sábado, 10 de maio de 2014

MÃE (Poema)

MÃE


Em memória de Ormezinda Augusta de Almeida;

Às mães do continente ancestral e às afro-descendentes;

às de todo o mundo e de todos
 os filhos  & os tempos; todas elas.







1/ A mãe é, hoje,

Essa calma

Sempre em guarda.



Quem um dia

Tomba-homem a viu

Jamais a reconheceria



: Jeitão, contrita,

Tomando de ás

Salto os Céus,

Na escudela

De uma Bíblia.



Nos lábios,

Os hinos

Silenciaram

A cantilena

Das rixas

Seguidas

Ladainhas



(Em seu repertório
De danos causados a outrem
& tão dolorosas perdas).



2/  Mas, de quem

Essa sabedoria da vida

Tão sofrida

              (Que refratária

Às farturas; & o sonhos,

Quase deram em farrapos)?





Não de nossos

Todos e ausentes pais,

Mas dela,

                 & sua luta

(Por  vezes, escusa.)

Pelo sagrado pão

Da  Subsistência

Que bem quis

nos amassar

O Diabo.

Não desejássemos,

Da mesa, as caídas migalhas

& convidados então fôssemos

Ao banquete do Filho

Que se nos tornou

Tanto, tanto e tanto amado
 _ Pelo muito que O Pai nos amou.



(No rosto,

As rugas

Suavizaram

As rusgas.)



3/ Quem um dia

Bêbad'escalafobética

A viu

            Não mais

A reconheceria.



A Mãe é hoje

Essa calma

Sempre em guarda...



Ela lê o Apocalipse

De São João

& sabe
Enxugadas

Todas as suas lágrimas.





Eh, mãe! 
    Ao Senhor Jesus toda a Glória!
Maravilha!!!
 


P. S. (13.08.2025):

Sem faltar
Com a verdade 

Sem perder 
A poesia 

Sem abandonar 
O testemunho 
Que ao Senhor 
Jesus glorifica

Eh, mãe!
Oh glória!!!
Maravilha!

***

Senhor,
Que no meu ainda
Estar aqui, eu possa
Sempre estar em Ti


...Até revê-los.


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