quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ISLÃ X BÍBLIA (05): RESPONDENDO A AMYR ALY JULAYA

I -  Duas Recapitulações Necessárias Ao Prosseguimento:

Algumas circunstâncias contrárias a nossa vontade exigem, a essa altura do  arrazoado, que façamos duas recapitulações, para, então prosseguirmos nas respostas aos questionamentos via postagens de Amyr Aly Julaya.
1/ Esperávamos, dada a importância do debate, que o administrador do grupo de discussão do Facebook A SALVAÇÃO em CRISTO, não as bloqueasse, como fez com muitas delas. Antes, que as deixassem na cronologia em toda a sua inteireza, tendo-se em vista a produção de uma documentação completa da polêmica ora travada.
É verdade que, no mesmo tom de Amyr, o qual disse com todas as letras que “chamar a Bíblia de livro santo e guia moral é uma afronta à decência e à dignidade humana”, houve até um mais exaltado que propôs fossem queimados todos os exemplares das Sagradas Escrituras.
Mas isso é o de menos para quem, acompanhando o noticiário internacional, vê-se pasmo, dia após dia, com a divulgação dos assassinatos e atentados de islâmicos radicais contra àqueles que tomam por inimigos. E mesmo contra os seus próprios irmãos, dos quais explodem até mesquitas. Todavia, a palavra somente é demonstração de força, quando fundamentada na verdade. À falta da verdade como fundamento, o que resta aos discursos vazios, senão outros (e até estes condenáveis) expedientes?
A polêmica pelo menos é uma forma de diálogo; o qual, de minha parte, sempre se manterá respeitoso. Nunca me furtando, porém, de dizer a verdade das Escrituras Sagradas em defesa da fé cristã (Judas 3-4). 
O Islã de Amyr Aly Julaya, que NÃO é o dos acadêmicos e apologistas dos primeiros séculos pós-Maomé, entende que precisa “desconstruir” a Bíblia para construir-se. E acaba por constranger a judeus e a cristãos à polêmica, dado o fato de querer tomar como fonte de autoridade as Escrituras Sagradas, com as quais não corrobora e nem é pelas mesmas corroborado. Um exemplo clássico disso é Deuteronômio 18:18.
Para por fim à questão, espero,  publiquei “Islã X Bíblia: Respondendo A Anacleto Benane”. Que o leitor possa lê-lo e tirar as suas próprias conclusões; pois quem tem ouvidos para ouvir, ouça, diria Jesus.

2/ Até aqui, na série “Islã X Bíblia: Respondendo a Amyr Aly Julaya”, publiquei cinco de um total projetado de sete textos.
No primeiro, mostro o testemunho do próprio Alcorão sobre as Sagradas Escrituras; à qual quer o Islã reduzi-la à Tora e a um suposto evangelho que Jesus teria escrito.
No segundo, mostro o  testemunho do Alcorão sobre os primeiros discípulos de Jesus Cristo e as implicações que há nisso; em se havendo um mínimo de coerência, evidentemente.  
No terceiro, tomando a postagem principal de Amyr Aly Julaya  (Por telemóvel, dia 27 de setembro.), exponho em quê e por que Maomé difere completamente dos mais de 40 escritores bíblicos; não podendo, por isso mesmo, ser reconhecido por judeus e cristãos como profeta, segundo as (suas) Escrituras Sagradas.  E aqui, cabe de minha parte, uma correção: 18.10. 2013 é o dia que tomei conhecimento de uma postagem de Amyr no grupo do Facebook A SALVAÇÃO em CRISTO JESUS, feita através de telemóvel, no dia 27.09.203. E, e em referência à mesma é que Amyr Aly Julaya fez a declaração infeliz, de que, segundo ele, chamar a bíblia de livro santo e guia moral seria uma afronta à decência e à dignidade humana. Bom, todo este meu arrazoado (Que bem poderia ser a simples resposta ao link de questionamento e perguntas postados em seguida por Amyr, como justificativa para aquela sua afirmação.) se faz em função disso: mostrá-lo o quanto ele está enganado sobre as Sagradas Escrituras e o quanto o Alcorão é questionável.   
No quarto, passei as responder ao link de perguntas e questionamentos feito por Amyr Aly Julaya sobre a Criação, conforme o relato dos dois primeiros capítulos de Gênesis. E pautei-me pelos temas o tempo da criação e a criação do homem em relação à vegetação. Por uma questão de maior clareza desta série Islã X Bíblia, deixo para depois o tema a criação do homem em relação aos animais e às aves. E, dando prosseguimento a nossa réplica, passo a tratar do homem em relação aos astros e estrelas.

II -  Prosseguindo Em Responder A  Amyr Aly Julaya:

No seu link de perguntas, Amyr questiona:

Quando as estrelas foram criadas?
No quarto dia da criação, depois da criação da terra. (Gn 1: 16-19).
Antes que a terra foi criada. (Jó 38: 4-7).

A resposta é bastante simples: as estrelas foram criadas no quarto dia e não há nenhuma contradição entre a informação do livro de Gênesis e a do livro de Jó, conforme se verá a seguir.

1/ GÊNESIS 1: 16-19 (INTERPRETADO A PARTIR DO CONTEXTO).

Este texto nos mostra com total clareza:
a) Que A MENSAGEM AIS IMPORTANTE DO MESMO não é se as estrelas foram criadas antes ou depois da Terra;
b) E, sim, COM QUE FINALIDADE FORAM CRIADOS OS PRINCIPAIS LUZEIROS (sol e lua), para a definição de dia e noite e das estações;
c) ALÉM DISSO, O FATO DAS ESTRELAS SEREM CITADAS POR ÚLTIMO, no verso 19:  “e fez também as estrelas””, NÃO IMPLICA NECESSARIAMENTE QUE TERIAM SIDO CRIADAS NO QUARTO DIA e depois daqueles. Não isto que a passagem  quer informar. E não custa mais uma vez lembrar, que não estamos diante de tratado científico; mas de um texto poético, aproximado da oralidade.

A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO DÁ MARGEM TAMBÉM PARA A POSSIBILIDADE DAS ESTRELAS TEREM SIDO CRIADAS NO PERÍODO DE TEMPO DENOMINADO PRINCÍPIO, quando a matéria, substância e espaço físico do nada surgiram. A expressão “céus e terra”, se tomados estes em seu aspecto físico e visível a olho nu, não discordaria da interpretação. Tendo-se em vista que somente as estrelas, porventura já existentes desde o princípio, não poderiam definir dia e noite e as estações no planeta. De forma que os astros, os planetas com seus satélites e os bilhões de estrelas que compõem as galáxias poderiam, sim, existir desde o princípio, na forma exatamente como estão: sem a mínima condição de vida, à falta do que ocorreu na Terra nos seis adicionais dias da criação. De certo modo, informes (Seja: sem a exata forma estrutural da terra, em termos de atmosfera e vegetação.) e vazios (dos elementos naturais e dos seres vivos do nosso planeta).

SIMPLIFICANDO AO MÁXIMO: Com o tipo de literatura com que estamos lidando, SER CITADO POR ÚLTIMO (Vide o caso do homem em relação aos animais.) NÃO SIGNIFICA NECESSARIAMENTE TER SIDO CRIADO DEPOIS. Pode, também, significar proeminência na escala da criação. OU ATÉ MESMO (COMO É AQUI O CASO) UMA SIMPLES REFERÊNCIA. E a referência poderia ser a algo já realizado antes. EM TODO O TEXTO, NÃO SÃO AS ESTRELAS QUE ESTÃO EM QUESTÃO. Elas apenas FORAM REFERENCIADAS COMO E COM OS LUMINARES EM GERAL. Por outro lado, quem conhece o Deus da Bíblia, sabe que, para O Senhor Deus do Universo, presente, passado e futuro são a mesma coisa. Por exemplo, tratando-se da obra expiatória de Cristo Jesus, razão de ser das Escrituras:

“E ADORARAM O DRAGÃO (A antiga serpente, Satanás.) QUE DEU À BESTA (O Anti-Cristo. Quer dizer, o contrário ao Cristo do cristianismo dos apóstolos.)  O SEU PODER (...).
E ADORARAM-NA TODOS OS QUE HABITAM SOBRE A TERRA, ESSES CUJOS NOMES NÃO FORAM ESCRITOS NO LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO QUE FOI MORTO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO.”
                                                                                (Apocalipse 13: 4-a e 8)
   

Todavia, mantém-se a resposta: foram as estrelas criadas no quarto dia. Apesar da aparente contradição (Mas somente aparente.) de Gênesis em relação à Jó 38:4-7.

2/ JÓ 38: 4-7, O TEXTO:

“ONDE ESTAVAS TU, QUANDO EU LANÇAVA OS FUNDAMENTOS DA TERRA? DIZ-MO, SE TENS ENTENDIMENTO. / QUEM LHE PÔS AS MEDIDAS, SE É QUE O SABES? OU QUEM ESTENDEU SOBRE ELA O CORDEL? / SOBRE QUE ESTÃO FUNDADAS AS SUAS BASES OU QUEM LHE ASSENTOU A PEDRA ANGULAR, / QUANDO AS ESTRELAS DA ALVA, JUNTAS, ALEGREMENTE CANTAVAM, E REJUBILAVAM TODOS OS FILHOS DE DEUS?”

3/ UMA BREVE ANÁLISE TEOLÓGICA EM RELAÇÃO AO ALCORÃO:
A história de Jó remonta-se ao período patriarcal ou antes deste, cerca de 2000 a.C. Observe que no mesmo não há referência à Lei de Moisés e nem a fatos da história de Israel, enquanto nação. O cenário da história, “na terra de Uz” , conforme indica Lamentações 4: 21,  é a Arábia. A autoria do livro, em seu aspecto humano, perdeu-se com o tempo. Mas não a história, não a mensagem e não, principalmente, a esperança de Jó num redentor que viria, conforme a promessa de Deus no Éden (Gênesis 3: 14-15):

“PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE (Jesus Cristo, em conformação com João 8: 56-58 e todo o ensino apostólico.) E POR FIM SE LEVANTARÁ SOBRE A TERRA (A vinda dEle em forma humana, em conformação com Filipenses 2:5-11.).
DEPOIS, REVESTIDO ESTE MEU CORPO DA MINHA PELE (Ressurreição dos salvos por Jesus, Conforme I Coríntios 15 e o Livro do Apocalipse.), VEREI A DEUS.
VÊ-LO-EI POR MIM MESMO (Eis a mesma confissão de João em sua Primeira Carta 3:1-3.), OS MEUS OLHOS O VERÃO, E NÃO, OUTROS; DE SAUDADE ME DESFALECE O CORAÇÃO DENTRO DE MIM.”   (Jó 19: 25-27).

O contexto histórico do livro é mais árabe do que judaico. E os teólogos cristãos, ao contrário de querer ter, ao modo do Islã, a última palavra (No caso deste, quase sempre contraditória.) sobre tudo, entendem:
1 - Que o próprio Jó ou algum seu contemporâneo (ou pós) pode tê-lo escrito (Fator cronológico);
2 - Moisés também poderia tê-lo escrito, 1450-1400 a.C, visto tratar-se de uma que história se remonta à época de fatos relatados no Gênesis. Tendo, por exemplo, tê-la recebido via tradição oral e lhe capacitado o Espírito Santo a dar-lhe a forma manuscrita, assim ele deu às principais histórias do Livro de Gênesis (Fator literatura manuscrita);
3 – Pode ter sido escrito durante o reinado de Salomão, 950-900 a.C, tendo-se em vista a beleza literária do livro, aproximada da literatura daquele período (Fator literário);
4 – E até mesmo durante o exílio babilônico (Salmo 137); quando o povo de Deus, teria buscado na história de Jó, ainda conservada na sua forma oral, resposta ao seu sofrimento. (Fator existencial.)             
Em todos estes casos, observe: temos uma história que pode se remontar a cerca de 2000 a.C. Foi preservada através de milênios, falando da esperança cristã, tal como é proclamada no Novo Testamento. E sem que qualquer cristão tenha influenciado na sua preservação, até o levantar-se do redentor que Jó cria-0 vivo, porque sabia-O Deus, por  sobre a terra; quer dizer: no inicio da Era Cristã.
Somente a soberania de um Deus, cuja Palavra não pode ser mudada ou perdida no tempo, e o Seu agir, através da própria História, explica isso. Ainda que o Islã de Amyr Aly Julaya insista em dizer o contrário, contrariando o próprio Alcorão.

4/ OUTRA BREVE ANÁLISE TEOLÓGICA EM RELAÇÃO AO ALCORÃO:
A história ocorre numa Arábia de pré a pós-Abrâmica. No entanto:
I – ALLAH NÃO É MENCIONADO como Deus ou nome (árabe) de Deus.
II – JÓ NÃO SE DIZ MUÇULMANO E NEM OS AMIGOS DELE, os quais, embora equivocados quanto à provação de Jó, se mostram bons teólogos. Logo, a afirmação do Islã de que toda pessoa nasce mulçumana ou que Abraão teria sido mulçumano NÃO encontra respaldo nem na história do mais oriental dos livros bíblicos.
Em verdade, por não está fundamentado nas promessas e alianças do Deus da Bíblia (ou mesmo que seja da Torá e qualquer um dos quatro evangelhos), o Alcorão não corrobora e nem é corroborado pelas Escrituras Sagradas de judeus e cristãos. Apenas encontraria respaldo em si mesmo, quando também não se contradiz.
III - A CONFISSÃO E A ESPERANÇA DE JÓ NUM REDENTOR QUE VIRIA É MUITO MAIS IMPORTANTE, PARA O CONTEXTO DA HISTÓRIA, DO QUE A SUA JUSTIÇA PRÓPRIA OU INTEGRIDADE (40:3-5 e 42:1-6): embora ele seja considerado, juntamente com Noé e Daniel, um dos três homens mais íntegros do Antigo Testamento. ISSO JOGA POR TERRA TODO O FUNDAMENTO DA TEOLOGIA ISLÂMICA NO QUE DIZ RESPEITO A SALVAÇÃO POR MÉRITO PESSOAL.

5/  UMA PERGUNTA CRUCIAL:  Será que Maomé teria sido moralmente (Ou o é qualquer islâmico.) mais integro do que Jó?

“FIZ UMA ALIANÇA COM MEUS OLHOS; COMO, POIS, OS FIXARIA EU NUMA DONZELA?
QUE PORÇÃO, POIS, TERIA EU DO DEUS LÁ DE CIMA E QUE HERANÇA DO TODO-PODEROSO DESDE AS ALTURAS?”    (Jó 31: 1-2)

Jó sabia que precisava e até anelava, como qualquer cristão em todos os tempos, por estar no Céu com o seu redentor, depois de ver transformada a sua natureza pecaminosa.
As promessas e alianças de Deus quanto à sua redenção estão ausentes do Alcorão, porque sua doutrina, estranhamente, nas mesmas não se fundamenta; antes, frontalmente as contraria. E tais promessas e alianças são toda a razão de ser do chamamento do antes sírio (Natural da Mesopotâmia.) Abraão. A ausência imperdoável, do ponto de vista da revelação, é o que mais explica a enormidade da contradição de se querer tomar Jesus Cristo, os Seus discípulos, Moisés, a Torá, o Evangelho e até João Batista e Davi como fonte de autoridade. Todos estes falam em conformidade à mensagem de Jó sobre um redentor que viria; Maomé e o Alcorão, não.

6/ UMA SIMPLES ANÁLISE LITERÁRIA EM RELAÇÃO AO ALCORÃO:
Nos poucos textos transcritos até aqui, percebe-se a superioridade literária do Livro de Jó em relação a qualquer parte do Alcorão. Seja ela uma poesia (Falada ou que tenha tomado sua forma manuscrita para a preservação daquela história sagrada.) de cerca de 2000, 1450, 950 ou 538 a.C. Até nisso vemos o agir soberano de Deus, através do tempo, fazendo com que a sua mensagem de um redentor para o mundo permaneça compreensível. Não é o caso do Alcorão; o qual, apesar da Sirat e do Tafsir,  permanece obscuro em muitas de suas passagens. Seja pela pobreza literária, seja pelas inúmeras contradições. Logo, torna-se mais fácil ou cômodo recitá-lo do que teologicamente entendê-lo.
Como pode, senão pela inspiração do Espírito Santo, um escritor de pelo menos mil anos antes (Isto se a história de Jó tenha mesmo ganho sua forma manuscrita cerca 550 a.C.) ser mais claro em sua mensagem e literariamente tão superior ao Alcorão de Maomé?


7/  RESPOSTA A AMYR ALY JULAYA:

I - Parece que AMYR QUER ENCONTRAR CONTRADIÇÃO EM relação aos dois textos, pelo fato de Jó 38 dizer que OS FILHOS DE DEUS SE ALEGRARAM COM A CRIAÇÃO DAS ESTRELAS.
II -  Como já vimos, tomado o texto de Gênesis no seu contexto, AS ESTRELAS, mesmo sendo CRIADAS NO QUARTO DIA adicional, após o período denominado Princípio, poderiam também ser criadas naquele período.
E sendo criadas, como o foram, no quarto dia, O HOMEM AINDA NÃO TINHA SIDO CRIADO.
III - A pergunta supostamente embaraçosa que se faria seria a seguinte: QUEM  SÃO, ENTÃO, DOS FILHOS DE DEUS mencionados em Jó 38?
IV - RESPOSTA CORRETA: OS ANJOS.
V – Na Bíblia anjos (caídos ou não) e homens são chamados Filhos de Deus ou filhos (descendência) de Satanás. E isto vai depender da atitude dos mesmos para com a revelação (Seja: as promessas e alianças). Senão, vejamos no que diz respeito àqueles seres celestiais, criados por certo antes do Princípio, tendo-se em vista que céus e terra visíveis (O universo físico.) pertencem à dimensão material; enquanto céu e inferno à dimensão espiritual.

- “DISSE O SENHOR À SERPENTE (Satanás.):
(...)
PORÉM INIMIZADE ENTRE TI E A MULHER  (Eva.), ENTRE A SUA DESCENDÊNCIA (Anjos do Céu que o seguiram na sua rebelião e os homens que seriam por Satanás enganados, acabando por fazer-lhe a vontade.) E O SEU DESCENDENTE (Descendente da mulher. Eis a primeira profecia referente à vinda do Salvador na forma humana.). ESTE TE FERIRÁ A CABEÇA (Golpe mortal e fatal.) E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR (Primeira referência em linguagem figurada à Cruz.).         (Gênesis 3: 15).

- “ENTÃO, O REI (Jesus em linguagem simbólica.) DIRÁ TAMBÉM AOS QUE ESTIVEREM À SUA ESQUERDA: APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS.”
                                                                                           (Mateus 25:41).

VI – Assim como o homem é chamado de Filho de Deus, também podem ser chamados filhos do Diabo. A referência de Jó 38 NÃO diz respeito ao ser humano. Todavia, a título de ilustração, cabe mencionar o fato da expressão “Filhos de Deus” poder ser usada, na Bíblia, tanto em relação a homem quanto aos demônios:

- “VENDO OS FILHOS  DE DEUS (Descendentes de Sete.) QUE AS FILHAS DOS HOMENS (Descendentes de Caim, o assassino de Abel.) ERAM FORMOSAS...”     (Gênesis 6: 2-a)

- “DISSE JESUS (Aos fariseus.): SE SOIS FILHOS DE ABRAÃO, PRATICAI AS OBRAS DE ABRAÃO.
(...)
VÓS FAZEI AS OBRAS DE VOSSO PAI. DISSERAM-LHES ELES: NÃO SOMOS BASTARDOS; TEMOS UM PAI QUE É DEUS.
(...)
QUAL A RAZÃO POR QUE NÃO COMPREENDEIS  A MINHA LINGUAGEM? É PORQUE SOIS INCAPAZES DE OUVIR A MINHA PALAVRA.
VÓS SOIS DO DIABO, QUE É O VOSSO PAI, E QUEREI SATISFAZER-LHES OS DESEJOS. ELE FOI HOMICIDA DESDE O PRINCÍPIO E JAMAIS SE FIRMOU NA VERDADE.”      (Jesus Cristo, Evangelho de João 8: 39-b a 44-a).                                                                                                   

VII -  VISTO NÃO RESTAR MAIS DÚVIDA que os anjos de Deus se rejubilaram com a criação do Universo, mormente com a das estrelas; FALTA, MAIS UMA VEZ, conforme já enfatizamos no quarto texto desta série, RESSALTAR: a revelação sempre esteve adequada à compreensão que o escritor bíblico tinha das questões científicas no seu tempo.
Daí que, não há como se espantar vendo Jó pensando ser o planeta sustentado por alicerces ou  bases. A linguagem do livro é poética e, tal como nos primeiros capítulos de Gênesis, aproximada da oralidade. O que importa nesse tipo de linguagem é o sentido (idéia) do que está sendo dito, não as palavras ao pé da letra (Que mata, diria Jesus.).
E mais: ainda que tomássemos as expressões “fundamento da terra” e “as suas bases” como expressões exatas, fica, evidente, que se trata de linguagem simbólica a expressar a soberania de Deus na criação e sobre o destino de todos os homens.

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