MÃE
Em memória de Ormezinda Augusta de Almeida;
Às mães do continente ancestral e às afro-descendentes;
às de todo o mundo e de todos
os filhos & os tempos; todas elas.
1/ A mãe é, hoje,
Essa calma
Sempre em guarda.
Quem um dia
Tomba-homem
a viu
Jamais a reconheceria
: Jeitão, contrita,
Tomando de ás
Salto os Céus,
Na escudela
De uma Bíblia.
Nos lábios,
Os hinos
Silenciaram
A cantilena
Das rixas
Seguidas
Ladainhas
(Em seu repertório
De danos causados a outrem
& tão dolorosas perdas).
2/ Mas, de quem
Essa sabedoria da vida
Tão sofrida
(Que refratária
Às farturas; & o sonhos,
Quase deram em farrapos)?
Não de nossos
Todos e ausentes pais,
Mas dela,
& sua luta
(Por vezes, escusa.)
Pelo sagrado pão
Da Subsistência
Que bem quis
nos amassar
O Diabo.
Não desejássemos,
Da mesa, as caídas migalhas
& convidados então fôssemos
Ao banquete do Filho
Que se nos tornou
Tanto, tanto e tanto amado
_ Pelo muito que O Pai nos amou.
(No rosto,
As rugas
Suavizaram
As rusgas.)
3/ Quem um dia
Bêbad'escalafobética
A viu
Não mais
A reconheceria.
A Mãe é hoje
Essa calma
Sempre em guarda...
Ela lê o Apocalipse
De São João
& sabe
Enxugadas
Todas as suas lágrimas.
Eh, mãe!
Ao Senhor Jesus toda a Glória!
Ao Senhor Jesus toda a Glória!
Maravilha!!!
P. S. (13.08.2025):
Sem faltar
Com a verdade
Sem perder
A poesia
Sem abandonar
O testemunho
Que ao Senhor
Jesus glorifica
Eh, mãe!
Oh glória!!!
Maravilha!
***
Senhor,
Que no meu ainda
Estar aqui, eu possa
Sempre estar em Ti
...Até revê-los.
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