sexta-feira, 28 de novembro de 2014

3-CAP. 03 "Cristandade, Moda Feminina...": A BÍBLIA & O ATO DE SE VESTIR - Geração Diluviana 02

.(Terceira edição/temporada digital - texto revisto NOV/2014.)




Leitura: Gênesis Capítulos 1, 2 e 3;  6: 1-6.
3.1. Nos seis primeiros capítulos de Gênesis, os principais fatos da história da humanidade, de acordo com a ótica divina, nos são contados numa linguagem de forte conotação oral. É como Moisés os deve ter recebido de seus antepassados e o Espírito o inspiraria a registrá-los, evidentemente que pontuando, seletivamente, o quê e como dizer. O conceito de inspiração divina na Bíblia não aceita a tanzil islâmica e nem a psicografia espírita. Antes, Deus fala e age através ou sempre em parceria com o homem. Por isso, o Pai jamais despersonalizou seus filhos quando, através da inspiração divina, nos legou a Sua Palavra. Em Gênesis, a linguagem está adequada ao nível intelectual do povo judeu da época, receptor inicial da revelação, não ainda organizado como estado e que demoraria  a se estabelecer enquanto civilização.

3.2. Pelo texto bíblico verificamos que uma das características da oralidade é falar pouco e dizer muito; não falar tudo, para dizer (ainda) mais. Vem do fato de se retransmitir e/ou reiterar conhecimentos num ambiente familiar; no geral, a uma platéia desde criança com os mesmos familiarizada ou para pessoas sequiosas de familiarização. Assim, encontramos clareza naquilo que está expresso, quanto no que fica entrevisto. Milênios se passariam e o Senhor Jesus, nos gloriosos dias de sua carne, diria o autor da Carta aos Hebreus, não desprezou o método; antes, mesmo em suas parábolas (P. ex., a dos lavradores maus e a vinha.), aperfeiçoa-o e o eleva ao nível da excelência. Pelo que se diz: Quem tem ouvidos para ouvir ouça.

3.3. No início da saga humana, Satanás (a serpente) ainda tinha sido chamado pelo nome; mas os símbolos e ícones da rebelião estão claramente manifestos na ação dos principais representantes da civilização. Donald Stamps, em nota ao versículo dezesseis do quarto capítulo de Gênesis, na sua Bíblia de Estudo Pentecostal (CPDA), observa que Caim e seus descendentes foram os cabeças da civilização humana até hoje desviada de Deus; sendo a motivação básica das sociedades humanistas “superar” ao seu modo a maldição do pecado e reconquistar o “paraíso” sem a verdadeira adoração. Na mesma linha interpretativa, Wactham Nee afirma que é difícil calcular qual parcela da filosofia, da ética, do conhecimento, da pesquisa e ciências do mundo se origina nos poderes das trevas. Esses autores fundamentam-se em toda a Palavra e, especificamente, em I João 5: 19. Logo, as contribuições e “contribuições” filosóficas, artístico-cultural, tecnológicas e científicas do homem não regenerado pela nova vida em Cristo Jesus devem passar por um crivo rigoroso, no caso de seu aproveitamento por parte daqueles a quem Deus dotou de discernimento para examinar tudo e reter o que é bom. Conceitos sobre moda, inclusive.

3.4.  Em Gênesis, do capítulo quarto primeiro verso um ao sexto,  os filhos dos homens estão, até então, diferenciados dos filhos de Deus, mostrando claramente quem é quem e quem faz o quê. Os comportamentos são mais que distintos: extremados. No final do texto, porém, o encantamento ao avesso despertado na geração de Enos pelas filhas de Caim desagrada profundamente a Deus. E  fica implícito que não foi pelo bom caráter delas que os filhos de Deus se entregaram àquele romance tresloucado. Cabe dizer que a Bíblia não autoriza a interpretação de que os filhos de Deus fossem anjos, visto ter o Senhor falado claramente que os anjos não se casam. A até então piedosa geração de Enos foi tragicamente seduzida pela descendência de Caim. E esta última, por certo que encontrara na mulher um modo de expressão peculiar do seu estilo ímpio de vida, através das vestimentas. Temos, então, o primeiro indicativo do surgimento da moda feminina. Sem evidentemente,  as mãos corretivas do Senhor, conforme acontecera no Éden.

3.5. O ato de se vestir, em determinadas situações e mesmo ordinariamente, demonstra no geral as intenções de um coração. Nesses dias trabalhosos e na permissiva cultura ocidental, criou-se até a expressão “vestida para matar “. Quer dizer: de inveja a outras e de desejo a todos os homens, na identificação do tipo e das motivações no ato de se vestir (despindo-se), próprio de mulheres espiritualmente mortas (I Timóteo 5: 6). Vemos na prática, não apenas a exacerbação da sensualidade, em decorrência da busca do prazer e de acasalamentos, mas também a soberba da vida, fundamentada no exibicionismo: seja da beleza do corpo, seja do status conferido por uma grife ou por um item da moda na ordem do dia. Diante de tal postura, é inevitável a concupiscência ser despertada no sexo oposto e o homem se fixar no físico da mulher e, não, em seu caráter. Ora, a alma impenitente das filhas dos homens já era conhecida; e disso dá testemunho a tragédia ocorrida com filhos gerados do casamento misto. E se não foi pelo recato que elas “viraram a cabeça” dos filhos de Deus. Nada mais plausível concluir tratar-se a metodologia então utilizada portadora dos mesmos elementos hoje tão uso, ainda que naqueles tempos remotos e de forma rudimentar, mas com motivações sedutoras. Aquela geração pereceu no Dilúvio. E na tragédia, Deus pode apenas refrear do homem a maldade; a qual continuaria num crescente através da História, até chegar ao nosso tempo, em que se multiplica a iniquidade global e ininterruptamente, já que a serpente vai tomando forma de dragão... Na cultura ocidental, a nudez (Sugestiva ou despudorada.)  está há décadas banalizada, assim como estão ficando também banalizados os seus efeitos de sedução, defraudação e manipulação, com as pessoas ainda se orgulhando de tirar proveito do fato. E não é triste ter que admitir, ao contrário da resposta ordenada pelos apóstolos Pedro e Paulo (Veremos isso mais adiante.), estar havendo na cristandade paulatina adesão à vulgaridade no ato de se vestir? Gesto que, de ordinário, nivela cristãs sérias a mulheres sem o mínimo de respeito próprio e pelo corpo, ao qual não entendem como morada do Espírito Santo. E há na cristandade quem a isso justifique, utilizando-se de  conceitos errôneos sobre  a santidade e  a liberdade cristã.
     

Saia Justa 03:
1) Você acha que a moda feminina pode tornar-se fator de atração dos homens ao Senhor Jesus?
2) E o que você veste cumpre santamente este propósito?


Próxima postagem:

CAP. 04 -  A Bíblia & O Ato de Se Vestir: Geração Diluviana 03 

.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário