.Leitura: II Tessalonicenses 2; Mateus 24; e II Timóteo 3..
Qualquer tipo de prática sexual que resulta em descobrir, expor, ou ver a nudez de alguém que não seja seu legítimo cônjuge, viola as fronteiras da pureza e comete pecado grave diante de Deus.
Donald C. Stamps
I - ANTIGAS IMAGENS DAS PRAIAS DO RIO DE JANEIRO & O INÍCIO DAS DORES DO HOMEM PURO DE OLHOS & LIMPO DE CORAÇÃO.
10.1. Antigas imagens cinematográficas das praias do Rio de Janeiro dão-nos conta das banhistas usando um tipo de maiô interessante. Ao mesmo tempo em que não fugia à atmosfera e ao propósito do lazer, deixava transparecer certo (se não bíblico, pelo menos mais aceitável) pudor. Isso foi antes da criação do biquíni e da mini-saia. Já o modelito entre nós vulgarizado como tomara-que-caia, creio ter sido introduzido na moda feminina bem antes; mas era acompanhado de um bolero ou de um xale.
10.2. O antigo maiô, hoje totalmente fora do comum, mantinha os moldes dos atuais; porém, cobria dois terços mais ou menos das coxas das que o usavam. A despeito disso, acredito que houve, à época, forte resistência por parte de boa parcela da cristandade àquele, assim digamos, em comparação com os tenebrosos dias de hoje, recatado traje de banho.
Tal resistência deve ter inviabilizado o acesso de muitos cristãos ao lazer. E por certo gerado, em alguns, o descontentamento. Enquanto que nos restante da sociedade, muita perplexidade, de como se não fôramos desse mundo. E na verdade não somos (I João 4: 5-6).
Já desde àquela época, foi se tornando cada vez mais difícil a conciliação dos princípios bíblicos de modéstia e pudor com os usos e costumes das novas gerações. E isso foi se intensificando gradualmente, gerando como que um impasse. Desde que, evidentemente, queira a mulher (mesmo não sendo piedosa) observar em seus atos e gestos àquelas referidas virtudes.
10.3. De meados do Século XX para cá, a moda veio desnudando a mulher ocidental. Sistematicamente. E cada lançamento seu quase sempre exigiu duas apenas atitudes: não-aceitação ou a adesão, ainda que compulsória. E analisar historicamente, no Brasil dessas últimas décadas, a reação de parcela da cristandade à estratégia satânica (através da modalidade) para o encaminhamento deste fim do mundo que estamos a assistir é um tanto quanto desconfortável. Gradual, mas, fortíssima adesão; e muito pouca resposta dentro dos padrões bíblicos do pudor e da sobriedade. Óbvio que moda ou grife cristã apenas na etiqueta não conta. Ainda que rotulada e acompanhada de toda a publicidade, caracterizando-a como tal. Já que pelas Sagradas Escrituras, o pudor é o seu parâmetro.
10.4. A nudez vulgarizou-se na cultura ocidental. E alimenta, diariamente e a todo instante, tanto a concupiscência masculina e quanto a vaidade feminina, hoje exacerbada. Tornou-se natural o despudor; inquestionável até. Assim como a prostituição; o adultério; o divórcio por razões não bíblicas ou por motivos fúteis; filhos gerados de relação extraconjugal; a iniciação sexual em idade cada vez mais precoce; o culto aos deuses da beleza do corpo e da sexualidade (humanos ou não); e, por fim, todo tipo relação ou união sexual definidos na Palavra de Deus como abomináveis.
Hoje em dia, a traição aos princípios bíblicos do pudor, da pureza e da fidelidade conjugal adquiriu inúmeras variantes e facilidades. E apenas não se tornaram (consciente ou inconscientemente) voyers compulsivos os que renovam, dia após dia, o concerto feito com os seus olhos, a semelhança de Jó. Até porque não falta a exibição (despudorada e/ou sugestiva) de quem deveria apenas para o cônjuge se guardar. Portanto, não precisa ser muito perspicaz para compreender a relação inequívoca entre uma moda feminina indecente e o resto de coisas iníquas em crescimento vertiginoso na cultura (II Tessalonicenses 2: 7-12, Mateus 24: 12).
Aprendemos com a Bíblia o quanto a nudez de Bate-Seba despertou o pior até em Davi, um homem segundo o coração de Deus, conforme A Palavra. E o que ela não estaria gerando ao nível do inconsciente, do subconsciente e do próprio consciente (coletivo) nos homens impuros ou pervertidos por (decaída) natureza desses últimos tempos (II Timóteo 3)? As estatísticas que tratam dos números da precocidade sexual, das traições conjugal e das perversões sexuais nas suas variáveis estão diante dos nossos olhos para comprovar.
II – DA ADESÃO, DA NÃO-RESPOSTA & DAS RESPOSTAS DESPROPOSITADAS AOS PECADOS DE UMA CULTURA PERMISSIVA.
10.5. Muitos usos e costumes são, em verdade, pecados culturais perpetuados por e através das gerações (Gênesis 15: 12-16). Alimentam toda a dinâmica social. E, em não havendo posicionamento consistente e persistente por parte de quem deveria em relação aos mesmos, terminam por enredar nossas comunidades por inteiro em sua malha de sedução. Foi o que aconteceu com Israel à época dos juízes (Juízes 2: 1-3).
Na moderna e pós-moderna cultura ocidental a coisa sempre se processou da seguinte forma, no que diz respeito à cristandade evangélica: primeiro, a resposta fraca (ou nenhuma); quando não, a resposta despropositada. Depois, a adesão, geralmente gradual. Para, finalmente, chegar-se a um estado de coisa incorrigível-irrefreável, a menos que alguém em relação ao mesmo queira radicalizar-se. Ou quem sabe o Senhor envie o tão esperado avivamento espiritual que varra toda a nação. Pois é natural que as gerações que vão surgindo, após a consolidação de determinados usos e costumes, cresçam achando tudo muito normal. Não se dão conta da dimensão do estrago que está sendo causado, principalmente no mundo espiritual, com a multiplicação da iniqüidade em proposição.
10.6. A resposta despropositada é caracterizada pelo radicalismo obtuso. E fácil de, com o tempo ou já de imediato, perder o sentido, exatamente por cair no ridículo. Ela obriga uma tomada de posições contra ou a favor, sem que o bom senso (sobriedade) funcione como o elemento moderador.
Lembro-me de que na década de 70 algumas igrejas pentecostais proibiam às irmãs o uso da calça comprida, baseando-se em uma passagem do Pentateuco e alegando ser aquele modelo de vestuário traje masculino. Outras foram mais fundo no quesito usos e costumes elevados à condição de doutrina fundamental. E recusando-se por completo considerá-los em alguns de seus aspectos eventualmente positivos, impediam às irmãs o simples corte do cabelo e até a depilação. Assim como havia a exigência policiada, por parte de igrejas mais radicais ainda, quanto ao uso de blusas com as mangas chegando até o pulso e saias exatamente da canela para baixo. E mais coisas houve do gênero que não o é caso de aqui mencionar.
Foi em função de tais exageros que se propagou em nossa sociedade o conceito ou pré-conceito de que todo crente se veste com mau gosto. Bem... e com certa razão. Esqueceu-se, pois, boa parcela da denodada liderança da época de que na antiguidade bíblica a vestimenta de homens e mulheres era, na sua forma de confecção, uma espécie de vestido. E que os soldados romanos, assim como os gregos, usavam saiotes.
Houve, principalmente por parte da liderança pentecostal, a necessária e apostólica ênfase à necessidade do pudor (LEIA-SE: VERGONHA DE MOSTRAR O CORPO, SENÃO AO LÉGITIMO CÔNJUGE); mas, também, faltou por décadas inteiras o exercício da sobriedade (LEIA-SE: O NECESSÁRIO BOM SENSO).
10.7. O tempo passou e a nossa principal denominação pentecostal teve que se capitular: hoje ela permite às suas crentes o uso da calça comprida e da maquilagem. Já as denominações que ainda insistem naquela e outras proibições, terminaram por fazer de seus fiéis um tipo, assim digamos, de espécie em extinção.
Todavia, a resposta despropositada, por mais infeliz que seja, está em melhor conta do que a fraca (ou a nenhuma), em termos da espiritualidade. Primeiro porque há neste último procedimento uma aceitação subjetiva, que depois se realiza como prática indiscriminada. É o que estamos a assistir em boa parcela da cristandade ocidental. Ora, quando o Xis da questão envolve o pudor no sentido apostólico do termo, abrir mão do mesmo é loucura; seja, ausência completa de sobriedade.
Além do mais, tal como diria o Senhor: se sua vestimenta te faz (e a outros) tropeçar, jogue-a no lixo e vista-se do que presta. É melhor entrares no céu, se for o caso, mal-vestida do que, despudorada, ires e possivelmente levar (De Davis em momento de falta de vigilância a homens libidinosos.) muitos ao risco do inferno.
No passado foi criado o conceito ou pré-conceito quanto ao mau gosto da mulher cristã no que diz respeito ao vestuário. Mas não seria pior se vulgaridade vir a tornar a sua marca, em função do pouco respeito para com o próprio corpo e principalmente para com o sexo oposto? E vale lembrar: o culto que todos nós (homens e mulheres) prestamos a Deus, oferecendo-Lhe os nossos corpos, em sacrifício vivo, santo e agradável, é contínuo. Logo, NÃO fica restrito ao ambiente de adoração, como é às vezes sutilmente sugerido por alguns expoentes e fabricantes de uma moda gospel, biblicamente falando, cristã nas etiquetas. . Afinal, somos o templo do Espírito Santo (Romanos 12: 1-2).
III – ALGUNS FATOS & O SEU PESO AVASSALADOR DE INIQUIDADE NA FORMATAÇÃO DO ATUAL CENÁRIO DESSE FIM DOS TEMPOS.
10.8. Certos trajes, queira ou não a minha eventual leitora (ou leitor), dependendo da circunstância ou do ambiente em que são utilizados, ultrajam inequivocamente o conceito bíblico de pudor. São, em verdade, um atentado contra qualquer propósito de pureza e fidelidade conjugal. Além de, evidentemente, alimentar a lascívia dos compulsivamente impuros, ainda que desavisados. Tanto é assim, que não é sem razão, nas poses sensuais das capas de revistas e tabloides, aqueles itens do vestuário feminino ser tão obrigatórios.
Logo, é pela ótica do ultraje e atentado à pureza que a santidade requer de um cidadão dos céus, que eu gostaria fosse lido este capítulo, mais especialmente essa terceira e a última parte (Salmo 24: 3-4).
Abri este Cristandade, Moda Feminina & O Xis da Questão com uma epígrafe, composta de três singelos versos, os quais me deu o Senhor, quando buscava um slogan para a divulgação. São os mesmo a síntese mais espremida possível da palavra de sabedoria que ouso entregar à igreja de Deus e a quem mais interessar-se possa. Mesmo consciente da possibilidade de desagradar de noventa a noventa e nove da cristandade (Ezequiel 3: 11 e Gálatas 1: 10) da minha nação.
Deus não ficará alheio
à mulher que O reconhece,
diante de seu espelho.
Mas caberia ou, melhor, eles ficam mais completos na seguinte variante:
Deus não ficará alheio
à mulher que O reconhece,
diante do Seu espelho.
Pois é na Palavra Dele, mas sem subterfúgios, que a mulher cristã da pós-modernidade deveria buscar os parâmetros do bem vestir-se. De forma a não trair os princípios da santificação, caso queira ver e mostrar Deus ao mundo, através desse ato tão ordinário da vida (I Tessalonicenses 4: 3-8 e Hebreus 12: 14-a), mas que pode vir a se tornar extraordinariamente revelador de um caráter ou depor contra o mesmo (I Pedro 3: 3-4).
10.9. Na definição da boa, perfeita e agradável vontade de Deus quanto ao assunto, é preciso o devido cuidado para com os modernos conceitos sobre moda feminina. Ainda que tenham larga circulação entre os próprios crentes, nos dia de hoje. Grande parte deles foi concebida a partir do lamentável fato de a nudez ter tomado a linha de frente dos usos e costumes da cultura ocidental. E surgiram como justificativa à rejeição da moral cristã e aos princípios bíblicos de regras de vida e fé, tendo por cenário as mais variadas situações; e muitas delas nada lisonjeiras para a cristandade da época. Mas isso já seria assunto para um outro escrito.
Se bem pensarmos, a (também pra lá de infeliz) divisa Sexo, Droga e Rock and Roll teve outro peso avassalador na multiplicação da iniquidade desses fins de tempos. Igual talvez ou até maior que o das ditaduras, quer de direita ou de esquerda, quando estas ideologias realmente existiam. E todos estes, ainda fazendo um oportuno paralelo, equivalendo-se ao terrorismo do indefectível pós-moderno fundamentalismo religioso.
Temos, hoje, um Oriente violento e apologeticamente desrespeitoso para com os Direitos Humanos e a liberdade de culto e de opinião. E um Ocidente em completa degeneração moral e, muito em função também disso, violento: à semelhança da geração diluviana. Com o agravante, no caso do Ocidente, de uma nova forma de ditadura comportamental que já se afigura, a ditadura das minorias. Que não nos traga pior horror. Sabemos que toda ditadura tende a calcar-se no revanchismo. E, historicamente, a atitude da cristandade nominal para com essas mesmas minorias foi tudo: menos cristã.
10.10. Inconteste divisor de águas, porém, e força motriz de aceleração para esse estado de permissividade hoje visto foi a nudez feminina. Alimenta todos os dias e por vinte quatro horas o olhar concupiscente. Tendo, aliás, se transformado quase que na razão de ser das poderosas indústrias da beleza e da publicidade, entre outras.
Aonde isso vai e onde irá chegar já o sabemos (Apocalipse 17). Só não podemos ser participantes, em nível pessoal ou de comunidade, dos pecados da nossa própria geração e das gerações anteriores. E muito menos de qualquer pós-moderna coletividade anti-religiosa, não-religiosa ou apenas religiosa (Romanos 1). Com o risco de perdemos a autoridade espiritual, até para suplicarmos por um avivamento (Romanos 2): única consistente esperança (II Crônicas 7: 14) de vida e refreio, pelo menos em nossa nação, ao mistério da iniquidade previsto por Paulo (II Tessalonicenses 2: 7-12). Operante desde o tempo do apóstolo, tal mistério e/ou “ministério” vai deixando de ser mistério, para tornar-se revelação do nível insuportável de apostasia que antecede a vinda do Senhor. É, dentre tantos outros (Mateus 24:9), mais um inequívoco sinal.
10.11. É bem possível que a geração atual (E mesmo o cristão, nascido no pós-liberação feminina, pílula anticoncepcional, Woodstock, movimento estudantil na França e a morte das utopias ideológicas, dentre outros fatos históricos.) não se dê conta das implicações do que estou dizendo. Talvez ainda nos falte a real percepção do que seja o curso deste mundo, segundo e seguindo o príncipe das potestades do ar e o espírito que agora, nesse tempo presente, atua nos filhos da desobediência (Efésios 2: 1-3). Adviriam disso os conceitos evasivos sobre a santidade na cristandade pós-moderna, assim como a proliferação de comunidades inteiras torcendo o nariz à condenação veemente que a Bíblia faz de certas antigas práticas cananitas (Levítico 18: 24-28). No atual cenário de multiplicação da pecaminosidade, elas ganham força, sendo festejadas em alguns setores formadores de opinião. Mas é natural que o homem deste fim de tempos não se dê conta das implicações, em função de sua condição decaída e de inimizade contra Deus.
Deus é amor; mas, por causa do Seu próprio caráter, visita a iniquidade dos pais nos filhos (Êxodo 20: 3-6), exercendo justo juízo contra a pecaminosidade acumulada através das gerações (Êxodo 20: 3-6). O povo judeu que o diga.
Seria muito triste, ao contrário do avivamento, deixarmos um peso de iniquidade ainda maior do que recebemos às futuras gerações. Temo, porém, que tendo a cristandade ocidental aderido tão fácil e fortemente à sociedade do consumo e à cultura do espetáculo, esses outros dois avassaladores pesos de iniquidade do fim dos tempos, se torne a coisa incontornável. Os dias são maus. E uma certa religiosidade ou “espiritualidade” refratária à verdadeira adoração impera; assim como, em boa parcela da cristandade, um "evangelho" que vai se tornando, dia após dia, inimigo da cruz de Cristo (I João 4: 4-5 e Filipenses 3: 17-21). Além do mais, caso perguntemos a uma série de assuntos e questões hoje levantadas no meio dito cristão "Mas o que isso tem a ver com as sãs palavras de Nosso Senhor Cristo e com o ensino apostólico, o qual é segundo a piedade (intensa devoção a Deus e amor para com os nossos semelhentes)?" A resposta seria ab-so-lu-ta-men-te NADA!!!
Seria muito triste, ao contrário do avivamento, deixarmos um peso de iniquidade ainda maior do que recebemos às futuras gerações. Temo, porém, que tendo a cristandade ocidental aderido tão fácil e fortemente à sociedade do consumo e à cultura do espetáculo, esses outros dois avassaladores pesos de iniquidade do fim dos tempos, se torne a coisa incontornável. Os dias são maus. E uma certa religiosidade ou “espiritualidade” refratária à verdadeira adoração impera; assim como, em boa parcela da cristandade, um "evangelho" que vai se tornando, dia após dia, inimigo da cruz de Cristo (I João 4: 4-5 e Filipenses 3: 17-21). Além do mais, caso perguntemos a uma série de assuntos e questões hoje levantadas no meio dito cristão "Mas o que isso tem a ver com as sãs palavras de Nosso Senhor Cristo e com o ensino apostólico, o qual é segundo a piedade (intensa devoção a Deus e amor para com os nossos semelhentes)?" A resposta seria ab-so-lu-ta-men-te NADA!!!
IV – DURO É ESTE DISCURSO. QUEM PODERIA, ENTÃO, CONSIDERÁ-LO?
10.12-a. Á luz de tudo que foi exposto, cabe, então, uma breve análise de algumas peças do vestuário feminino, mais a título de exemplo e compreensão plena das implicações do seu uso indiscriminado. Consolidaram-se nesses nossos tempos trabalhosos, tornando-se emblemáticos da (e na) cultura ocidental contemporânea.
A análise a que me proponho tende a ser desconcertante, penso; mas nos ajudaria ver o assunto em pauta com a acuidade devida. Antes, porém, farei sete perguntas. Não se trata de mais uma Saia Justa, como se observou ao final de cada capítulo da primeira parte desta obra. Faço-as porque creio que a resposta honesta nos seria também útil à unidade de pensamento e postura, perante o que está em pauta. Nosso tema, ao que me parece, em função do forte grau de adesão da cristandade à sociedade do consumo e à cultura do espetáculo, tende a transmutar-se num melindre para muita gente.
I – Se a biologicamente a mulher sente mais frio do que o homem, qual a lógica, senão perversa, por detrás de uma moda que (na cultura ocidental) pura e simplesmente a desnuda em relação aos mesmos?
II - E não é vexatório as orientais, principalmente a mulher islâmica; e as freiras, missionárias e voluntárias das pastorais católicas; e até as apresentadoras de telejornais das mais abomináveis redes de TV se apresentarem no maior das vezes demonstrando mais pudor em suas vestimentas do que boa parcela de nossas irmãs? (E, entre as mesmas, algumas adoradoras e pastoras. Nos púlpitos.)
III - A nudez da mulher ocidental não se transformou em um ato de agressão a qualquer homem que tenha a pureza, a santificação ou a fidelidade conjugal como projeto de vida?
IV - E a adesão de algumas cristãs evangélicas a esse estado de coisa irreversível-irrefreável? Não traria sérias consequências no mundo espiritual?
V - Quais as chances de Jó, em seu tempo e na cultura oriental pré-abrâmica, deparar-se diária e sistematicamente com pernas à mostra, assim como, ombros, dorsos e umbigos femininos, e os tais indefectíveis “cofrinhos”; além de decotes absurdos que, quando não deixam à mostra glândulas mamárias quase por inteiro, operam o efeito de forte sugestão quanto ao seios da mulher despudorada?
VI - Ou de a rudimentar indústria têxtil da antiguidade fabricar tecidos escandalosamente transparentes?
VII - Ou de o conceito de moda feminina (à época vigente) exigir fossem as vestes grudadas ao corpo, no sentido de chamar excessiva atenção para as formas de uma mulher, além de deixar delineadas, de maneira tão apelativa, as suas roupas íntimas? (Há o caso, nos dias de hoje, de moletons até calças compridas deixarem tão em evidência as genitálias, quanto deixam as blusas à formatura dos seios; observando-se, evidentemente, os níveis de proporcionalidade.)
Respostas às três perguntas envolvendo Jó: ab-so-lu-ta-men-te nenhuma! Porém, a despeito de tudo isso, aquele homem, considerado entre os três mais justos e piedosos do Antigo Testamento, teve que fazer um concerto com os seus olhos (31: 1-4 BV).
10.12-b. O modelito vulgarizado em nosso país como tomara-que-caia parece ter-se transformado no xodó de nove em dez nubentes. Mas, na construção de um lar cristão, com seu leito sem mácula (Hebreus 13: 4), não seria razoável uma noiva cuja vestimenta desperte concupiscências (I Tessalonicenses 4: 3-7). É fato que, no ambiente de culto, ou outro qualquer em que as pessoas ficam enfileiradas, os ombros a descoberto de uma mulher, quando dela nada mais se vê, tornam-se por demais instigantes à lascívia. Mesmo num homem de Deus, em quem a concupiscência deve estar crucificada em Cristo, assim como a velha natureza; assim como no impuro, com os seus olhos cheios de adultério. É que tal fato tende a instigar a imaginação (quer em função da impureza pessoal, quer pela tentação satânica) em como seria a condição daquela pessoa em um nu total.
Sei que os verdadeiros discípulos de Cristo de pronto os repreende (tentação e imaginação.), tendo-se em vista as palavras do Senhor (Mateus 5: 27-30). Mas quem garante que o ímpio ou que um apóstata infiltrado (II Pedro 2: 12-16) em tal visão não simplesmente “viaje”?
E estando a maldição já no nome dado a um vestuário, fato ter sido o mesmo transformado na cultura em símbolo ou ícone de rebelião, seria mesmo preciso dizer mais alguma coisa?
10.12-c. Já o biquíni, faz a mais perfeita combinação entre o despudor e a sugestividade: descobre o que deveria cobrir e o que veste, o faz com forte carga de sugestão. Tanto que, no Brasil, a peça “evoluiu”, em sua condição de impudicícia, para o denominado fio-dental: a degeneração mais aproximada do topless. Bem sabemos que ideal de Satanás em quaisquer culturas é torná-la completamente permissiva. E desse modo, contrariar total e frontalmente o que preconiza Levítico capítulo dezoito e a pontualidade do ensino apostólico. A nudez como um banquete pro olhar, abre o caminho para todo o resto.
Além das referidas peças, existem ainda outras, como a mini-saia, totalmente réprobas dentro do conceito cristão de pudor e sobriedade. Mas, no geral, a questão nem estaria numa vestimenta em si, porém, no modelo ou no tecido utilizado: curto, justo, transparente, decotado, com aberturas, etc., e sobre tudo: foi concebido e está utilizado com que intenção? E, mesmo sem a má intenção, há que se perguntar: o ambiente é realmente adequado?
Pois de fato, alguém poderia ponderar, até tomando por base a epígrafe deste capítulo, não haver intencionalidade sexual no uso de algumas peças citadas, quando de uma atividade de lazer. Porém, o que pode ser simples lazer para uns, não é para outros. E, às vezes, até serve de instigação a atos impuros (ou violentos). Muito se guardaria a mulher cristã não servindo de tropeço para ninguém (Romanos 14: 21). Quer dizer: NÃO incitando a lascívia e, consequentmente, não defraudando o sexo oposto.
10.12-d. Pode também a questão não estar na peça do vestuário, mas nos elementos anatômicos de determinadas pessoas. Por exemplo: à mulher de cintura fina e nádegas considerável, qualquer roupa muito justa e dependendo do tecido, tende a aguçar o olhar concupiscente do homem impuro. Sabemos do fetiche que teria o brasileiro pelo seu tipo e por essa peculiaridade de sua anatomia. Ora, o conceito mundano de moda prega a superexposição dos dotes femininos que numa pessoa se destacam, assim como a potencialização, através de plásticas e implantes e coisas do gênero, do que a anatomia a algumas não privilegiou. A Bíblia, porém, exige a mulher de Deus como um jardim fechado; e o acesso a seus dotes, ainda que na perspectiva do olhar, restrito ao marido (Cantares 4: 12 e 8: 8-9). Por outro lado, se o conceito mundano de moda quer descobrir a nudez; e, até mesmo ao vestir uma mulher, insiste em desnudá-la, através da sugestividade; o conceito cristão apostólico exige justamente o contrário. Moda com modéstia e decência. E tal conceito radicaliza-se contra o despudor em quaisquer de suas variantes.
10.12-e. A bem da verdade, a questão poderia nem estar no próprio tipo de vestimenta, seja ele qual for, dependendo das condições do uso. Pois, na intimidade do lar, com seu esposo, ou num ambiente exclusivamente feminino (Porém, reservado a mulheres de opção sexual do agrado de Deus, outra exigência desses fins de tempo.) nenhuma peça de vestuário tenderia a se tornar fator de sedução e/ou defraudação. Mas cabe ainda lembrar, até mesmo no que diz respeito aos casados: desde que isentos (vestimenta e seu uso) de fetichismo (I Tessalonicenses 4: 3-7).
Há, todavia, nos dias hoje, dois riscos altíssimos a ser considerados, quando da exposição de quem quer que seja: a mídia e sua capacidade incomensurável de propagação da imagem e o fator cultual (Quer dizer, espiritual,) por detrás dos usos e costumes arraigados na cultura. Falaremos também disso, mas no próximo capítulo.
PRÓXIMA POSTAGEM:
A Igreja Brasileira & O Livro de Juízes: Terrível Similaridade.
(Ou: Cristandade Pós-moderna em Questão 02).
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