sábado, 6 de outubro de 2018

CAP. 10 - ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA INTERNA & EXTERNA

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APT. 10:  
A QUESTÃO TIPO DE ESCRITA X TOPKAPI & SAMARQAND.
- QUESTÃO:
O ISLAMISMO ALEGA TER PRESERVADO INTACTO O ALCORÃO.
MAS, O TIPO DE ESCRITA VERIFICADO NOS CODEX TIDOS COMO SENDO ORIGINAIS SEQUER SERIA POSSÍVEL NO TEMPO E LUGAR DA COMPILAÇÃO.
HÁ MESMO COMO A RELIGIÃO RESOLVER TAMANHA CONTRADIÇÃO???


APONTAMENTOS:
1- Nas SUPOSIÇÕES ISLÂMICAS, teria sido o Alcorão preservado intacto, sem que uma só palavra tenha saído do lugar ou ao livro   acrescentada. Novecentos e noventa e nove muçulmanos em mil pensam e são ensinados assim; quando, na realidade, a religião sequer pode responder:  QUAL SERIA O ALCORÃO VERDADEIRO?  AS SOBRAS DO QUE RESTOU OU UM DOS MAIS DE DEZ QUE FORAM QUEIMADOS???  E, ainda que se aceitasse pacificamente  a COMPILAÇÃO DE ZAID IBN THABIT,  levar tal afirmação a sério somente seria possível houvesse evidências incontestáveis para isso; mas, não é o caso. 
Como se sabe, o Alcorão ganharia o formato livro quando já era uma realidade a utilização do PERGAMINHO. Este material preserva em boa conservação manuscritos bem mais antigos que a Antiguidade islâmica. Só que não basta a apresentação de manuscritos em antigos pergaminhos: além desse material, há OUTROS ELEMENTOS OBRIGATÓRIOS na datação de um documento histórico. E se torna problemático para a religião afirmações como a estamos pondo em questão, sabendo-se que seus  apologistas apoiam-se tão somente em INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS, conforme iremos demonstrar. 
Pra início de conversa: o TIPO DE ESCRITA de dois manuscritos antigos, tidos como sendo da época da compilação, seria impraticável na Arábia, quando a mesma teria ocorrido. São eles os CÓDICES TOPKAPI e SAMARQAND. Todavia, nos escritos de islâmicos moderados, até se postula ser os dois nada menos que o original e uma das cópias do Alcorão imposto pelo terceiro califa. É o que nós informa John Gilchrist, no seu Jam Qur'an
2 - Nos dois capítulos anteriores foi demonstrado, através de evidências em documentos históricos (Fontes extra-Islamismo de informação.), não ser possível boa parte do CONTEÚDO DO ALCORÃO ter sido produzida enquanto o profeta do Islamismo  vivia e na primeira década da sua morte. Do mesmo modo, o estudo do TIPO DE ESCRITA possível naquele tempo e lugar serve de evidência de não se poder atestar veracidade aos referidos CODEX. E, ainda que sobreviventes da Antiguidade islâmica aos dias atuais, não há mesmo como datá-los como sendo sequer dos séculos em que teria vivido Muhammad (Maomé), garante Gilchrist e outros estudiosos, como, p. ex., Jay Smith. Este último, autor de É O Corão A Palavra de Deus?, dentre inúmeras e significativas obras. 
3 - IMPLICAÇÕES?  Há no Islamismo uma evidente idolatria ao objeto livro. A recitação decorada do Alcorão é obrigatória, embora venha padecer, quase sempre, da necessária reflexão. Até porque o seu exame, isento de condicionamentos da ultra-religiosidade, dá margem a questionamentos tão irrefutáveis quanto os da critica externa que estamos oferecendo. Todavia, em sendo as coisas como são no Islamismo, era de se esperar que o Alcorão que hoje se lê viesse guardar peculiaridades de quando teria sido "revelado" ou ganho o seu formato livro. De modo tivesse sido preservado e até hoje cultivado, pelo menos no mundo árabe, o mesmo TIPO DE ESCRITA  à época. Todos sabemos o quanto a cultura islâmica é resistente à mudança e às inovações. 
4 - Antes do advento o Islamismo, o JAZM era o tipo reinante de escrita na Arábia. Mas ele não é verificado nos  textos completos ou fragmentos do Alcorão que sobrevivem aos dias de hoje. No extremo dessa observação, há um tipo de escrita que se tornou padrão e viria se impor até a atualidade, mas, somente a partir do Século IX. Trata-se do NASKH ou "inscritor". Desde então, é o NASKH utilizado em larga escala, em detrimento de outros dois  (E certamente um dos utilizados nos manuscritos dos primeiros compiladores. ), os quais caíram em desuso: o AL-MAIL e o MASHQ. Estes TIPOS DE ESCRITA e não aqueles é que foram desenvolvidos em MECA E MEDINA, à época (Ou suposta época?) da COMPILAÇÃO imposta por Uthman. 
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5 - Gilchrist  nos informa do registro de certo pesquisador de "até vinte referências a afirmações feitas em diferentes partes do mundo muçulmano para possuir não apenas uma das cópias, mas o próprio códice do próprio califa".
Bom. Quatro teriam sido as cópias do Alcorão dado por oficial e enviadas para as principais cidades. Evidente que declarações conflitantes como essas, além de muitas outras, encontradas até mesmo nas Tradições, somente nos faculta entender como CRENÇA (Já que carece de EVIDÊNCIAS.) o que, segundo Gilchrist, tornou-se uma regra nos escritos de muçulmanos moderados: a alegação de que o original e uma das cópias de tal Alcorão seriam os CÓDICES SAMARQAND e TOPKAPI. O grande problema para o Islamismo é: estranhamente, não foi utilizado nesses códices nenhum dos  TIPO DE ESCRITA em uso na Arábia, quando da alegada época de sua COMPILAÇÃO
"A melhor pista para a origem provável de um manuscrito, se é de antiguidade óbvia, é o seu roteiro", afirma Gilchrist. Entenda o termo roteiro por o TIPO DE ESCRITA. Mas, NÃO  sendo o mesmo possível na Arábia de Maomé, então não se pode tomar  por verdadeira a afirmação sobre o conteúdo inalterado do Alcorão. E ainda menos como provável a conservação do original e uma das cópias, conforme se alardeia sobre os  CÓDICES TOPKAPI e SARMAQAND
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6 - TUDO O QUE SE PODE COMPROVAR, através de manuscritos inteiros ou fragmentos do Alcorão, é que os mais antigos ainda hoje conservados foram escritos num ÁRABE  CONSONANTAL e sem nenhum sinal de vocalização. Todavia, ainda segundo Gilchrist e outros estudiosos da matéria, manuscritos  escritos bem depois também conservam essa característica. Fosse por zelo ou mesmo a intenção de que lhes fossem conferida uma suposta antiguidade, obviamente. E há, ainda, o importante fato de que os SINAIS DE VOCALIZAÇÃO e os PONTOS DIACRITICOS que distinguem algumas consoantes seriam, posteriormente, inseridos em textos mais antigos. 
 A maioria dos manuscritos  antigos não menciona data e local de sua origem. E a inserção de um COLOFÃO, no final da obra,  seria também adotada em séculos posteriores. Tudo isso termina por nos levar à melhor pista para se chegar à DATA REAL de um manuscrito: O TIPO DE ESCRITA. A Paleografia estuda o surgimento e o desenvolvimento dos mesmos, num determinado tempo e lugar.  Mas... seria o caso das pesquisas contribuir ou refutarem o ensino islâmico sobre a preservação intacta do Alcorão de Zaid Ibn Thabit, uma vez que os Alcorões dos demais compiladores foram para o fogo??? 
7 - EXTRAÍDO
de Resposta Ao Islã (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & Sobre A Sua Própria Fé) - Vol. 01:
"6/ ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA EXTERNA 03:
Sobre Os Manuscritos Samargand e Topkapi.

I - Qualquer estudioso que procura se informar sobre a veracidade documental no que diz respeito às informações apresentadas pelo Islã sobre o Alcorão e as Tradições Islâmicas,  logo se depara com inúmeras incongruências. Por exemplo: da Sirat de Ibn Ishaq, primeira biografia de Maomé, datada de  até 767 d.C, e de outros escritos se afirma NÃO haver os manuscritos originais: teriam sido desintegrados pelo tempo.
Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Comparação Histórica, com a devida propriedade, pondera:
‘Na British Library encontram-se diversos documentos escritos por indivíduos em comunidades que se localizavam não muito distantes da Arábia que, a despeito disso, datam de centenas de anos antes dos manuscritos islâmicos. Como exemplo, temos os manuscritos do Novo Testamento, como O Código Sinaítico e o Código Alexandrino, escritos no quarto século, 300 a 400 anos antes do período em questão! Assim, por que estes manuscritos não se desintegraram com o tempo?’
Ao mesmo tempo, para justificar a escassez de suas fontes primárias (Documentos escritos por contemporâneos do “profeta”.), assevera-se que foram queimadas todas as versões manuscritas do Alcorão, que não fosse a versão uthmânica. Desta, cópias teriam sido enviadas para Meca, Medina, Basra e Damasco. E até mesmo a “Cópia de Hafsa”, a partir da qual a revisão textual foi feita, acabou sendo também queimada.
Conforme observa Jay Smith, NÃO contamos com nenhuma cópia do texto corânico original. E penso que seria mais lógico se chegar à mesma conclusão, tendo-se em vista que: se a Sirat de Ibn Ishaq teria sido desintegrada pela ação do tempo, como as cópias de versões corânicas feitas 120 anos antes não sofreriam o mesmo dano???
Ainda, ao nível das incongruências, nos informa Jay Smith no seu livro, sobre o curiosíssimo fato de alguns muçulmanos afirmarem possuir, nos assentamentos islâmicos primitivos, cópias de “revisões Uthmânicas” do século VII. Meca (Arábia) e Cairo (Egito – África), dentre outras cidades as conservariam. Jay, porém, questiona:
 ‘Freqüentemente peço-lhes que me forneçam dados que possam substanciar ou confirmar sua antigüidade, um feito que, até hoje, ninguém foi capaz de realizar.’
Na verdade, existem dois documentos que gozam de certa credibilidade no meio acadêmico. Mais quanto à intenção da preservação na forma escrita dos ensinamentos atribuídos à Maomé e, menos (Muito menos mesmo!!!), quanto à presumida, porém, JAMAIS comprovada antiguidade de uma versão uthmânica.

II – O MANUSCRITO (CÓDICE) SAMARGAND encontra-se em Tashkent, Usbequistão, país da antiga União Soviética. E, pelo o que eu saiba, não seria nenhum assentamento islâmico primitivo.
Trata-se de um DOCUMENTO INCOMPLETO, pois apenas estão inclusas partes das suras 2 a43. Para um total de 114, seria em termos matemáticos,  pouco mais de um terço. Porém, considerando que as suras iniciais são bem maiores, penso que deve englobar, enquanto extensão, mais da metade do livro.
No que diz respeito ao texto e sua apresentação, traz uma ESCRITA IRREGULAR. Além de haver páginas organizadas e uniformemente copiadas e outras nas quais não se verifica o mesmo rigor escritural: ora o texto é expansivo; e, ora, extremamente condensado. Não precisa ser especialista em escrita árabe para saber as implicações que há nisso.
São encontrados no Códice Samargand  DETALHES E INSERÇÕES NÃO USUAIS no tempo em que teriam sido escritas as fonte primárias (Século VII): iluminações artísticas entre as suras e medalhões nas cores vermelho, verde, azul e laranja.
John Gilchist, estudioso da matéria, conclui ser praticamente impossível esse tipo de embelezamento nos tempos de Uthman. E que pelo fato de páginas e o tipo de escrita ser tão diferentes, trata-se de um texto composto; seja: compilado de diversas porções de outros manuscritos. Uma data possível para essa, digamos COMPILAÇÃO MISCELÂNICA, seria o século IX. Mas Uthman viveu duzentos e cinqüenta anos antes...

III – O MANUSCRITO (CÓDICE) TOPKAPI.
Encontra-se em Istambul, Turquia, no Museu Topkapi. Também apresenta medalhões, como indicativo de data pós-uthmânica. Alguns ISLÂMICOS ALEGAM SER TOPKAPI UMA CÓPIA, SENÃO O PRÓPRIO MANUSCRITO ORIGINAL COMPILADO POR ZAID IBN THABIT. Ora, mas se dizem o mesmo de Samargand, ambos os manuscritos NÃO podem ser o original e uma de suas cópias. Pelo simples fato de NÃO serem idênticos; NÃO suportando, portanto, a mais simples das comparações.
Ainda segundo Jay Smith, no seu A Bíblia e o Corão, Uma Análise Comparativa:
‘... o código Topkapi possui 18 linhas em uma página na qual o código Samarkand possui apenas metade deste número (entre 8 e 12 linhas na mesma página); o código Topkapi é inscrito de maneira muito formal, com suas linhas e palavras clara e uniformemente escritas, enquanto o texto do código Samarkand é freqüentemente confuso e consideravelmente distorcido. É, portanto, simplesmente impossível acreditar-se que ambos os manuscritos tenham sido copiados pelo mesmo grupo de escribas.’

IV – SOBRE TOPKAPI E SAMARGAND, UMA PROVA CONCLUSIVA CONTRA AS ALEGAÇÕES ISLÂMICAS: O TIPO DE ESCRITA.
Alegam alguns islâmicos que no Manuscrito Topkapi conteria até manchas do sangue de Uthman, o qual teria sido assassinado, enquanto lia a versão original.  No entanto, foi comprovado que o tipo de escrita utilizada em ambos os códices (TopKapi e Samargand) NÃO era utilizado  no lugar (Arábia)  e no tempo do terceiro califa. Tais manuscritos NÃO PASSAM NO TESTE DA PALEOGRAFIA: estudo das escritas antigas, independente do material em que se encontrem.
Quando se examina a escrita manual de uma determinada data (para a compreensão de seu desenvolvimento até a forma consolidada) é possível também verificar se documentos com datas indefinidas pertençam ao mesmo período. Era o caso de Topkapi e Samargand. E testes paleográficos, quando aplicado aos manuscritos, apenas comprovam a impossibilidade dos mesmos pertencerem ao período alegado pelo Islã.

V – QUAIS OS TIPOS DE ESCRITA DEVERIAM SER UTILIZADOS NUMA VERSÃO CORÂNICA DOS TEMPOS DE UTHMAN, O TERCEIRO CALIFA?
John Gilchrist nos informa, no seu Enfrentando o Desafio Muçulmano,  que AS ESCRITAS AL-MAIL e MASHQ, embora desconhecidas da maioria do bilhão e meio de islâmicos atual, são as mais antigas do Árabe. Foram desenvolvidas na Arábia, mais propriamente em Meca e Medina, no século VII. A escrita AL-MAIL se caracterizava pela sua LEVE INCLINAÇÃO e cairia em desuso. Já a MASHQ, seria utilizada por vários séculos. E o ESTILO MASHQ é caracterizado por uma escrita mais HORIZONTAL E CURSIVA.

VI – OS MANUSCRITOS ATRIBUÍDOS À ERA UTHMÂNICA UTILIZAM QUAL TIPO DE ESCRITA E QUAIS AS IMPLICAÇÕES ADVINDAS?
Era de se esperar que os manuscritos tidos por uthmânicos, escritos na Arábia e num contexto de imposição cultural, utilizassem a escrita al-Ma’il ou Mashq; mas, NÃO. Ambos estão na escrita Kufic. E é justamente pelas informações paleográficas sobre esse tipo de escrita que se comprova o fato de NÃO pertencer àqueles dois códices a era uthmânica (meados do século VII).
Até o final do século VIII, os árabes não utilizavam MOEDAS TOTALMENTE ARABIZADAS em seus detalhes e inscrições. Somente em 692 d.C. é que o califa ABD AL-MALIK, retira das moedas toda a influência não islâmica (Pois era, no geral, cristã.) e cunha, nas mesmas, o seu próprio rosto. Esse tipo de moeda, cuja escrita DIFERE DA ESCRITA UTILIZADA NOS MANUSCRITOS Topkapi e Samargand, seria usada por outros califas (Umayyads.) até 750 d.C. E SOMENTE NO FINAL DO SÉCULO VIII, cerca de 797 d.C., é que O TIPO DE ESCRITA UTILIZADO NOS CÓDICE SAMARGAND E TOPKAPI PASSA A SER UTILIZADO nas moedas das dinastias islâmicas, segundo os estudiosos. TAL ESCRITA É CARACTERIZADA pelo uso de MAIÚSCULAS EM VERTICAL E UNIDAS, muito diferentes das escritas utilizadas anteriormente. E temos, então, um século e meio de defasagem.
Ora, se o tipo de escrita utilizado nos manuscritos não é o mesmo das moedas usada no próprio espaço de tempo e lugar de Uthman, torna-se impossível provar que Topkapi e Samargand sejam o original e cópia deste. Como poderia os manuscritos Uthmânicos ter a escrita kufica, se tal escrita ainda nem existia? Poder-se-ia até falar em milagre, como em certa feita um ímã tentou me convencer. Mas com os elementos de que disponho para uma crítica interna quanto externa do Alcorão, acho melhor deixar Deus (O da Bíblia.) fora disso. Afinal, Ele ama a verdade e odeia a mentira; pois sabe, conforme afirma Jesus, quem é o pai dessa última.

VII – A ESCRITA KUFIC E OS MANUSCRITOS TOPKAPI E SAMARGAND.
Kufic é cidade originária do atual Iraque. No período denominado Abbassida (750-1258 d.C.), a capital do Islã (Curiosamente, já havia sido transferida de Medina para Damasco, na Síria.) foi mudada para Bagdá, fundada em 762.
A nova dinastia, no intuito de que as moedas viessem a refletir (E para que também se deixasse para a posteridade a nova identidade do império.) altera e cunha suas próprias moedas.
Desse período, são encontrados Dirhams em prata e ouro, com suas datas variando entre 745 e 837 d.C., na escrita Kufic oficial. A mesma utilizada nos manuscritos Topkapi e Samargand! Trata-se de uma ESCRITA ALONGADA, NA QUAL HÁ UMA LINHA HORIZONTAL ENTRE AS LETRAS MAIÚSCULAS.
Tal escrita JAMAIS poderia ser incorporada a manuscritos de antes do período Abassida. Outra importante característica de uma escritura Kufic e que também a diferencia das demais é o FORMATO PAISAGEM para ela utilizado. Esse formato, além de melhor se adequar à escrita alongada, foi tomado por empréstimo de documentos cristãos siríacos e iraquianos, datados dos séculos VIII e IX. Nada, portanto, nos códices Samargand e Topkapi, em termos de técnicas de escrita (e de ilustrações) nos remete a meados dos século VII; antes, ao final do Século VIII e início do Século IX.
Há manuscritos corânicos na escrita al-Mail e certamente mais antigos que Topkapi e Samargand; mas, nenhum, comprovadamente fonte primária (ou cópias originais de Uthman ou qualquer outro compilador).  Em verdade, inúmeras formas de leituras vocalização do Alcorão sobreviveriam, até que Ibn Mujahid, no período abassida, ordenasse que somente sete delas poderia ser conservadas, segundo Sahih al-Bukhari.
E O QUE SERIA PERFEITO, PRECISARIA SOFRER CORREÇÕES??? É apurado nas próprias tradições islâmicas, segundo, John Gilchrist, outro estudioso da matéria, que a própria versão uthâmica teria sofrido modificações pelo escriba Al-Hajjaj, atendendo ordens do califa Abd al-Malik...".”
(FIM) 

OBRAS DO AUTOR:

1 – MANUAL DEFESA DA FÉ CRISTÃ
(Contra os Ataques do ISLAMismo):
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Vol.  01:
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/04/vol01-manual-defesa-da-fe-crista-contra_28.html
Vol. 02:
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/04/vol-02-manual-defesa-da-fe-crista_29.html
Vol. 03:
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2 - MAOMÉ: PREDITO NA BÍBLIA?
(O Que Dizem As Sagradas Escrituras) - Abril 2016
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2016/04/livro-completo-maome-predito-na-biblia.html

- Apresentação & Índice.  (Março 2016)

3 – A BÍBLIA & O ISLÃ: 50 PERGUNTAS (Cujas Respostas Precisam Soar Mais Alto Que O Silêncio Islâmico & do Que As Contradições Corânicas) –(Dezembro 2015)

- A BÍBLIA & O ISLÃ: 50 PERGUNTAS: Introdução & Índice (Novembro 2015)
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4 - RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & Sobre A Sua Própria Fé).

- AOS AMANTES DA VERDADE:
Introdução a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 01  (Abril 2014)

Vol. 02  (Agosto 2014):

- QUEM É JESUS & QUEM É MAOMÉ? (II): Introdução Completa a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 02.  (Setembro 2014)
Vol. 03 (Outubro 2014):
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/10/resposta-ao-isla-vol-03-sobre-doutrina.html 

- INTRODUÇÃO Resposta Ao Islã - Vol. 03: MONOTEÍSTAS? ATÉ OS DEMÔNIOS O SÃO. É PRECISO REVELAR O CARÁTER DE DEUS.

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Caso o leitor queira nos abençoar, leia
ESTE MINISTÉRIO APOLOGÉTICO & SUA COOPERAÇÃO, publicado em AGOSTO de 2019:
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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

CAP 14 - ALCORÃO: APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA INTERNA & EXTERNA




APT. 0X:
NA QUESTÃO RECITAÇÃO, O CALIFADO X O PROFETA

QUESTÃO:
- SE MUHAMMAD (MAOMÉ) TERIA DITO QUE O ALCORÃO ERA PRA SER RECITADO (Ou lido?) DE SETE MANEIRAS DIFERENTES, COMO JULGAR, SENÃO COMO UM SACRILÉGIO, O ATO DO TERCEIRO CALIFA EM QUERER REDUZIR O LIVRO A UMA ÚNICA???

APONTAMENTOS:
1 - HUDHAIFA disse:
"Diz-se pelo povo de Kufa: 'A leitura de Abdullah (IBN MASUD)'; e é dito pelo povo de Basra: 'A leitura de Abu Musa (AL-ASHERI)'. Por Deus! Se eu não ir para o Comandante dos Fiéis (UTHMAN) e exigir dele que eles sejam afogados."
ABDULLAH (Ibn Masud) respondeu-lhe:
"Fazei-o, e por Deus, você também será afogado, mas, não na água."  
 (IBN DAWUD, Kitab al-Masahif, pág. 13)
Nota:
Masud retruca Hudhaifa, se pondo contra o seu intento: o de punir os praticantes de leitura (Ou apenas recitação?) variantes, além de propor (Como iria acontecer.) a imposição de um único Alcorão. Masud diz com veemente insinuação que Hudhaifa, em levando a cabo aquele intento, seria afogado no fogo do inferno.

2 -ALI:
"Por Allah, ele (UTHMAN) não agiu ou nada fez a respeito dos manuscritos (Masahif.), senão em plena consulta a nós, pois ele disse: 'Qual a sua opinião sobre essa questão de qira'at (Leitura, recitação???)? Foi-me relatado que alguns estão dizendo: 'Minha leitura é superior à sua leitura'. E isso é uma perversão da verdade. Perguntamos-lhe: 'E qual a sua opinião (sobre isso)?' Ele (UTHMAN) respondeu: 'Minha opinião é que devemos unir as pessoas num só texto (mushaf waahid), então não haverá mais divisão ou discordância'. Respondemos-lhe: 'Que ideia maravilhosa!'.
Alguém na reunião perguntou: 'De quem é o mais puro (Árabe.) entre as pessoas?' E era o de SAID IBN AL-AS, sendo o melhor leitor (Do Árabe.) entre eles ZAID IBN THABIT. Ele (UTHMAN) disse: 'Deixe que um escreva e o outro dite'. Depois disso, eles realizaram a sua tarefa (Ditar e redigir.) e as pessoas foram unidas em um (só) texto."

      (ABI DAWUD, Kitab al-Masahif, pág. 22)

3 - MUHAMMAD (Maomé) a Umar:
"O Alcorão foi revelado para ser recitado de sete maneiras diferentes. Então, recite-o na que é mais fácil para você."  
(SAHIH AL-BUKHARI, Vol. 06, pág. 510)

4 - É obvio que um mesmo texto pode e tende a ser recitado (E, no caso de um idioma consonantal, até mesmo lido nas variantes e possíveis variações.) de maneiras diferentes. Irá depender de quem o faz. E, saindo do nível da simples leitura para o da escrita, no que diz respeito a traduções, o mesmo irá acontecer, pois estas jamais serão totalmente idênticas. Leitura e tradução são de uma complexidade tamanha que a inteligência dos participantes daquela reunião, mencionada por Ali, certamente não podia alcançar e sequer vislumbrar. Ou não quereria as Tradições, em se tratando da história (Ou estória?) da compilação do Alcorão, encobrir uma CONTRADIÇÃO BEM MAIOR que a do assunto  posto em pauta?

Quanto à RECITAÇÃO ou as maneiras de se dizer um texto, ela tem a ver com ENTONAÇÃO, VOLUME e as próprias PECULIARIDADE DA LEITURA (Ágil, lenta ou alternada.). Então, não há nada que justifique a queima de livros, em sua essencialidade iguais, principalmente quando se supõe ser os mesmos a Palavra de Deus.
O ARGUMENTO recitação simplesmente não convence. E quanto às leituras diferentes, estas eram plenamente possíveis, num escrita consonantal, ainda que fossem  totalmente idênticos os textos. As evidências mostram, todavia,  não ser o caso. 

5 - O que HUDHAIFA toma como o  POMO DA DISCÓRDIA; e, por isso, entra em choque com IBN MASUD; além de contribuir para que aconteça o mesmo entre o povo (O qual tinha os Alcorões que seriam queimados por a palavra do deus Allah) e o terceiro califa, fosse mesmo apenas recitação e até mesmo leitura, TERIA SIDO UMA QUESTÃO JÁ RESOLVIDA pelo próprio profeta do Islamismo. Pois a afirmação de MAOMÉ, àquele que se tornaria o segundo califa (Se que "O Alcorão foi revelado para ser recitado de sete maneiras diferentes. Então, recite-o na que é mais fácil para você.".) desautorizaria o ato da imposição do Alcorão de Zaid pela razão alegada.

Mas... RECITAÇÃO ou LEITURAS? E por que não, embora se perceba todo o inútil esforço dos apologistas islâmicos em encobrir, VARIANTES e VARIAÇÕES textuais?

6 - E qual seria o CONTEXTO e as IMPLICAÇÕES do que teria dito Maomé a Umar?

7 - Todo esse conjunto de informações, se verdadeiras, deixam em choque o que Maomé teria dito sobre as recitações (Ou leituras?). Para ele, estas deveriam ser feitas de SETE MANEIRAS DIFERENTES, permitindo a cada muçulmano a escolha pela que achasse mais fácil. A decisão do CALIFADO DE UTHMAN, porém, desconsidera o dito do profeta, tentando reduzir o livro a um único texto. E, consequentemente, visando abolir as variantes (Ou variações?) em sua leitura. 
Este fato, por si somente, deixa em evidência uma GRAVE CONTRADIÇÃO que a religião não teria como resolver e com os seguintes AGRAVANTES:
i - A decisão somente pode ser vista como um SACRILÉGIO.
ii - Embora escrito no dialeto coraixita, no qual teria sido "revelado", a recitação (Ou leitura?) do Alcorão de Zaid não seria a mesma de Maomé. E isso de acordo com o principal recitador por aquele mencionado: Ibn Masud.
iii - A escolha de IBN AL-AS, de quem era o puro Árabe (E culto?) e de IBN THABIT, o melhor leitor (Pressupõe-se dificuldade na leitura.) desse mesmo Árabe na sua forma mais pura (E culta?) não implicaria no fato de que o analfabeto Maomé teria dificuldades em compreendê-lo???
De fato, o argumento RECITAÇÃO não convence; e, além disso, inviabiliza qualquer projeto de tradução da obra para qualquer outro idioma. E ele teria servido apenas para "justificar" a queima do que seriam as FONTES PRIMÁRIAS ou MANUSCRITOS ORIGINAIS da religião. E nunca é demais lembrar: num tempo em que a tecnologia (Pergaminho.) já facilitaria a conservação dos mesmos até aos dias de hoje, para eventuais correções da edição da obra e de suas traduções para outras Línguas. Não vejo, portanto, outra explicação para o ocorrido, senão pelo fato de que teriam existido INÚMERAS VARIAÇÕES TEXTUAIS nas compilações. Logo, geradoras as variantes e variações de conflitos que se desejou evitar; mas, impedindo ao Islamismo de resolver o principal: o de saber responder QUAL SERIA O ALCORÃO VERDADEIRO? As sobras do que restou (A compilacao de Zaid.) ou um dos mais dez que foram para o fogo (As compilações dos demais recitadores.)???
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II - SIMPLICANDO AO MÁXIMO:

1 - O argumento RECITAÇÃO, por não ser convincente, tende a ser eliminado desta questão. 

2 - Já o argumento LEITURAS DIFERENTES é o totalmente aceitável, quando se utiliza para tal um texto escrito num IDIOMA CONSONANTAL e sem nenhum sinal, à época, de vocalização. Assim foram escritos os  Alcoroes tidos pelos mais antigos, embora não se possa comprovar que pertençam ao tempo de UTHMAN e de Zaid pelo seguinte:
- Alguns de seus exemplares ou fragmentos mais antigos trazem a característica. Todavia, segundo John Gilchrist, estudioso da matéria, outros que foram escritos bem depois também a conservam. 
- Por outro lado,  SINAIS DE VOCALIZAÇÃO e os PONTOS DIACRITICOS que distinguem algumas consoantes foram, posteriormente, inseridos em textos antigos. 
- Ainda segundo Gilchrist, a maioria dos manuscritos mais antigos não mencionam data e local de sua origem. E a inserção de um COLOFAO, no final da obra, somente seria adotada em séculos posteriores. 
Daí que a melhor pista para se chegar à DATA REAL de um manuscrito é a Paleografia. O TIPO DE ESCRITA, seu surgimento e desenvolvimento em determinado tempo e lugar, dão maior exatidão. 
Como observa o autor, "não se pode presumir automaticamente que um texto é de grande antiguidade porque está confinado às consoantes básicas, sem quaisquer sinais diacriticos ou de vogais."

3 - Entre a Tradição atribuída a MUHAMMAD (Maomé) e as Tradições atribuídas a HUDHAIFA X MASUD, a ALI  e, posteriormente, conforme ainda veremos, a IBN MUJAHID, abre-se um VAZIO CONCEITUAL, que precisa ser preenchido. 


i - Um estudioso do porte de John Gilchrist, no seu Jam Qur'an, é taxativo:
"Não há nada nas primeiras obras da Sirat e Hadith dando qualquer indicação sobre o que essas leituras realmente eram exceto por uma declaração atribuída a Maomé de que elas eram todas partes do Alcorão como revelado por Allah."

ii - DE NOVO: Qual seria o contexto para a declaração de Maomé, de que o Alcorão teria sido revelado de sete maneiras (Recitação, leituras ou textos?) diferentes e, por isso mesmo, cada islâmico deveria escolher para si a melhor? 
Ibn Umar estaria perto de esganar um muçulmano que recitava o Alcorão (E aqui cabendo todos os indicativos de DITOS e não MODO DE DIZER.) diferente do que ele, UMAR, recitava ou estava acostumado a ouvir. 
Aquele homem estava lendo algum manuscrito? 
Falava de memória o que teria ouvido e o que ouvira, embora se tratasse dos mesmos versos, soava tão diferente para UMAR?? 
Ou teria, por limitação de compreensão, etc., entendido de outro modo o que lhe teriam repassado???
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iii - Sobre o Alcorão que teria ficado, A COMPILAÇÃO DE ZAID IBN THABIT, há o testemunho de ninguém menos que Abdullah Ibn Masud, o principal recitador mencionado por Maomé, de que NÃO ERA O DA LEITURA DO PROFETA. É, obviamente, não podia ser o da mesma recitação.
Este é o grande desdouro, aliás, mais um, que o Islamismo não tem como retirar de si. 

iv - John Gilchrist, no seu JAM QUR'AN, no informa os extremos a que esta questão, no seu vazio conceitual, foi levada. Do mesmo modo que, após a morte de Maomé, teria havido a PROLIFERAÇÃO de manuscritos fragmentados ou por inteiro do que teria sido as sobras do Alcorão, trezentos anos após a morte do profeta do Islamismo, é que se definiu quais seriam essas (supostas) sete leituras autorizadas do texto consonantal do livro tido por sagrado pelo Islamismo. E isso porque apesar do livro ter sido reduzido a um único texto, e justamente para impedir leituras diferenciadas, estas teriam, a despeito de tudo, proliferado. Tudo isso serve apenas pra evidenciar quão sacrílego foi o ato insensato de Hudhaifa quanto inútil. 

v - "Em 322 AH, uma autoridade bem conhecida do Alcorão em Bagda, IBN MUJAHID, resolveu resolver essa questão. 
(...) 
Ele escreveu um livro intitulado Al-Qira'at as-Sab'ah (" As Sete Leituras") baseado no hadith que afirmava que havia sete autorizações divinas do Alcorão e ele estabeleceu sete das leituras atuais como cânones (...) e declarou que as outras eram shadhdh ("isoladas", isto é, não canônicas)." 
Leia "atuais" como sendo leituras vigentes no tempo de MUJAHID. Sim, eram bem mais do que sete, quando deveria ser apenas uma, fosse o sucesso da IMPOSIÇÃO E QUEIMA DOS ALCORÕES. 

vi - IMPLICAÇÕES:

- O FEITO DE MUJAHID seria possível, quando da imposição do Alcorão de ZAID IBN THABIT? 
Jamais. A imposição de um único texto foi política e não teologicamente sancionada para suprimir o que Maomé havia dito fazer parte da (suposta) revelação do Alcorão: recitação ou leituras (Em número de sete.) diferentes. 

- HÁ COMO relacionar as sete leituras escolhidas por MUJAHID, assim como as outras existentes no seu tempo (Século IV do Islamismo.), com as leituras do tempo de MAOMÉ e, depois, de UTHMAN? 
Sensatamente, não. A menos que o real motivo da QUEIMA DOS ALCORÕES, no após morte do profeta do Islamismo, não fosse mesmo apenas leituras e/ou recitação, mas... manuscritos com VARIANTES e VARIAÇÕES TEXTUAIS gritantes. Gilchrist nos informa que o KITAB AL-MASAHIF de Ibn Abi Dawud "preenchem nada menos que dezenove páginas e, de todas as fontes disponíveis, pode-se encontrar nada menos que 101 variantes apenas na Suratul-Baqarat." E tudo isso somente em relação ao Alcorão de IBN MASUD em comparação com o ZAID IBN THABIT. 

- E COMO SE PROCESSOU a canonização das sete leituras?
Ao estilo político e nada teológico do Islamismo. A bem da verdade, MUJAHID era uma autoridade em Alcorão, mas, não a única. E teve apoio político para fazer o que fez. Mas, da mesma forma que os recitadores-compiladores, no passado de UTHMAN, foram obrigados entregar o seus manuscritos para o fogo, alguns eruditos do Islam, na época de MUJAHID, tiveram que renunciar as suas opiniões-convicções. Dois desses casos se me parece emblemáticos da necessidade de um maior aprofundamento na questão:
IBN MICQSAM: segundo John Gilchrist no seu Jam Qur'an, "foi publicamente forçado a renunciar à opinião amplamente aceita de que qualquer leitura do esboço básico consonantal que estivesse de acordo com a gramática árabe e fizesse bom senso era aceitável".
IBN SHANNABUDH, "foi forçado a retratar de forma semelhante de que era permitido usar as leituras de Ibn Masud e Ubayy Ibn Ka'ab."
Se na opinião do primeiro vemos a tendência natural à PROLIFERAÇÃO de leituras diferentes, na convicção do segundo um contraditório ELO DE LIGAÇÃO COM O PASSADO: o qual seria as leituras de Masud e Kaab. Mas, como, se nem os manuscritos dos mesmos teriam sido preservados? 

vii - FINALMENTE, a respeito das sete leituras canonizadas, conclui Gilchrist: 
"O período de ikhtiyar fechou-se com Ibn Mujahid. Ele fez com a leitura vocalizada do Alcorão o que Uthman fez com o texto consonantal."
Tais leituras, evidentemente, "não podem ser aceitas como um reflexo do sab'at-i-ahruf mencionado por Muhammad".
Em verdade, como vimos em dois capítulos deste Apontamentos, o oitavo e o nono, de acordo as fontes seculares, nem mesmo o Alcorão que hoje se lê seria em sua íntegra o que teria sido deixado por  Maomé.
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III - ALCORÃO: PRODUTO DE CIRCUNSTÂNCIAS OU UM LEGADO DIVINO? 

A declaração atribuída a Maomé sobre as sete leituras é vaga. E nem foi conceitualmente definida quando  deveria, ou seja: quando o profeta do Islamismo estava vivo. Aliás, o essencial, o qual é a COMPILAÇÃO do livro, também não foi feito. E, consequentemente, o que era apenas INDÍCIOS, foi se transformando em EVIDÊNCIAS de não ser possível atribuir ao tempo de Maomé a totalidade do texto coranico. As FONTES EXTRA-ISLAMISMO comprovam isso;  assim como até o tipo de escrita utilizado nos manuscritos tidos por da Era de Uthman. 
Trezentos anos depois da padronização imposta do texto, a compilação de Zaid Ibn Thabit, MUJAHID tentou conceituar e definir a afirmação vaga e muito imprecisa de Maomé. E bem ao estilo Uthman-Hudhaifa. Então, se quis voltar ao passado, sem, porém, ser possível identificar em tais leituras a que seria de Maomé e nem as dos principais recitadores por ele mencionado. 
E por que digo isso?
Primeiro porque o Alcorão de ZAID IBN THABIT não seria o da leitura do profeta do Islamismo, dissera ABDULLAH IBN MASUD. E segundo, porque não haveria como (E por que, oficialmente falando.) preservar a leitura dos principais recitadores mencionados por Maomé. Faria algum sentido preservar-lhes as leituras, em se tendo mandado para o fogo os seus livros??? 
Como vamos comprovando através destes Apontamentos, o TEXTO  CORANICO , assim como as LEITURAS do mesmo que teriam sido preservadas, são TOTALMENTE QUESTIONÁVEIS sendo objeto, ainda que pontualmente, de uma CRÍTICA EXTERNA. 
E a coisa fica ainda pior, quando a esta, acrescentamos a CRÍTICA INTERNA, ou seja do seu conteúdo, conforme ainda iremos fazer. 

APENDICE
(Para que se possa entender o que seriam as tais sete leituras, embora se impraticável aplicar o conceito, como vimos, à história (Ou estória?) da compilação:
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"Certas leituras variantes existiram e, realmente, persistiram e se aumentaram ao passo que o Companheiros que haviam memorizado o texto, e porque o manuscrito Árabe rudimentar (básico), carente de sinais de vogais e também de diacriticos para distinguir entre certas consoantes era inadequado (...) no  quarto século islâmico, foi decidido um retorno às "leituras" (qira'af) transcritas por sete "recitadores" (qurra^) de grande autoridade; consequentemente, além do mais, para assegurar a precisão da transmissão, dois "transmissores" (rawi, pl. ruwah) estiveram de acordo com cada um. Isto resultou em sete textos basicos (al-qira'at as-sab', "as sete leituras"), cada uma tendo duas versões transmitidas (riwayatan) com algumas variações minoritárias na estrutura frasal, mas todas contendo meticulosamente os sinais vocalicos e as marcas diacriticas (...)."
(Cyrril Glase, Enciclopédia of Islam, San Francisco: Harper & Row, 1989, pág. 324)

Notas:
1 - É perceptível, no texto enciclopédico, a tentativa, digamos empolada, de explicar o inexplicável. 
2 - Como voltar às leituras originais do Alcorão, se os manuscritos dos principais recitadores apontados por Maomé foram para o fogo? 
3 - Na mesma obra, são citadas as que seriam as principais autoridades em tais leituras. Nenhuma delas apontadas pelo profeta. E pior: todas a partir evidentemente do Alcorão de Zaid Ibn Thabit, ao qual o principal recitador (E também compilador, Ibn Masud.) não reconheceu ser da leitura ou recitação de Maomé. 

Nafi' (Medina)
Ibn Khatir (Meca)
Abui Amr al-Ala (Damasco)
Ibn Amir (Basra)
Hamzah (Kufa)
Al-Qisai (Kufa)
Abu Bakr Asim (Kufa)

https://missaoimpactar.blogspot.com/2021/08/alerta-aos-desavisados.html?m=1


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IMPORTANTE:
Caso o leitor queira nos abençoar, leia
ESTE MINISTÉRIO APOLOGÉTICO & SUA COOPERAÇÃO, publicado em AGOSTO de 2019:
https://missaoimpactar.blogspot.com/2019/08/este-ministerio-apologetico-sua.html?m=1 

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"Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo."
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(FIM)