a dança será inevitável.” O que implicou
em um número considerável de coreografias, vinte e uma ao todo, tornando-se
inevitável que o passeio coreográfico pelos diversos estilos tivesse durações e
performances variadas, tendo-se em vista a representatividade histórica e/ou
religiosa (Hebreus, Valsa de Castelos, p.ex.) ou o seu
apelo de modernidade (Anos 60, Dança de Rua, Ballet Contemporâneo eTechno.) ou
mesmo a sensibilidade (tendência mais atual) de se privilegiar, numa perspectiva
de inclusão e celebração das diferenças, o biotipo do bailarino, como se viu na Charleston.
Acredito que o maior desafio, vencido com êxito pela direção, foi o de
não deixar ficar cansativo o espetáculo, dada a abrangência do leque
temático e a heterogeneidade do público esperado e que se fez presente. A
título de testemunho: a platéia do primeiro dia, cerca de mil pessoas, embora
tivesse seu maior contingente jovem e
adolescente, foi também formada por famílias inteiras e, consequentemente,
muitas crianças. A minha frente estava uma dessas, sendo que a filha do jovem e
lindo casal, uma garota de no máximo cinco anos não desgrudou os olhos do palco
um só momento. E olha que a apresentação, marcada para as vinte e uma horas,
demorou um bom tempo pra começar...
Penso que contribuíram para tão grande êxito, o acerto da coordenação
artística na concepção e condução do espetáculo, mais a qualidade do suporte
técnico (som, iluminação, etc.), além, é óbvio, da própria performance dos
bailarinos, mesmo sendo os corpos de baile, como não poderia deixar de ser,
heterogêneos em sua formação. Naquele primeiro quesito, há que se destacar a
agilidade com que os mesmos (compostos de adultos, jovens ou crianças) fizeram
o revesamento no palco, seja mediado por um rápido jogo de luz, cores ou
sombras ou pela simples e necessária junção do início de uma coreografia no
final de outra. A utilização deste segundo recurso, bem mais recorrente nas
coreografias mais modernas, exemplificou, como que numa metáfora ao viver
contemporâneo, a velocidade com que as coisas vêm se sucedendo, da metade
do século XX para cá. E quando nos momentos/movimentos de necessária inflexão,
antecedidos por brevíssimos interregnos na execução musical e pela completa
ausência de luz no palco, louve-se o brilhantismo performático do artista, caso
dos ballet Clássico e Contemporâneo. Até porque estas modalidades, excetuando a
legítima dança de adoração, representariam a evolução máxima da arte ao nível
da experiência humana. Cumpriu-se, portanto, o propósito: uma vez que
apresentação das coreografias destacou-se com sendo um dos dois ou três ápices
performáticos de todo o festival, em função sobre tudo do esbanjamento de graça
e talento de quem as executou em belíssimos solos. Simplesmente inesquecível.
3. Também de vital importância para a beleza da apresentação o figurino:
realmente de encher os olhos, além de resultantes de pesquisa histórica
bastante feliz, assim como a de todo o espetáculo. O viés com que se voltou ao
passado e se discerniu o presente não é o do olhar estanque ou rotulador,
sabedores do que em Cristo Jesus somos e do que, em se tratando da Eternidade, irá mesmo prevalecer (ou
continuar) é a adoração. Nem por isso, quaisquer que sejam as contribuições, em
termos de linguagem e expressão artística, ainda que divorciadas desse espírito
ou nascidas e cultivadas em momentos históricos ou em ambientes nada a ele
propícios, para não dizer antagônicos, deixaria de merecer a assertiva paulínea
do “Examinai tudo e retende o que é bom.” Mas é justamente nesse ponto que
pertinentes indagações acabam surgindo e, em decorrência das mesmas, a
necessária busca por respostas. Bíblicas, teológicas, sobriamente
aceitáveis. E que a sabedoria bíblica possa compensar (ou mesmo suplantar) o
que estaria a nos faltar ao nível do teórico ou epistemológico, mesmo não sendo
esse último, evidentemente, a medida pela qual devamos nos medir e ao que
fazemos. Nem mesmo arte (Efésios 4: 11-16).
4. O que é arte? Existiria uma arte (essencial ou formalmente) cristã?
Como esta se definiria e se expressaria? Que arte ou que expressões artísticas
seriam lícitas ao artista cristão utilizar e/ou por meio delas (se é mesmo
possível) expressar-se? Tudo (O que não seja pecado, é o que está implícito no
texto bíblico.) nos é lícito; mas tudo (mesmo que não seja pecaminoso)
realmente conviria? E tendo-se em vista a Queda e a depravação moral do gênero
humano (Penso estar dirigindo-me a cristãos que sejam realmente cristãos.), o
que se resgatar do domínio de Satã, criador coisa de nenhuma e usurpador por
(decaída) natureza? E do que abrir mesmo mão, tendo-se em vista já se ter
transformado em ícone ou símbolos de (sua) rebelião? Bem sabemos que a soberana
vontade de Deus é a nossa santificação, que para isso fomos chamados (I
Tessalonicenses 4:1-7), peregrinos que somos e fugitivos de Babel. Não eu tenho
respostas. E nesse primeiro momento, mesmo ao nível de simples especulação, não
as proporia. Todavia, acredito haver nas Escrituras, se bem interpretada, a
melhor diretriz para tudo na vida (e também nas artes).
5. Resta-nos, por eliminação, determos-nos naquilo que consideramos ser
o óbvio ou denominadores comuns, mas nem tanto, se, p. ex., levarmos em conta as
determinações do corpo diretivo de uma de nossas igrejas tradicionais (a
Presbiteriana) com respeito à utilização da dança no próprio ambiente de culto.
Se vemos aí um extremo, em minha opinião, não teologicamente justificável; na
outra ponta, teríamos o fato de já ser bastante perceptível hoje em dia nas mais variadas
manifestações artísticas tidas por cristãs os extremos de uma liberdade também
questionável enquanto tal.
Nossa liberdade é a servos (um dos outros), os quais, mesmo jubilosos da
condição de filhos, a si mesmos se oferecem à adoração, ao serviço e à
obediência, para a glória do Pai. Esta diretriz suprema exemplificada em Cristo Jesus (Filipenses 2: 5-11
e Marcos 10:45) aliada à consciência do fato de sermos participantes de
Seu corpo místico e membros uns dos outros, deveria aguçar o nosso senso
de responsabilidade. E, em se levando-as à prática, os capítulos 14
e 15 da Carta de Paulo aos Romanos são paradigmáticos de uma conduta a ser
observada em todas as áreas. De forma que licença poética ou liberdade artística, assim como a de comportamento, independente do meio social ao qual estamos inseridos precisam
se ajustar à Palavra e não o contrário. A fim de que não se faça tão gritante a
dicotomia entre o que somos e o que fazemos e, pior, como o fazemos (I Pedro 1:
13-21). Arte inclusive. Seja, teatro, dança, música, moda, literatura, para
ficarmos apenas naquelas mais cultivadas no nosso meio.
6. Nas primeiras décadas do século passado, o poeta russo Maiakovski
tornou famosa a afirmação de que a arte que fosse revolucionária (Dizia em termos de proposição.) deveria encontrar uma/sua forma também revolucionária. Atualíssimo. Melhor dizendo:
paradigmático no seu caráter universal. E creio que isso precisa ser pelo menos
conceitualmente digerido pelo artista cristão do nosso tempo. Se não quanto a
determinados aspectos evangelísticos de nossas propostas e projetos, mas
obrigatoriamente no que diz respeito ao caráter discipulador inerente aos
mesmos. De modo que o “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”
(Mateus 28: 19) não se perceba, como acontece às vezes, tão aparentemente
incompatível com aquilo que apresentamos (a Deus e aos homens) como sendo
(forma ou projeto de) adoração.
O Evangelho, por definição, Boas Novas de
Salvação, é uma mensagem. E precisa, sim, ser pregada através de todas as
possíveis linguagens para que sejam alcançadas todas as pessoas, sem exceção. E
na sua perspectiva evangelística, nada mais balizador que as seguintes
afirmações de Paulo: Porque, sendo livre
de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.
Procedi para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que
vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que
vivem debaixo da lei, embora eu não esteja debaixo da lei. Aos sem lei, como se
eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de
Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei. Fiz-me fraco para com
os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim
de, por todos os modos (Teologicamente
aceitáveis, está implícito.), salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com
ele (I Coríntios 9:
19-23). Aplicando-se à arte, eis aí uma diretriz, além de exortativamente
performática, inclusivista e apropriadora (Sentido de resgate.). Aplicável,
portanto, a linguagens e formas de expressão, quando principalmente se
volta os que delas se utilizam para públicos a elas afeitos, com o fim ganhar
os mesmos para Cristo Jesus. Todavia, o limite imposto vem do fato de nós, os
cristãos, nos colocarmos debaixo da lei de Cristo. Conclui-se, então, que
podemos ser tudo e todos (Identificação sacerdotal, no caso.), desde que não
percamos ou contaminemos, com o que estamos a fazer, a nossa essência de Santidade ao Senhor. Esta essência, para não ser
desfigurada ou perdida, agora já na perspectiva do discipulado, não precisaria
também encontrar/propor sua(s) forma(s) peculiar(es) de expressão? Para sermos
mais enfáticos: pautar-se pelo re/dimensionamento de sua própria (ou
apropriada) originalidade. Não é o que temos visto com freqüência por aí;
antes, pelo contrário. Diríamos, então, parafraseando Maiakovski, que a arte
cristã (ou feita por cristãos) deveria propor, ao nível do necessário
discipulado, formas (de expressão) autenticamente cristãs. Isso nos levaria
inevitavelmente a exclusões, no sentido lato de santidade. Do contrário, há o
risco de recair sobre nós a dura sentença constante da carta de Judas, o irmão
do Senhor, a qual traz uma admoestação duríssima (Judas 3-4) e que estaria a
ganhar muito terreno atualmente, assim como aconteceu ao longo de toda história
da Igreja. Até porque ninguém mais ignora que a atual conjuntura é mesmo
pré-Apocalipse.
7. O até aqui exposto leva às seguintes indagações: o que deve (ou pode)
ser resgatado, na perspectiva evangelística da Grande Comissão, mas para ser
obrigatoriamente redimensionado? O que se preservar, a despeito de seu caráter
secular ou mundano, intacto? E isso seria mesmo conveniente? Em se tratando de
dança, ou de música, ou de teatro ou de moda feminina, principalmente. (Abro o
parêntese para fixar-me, ainda que momentaneamente, no caso emblemático desta
última modalidade. Pois existe um fantasmagórico Golias a desafiar-nos, o qual
precisa urgentemente ser encarado pela cristandade dos países nos quais ao
crente é possível dar-se ao luxo: como aliar bom gosto e elegância ao pudor e
no sentido bíblico do termo. Entenda-se por pudor a vergonha de exibir o corpo,
ostensiva ou sugestivamente, senão _ caso dos que são casados _ à pessoa
devida. (I Timóteo 2:8-9)?
Haveria mesmo como
evitar as dicotomias entre o ser (cristão) e o fazer arte cristã (ou moda ou o
que seja, se é mesmo possível,) meramente secular? E será que em nossas
práticas não estamos teimando em querer tornar, como se plausível fosse,
obsoletas as exortações do Espírito (II Coríntios 6: 14-7: 1)? Em decorrência
disso, quais de nossas atitudes, comportamentos e projetos, mormente ao nível
do artístico, suportariam, p. ex., sem peso em uma consciência não
cauterizada (I Timóteo 4:1-2), a admoestação do apóstolo? Um leitor
desavisado certamente me acusaria de estar fazendo confusão, ao misturar ética
e arte. Mas em se tratando de cristãos autênticos ou de cristianismo apostólico
no sentido bíblico do termo (Para mim, o único aceitável.), há mesmo como
desvencilhar uma da outra coisa? Ser cristão nunca foi uma mera filosofia ou
estilo de vida, mas uma vida que flui. Nossos atos dão conta disso.
DE VOLTA AO TÚNEL DO TEMPO. Espetáculo e sua conjuntura
impactaram-me, ao ponto de fazer aflorarem em mim questões até então alojadas
no subconsciente. Às quais, acredito, estão a transitar o íntimo de muitos
produtores e consumidores cristãos de cultura, na configuração de algum
conflito. Bem resolvê-los torna-se, portanto,imperativo. É que a
pós-modernidade está trazendo perguntas e posturas a exigir rápidas e sábias
respostas. Mas pelo fato do mundo jazer no maligno e por as discernimos
tanto volumosas quanto dominantes, tendo a me fechar com um autor como Watchman
Nee, quando este afirma que é difícil calcular qual parcela da filosofia, da
ética, do conhecimento, da pesquisa e ciências do mundo se origina nos poderes
das trevas. E, também, que nenhuma palavra do homem é digna de total confiança,
a não ser a que se acha em harmonia com o ensino bíblico. Eis a cultura e todas
as suas formas de expressão postas em xeque. Num crivo tão criterioso que não poupa nem as “teologias”. Então, joelhos no
chão, Bíblia nas mãos e a perspectiva apostólica na cabeça!
No espetáculo que assistimos, houve a meu ver, muitos acertos; mas
também equívocos apenas compreensíveis para quem (ou àquilo o que) se postula
como que em processo. O próprio termo Oficina de Adoração já nos remete conceitualmente a
consertos e concertos (Quero crer.) e a reparos. E é que me encoraja
apontá-los, pronto a penitenciar-me, caso esteja em minhas ponderações
equivocado. Terminantemente este ensaio seria, para quem ele assim soar, uma
discussão em aberto.
Exemplificando, portanto, e em primeiro lugar o elogio. Acertada foi a
mão da responsável pela confecção do figurino, ao retirar a carga de
sensualidade de alguns trajes coreográficos (tendo-se em vista ser o corpo de baile formando na sua grande maioria
por meninas, moças e mulheres), sem essencialmente descaracterizá-los enquanto
estilo de época. Aliou-se à necessária sobriedade muita criatividade. Do mesmo
modo, alguns passos e movimentos em determinadas coreografias foram exercitados
com sábia lentidão e com pouca duração. Privilegiou-se, no caso, a possível
contribuição daquela expressão e não a sua utilização indiscriminada, comum em
ambientes sem os critérios que nos rege a conduta: santidade, bom senso e a
responsabilidade de não defraudarmos o sexo oposto. Bem sabemos que, na vida
real e em determinados ambientes, são formas praticadas no mais das vezes em
transes febris e mera intenção mundana, no cumprimento do simples e simplório
papel de dança de acasalamento. Lascivas por (decaída) natureza. E nem mesmo
(como se verificou em alguns momentos do espetáculo) sendo cristã a letra
incorporada ao ritmo musical que acompanha tais movimentos, haveria como
anular-lhes de todo os efeitos do gestual. Pode-se apenas amenizá-los. E o
cadenciamento, aliado à pequena duração das performances, contribuem para tal,
uma vez considerado “obrigatório” o registro.
Quanto aos equívocos, há que se ponderar sobre o aproveitamento ou a
leitura não muito sábia de ícones da cultura, assim como (De novo batendo numa
mesma tecla...) a viabilidade da utilização de alguns passes de dança. Em
minha opinião há casos em que a sua simples utilização gera a dicotomia
referida no parágrafo quinto deste ensaio, o qual já vai se tornando exaustivo
e, contrariando a sua intenção primordial, postulante.
Então, apenas para exemplificar: na coreografia (ou junção coreográfica)
em que um dos atores desfila entre os bailarinos com uma jaqueta a James Dean,
conduzindo uma lambreta, remontando-nos,
portanto, ao que se denominou juventude
transviada. As letras das músicas em execução bem poderiam ser incisivas quanto ao
comportamento de risco iniciado àquela altura da contemporaneidade, na opção
por um conceitual distanciamento e condenação veemente. De outro modo, não
sugestionaria a percepção apologética de um fato histórico lamentável, com seu
rastro de perdas que atravessa gerações? E no que diz respeito à utilização ou
não de coreografias ou movimentos e passos de dança: houve o momento em que
algumas moças saltam, cruzam suas pernas na cintura dos rapazes e se jogam para
trás. Gestos que sugerem, forte e inevitavelmente, atracação seguida de
espasmo. Pode a coreografia ter surgido naquele espaço de tempo, porém, passa
ao largo do decantado romantismo Anos 60. E opto por eximir-me de mais
comentários.
CONCLUSÃO: O viés do expectador engajado, como foi sugerido no início
deste ensaio, deu-me o necessário distanciamento para propor uma crítica
intencionalmente construtiva, observando, porém, uma exortação não
condescendente e nem bajuladora. Ao mesmo tempo, a condição de artista cristão,
fez-me ousar (Com temor e muito tremor, diria Paulo.) trazer à tona tensões e
questões hoje viscerais e inerentes à experiência artística de quase todos.
Além do mais, somos membros uns dos outros. De fato, assistir o espetáculo foi
bastante esclarecedor e edificante. O bastante para constranger-me à escrita,
como que em consideração a todos e a tudo o que festival envolveu. Mormente o
corpo a corpo na divulgação do evento, no sentido de se ganhar e cativar um
público pelo qual se terá, futuramente, a responsabilidade do discipulado: seja
no acompanhamento da evolução artística, seja na padronização do bom gosto para
o simples consumo da arte. Creio que o propósito de Deus para a Oficina (como
efetivamente já ocorre e o que se testemunhou na apresentação não nos deixa
negar) é que ela continue a fazer escola. Daí o peso da responsabilidade. Que
haja, então, em todo este arrazoado uma palavra de sabedoria. E o Senhor Jesus
nos ilumine os olhos da alma.
Marcos (Madsaiin) Dias
Belo Horizonte, Novembro de 2012.
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