APT. 03: A QUESTÃO HUDHAIFA
- QUESTÃO:
A IMPOSIÇÃO DO ALCORÃO (DE ZAID IBN THABIT) FOI
UM ATO POLÍTICO, QUANDO DEVERIA TER SIDO UMA DECISÃO TEOLÓGICA.
E HAVERIA MESMO JUSTIFICATIVA ACEITÁVEL???
.
APONTAMENTOS:
"Uthman enviou para cada província Muçulmana uma cópia do que eles haviam copiado e ordenou que todos os outros materiais do Alcorão, quer fossem fragmentos de manuscritos ou cópias completas, fossem queimados.”
"Uthman enviou para cada província Muçulmana uma cópia do que eles haviam copiado e ordenou que todos os outros materiais do Alcorão, quer fossem fragmentos de manuscritos ou cópias completas, fossem queimados.”
(Extraído de BUKHARI, VOL. 06, LIVRO 61, NÚMERO 510.)
I - SIMPLIFICANDO AO MÁXIMO 01
I - SIMPLIFICANDO AO MÁXIMO 01
(Ou A
Compilação Em Resumo):
"Durante o reinado
de Uthman, o terceiro sucessor (califa) de Maomé, chegou até ele a notícia de
que os muçulmanos em várias províncias estavam divergindo consideravelmente na
leitura do Qur'an. Uthman decidiu unir o povo com um só musaf wahid (texto
único) e, depois de solicitar o códice de Zaid (que, convenientemente estava em
Medina, cidade sob possessão de Hafsah e sede do governo do califado), ordenou
a este que, com três outros, transcrevesse seu manuscrito para sete outras
réplicas exatas e enviasse uma cópia para cada província, com a ordem de que
todos os outros de todos os outros manuscritos do Qur'an existentes fossem
queimados (Sahih al Bukhari, vol. 6, p. 479). Os códices de Abdullah ibn Mas'ud
e Ubayy ibn Ka'b foram particularmente execrados e destruídos."
John Gilchrist, estudioso seriíssimo
das Tradições, no seu JAM AL-QUR'AN (A Codificação do texto do Corão)
Nota:
Sendo cristão, o autor e
estudioso das Tradições Islâmicas citado jamais faria uso da Taqiyya (Mentira
para favorecimento da religião). E isso é de fundamental importância para a
devida compreensão da necessidade e oportunidade de sua obra.
.
II - SIMPLIFICANDO AO MÁXIMO 02 (Ou Apontamento
Para A Devida Compreensão das Implicações da Definição do Que Sejam Escrituras
Sagradas Para A Formação de Um Cânone):
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Na definição dos livros do ANTIGO
TESTAMENTO, os quais compõem hoje a BÍBLIA HEBRAICA, rabinos fariseus
se reuniram em JÂMNIA (na antiga "Palestina Romana"), entre o
final do século I e o início do Século II. Importava mesmo que fossem dos
fariseus, uma vez que o outro grupo de influência desde os tempos de Jesus, os
saduceus, era composto por "crentes" incrédulos.
O Messias Jesus Cristo já tinha
dito aos saduceus: "Vocês erram,
desconhecendo as Escrituras e o poder de Deus." (EVANGELHOS) Logo,
a incredulidade (Extremo oposto da fé.), aliada ao desconhecimento das
Escrituras, previamente os desqualificava para tão importante mister. Já sobre
os fariseus, Jesus ensinou aos discípulos Dele: "Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles dizem.
Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam." (EVANGELHOS DE MATEUS 23:3)
Nessas poucas palavras, Jesus
define como ESCRITURAS (sagradas) o que os fariseus, crendo, ensinavam:
os LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO.
O ensino dos fariseus era muito
rigoroso e detalhado. Todavia, dada a hipocrisia, pregavam para os outros e não
para si mesmos. E é preciso também informar que Jesus fez referência (E algumas
com citações.) a quase todos os livros constantes da atual Bíblia Hebraica,
principalmente a Torah e o Livro do Profeta Isaías. Este fato que por si
somente inviabiliza considerável parcela da crítica que alguém possa achar que
se deva fazer ao que se convencionou chamar CONCÍLIO DE JÂMNIA. Pois
sobre as Escrituras bíblicas do Antigo Testamento, não haveria ninguém com
maior autoridade do que Jesus (O Verbo divino e assim reconhecido até
pelo Alcorão!) para questioná-las. Ele, porém, todavia, no entanto, não o fez.
.
III - SIMPLIFICANDO AO MÁXIMO 03 (Outro
Apontamento Extra Para A Devida Compreensão das Implicações da Definição do Que
Sejam Escrituras Sagradas Na Formação de Um Cânone):
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1 - Antes da definição dos 27
livros que comporiam o NOVO TESTAMENTO, no Século IV (Anos Trezentos),
estas obras estiveram em circulação, no meio cristão em geral, desde que foram
escritas: de meados ao final do Século I. Evidente que em nada, teologicamente
falando, elas se destoam elas entre si: tais obras têm por FUNDAMENTO o
ensino de Jesus Cristo. E o que disse o Messias e sobreviveu integralmente até
hoje consta dos quatros EVANGELHOS bíblicos (Mateus, Marcos, Lucas e
João).
E não é só isso: o Antigo Testamento
serve de fundamento para o Novo. Somente naquele há mais de TREZENTAS
PROFECIAS em referências à pessoa e à obra de Jesus Cristo. E, dentre as
mesmas, consta, p. ex., o advento do NOVO TESTAMENTO (Concerto ou
Aliança), nos livros do PROFETA JEREMIAS (31:31-34), ISAÍAS (49:8-23) e
MALAQUIAS (3:1); o que corrobora a sua instituição nos EVANGELHOS de
Mateus (26: 27-28), de Marcos (14:22-26) e de Lucas (22:19-20); e o seu pleno
reconhecimento pelo escritor da CARTA AOS HEBREUS, de leitura
obrigatória sobre o assunto.
Os Evangelhos bíblicos já
constavam de um CÂNONE e estavam em circulação nas igrejas nos tempos de
Irineu de Lyon, meados do Século II d.C. (Anos Cem). E, além do fator DATAÇÃO
(Século I.), outro requisito importantíssimo na escolha dos livros foi a AUTORIA:
precisavam ter a AUTORIDADE APOSTÓLICA. Ou seja, somente
foram admitidos livros escritos pelos primeiros apóstolos (No caso, um dos DOZE.)
ou por alguém que esteve ligado aos mesmos. E, logicamente, tendo deles o RECONHECIMENTO
(Caso de Paulo e, por extensão, Lucas.) e/ou por eles JAMAIS CONTESTADOS.
E isso não aconteceu com os escritos dos pseudo-cristãos gnósticos. João
(Segunda Carta, capítulos 2 e 4.), assim como Paulo (Carta aos Colossenses,
etc.) os combate. E, dentro dessa mesma premissa, o Concílio de Jerusalém
(LIVRO DE ATOS DOS APÓSTOLOS, capítulo 15.), desautorizaria, enquanto
ensinamento autenticamente cristão, o ensino dos ditos cristãos judaizantes.
VAMOS COMPARAR?
No Islam, a QUESTÃO MASUD
VERSUS HUDHAIFA E ZAID, mais o consequentemente descontentamento do povo
para com a ordem de UTHMAN (para a QUEIMA DOS ALCORÕES), vai no
sentido inverso de tudo o que estou expondo sobre a Bíblia Judaica e o Novo
Testamento. Para a imposição compilação do Alcorão de Zaid (Ou das SOBRAS
do mesmo que teria sobrevivido, diria IBN UMAR.), teria preponderado o ATO
POLÍTICO e não, como deveria ser, uma DECISÃO TEOLÓGICA . Se é que assim
possamos dizer de um livro como o Alcorão).
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2 - Na referida decisão, o mínimo
que se podia esperar era que fossem ouvidos e respeitados em suas opiniões:
i - Os principais RECITADORES
e, depois, compiladores apontados como tais pelo próprio profeta do Islamismo: MASUD,
UBAY IBN KAB, dentre outros.
ii - Os FAMILIARES de
Muhammad (Maomé), além de ALI, genro deste e esposo de FATIMAH. É
fato que, assim como Ali, teriam sido compiladoras também algumas das esposas
do profeta do Islam: desde a preferida AISHA, a própria HAFSAH e UMN
SALAMA.
iii - Os AMIGOS PRÓXIMOS
(Caso, p.ex., de ABU MUSA AL-ASHARI.) e outros, por algum motivo, também
qualificados. Certamente, estes (Se a história da compilação é mesmo
verdadeira.) sabiam do Alcorão bem mais do que o terceiro califa.
UTHMAN
somente retomaria ao projeto de BAKR, o primeiro califa, pressionado por
um Comandante de Guerra (HUDHAIFA) e devido as circunstâncias observada
por este.
A IMPOSIÇÃO do Alcorão de Zaid Ibn Thabit não teria sido em consequência de um
projeto continuado e nem sequer proposto pelo próprio Maomé. Tal projeto, que
deveria (Mas, não foi.) ter sido iniciado com o profeta do Islamismo, poderia
ter passado de um califa para outro califa. TODAVIA, o segundo (UMAR)
simplesmente relegou ao ostracismo o Alcorão de Zaid, o mesmo que o Islamismo
alega hoje ter em mãos. E, ainda mais estranhamente, o quarto califa e genro de
Maomé seria assassinado pelos seus "irmãos" muçulmanos, dando origem
à grande divisão na religião, o XIISMO.
.
3 - Voltando à formação do NOVO
TESTAMENTO: AUTORIA e DATAS são conferidas e verificadas,
através de uma consistente TRADIÇÃO. É o que se apura nos ESCRITOS
DOS CRISTÃOS APOSTÓLICOS, PÓS-APOSTÓLICOS E PRÉ-CATOLICISMO (no sentido de
tempo), os chamados pais da Igreja. E os critérios foram, como já vimos, muito
rigorosos. Tanto que não entraram livros do Século II, quando os DOZE e
também Paulo tinham morrido e já não havia alguém dentre os mesmos para
oferecer, fosse o caso, a devida contestação. Somente no CONCÍLIO DE HIPONA,
393 d.C., é que o cânone foi fechado. E, obviamente, por uma DECISÃO
TEOLÓGICA de anos após anos de discussões. E, sobre tudo, levando-se em
conta e ratificando (E não retificando.) a TRADIÇÃO que vinha desde os
tempos apostólicos.
Os livros que hoje compõem a
Bíblia (Trinta e nove do V.T. e os Vinte e sete do N.T.), antes mesmo do
Concílio de Hipona e dos que o precederam constavam das mais antigas TRADUÇÕES
e MANUSCRITOS.
.
4 - Dos quatro Evangelhos
bíblicos, que dão base para a aceitação do Novo Testamento, somente o EVANGELHO
DE LUCAS é, como o ALCORÃO DE ZAID, uma COMPILAÇÃO. Os outros
são relatos de TESTEMUNHAS OCULARES. Sendo que Marcos, além de morador
de Jerusalém e sobrinho de Barnabé, colaborou com Pedro, Paulo e o próprio
Barnabé. E Pedro o tinha na conta de um filho (ATOS 12:12; 13:1-5; COLOSSENSES
4:10; 1PEDRO 5:13; 2TIMÓTEO 4:11). Segundo Papias, escritor cristão do início
do Século II, o evangelista teve Pedro por sua fonte de informação (Evidência, Macdowel).
.
5 - Até mesmo em relação ao EVANGELHO
DE LUCAS, a discutível COMPILAÇÃO DO ALCORÃO de Zaid leva enorme desvantagem.
No meu Resposta Ao Islã (O Que Todo
Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & Sobre A Sua Própria Fé) - Vol. 01, traço o seguinte paralelo:
.
"1 – COMPILADOR
IMPOSTO E CONTESTADO.
O compilador do Alcorão
imposto ao Islã por Uthman foi contestado por Mas’ud, considerado pelo próprio
Maomé como uma das principais autoridades, em se tratando do livro considerado
sagrado pelo Islã.
2 – COMPILADOR
DESCRENTE. O próprio Zaid descrê na sua capacidade para fazer a compilação e,
vendo as dificuldades, alega ser mais fácil transportar montanhas de um a outro
lado. E os motivos dele precisam ser seriamente considerados, visto não haver
na Arábia uma tradição de escribas, como a já milenar e em nível de excelência,
existente na Palestina daquela época.
3 – O TRABALHO DE ZAID
EQUIVALERIA TECNICAMENTE AO DO EVANGELISTA E HISTORIADOR LUCAS (1:1-4 e Atos 1:
1-3).
a - O problema é que
Zaid foi contestado por uma das principais testemunhas oculares e tida pelo
“profeta” como autoridade máxima no assunto. Lucas, pelo contrário: foi
cooperador de Paulo na sua obra missionária. E se Paulo teve seu trabalho
reconhecido por Pedro, um dos principais entre os Doze, com Lucas, por
extensão, acontece o mesmo. De forma que Pedro reconhece Paulo, que autoriza Lucas.
Tal não aconteceu com Zaid ibn Thabit.
b - Além disso, há dois
evangelhos atribuídos a um dos Doze: João e Mateus.
c - Assim como no tempo
de Zaid, no tempo de Lucas existiram outras narrativas (orais ou manuscritas)
sobre as palavras e feitos de Jesus Cristo. Tais narrativas, por certo que
tiveram valor relativo e circulação restrita entre os cristãos; porém, não se
tornaram de uso continuado e de larga utilização nas igrejas, através do tempo.
Nem foram transcritas continuamente, até serem reunidas em códices, como o
Sinaítico, Alexandrino e Vaticano. Todavia, não se tem notícias de que fossem
execradas por um dos Doze ou que fossem queimadas pelos apóstolos. Já no que
diz respeito ao Alcorão e às versões expurgadas do mesmo, as perguntas que
ficam são as seguintes:
1 - Subtraiam e/ou
acrescentavam versos ou suras inteiras?
2 - Havia alterações
consideráveis, que os modificavam em sua inteireza ou essencialidade?
3 - Não eram autênticas
ou seriam também “perfeitas cópias custodiadas no céu” (Ou na casa de Hafsah?),
como se atribuiu à duvidosa versão de Zaid?
Mas somos informados
por ibn Abi Dawud (Kitab al-Masahif) que a própria versão “perfeita”,
sancionada por Uthman, sofreria modificações, feitas por Al-Hajjaj ibn Yusuf,
sob as ordens do califa Abd al-Malik..."
.
6 - Todo esse arrazoado até aqui
e ainda sem entrar no mérito da questão serve do necessário COMPARATIVO
entre o que seja uma DECISÃO DE CUNHO TEOLÓGICO e um ATO MERAMENTE
POLÍTICO, precipitado por uma circunstância inesperada. Entre uma DECISÃO
COLEGIADA e por quem teria o verdadeiro conhecimento de causa e uma AÇÃO
IMPOSITIVA e sob pressão espúria. E,
esta última, um ato político de quem, estando no poder, sequer dignou-se em
ouvir os principais expoentes do assunto (Alcorão.) e nem as comunidades que
tinham àquelas compilações (Que não a de Zaid.) como palavra do deus Allah.
.
7 - Narrou Masruq: Abdullah Ibn Masud foi mencionado
antes de Abdullah Ibn Amr, que disse: "Esse é um homem a quem ainda amo,
como eu ouvi o Profeta (saw), dizer: 'Aprenda a recitação do Alcorão de quatro:
Abdullah Ibn Masud _ Ele começou com ele. _ Salim, o liberto de Abu Hudhaifa,
Muadh Ibn Jabal e Ubay Ibn Kab'."
(BHKHARI, VOL. 05, pág. 96).
.
IV - AS RAZÕES DE HUDHAIFA & A IMPOSIÇÃO DO
ALCORÃO DE UM NOVATO, SEM O RESPALDO DOS PRINCIPAIS.
.
- "Ó Chefe dos
Crentes! Salve esta nação antes que eles difiram sobre o Livro (Alcorão) como
os judeus e os cristãos fizeram antes '. Então Uthman enviou uma mensagem a
Hafsa, dizendo: 'Envie-nos os manuscritos do Alcorão para que possamos compilar
os materiais do Alcorão em cópias perfeitas e devolver os manuscritos para
você'. Hafsa enviou-o para Uthman. Uthman então ordenou que Zaid ibn Thabit,
Abdullah bin az-Zubair, Said bin al-As e Abdur-Rahman bin Harith bin Hisham
reescrevessem os manuscritos em cópias perfeitas. Uthman disse aos três homens
Quraishi: "Caso você discorde de Zaid bin Thabit em qualquer ponto do
Alcorão, escreva-o no dialeto dos Coraixitas, pois o Alcorão foi revelado em
sua língua". Eles o fizeram e, quando escreveram muitas cópias, Uthman
devolveu os manuscritos originais a Hafsa. Uthman enviou a cada província
muçulmana uma cópia do que haviam copiado, e ordenou que todos os outros
materiais do Alcorão, fossem escritos em manuscritos fragmentados ou cópias inteiras,
fossem queimados."
(John Gilchrist, citando Sahih al-Bukhari, Vol. 6, p.479).
.
1 - Como foi visto inicialmente,
o Comandante de Guerra teria percebido DISPUTAS ENTRE MUÇULMANOS das
diferentes províncias quanto à RECITAÇÃO (Mas... Apenas recitação?) do
Alcorão. E fosse mesmo esse o motivo, ele não passa, dadas as implicações, de
uma RAZÃO DAS MAIS INCONSISTENTES.
Ora, o que teria a ver RECITAÇÃO
(Modos de dizer um texto.) com possíveis diferenças (VARIANTES e/ou VARIAÇÕES)
textuais?
Em suma: nada! Isso caso as
diferenças estivessem apenas nas maneiras de se dizer um mesmo texto constante
dos Alcorões de diferentes compiladores.
Não era caso, conforme ainda
veremos nesse Alcorão: Apontamentos
Para Uma Crítica Interna & Externa.
Todavia, as "razões" de
Hudhaifa trazem uma PRIMEIRA IMPLICAÇÃO. Hoje o Alcorão não é apenas RECITADO
em dialetos, mas, também, em IDIOMAS DIFERENTES. E, dentre de alguns
desses mesmos idiomas, DIALETOS QUE GERAM RECITAÇÕES DIFERENCIADAS.
Há como a recitação ser a
mesma???
Absolutamente não!
.
2 - A SEGUNDA IMPLICAÇÃO
encontra-se na evidência da primeira (Se assim podemos dizer.) COMPILAÇÃO DE
ZAID ter sido relegada ao OSTRACISMO. E tempos depois, vindo à luz, ter sido REJEITADA
PELO PRINCIPAL RECITADOR (E também compilador.) apontado por Maomé. E sobre tudo, na TERCEIRA
E ÚLTIMA IMPLICAÇÃO, o fato dos manuscritos de outros compiladores
adquirirem o status de “palavra de Allah” em importantes províncias do califado.
E se a questão estivesse resumida
apenas à RECITAÇÃO e não ao próprio TEXTO, qual a necessidade de um DECRETO
TÃO DRÁSTICO, como foi o da QUEIMA DOS ALCORÕES???
Afinal, foram para o fogo as compilações dos
principais recitadores apontados pelo próprio Maomé. E há, ainda, que se
perguntar: Seria mesmo escolhida a compilação de Zaid, se Maomé ainda estivesse
vivo?
Este é o tipo de pergunta
(Conforme o título de uma das minhas obras...) cuja resposta precisa soar mais
alto que o silêncio islâmico e do que as contradições corânicas. E reforça
ainda mais a inconsistência das razões de HUDHAIFA e o ato político de UTHMAN;
anulando, com todas as consequências que se possa imaginar, a credibilidade
teológica do Alcorão que o Islamismo alega ter hoje em mãos. Não bastasse ser o
livro de um profeta comprovadamente mentiroso; o qual se disse predito numa
profecia já cumprida 500 anos na pessoa de Jesus Cristo (DEUTERONÔMIO 18:18,
JOÃO 5:45-46 e ATOS 3:18-24 X SURA 7:157).
.
3 - OS PRINCIPAIS RECITADORES
E COMPILADORES:
- SALIM: era um ex-escravo
de Hudhaifa e teria sido o primeiro a transformar o Alcorão (Ou às sobras do
mesmo que teria sobrevivido, diria Ibn Umar.) num manuscrito.
- UBAY IBN KAB: conhecido
como o mestre da récita e teria o seu Alcorão adotado na Síria.
- ABU MUSA AL-ASHARI: era
amigo próximo de Maomé e teria o seu Alcorão adotado em Basra (Iraque).
- ABDULLAH IBN MASUD:
simplesmente O ÚNICO DOS SEGUIDORES DO PROFETA A RECITAR O ALCORÃO EM VOZ
ALTA EM MECA, quando ainda vivia Maomé (IBN ISHAQ, Sirat Rasulullah, pág. 141).
- Além destes, as Tradições
aponta cerca de uma dezena de OUTROS COMPILADORES.
.
4 - AS INFORMAÇÕES sobre
que seria uma revisão(?) da COMPILAÇÃO DE ZAID, auxiliada e monitorada
por obscuros personagens (E não pelos principais recitadores-compiladores que
teriam sido apontados por Maomé.) dizem que UTHMAN teria devolvido os
manuscritos à HAFSAH. E nada seria mais justo do que aquele PRIMEIRO
MANUSCRITO DE ZAID, de novo entregue à HAFSAH, ser conservado.
MAS...
Cadê os manuscritos devolvidos à
viúva de Maomé, após a feitura das outras cópias?
Foram também para o fogo???
Se a resposta for afirmativa, o
Islamismo não tem em mãos:
i - O Alcorão referido no próprio
Alcorão (QUESTÃO INICIAL);
ii - O Alcorão "completo e
perfeito" na sua compilação, ordenada pelo primeiro califa, desprezada
pelo segundo e que somente teria sido retomada pelo terceiro por pressão de um
comandante de guerra (QUESTÃO IBN UMAR);
iii - E nem os originais do
manuscrito de Zaid ibn Thabit, tendo-se em vista as alterações (Diríamos
correções???) feitas nos mesmos, quando da feitura das cópias (a partir dele
produzidas), enviadas às principais províncias.
CONCLUSÃO ÓBVIA:
O ISLAMISMO MANDOU PARA O FOGO quaisquer que pudessem ser O MANUSCRITO ORIGINAL
do Alcorão que hoje a religião alega ter em mãos. E tal manuscrito, feito em PERGAMINHO
(Diferentemente do manuscrito original de todos os livros bíblicos, os quais
foram feitos em PAPIRO, e este material se desintegrava com em média
duzentos de manuseio....), poderia, assim como deveria, ter sido conservado até
os dias de hoje; mas.... não foi.
E será por quê???
.
5 - QUAIS SERIAM AS DIFERENÇAS do manuscrito entregue e, depois, devolvidos
à Hafsah das sete cópias?
Não houve mesmo diferença entre
uma e outra cópia, sabendo-se que toda reprodução de livros tidos por sagrados
é um trabalho humano e, por isso mesmo, passível de erros??
E quais as diferenças entre o
manuscrito sob a custódia de Hafsah, as cópias e os Alcorões que foram para o
fogo???
Poderia mesmo o Islamismo
responder?
Absolutamente, não!
Assim como a religião sequer pode
responder QUAL SERIA O ALCORÃO VERDADEIRO? As sobras do que teria
sobrevivido ou um dos mais de dez (Incluindo os dos principais
recitadores-compiladores que teriam sido apontados por Maomé...) que foram para
o fogo???
.
6 - O ISLAMISMO PODERÁ ALEGAR
não ter havido correção no manuscrito sob a custódia de HAFSAH. E que o
mesmo, embora fosse a compilação inicial de ZAID (no califado de BAKR)
apenas teria servido para a reprodução das cópias. Fosse mesmo o caso, não
haveria a necessidade dos obscuros auxiliares e monitores de ZAID receberem de UTHMAN
a seguinte recomendação:
"Caso discordem de
Zaid ibn Thabit em qualquer ponto do Alcorão, escrevam no dialeto dos
Coraixitas, pois o o Alcorão foi revelado nessa língua."
Temos, então, em primeiro lugar e
da boca do próprio califa a POSSIBILIDADE (Ou realidade?) DE
DISCORDÂNCIAS textuais na compilação.
Mas, quem deveria ser os
indicados para dirimi-las? Os escolhidos de UTHMAN ou os
recitadores-compiladores apontados por Maomé???
O Islamismo também não terá como
responder.
E porque escrever ou reescrever
no dialeto coraixita, em que teria sido "revelado" o Alcorão? Não
deveria ser exatamente nesse dialeto que ZAID deveria ter feito a sua
compilação, no califado de BAKR?? Afinal, em que dialeto ele teria
escrito (Anotava.) a "inspiração do
apóstolo"???
.
7 - Cabe, por fim, insistir: Por
que o Islamismo não conservou os MANUSCRITOS DE HAFSAH (Ou o primeiro e
sem correções de Zaid)??? Ele, sim, seria (na circunstância da imposição
política em detrimento da necessária decisão teológica) os originais do livro
que o Islamismo alega hoje ter em mãos.
Mas, isso não significa que seria
o verdadeiro ou o mais indicado.
ENTÃO, VALE DE NOVO, REPETIR:
Estamos lidando com uma IMPOSIÇÃO
POLÍTICA, em detrimento de mais do que necessária DECISÃO TEOLÓGICA.
E sem que na mesma fossem ouvidos os principais recitadores-compiladores que
teriam sido apontados por Maomé. E, dentre estes, aquele que teria sido o único
a recitar o Alcorão em voz alta em Meca, quando o profeta do Islamismo ainda
vivia. Tal imposição também não levou em conta os familiares e amigos mais
próximos de Maomé, alguns deles também recitadores-compiladores. Penso ser
impossível a religião encontrar uma minimamente JUSTIFICATIVA ACEITÁVEL,
sem que tenha de recorrer, como é de costume, à TAQIYYA: mentira para
favorecimento da religião.
É como diz John Gilchrist, no seu
Enfrentando O Desafio Muçulmano, eles são inculcados a pensar que o Alcorão
seria um livro completo e exatamente como teria sido "revelado" a
Maomé; sem que nada do mesmo fosse retirado ou adicionado; o que serviria de
prova de que se trata da infalível Palavra de Deus, a quem a religião supõe ser
Allah. TUDO PORÉM, pelo o até aqui exposto e pelo o que ainda será, NÃO
PASSA DE UMA GRANDE MENTIRA!
(FIM)
LIVROS
(DEFESA DA FÉ CRISTÃ Contra Os Ataques do Islamismo):
1 – MANUAL DEFESA DA FÉ CRISTÃ
(Contra os Ataques do ISLAMismo) - Abril, Abril e Maio 2017
VOL. 01
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/04/vol01-manual-defesa-da-fe-crista-contra_28.html
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/04/vol01-manual-defesa-da-fe-crista-contra_28.html
VOL. 02
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/04/vol-02-manual-defesa-da-fe-crista_29.html
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/04/vol-02-manual-defesa-da-fe-crista_29.html
VOL. 03
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/05/vol-03-manual-defesa-da-fe-crista.html
2 - MAOMÉ: PREDITO NA BÍBLIA?
(O Que Dizem As Sagradas Escrituras)
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2016/04/livro-completo-maome-predito-na-biblia.html
MAOMÉ: PREDITO NA BÍBLIA? (O Que Dizem As Escrituras.) - Apresentação & Índice
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2016/03/maome-predito-na-biblia-o-que-dizem-as.html
3 – A BÍBLIA & O ISLÃ: 50 PERGUNTAS
(Cujas Respostas Precisam Soar Mais Alto Que O Silêncio Islâmico & do Que As Contradições Corânicas)
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2015/12/a-biblia-o-isla-50-perguntas-cujas.html
- A BÍBLIA & O ISLÃ: 50 PERGUNTAS
Introdução & Índice
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2015/11/a-biblia-o-isla-50-perguntas-introducao.html
4 - RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & Sobre A Sua Própria Fé).
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2017/05/vol-03-manual-defesa-da-fe-crista.html
2 - MAOMÉ: PREDITO NA BÍBLIA?
(O Que Dizem As Sagradas Escrituras)
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2016/04/livro-completo-maome-predito-na-biblia.html
MAOMÉ: PREDITO NA BÍBLIA? (O Que Dizem As Escrituras.) - Apresentação & Índice
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2016/03/maome-predito-na-biblia-o-que-dizem-as.html
3 – A BÍBLIA & O ISLÃ: 50 PERGUNTAS
(Cujas Respostas Precisam Soar Mais Alto Que O Silêncio Islâmico & do Que As Contradições Corânicas)
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2015/12/a-biblia-o-isla-50-perguntas-cujas.html
- A BÍBLIA & O ISLÃ: 50 PERGUNTAS
Introdução & Índice
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2015/11/a-biblia-o-isla-50-perguntas-introducao.html
4 - RESPOSTA AO ISLÃ (O Que Todo Cristão Precisa Saber Sobre O Islamismo & Sobre A Sua Própria Fé).
VOL. 01:
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/07/vol-01-resposta-ao-isla-sobre-as.html
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/07/vol-01-resposta-ao-isla-sobre-as.html
- AOS AMANTES DA VERDADE:
Introdução a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 01
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/07/aos-amantes-da-verdade-introducao.html
VOL. 02
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/08/vol-02-resposta-ao-isla-comparacao.html
Introdução a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 01
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/07/aos-amantes-da-verdade-introducao.html
VOL. 02
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/08/vol-02-resposta-ao-isla-comparacao.html
- QUEM É JESUS & QUEM É MAOMÉ? (II)
Introdução Completa a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 02
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/09/quem-e-jesus-quem-e-maome-ii-introducao.html
VOL. 03
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/10/resposta-ao-isla-vol-03-sobre-doutrina.html
Introdução Completa a RESPOSTA AO ISLÃ - Vol. 02
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- INTRODUÇÃO Resposta Ao Islã - Vol. 03
MONOTEÍSTAS? ATÉ OS DEMÔNIOS O SÃO. É PRECISO REVELAR O CARÁTER DE DEUS.
http://missaoimpactar.blogspot.com.br/2014/09/introducao-resposta-ao-isla-vol-03.html
MONOTEÍSTAS? ATÉ OS DEMÔNIOS O SÃO. É PRECISO REVELAR O CARÁTER DE DEUS.
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IMPORTANTE:
Caso o leitor queira nos abençoar, leia
ESTE MINISTÉRIO APOLOGÉTICO & SUA COOPERAÇÃO, publicado em AGOSTO de 2019:
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"Pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo."
(2 CORINTIOS 6: 10)
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